Fundado em 1921 é considerado um dos mais belos exemplares de Arte Nova na cidade do Porto, com uma atmosfera de requinte e bem-estar. A sua beleza e o seu significado na cidade do Porto valeram-lhe a classificação de Imóvel de Interesse Público em 1983, e de "património cultural" da cidade, possibilitando um processo de recuperação que permitiu a sua reabertura em 1994, com todo o seu antigo esplendor, convidando a reviver a fascinante Belle Époque.
O Café Majestic, de traça ideada pelo arquitecto João Queiroz, permanece ainda hoje como um dos mais belos e representativos exemplares de Arte Nova na cidade do Porto. O edifício, localizado no ângulo formado pelas ruas de Santa Catarina e Passos Manuel, previa, na memória descritiva da sua reconstrução, a existência de estabelecimentos virados para a rua pedonal.
A imponente fachada em mármore, adornada com aspectos vegetalistas de formas sinuosas, reflecte o bom estilo decorativista da altura. Um trio de elegantes portadas marca a frontaria, limitada por uma secção rectangular, rasgada em vidro. No topo um frontão coroa a composição com as iniciais do Majestic. Ladeiam-no duas representações de crianças que, divertidas, convidam o transeunte a entrar.
Dentro do estabelecimento, de planta rectangular, reina a linguagem Arte Nova. A simetria curvilínea das molduras em madeira e os pormenores decorativos cativam a observação. Grandes espelhos riscados pela idade, intercalados por candeeiros em metal trabalhado, delimitam as paredes num inteligente jogo óptico de amplitude, que lhe dá uma dimensão maior que a real.
Esculturas em estuque, representando rostos humanos, figuras desnudas e florões, confirmam o gosto ondulante e sensual, enquanto duas linhas de bancos em couro gravado, substituindo os originais em veludo vermelho, criam, em termos de perspectiva, uma sensação de profundidade e elegante aconchego.
O recorte sinuoso dos caixilhos da espelharia, a luminosidade dos candeeiros, os detalhes em mármore e os bustos sorridentes que se estendem das paredes ao tecto, conferem-lhe ambiência dourada e confortável, incitando ao repouso e à conversa amena. O Café Majestic emana uma atmosfera de luxo, requinte e bem-estar.
A biografia de J. K. Rowling, escrita por Sean Smith, refere que quando a escritora estava a viver no Porto, passava muito tempo no Majestic a trabalhar no primeiro livro de "Harry Potter".
Ler mais:
http://www.cafemajestic.com/pt/majestic-cafe/historia.aspx
https://www.ucityguides.com/cities/top-10-cafes.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caf%C3%A9_Majestic
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