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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Igreja de Santa Maria do Castelo

Segundo consta, a Igreja de Santa Maria do Castelo terá sido construída no século XIII, pouco depois da conquista da cidade de Tavira aos mouros sob iniciativa da Ordem de Santiago (1242), por D. Paio Peres Correia, para substituir a mesquita árabe aí existente.

Construída originalmente em estilo gótico, a igreja foi fortemente abalada pelo terremoto de 1755, e prontamente mandada reconstruir pelo Bispo do Algarve, D. Francisco Gomes do Avelar. O portal principal ainda é o original gótico, com quatro arquivoltas em arco quebrado e respetivos capitéis vegetalistas, datando de uma campanha de obras de finais do séculoXIV ou inícios do século XV.
No século XVI, dando continuidade à intenção de se construírem capelas funerárias familiares em igrejas, aqui se construiu a Capela do Senhor dos Passos, mandada edificar por Lançarote de Mello, homem da Ordem de Santiago, e da qual resta a abóbada manuelina.
Mais importantes foram, contudo, as campanhas artísticas barrocas e neoclássicas. Do primeiro período data a Capela do Santíssimo, obra encomendada por D. Isabel de Almada Aragão em 1748, cujas paredes se encontram decoradas por grandes painéis de azulejos azuis e brancos realizados, muito provavelmente, na oficina lisboeta de Bartolomeu Antunes e de Nicolau de Freitas.
Nos primeiros anos da década de 90 do século XVIII, já em pleno neoclassicismo, o bispo D. Francisco Gomes do Avelar, coadjuvado pelo arquiteto Francisco Xavier Fabri, procedeu à derradeira campanha artística na igreja, conferindo-lhe então o aspeto geral que hoje ainda possui. O principal mérito desta intervenção terá sido o de harmonizar a obra nova com o que restava da velha igreja medieval. A fachada principal, com a sua organização tripartida, manteve o portal gótico inserido numa composição cenográfica mais vasta, de sabor classicista, e que revela bem a qualidade de Fabri.
A torre do relógio também pertence à construção primitiva, embora contenha elementos decorativos posteriormente acrescentados.
A igreja foi classificada como Monumento Nacional em 23 de junho de 1910.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71119
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2819
https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/7148/1/PROM04_pp377-382.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Santa_Maria_do_Castelo_(Tavira)
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/igreja-de-santa-maria-do-castelo-tavira

sábado, 14 de novembro de 2020

Igreja matriz de São Clemente

A igreja tutelar da cidade de Loulé implantou-se sobre a antiga mesquita de al-Ulya, em plena medina islâmica, e tomou o orago de São Clemente por ter sido no dia em que se comemora a sua memória (23 de novembro) que as tropas de D. Afonso III investiram decisivamente sobre a cidade, reconquistando-a. 
No topo Norte do conjunto, subsiste ainda a velha torre-alminar da mesquita, cristianizada em torre sineira da igreja. De planta quadrangular, é uma das construções islâmicas melhor conservadas no nosso país, revelando um aparelho muito transformado.
As origens desta Igreja remontam à 2ª metade do século XIII. É provável que o responsável pela encomenda tenha sido o Arcebispo de Braga, D. João Viegas que, em 1251, incumbiu os frades domini­canos de construir vários templos no Algarve.
No dia 4 de Dezembro de 1298, a Igreja de S. Clemente passou para a Ordem Militar de São Tiago por escambo feito entre o rei D. Dinis e o mestre da referida Ordem.
De acordo com os esquemas do Gótico Meridio­nal, a planta é composta por três naves e três tramos cobertos de madeira, sem transepto e cabeceira de três capelas com abóbadas de cantaria. Os arcos são quebrados e os capitéis apresentam folhagem diversa bastante rudimentar.
No século XVI foram acrescentadas algumas capelas laterais e construídos cinco retábulos, destacando-se o da capela das Almas, cuja pintura figurativa foi contratada com Benaventura de Reis, em 1698. Todos estes exemplares foram retirados no século XVIII.
O terramoto de 1755 danificou bastante esta igreja, particularmente as abóbadas da capela-mor, de uma capela colateral, da capela de S. Brás e ainda a torre. Em 1856, um novo abalo provocou estragos na fachada, na cobertura e na sacristia da capela das Almas.
O sismo de 1969 obrigou a uma intervenção séria da Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacio­nais, que valorizou alguns elementos medievais adulterados na reconstrução oitocentista.
Vários são os motivos de interesse desta igreja, como a qualidade dos retábulos da capela-mor, da Capela de São Brás e da Capela das Almas, todos datados da primeira metade do século XVIII. Referência ainda para o conjunto de azulejos setecentistas da Capela de Nossa Senhora da Consolação e da Capela das Almas.
Foi classificada como Monumento Nacional pelo decreto n.º 9842, de 20 de junho de 1924.

Ler mais:
https://www.e-cultura.pt/patrimonio_item/6828
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70412/
http://www.cm-loule.pt/pt/146/igreja-matriz-de-sao-clemente---loule.aspx
https://www.visitalgarve.pt/pt/502/igreja-matriz-de-sao-clemente.aspx#prettyPhoto

sábado, 17 de outubro de 2020

Capela de São Salvador do Mundo

Num lugar chamado Salvador, recôndito num primeiro olhar, encontra-se, inesperadamente, as origens do concelho de Sobral de Monte Agraço. Outrora, denominado de “Montagraço”, ali se localizaram, até meados do século XVI, os edifícios públicos da época: o paço Episcopal, a Igreja, o Pelourinho e a casa dos homens-bons do concelho. A comprovar este período histórico está um edifício, datado do século XIII, que revela a ambivalência do período de transição do românico para o gótico e que é reconhecido como um dos mais interessantes templos medievais da região de Lisboa – a Capela de S. Salvador do Mundo.
Com efeito, no conjunto coincidem valores artísticos ora românicos, ora góticos, que lhe conferem um interessante ar de simbiose estilística. A estrutura parece ter ficado a dever mais ao Românico, sobressaindo os alçados escassamente fenestrados, o aspeto compacto e robusto das paredes e a singeleza do projeto arquitetónico, definido a partir de uma nave única relativamente curta.
Abandonado durante anos e transformado em lagar em altura incerta da época moderna, só muito recentemente foi alvo de investigações arqueológicas, que lograram desvendar a origem do monumento e a sua real importância no contexto regional e cronológico que coincide com o aro de Lisboa nos séculos seguintes à conquista da cidade por D. Afonso Henriques.
A primeira referência documental conhecida consta do Catálogo das igrejas existentes em Portugal, de 1320, onde se menciona a existência da igreja do Salvador do Mundo de Monte Agraço.
No entanto, outros aspetos devem entrar em linha de conta para uma mais rigorosa avaliação estilística, como o portal já gótico (em arco quebrado) ou os arcos torais que seccionam a nave (de arestas chanfradas). Por outro lado, muitos dos silhares que compõem as paredes são siglados (característica vincadamente avançada) e, num deles, reconhece-se o nome do possível arquiteto, Diogo Martins.
Classificada como IIP – Imóvel de Interesse Púbico desde 1955, a capela é considerada um elemento fundamental para a compreensão das origens históricas e do povoamento do concelho de Sobral de Monte Agraço.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71860
http://www.cm-sobral.pt/patrimonio-religioso/

domingo, 16 de dezembro de 2018

Igreja de São Pedro


A Igreja de São Pedro localiza-se na cidade de Elvas, próximo da muralha que circunda o centro histórico da cidade, numa rua bastante íngreme.

A cidade de Elvas foi primeiramente conquistada aos mouros no reinado de D. Afonso Henriques, em 1166, e perdida de novo, para ser definitivamente integrada em território português em 1226, com o auxílio dos cavaleiros da Ordem de Santiago. A fundação da igreja de São Pedro constitui uma das mais antigas da cidade, datando ainda do século III.

A edificação da Igreja de São Pedro, provavelmente ainda em 1230, foi feita sobre parte da segunda muralha islâmica, da qual aproveitou, em data incerta, uma torre para nela implantar a sua torre sineira.
Foi cabeça de comenda da Ordem de Cristo e sede da Irmandade de São Pedro dos Clérigos criada por D. António de Matos de Noronha, segundo Bispo da cidade. Porém, da traça primitiva resta apenas o portal, de transição românico-gótico, já que o templo foi sucessivamente restaurado nos séculos XVII, XVIII e XIX, principalmente após o sismo de 1755.
A fachada é baixa e larga, datando da intervenção setecentista. É rasgada pelo belo portal medieval em granito, em arco quebrado, com três arquivoltas assentes em capiteis lavrados, com temas zoomórficos, e colunelos lisos. Ao portal acede-se por uma escadaria destinada a vencer o desnível do terreno, de factura já moderna, que fica à face da rua na cota mais alta, e possui seis degraus na cota mais baixa. Sobre o mesmo portal abra-se uma janelinha de verga recta, enquadrada pelo frontão que remata a fachada, contracurvado, e realçado por cimalha pintada de ocre. Ao centro eleva-se a cruz, e nos cunhais duas urnas sobre acrotérios. Como detalhe interessante, refira-se a existência de pedras aparelhadas no cunhal sul da fachada, e de outra fiada semelhante no enfiamento da ombreira do portal, do mesmo lado, que parecem ser os vestígios de uma desaparecida torre sineira, certamente mais tardia do que o portal, mas anterior à intervenção de Oitocentos. A actual sineira é coberta por cúpula cónica. 
O interior da igreja é de três naves, distribuídas em quatro tramos, e cobertas por abóbada redonda. Sobre o zimbório da capela-mor existe um lanternim.
O seu interior recheado de arte sacra é bastante interessante, com o retábulo-mor em alvenaria e uma cúpula decorada com figuras clássicas.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70258
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1858
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_São_Pedro_(Elvas)
http://www.cm-elvas.pt/descobrir/project-item/igreja-de-sao-pedro/

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Capela de São Pedro


Situada a cerca de 1 km da vila de Arganil, numa zona de achados arqueológicos, a capela de São Pedro é o monumento mais antigo do concelho. A sua edificação, data dos finais do século XIII, ficou a dever-se a D. Marinha Afonso e a D. Fernão Rodrigues Redondo, senhores de Arganil durante o reinado de D. Dinis e responsáveis pela construção de um paço senhorial na vila, de que, na actualidade, nada resta, à excepção do topónimo.
É constituída por blocos irregulares com predomínio de grosso calhau rolado, com excepção para os cunhais, aberturas e arcos que são de cantaria (feita na sua maior parte em arenito local). 
O interior é de três naves, divididas por duas arcadas de três vãos com arcos simples, largos e só chanfrados e apresenta cobertura de madeira. As janelas são simples frestas estreitas, sendo mais larga a que fica sobranceira ao arco cruzeiro. 
De facto, devido à sua função fúnebre, a capela sepulcral de São Pedro manteve-se despojada decorativamente e com minúsculas frestas que iluminam o interior. A penumbra do seu interior e as minúsculas frestas remetem-nos ainda para a estética românica.
A imagem mais significativa é a de São Pedro, do século XV, em calcário.
Restaurada na primeira metade do século XX, a igreja de São Pedro permanece como uma obra deficientemente entendida. Ao contrário da rudeza tardo-românica (que alguns autores lhe atribuem), ela é uma realização plenamente gótica e dotada de personalidade própria, à semelhança e medida dos seus promotores.
O exterior apresenta um portal de arquivolta ogival flanqueado por rudes cunhais de cantaria, típicos das pequenas capelas regionais do gótico primitivo.
A capela de S. Pedro está classificada como Monumento Nacional, pelo Decreto n.º 20 249, DG, I Série, n.º 196, de 24-08-1931.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69841
"Tesouros artísticos de Portugal" (1976) - Selecções do Reader's Digest
http://www.portugalnotavel.com/capela-de-sao-pedro-arganil/
https://www.cm-arganil.pt/visitar/o-que-visitar/monumentos/capela-de-sao-pedro/
https://www.visitarganil.pt/diretorio/capela-sao-pedro/


domingo, 28 de outubro de 2018

Igreja do Convento de São Francisco


A Igreja conventual de São Francisco, que pertencia à Ordem dos Frades Menores, situa-se na freguesia de Santo André, no concelho de Estremoz.
O convento foi fundado em 1239, sobre a ermida de São Bento do Mato, doada aos franciscanos pelos freires de Avis. A igreja foi levantada por ordem de D. Afonso III e de sua mulher D. Beatriz.
A igreja gótica, do século XIII, apresenta uma fachada rococó muito posterior e um interior de três naves com cinco secções e arcos ogivais.
No interior desta monumental igreja poderás contemplar um curioso retábulo do século XVI, com uma talha dourada da Árvore do Jessé.
A capela-mor está revestida de azulejos polícromos do século XVII. No subcoro, embutido na parede, existe um sarcófago gótico, com estátua jacente, que data do século Xv e que será o túmulo de Vasco Esteves Gatuz. Este túmulo está classificado como monumento nacional, desde 1922.
Nesta igreja estão sepultadas algumas figuras ilustres da História Portuguesa, como sejam D. Fradique de Portugal; Vasco Pereira, irmão de D. Nuno Álvares Pereira, morto à traição no castelo de Vila Viçosa; o desembargador do paço António Henriques da Silveira. Segundo a crónica de Fernão Lopes, em Estremoz morreu também o rei D. Pedro I (r. 1357-1367), julgando-se que terá perecido concretamente neste convento.

Ler mais:
http://www.cm-estremoz.pt/pagina/turismo/convento-de-sao-francisco-igreja-com-o-tumulo-de-vasco-esteves-gatus-iin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_São_Francisco_(Estremoz)
https://www.feriasemportugal.com/convento-de-sao-francisco-estremoz
https://digitarq.arquivos.pt/details?id=1379961

domingo, 9 de setembro de 2018

Igreja matriz de Nossa Senhora da Assunção

A igreja paroquial de Tentúgal, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, é um edifício em estilo gótico tardio, de linhas muito sóbrias, construído no séc. XV. São visíveis elementos renascentistas nos retábulos, nomeadamente o da capela-mor, e maneiristas nos retábulos das capelas da nave.
Desconhece-se a data de fundação da primitiva igreja matriz de Tentúgal. Em 1288 o templo já existia, uma vez que nesta data a igreja era doada ao mosteiro de Ceiça, por ordem régia de D. Dinis; na época, era designada por igreja de Santa Maria de Mourão. Em 1420 o templo foi reconstruído a expensas do infante D. Pedro, duque de Coimbra e donatário da vila de Tentúgal. Nos séculos XVI e XVII a igreja foi objecto de novas campanhas de obras, que lhe conferiram a actual estrutura interior. 
Dedicada a Nossa Senhora da Assunção, a matriz de Tentúgal mantém a estrutura exterior original, muito simples e depurada. A fachada, dividida em dois registos, possui no primeiro portal com moldura em arco quebrado com duas arquivoltas e sem decoração ou capitéis, encimado por óculo no segundo registo. Do lado esquerdo foi adossada a torre, de planta quadrangular, rematada por merlões, à qual se acede por portal de arco quebrado precedido por escadas. As fachadas laterais são rematadas superiormente por cachorrada. 
Interiormente, o templo apresenta planta longitudinal de nave única, dividida por arcos de volta perfeita, que abrem para quatro capelas laterais. Do lado do Evangelho são dedicadas à Senhora da Boa Morte, com um retábulo dedicado a São Miguel, com tábuas do século XVII, e a Santo António, originalmente dedicada ao Espírito Santo, construída em 1580. As capelas do lado da Epístola são dedicadas a Nossa Senhora da Rosa, edificada em 1616, e a Nossa Senhora da Conceição, mandada edificar por Jorge Lopes Gavicho em 1632. 
A capela-mor, de planta rectangular, possui retábulo de pedra policromado edificado cerca de 1545, possivelmente pela escola de João de Ruão. Dividido em três registos, o retábulo possui ao centro uma imagem da Virgem com o Menino - designada localmente como Nossa Senhora do Mourão. A imagem é ladeada por imagens de santos mártires. No registo superior foram esculpidos relevos com cenas da Vida da Virgem, ladeados por anjos músicos. O sacrário, colocado no registo inferior, é ladeado por dois baixos relevos representando São Pedro e São Paulo. 
Junto à capela-mor foram edificadas duas capelas colaterais. Do lado da Epístola, a capela do Sacramento, mandada edificar em 1575 pelo Dr. Diogo Nunes, como atesta inscrição na parede exterior da mesma. A do Evangelho é denominada capela de Jesus e foi mandada edificar por Cristóvão de Faria Amorim e sua mulher Marias de Barros Galvoa, em meados do século XVI. 
O templo foi objecto de obras de reparação e beneficiação, tanto exteriores como interiores, entre os anos de 1995 e 2000. 
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde janeiro de 1950.

Fonte: DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74008

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Ermida de Santo André

Reza a tradição que a Ermida de Santo André foi fundada pelo rei D. Sancho I, aquando da primeira conquista da cidade aos mouros, em 1162; esta é, no entanto, uma data sem suporte histórico, uma vez que só em 1232, já no tempo de D. Sancho II, o burgo entrou definitivamente em posse cristã. Ainda assim, esta lenda inspirou ao longo dos tempos várias manifestações de devoção, e encontrou eco na obra de mais de um autor; a igreja conserva uma inscrição, datada de 1902, reproduzindo a lenda da fundação medieval.
De qualquer forma, o edifício existente nada tem a ver com a eventual construção dos séculos XII ou XIII, por ser o templo actual obra gótico-mudéjar do final do século XV ou do início do século XVI, talvez atribuível à acção mecenática de D. Manuel, possivelmente enquanto duque de Beja.
A ermida inscreve-se assim no tipo muito regional dos pequenos templos ameiados, com robustos contrafortes cilíndricos e coruchéus cónicos, erguidos extra-muros, perto das cinturas defensivas dos burgos; esta localização, aliás, justifica a proximidade de uma gafaria que aí existiu. Exteriormente, desenvolve-se em sucessão de volumes escalonados, sendo o corpo da igreja, inteiramente caiada, todo envolvido por doze botaréus cilíndricos mais elevados nas fachadas laterais, e coroado por um friso de merlões chanfrados que se prolonga pelo remate da ábside, um corpo cúbico rebaixado e perfurado por gárgulas zoomórficas. Na fachada principal destaca-se o nártex, com cobertura de cruzaria de ogivas, aberto em três arcos de volta inteira, para onde deita um pequeno campanário assente no frontão triangular da fachada, mais elevado. Os botaréus do nártex são rodeados por uma cinta de merlões semelhantes aos do corpo principal.
De planta longitudinal, o interior é de nave única, com abóbada de berço quebrado e quatro tramos de arcos torais assentes sobre mísulas. As paredes conservam vestígios de pinturas murais quinhentistas, quase totalmente destruídos por uma intervenção de meados do século XIX, que as revestiu com azulejos polícromos.
No frontal do altar existe ainda uma pintura a fresco do ciclo manuelino, representando dois anjos tenentes a sustentar o escudo de Portugal. O retábulo, de talha maneirista tardia e com empena triangular, enquadra dois quadros de pintura mural a fresco, figurando uma cena do martírio de Santo André e um Calvário, obras de factura tardo-quinhentista que ladeiam um nicho com uma imagem estofada do padroeiro, peça de factura regional datável de c. 1600. O templo guarda ainda um grande capitel coríntio em mármore, que serve de pia de água benta.
A ermida está classificada como Monumento Nacional desde junho de 1910.

Fonte: DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69868/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=996
https://www.infopedia.pt/$ermida-de-santo-andre
http://www.correioalentejo.com/index.php?diaria=7566

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Igreja e Mosteiro de Leça do Balio


O Mosteiro de Leça do Balio, onde se inscreve a Igreja de Santa Maria de Leça do Balio, localiza-se freguesia de Leça do Balio, no concelho de Matosinhos.

O mosteiro de Leça do Bailio representa a primeira sede da Ordem do Hospital em Portugal, e, em conjunto com a igreja, constitui uma das primeiras construções góticas do país de grande qualidade e monumentalidade.

Situado no lugar de Recarei, junto ao Rio Leça e a pouca distância da antiga estrada romana que, cruzando o Rio Leça na Ponte da Pedra, unia o Porto a Braga, o Mosteiro de Leça do Balio já existia no séc. X. Em 1021 foi doado ao Mosteiro da Vacariça (próximo da actual Mealhada), mas logo em seguida a Rainha D. Teresa ofereceu-o aos freires hospitalários, ficando a ser a sua casa-mãe em Portugal até 1312. Foi durante o priorado de Frei Estêvão Vasques Pimentel, que exerceu o cargo durante três décadas até à sua morte em 1374, que se construiu a igreja anexa a uma possante torre afonsina. O actual templo, síntese do estilo românico e gótico, remonta a uma grande campanha construtiva iniciada por aquele prior, entre 1330 e 1336, quando foram renovados ainda os edifícios monacais e o claustro, dos quais vários elementos chegaram até aos nossos dias.

São duas as correntes artísticas dominantes neste monumento, aparentemente em contradição estética e funcional entre si, mas, um tanto paradoxalmente, aqui integradas de forma harmoniosa. De um lado, o esquema palnimétrico e volumétrico mendicante aplicado às igrejas. De outro, a máscara de fortificação e de poder que caracteriza exteriormente o edifício.
Em planta, o modelo mendicante é claro: três naves, organizadas em cinco tramos, sendo o último uma espécie de transepto inscrito, marcado apenas em altura; a divisão do espaço é feita através de grossos pilares, de perfil cruciforme pelo adossamento de colunas nas suas quatro faces; a cabeceira é tripla, com uma capela-mor mais profunda que os absidíolos, e de secção nascente poligonal. Se a estas características se juntar a cobertura em madeira das naves e o abobadamento em cruzaria de ogivas da cabeceira, temos um conjunto de indicadores que remetem para aquele modelo mendicante, que gozou de enorme sucesso na nossa arquitectura gótica, desde a igreja de Santa Maria do Olival, em Tomar, até praticamente ao século XVI.
Exteriormente, contudo, é uma outra linguagem estético-artística que vinga. A existência de merlões a toda a roda do edifício, de um caminho de ronda, de um balcão defensivo sobre o portal principal, ameado e dotado de matacães, e, principalmente, de uma robusta e grandiosa torre a ladear a fachada principal, pelo lado Sul, conferem a este monumento um estatuto ímpar na arquitectura religiosa gótica no nosso país, e colocam-no como principal exemplo do núcleo de igrejas-fortificadas então construídas.
Muito se tem já escrito sobre este carácter militar do templo de Leça do Bailio, discutindo-se, especialmente, se se trata de uma igreja-fortificada, se de uma igreja-fortaleza. O que parece claro é que a Ordem dos Hospitalários, em pleno século XIV, optou por um modelo construtivo religioso, de forte carácter militar, numa época em que a linha de fronteira que alimentava o antagonismo reconquistador estava bastante afastado.
Os Hospitalários conservaram a sua posse até começos do século XVI. D. Manuel I concedeu foral a Leça do Balio em 1519. Na sequência do triunfo liberal no país, o mosteiro de Leça do Balio assistiu à extinção das ordens religiosas (1834), perdendo os seus privilégios e direitos que a ordem ainda possuía sobre a freguesia, sendo integrada no concelho de Bouças (actual Matosinhos), em 1835.
O Mosteiro de Leça do Balio é agora propriedade de uma empresa privada que permite a sua visitação. No passado desempenhou um importante papel na assistência aos peregrinos que demandavam o túmulo do apóstolo Santiago em Compostela. Já a igreja permanece propriedade da paróquia de Leça do Balio.

O conjunto encontra-se classificado como Monumento Nacional por decreto publicado em 23 de Junho de 1910. 

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70703/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4968
http://www.cm-matosinhos.pt/pages/426?poi_id=57
http://www.culturanorte.pt/pt/patrimonio/igreja-do-mosteiro-de-leca-do-balio/
https://jpn.up.pt/2016/03/28/que-futuro-para-o-mosteiro-de-leca-do-balio/

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Igreja e Mosteiro de Santa Cruz


O Mosteiro de Santa Cruz foi fundado em 1131, no exterior das muralhas de Coimbra, pela Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, datando a primitiva igreja românica do século XII. Foi a mais importante casa monástica nos primeiros tempos da monarquia portuguesa. Na posse da Ordem de Santo Agostinho, o Mosteiro somou benefícios papais e doações régias, o que permitiu a acumulação de um património considerável, ao mesmo tempo que consolidava a sua posição no plano político-institucional e cultural do país. A sua escola foi fundamental nestes tempos medievais e ponto de passagem obrigatória para as élites do poder e da intelectualidade. O seu scriptorium foi o responsável pela máquina de propaganda do rei D. Afonso Henriques, não estranhando, assim, que este tenha escolhido sepultar-se precisamente em Santa Cruz de Coimbra.
No início do século XVI, o rei D. Manuel I ordena que a igreja seja arrasada, juntamente com o claustro e casa do capítulo, por serem antigas e degradadas, e leva a cabo uma extensa campanha de obras que conferiu ao edifício o aspecto actual.
Assim, a igreja, o claustro e as capelas foram reconstruidos ao longo do séc. XVI, de acordo com um plano de Diogo de Boitaca, tornando-se uma das mais belas obras do Renascimento artístico português.
Os trabalhos, que envolveram os melhores artistas do reino, englobaram uma igreja nova de uma nave abobadada, ladeada por duas torres na fachada, o portal, o claustro principal e casa do capítulo. A par das obras, os restos mortais dos dois primeiros réis de Portugal foram transladados dos seus sarcófagos primitivos para outros novos, obras escultóricas manuelinas da autoria de Nicolau Chanterenne situadas na capela-mor.
Na capela-mor encontram-se os túmulos dos dois primeiros reis de Portugal. Os túmulos originais encontravam-se no nártex da igreja, junto à torre central da fachada românica, mas D. Manuel I não achou condignas as antigas arcas tumulares e ordenou a realização de novas. Estas, concluídas por volta de 1520, são das mais belas.
A sacristia da igreja é um exemplar típico do estilo maneirista, construída entre 1622 a 1624 por Pedro Nunes Tinoco. A sacristia está decorada com azulejos seiscentistas e possui quadros notáveis de dois dos melhores pintores quinhentistas portugueses: Grão Vasco e Cristóvão de Figueiredo.
Conserva ainda, apesar dos estragos provocados pelo Homem e pelo tempo, pormenores magníficos: a fachada, o púlpito e os túmulos dos réis, o claustro do silêncio, os baixos-relevos do claustro e os quadros da sacristia.
Actualmente, para além das actividades culturais e diocesanas, o mosteiro acolhe os serviços da Câmara Municipal de Coimbra e da Direcção Regional de Cultura do Centro.
A igreja foi reconhecida como Panteão Nacional pela Assembleia da República, em diploma publicado no DR, I Série, 22-08-2003, Lei n.º 35/2003.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69813
http://www.uc.pt/ruas/inventory/mainbuildings/santa_cruz
https://www.visitportugal.com/pt-pt/NR/exeres/307DCE89-EA18-4449-AFB6-B09E597FE6E1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_Santa_Cruz

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Sé Catedral do Porto


A Sé Catedral da cidade do Porto, situada no coração do centro histórico da cidade, é um dos principais e mais antigos monumentos de Portugal.
A sua construção teve início durante o século XII e ficou terminada no início do século XIII, tendo sido construído num estilo românico. No entanto, são poucas as características iniciais que se mantiveram até aos nossos dias, visto eu o edifício sofreu diversas obras de remodelação ao longo dos séculos. Ainda assim, algumas das propriedades iniciais que se mantêm são o corpo de três naves da igreja com cobertura com formato de abóboda de canhão. Mantém-se também a sua bela rosácea de estilo românico e os arcobotantes que sustentam a abóboda da nave central.

A Sé portuense, de origem românica fica situada no monte da Penaventosa, também chamado de Terreiro da Sé. Conta-se que a primeira pedra foi assente pela rainha Dª Teresa viúva do conde D. Henrique, só vindo a ser concluída já no reinado de D. Dinis. 

A sua decoração primitiva foi baseada na Sé velha de Coimbra. No entanto com o passar dos tempos esta catedral sofreu diversas alterações que lhe apagaram os traços primitivos. 

O claustro velho é certamente o remanescente do antigo cemitério do bispo, o espaço de imunidade existente em torno das igrejas. Mas foi em torno do claustro gótico que, a partir dos finais do séc. XIV, se organizaram as dependências da catedral : a sacristia, resultando provavelmente da adaptação de um anterior espaço de reuniões do Capítulo; a Casa do Cabido, construída no inicio do séc. XVIII sobre um dos espaços alpendrados que envolviam a Catedral; e as capelas funerárias de João Gordo, de construção medieval, ou a de S.Vicente, obra do séc. XVI.
A fachada principal é enquadrada por duas torres. O portal, agora em estilo rococó, substituiu o primitivo em estilo românico destruído em 1722. 
A sua construção é sustentada por colunas encimadas por um frontão, tendo a meio um varandim com pequenas colunas. Na parte superior a rosácea encontra-se uma sinecura com a imagem de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da catedral, pertencente ao século XVIII. Esta rosácea, datada do século XIII, foi sempre conservada. Tem a sustentar-lhe os raios arcos tribolados e a envolve-la folhas de figueira. Há duas cruzes a rematar a construção, uma em estilo românico e a outra em estilo gótico. 
Este templo está dividido em três naves, sendo a central de maior altura que as colaterais. As naves estão cobertas por abobadas ogivadas e os arcos assentam em pilastras dispostas em feixes, toda a decoração é fitomórfica (motivos vegetais), iluminada pela esplendorosa rosácea e pelas frestas altas do clerestório do transcepto a luz penetra nas naves central e colaterais numa conjunção harmoniosamente celestial. 



Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=1086
http://www.historiadeportugal.info/catedral-do-porto/
http://www.diocese-porto.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=877:igreja-da-se-catedral-do-porto
https://www.tudosobreporto.com/catedral-se-porto
http://www.portoxxi.com/cultura/ver_edificio.php?id=1

domingo, 17 de junho de 2018

Igreja de Santa Maria do Olival

A Igreja de Santa Maria do Olival, ou dos Olivais, fica situada na margem esquerda do rio Nabão, ao contrário da quase totalidade dos monumentos tomarenses. Foi edificada sobre uma parcela da cidade romana de Sellium, da qual foram descobertas estruturas que serviram de suporte para os alicerces do templo.
A primitiva igreja remonta ao século XII, a mando de D. Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, para servir de cemitério dos freires, sendo ele próprio sepultado no interior. A actual igreja corresponde ao século XIII, ao reinado de D. Afonso III, instituído como a obra mais emblemática da arquitectura gótica nacional. O seu modelo planimétrico serviu de exemplo para outros templos religiosos, tanto catedralícios como conventuais do norte ao sul.
É um edifício de três naves de diferentes alturas, sendo a central mais elevada, seccionadas em cinco tramos, com cobertura de madeira e destituída de transepto. A cabeceira é o único elemento abobadado e compõe-se de capela-mor de dois tramos, tendo o derradeiro sete faces, ladeada por dois absidíolos rectangulares. A fachada principal apresenta três panos, denunciando a organização interior, ostentando o central dois andares. Neste, abre-se portal de arco apontado, enquadrado por arquivoltas e inscrito em gablete, enquanto que o segundo registo é ocupado por exuberante rosácea que filtra luz para o interior. Os panos laterais ajustam-se obliquamente ao central, formando o que se convencionou chamar de fachada ad triangulum.
No exterior, destaca-se a magnífica rosácea, a torre de atalaia adaptada a campanário, e a loggia do século XVI; no interior, a lápide de Gualdim Pais, o túmulo de D. Diogo Pinheiro e as imagens Nossa Senhora do Leite e Santas Mães.
Diz-se mas sem conclusões que poderá existir um túnel que ligaria a Torre ao Castelo dos Templários.


Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70610
https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-santarem/c-tomar/tomar/igreja-santa-maria-olivais
http://www.cm-tomar.pt/index.php/pt/visitar-2/o-que-visitar#igreja-de-santa-maria-do-olival
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Santa_Maria_dos_Olivais

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Sé de Lamego

Datada do século XII, este imponente monumento sagrado em 1175 a S. Sebastião e a Santa Maria, só vê a sua conclusão acontecer provavelmente em 1191. No entanto, com o passar dos anos e as respetivas obras de remodelação que viria a sofrer, alteraram significativamente o seu original perfil românico.
É um monumento religioso de grande interesse, a entrada tem um amplo adro lajeado - datado do século XVIII, com a fachada marcada pela grandiosa torre. Das várias dependências que se prolongam a Norte da fachada principal, destaca-se o antigo Paço dos Bispos - uma construção do Barroco setecentista que há várias décadas vem sendo ocupado pelo Museu de Lamego. Aqui guardam-se algumas das melhores obras de arte da Sé e de outras casas religiosas da região.
O deslumbrante interior da catedral é separado em três naves divididas em três tramos e cobertas por abóbadas de aresta, assentando em arcos de volta perfeita e pilares generosos. Os tectos, majestosamente pintados no século XVIII pelo pintor-arquitecto italiano Nicolau Nasoni, revelam perspectivas do barroco triunfante e com temas bíblicos. Nas naves laterais há vários altares barrocos.
Na capela-mor, pode-se observar um retábulo combinando mármores e talha dourada, assim como um neoclássico cadeiral de alto espaldar. As portas, janelas, arcos e os seus órgãos são decorados por pomposas estruturas de talha dourada. No altar principal do Santíssimo Sacramento também se pode apreciar um trabalhoso frontal de prata – obra-prima de um ourives portuense do século XVIII. No coro alto, pode-se observar um esplendoroso cadeiral com pinturas do século XVIII. 
O claustro cardinalício é uma construção do século XVI, estando este dividido em dois pisos e na planta inferior da crasta estão duas imponentes capelas, onde numa delas se faz notar a sepultura de D. Manuel de Noronha, um dos mais importantes bispos da diocese de Lamego.
                  Fonte: http://www.roteirododouro.com/patrimonio/se-de-lamego

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6431
http://www.culturanorte.pt/pt/patrimonio/se-de-lamego/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sé_de_Lamego
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/sé-catedral-de-lamego

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Igreja de Santa Maria em Serpa


A Igreja de Santa Maria, como tantas outras do Alentejo e Algarve, foi edificada sobre uma antiga mesquita árabe. Esta surgiu em simultâneo com a reconstrução dionisina do castelo, nos finais do séc. XIII. 
A igreja ergue-se diante de um largo, em local elevado e junto da alcáçova, igualmente reedificada a partir das construções islâmicas originais. O conjunto destes edifícios ficava defendido por uma forte muralha, que envolvia ainda a torre de menagem e a actual torre do relógio, dentro do seu perímetro ovalado típico das fortificações medievais.
O seu interior é formado por três naves cujas paredes divisórias se mostram em arcos ogivais assentes em grossas colunas adossadas encimados por capitéis decorados com motivos fantásticos, vegetalistas, típico do gótico.
A capela-mor data já de meados do século XVI, resultando da reconstrução da capela original pelo mestre pedreiro Sebastião Cordeiro, para se adequar a capela tumular da família Mello, alcaides de Serpa, cujo palácio se situa nas proximidades da igreja, apoiado num troço da muralha. As capelas laterais, cobertas de talha barroca, são seiscentistas, pertencendo a campanhas de obras que resultaram igualmente na construção do coro-alto e na reformulação da fachada, elementos de traços maneiristas; também por esta altura se terá forrado de azulejos a capela-mor.
A fachada maneirista, rematada por um frontão curvo interrompido, de traçado singelo, que encima três janelas de verga recta e um portal com o clássico frontão triangular, conserva ainda elementos do primitivo alçado gótico, como os contrafortes truncados que enquadram o portal, e a torre sineira adossada. A sineira é um corpo quadrangular construído em torno de uma outra torre, esta de planta circular e em tijolo, talvez um singular vestígio do minarete árabe. Os contrafortes foram, tal como as colunas dos pilares no interior da igreja, aproveitados para sustentação de duas grandes imagens de São Pedro e São Paulo. 
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde o ano de 1984.
                                                             Fonte: DGPC  

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73979/
https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-beja/c-serpa/serpa/igreja-santa-maria
http://knoow.net/terraselocais/locaisdeportugal/igreja-de-santa-maria-de-serpa/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Santa_Maria_(Serpa)

Forte Jesus de Mombaça