terça-feira, 31 de julho de 2018

Percurso pedestre Almofala - Santo André das Arribas


O Trilho Almofala - Santo André das Arribas oferece ao visitante uma magnífica paisagem das arribas do rio Águeda, proporcionando bons locais de observação de aves rapinas, como o grifo, por exemplo. 
Para além da paisagem do vale escarpado do Águeda, o percurso é rico em pontos de interesse arqueológico e histórico. É o caso das esculturas zoomórficas que podem ser vistas pouco antes da capela antiga de Santo André, do castro de Sto. André e da capela. Merecem ainda destaque, pelo valor cultural mas também paisagístico, as vinhas, as parcelas cerealíferas e montados de sobreiro, o casario tradicional em Almofala, uma azinheira centenária e os tradicionais pombais.
Trata-se de um trilho circular com cerca de 6,5 km de extensão.
O percurso inicia-se na capela de Santa Bárbara a norte de Almofala, seguindo em direção ao Águeda até ao castro de Santo André das Arribas, onde se erguem duas capelas com o mesmo nome, a mais antiga em ruínas. A entrada no recinto das capelas é flanqueada por dois berrões proto-históricos. Aqui é possível fazer um pequeno percurso de menos de um quilómetro em torno do cabeço. São visíveis construções tradicionais, derrubes que restam da antiga muralha e de muros mais recentes de socalcos e, do lado setentrional, uma excecional tomada de vista sobre o vale do Águeda. A partir da entrada do recinto, e seguindo um trilho que se dirige para leste, atinge-se uma vereda que serpenteia ao longo das arribas, troço em que se alerta para uma atenção redobrada pela perigosidade do declive. Bordejando um campo que assinala o fim da vereda, a sinalética indica a direção sul e, através de caminhos vicinais, o sentido inflete para oeste, já com Almofala à vista, até à capela de Santa Bárbara.
Como pontos de interesse, pode-se observar vários aspectos ligados ao património arqueológico (esculturas zoomórficas proto-históricas, castro de Santo André das Arribas, ruínas da capela de Santo André), paisagem do vale escarpado do rio Águeda, pombais tradicionais, paisagem rural (vinhas, parcelas cerealíferas e montados de sobreiro), casario tradicional em Almofala e azinheiras centenárias.

Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/pn/pndi/almof-s-andre
http://www.portugalnotavel.com/arribas-de-santo-andre-parque-natural-do-douro-internacional-figueira-de-castelo-rodrigo-abutres/
https://www.natural.pt/portal/pt/Percurso/Item/118

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Termas de Cabeço de Vide

Com vestígios de um antigo balneário romano, que se supõe datar da época de César Augusto (119 a.c), a estância termal de Cabeço de Vide, mais conhecida por Termas da Sulfúrea, é um local tranquilo e aprazível que convida ao descanso.
Desde a Idade Média até aos princípios do séc. XIX, essas águas correram desaproveitadas para a ribeira ou permaneciam estagnadas em charcos onde mendigos lavavam as chagas e os animais banhavam as feridas. Em 1816 forma feitas análises químicas ás águas e os resultados revelaram que continham ácido hidrosulfúrico, soda e magnésio, tendo o então Juiz de Fora de Cabeço de Vide, tomado a iniciativa do aproveitamento destas águas em benefício dos doentes. As propriedades das águas de Cabeço de Vide são amplamente reconhecidas e em 1878 são premiadas nas Exposições Universais de Paris e Rio de Janeiro. 
Em 1935 a Junta de Freguesia de Cabeço de Vide obtém definitivamente o alvará de Concessão Perpétua e faz grandes obras de melhoramento. O balneário e as acomodações circundantes vão crescendo e as termas são frequentadas por gente de todo o país.
O balneário ficou concluído em 1942, com projecto dos arquitectos Ernesto e Camilo Korrodi. O estabelecimento termal e anexos, localizados a cerca de 20 metros da Fonte da Vila e num nível médio de 4 a 5 metros inferior a esta, incluía um buvette (sendo que a água de Castelo de Vide é particularmente adequada a tratamentos por ingestão), quatro quartos de banho para homens e quatro para mulheres, e cabines para duches e outros tratamentos. O edifício, de dimensões modestas, é um exemplo típico da arquitectura pública do Estado Novo, de estética regionalista. Funcionou até ao início da década de 90, e hoje encontra-se abandonado, ainda que se conserve em relativo bom estado de conservação.
Um projecto da autoria do Atelier Arquitecturar, o novo balneário entrou em funcionamento em Maio de 2007 aumentando a quantidade de tratamentos em mais de 200%.
Situado no vale da Ribeira da Vide, a cerca de um quilómetro para sueste da vila, este estabelecimento termal, considerado um oásis na planície alentejana, reúne as propriedades terapêuticas das águas com o repousante ambiente da região. Estas águas curativas são aconselhadas para o tratamento de doenças do foro osteo-articular (reumatismo), respiratórias (asma, bronquite, sinusite, rinite), da pele, e as suas características ímpares, fazem desta estância uma das mais frequentadas do país.

Ler mais:
http://www.termasdeportugal.pt/estanciastermais/Termas-de-Cabeco-de-Vide
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/termas-da-sulfúrea-cabeço-de-vide
http://termasdasulfurea.blogspot.com/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/11120127

Cozido à portuguesa

O Cozido à Portuguesa é, possivelmente, o prato tradicional português mais famoso. É composto por um conjunto de diferentes tipos de carne, vegetais e enchidos cozidos.
A sua origem está envolta em alguma controvérsia. Há quem diga que este prato surgiu como consequência das necessidades económicas da população. Como não havia muitos meios de subsistência, a solução para muitas refeições era aproveitar as sobras das anteriores. Essas sobras eram colocadas em panelas de ferro, a cozer na lareira, até se apurar uma refeição energética e capaz de aquecer nos dias frios de inverno.
A receita desta iguaria portuguesa varia consoante a região do país. Relativamente aos vegetais cozidos, podem ser usados batata, couve, cenoura, nabo, feijão ou grão e arroz; quanto às carnes podem ser utilizadas orelha e chispe de porco, carne de bovino, toucinho, entrecosto e entremeada de porco e frango; quanto aos enchidos podem ser incluídos chouriço de carne e de sangue, morcela, farinheira, salpicão...
Apesar da variedade de opções usadas nas diferentes regiões do país, tornou-se famoso, nas últimas décadas, o cozido à portuguesa do Canal Caveira, no concelho de Grândola. Antes da construção da A2 (Auto-estrada do Sul), este local era ponto de paragem obrigatório para experimentar o saboroso cozido do Canal Caveira.
Os restaurantes do Canal Caveira têm sofrido os efeitos da crise, mas é o cozido à portuguesa que continua a levar ali pessoas de todo o país. Elas bem sabem ao que vão. Nos restaurantes do Canal Caveira, os clientes não se perdem na ementa: ali, os pedidos vão todos dar ao mesmo, ao cozido.
A fama deste cozido à portuguesa vem do tempo em que uma viagem de Lisboa até ao Algarve demorava cinco horas.
Agora, há quem venha de longe e há quem poupe nas portagens da auto-estrada para gastar no almoço. Fica a ganhar esta pequena aldeia de Grândola, que se resume a uma rua e muitos restaurantes e que se tornou a capital do cozido à portuguesa.

Ler mais:
https://asenhoradomonte.com/2016/07/15/historia-do-cozido-a-portuguesa/
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/videos/canal-caveira-e-capital-do-cozido-a-portuguesa

Pelourinho de Segura


Em Segura, no concelho de Idanha-a-Nova, existe uma antiga fortaleza fronteiriça situada no alto de um cabeço granítico e, segundo alguns historiadores, Segura constituiu dote de casamento da Rainha Santa Isabel, tornando-se vila portuguesa a partir de 1282. Separada de Espanha pelo rio Erges mas, ligada a esta pela ponte romana (posteriormente reconstruída em várias épocas), Segura foi um dos lugares e castelo da Beira em foco durante as guerras entre Portugal e Castela no reinado de D. Fernando. Foi vila e sede de concelho entre 1510 e 1836, quando foi anexada ao município de Salvaterra do Extremo.
Construído na época da doação do foral manuelino, o pelourinho de Segura levanta-se sobre um soco de dois degraus quadrados assente numa plataforma circular, semi-embebida no pavimento desnivelado. A base da coluna é igualmente circular, sendo o fuste oitavado, com faces lisas. O capitel, sobre anel oitavado, tem as faces côncavas, e é decorado com pérolas. Sustenta um prisma oitavado com decoração heráldica, nomeadamente quatro escudos ligados por cordas, com símbolo tradicionais nas representações manuelinas: o escudo das armas régias, a Cruz de Cristo, e uma esfera armilar (truncada), emblema do Venturoso. Um quatro escudo está ilegível, sendo provável que apresentasse simbólica concelhia. Este bloco é rematado por uma pirâmide de base oitavada e topo truncado, com pérolas nas faces. A tipologia deste pelourinho é bastante semelhante à de outros no concelho e mesmo no distrito, salientando-se o de Salvaterra do Extremo.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73368
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=836
http://www.memoriaportuguesa.pt/segura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelourinho_de_Segura

domingo, 29 de julho de 2018

A lenda do Menino Jesus da Cartolinha

A lenda do Menino Jesus da Cartolinha, conta que Miranda se encontrava cercada de tropas espanholas, estando estas na eminência de tomarem as muralhas, muito cobiçadas pela sua importância estratégica, quando surgiu, não se sabe de onde, um jovem que ia gritando pelas ruas, incitando à revolta.
A população já se encontrava descrente e sem forças não podendo oferecer resistência por muito mais tempo (pois o cerco mantinha-se há vários meses), sendo a fome e a sede os principais inimigos. Como por milagre as forças renasceram e após a dura batalha, os invasores foram expulsos.
A praça de guerra foi salva! Procuraram o menino-prodígio! Queriam homenageá-lo, honrá-lo, mas não o encontraram. Como aparecera assim desaparecera! “Foi um milagre de Jesus”- do Menino Jesus da Cartolinha - disse o povo.
Mandaram então esculpir uma imagem do Menino Jesus vestido de fidalgo cavaleiro, à maneira do tempo e colocaram-no num altar da catedral.

Fonte: http://www.folclore-online.com/lendas/tmontes/menino_jesus_cartolinha.html#.W15xNdJKhQI

Ler mais:
http://mirandadodouro.com.pt/lenda-do-menino-jesus-da-cartolinha/
https://ncultura.pt/menino-jesus-da-cartolinha-o-guardiao-dos-mirandeses/
https://amateriadotempo.blogspot.com/2011/10/o-menino-jesus-da-cartolinha.html

Igreja matriz de Vila do Conde

A Igreja Matriz é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade e concelho de Vila do Conde. Desde o século XVI, transformou-se no maior centro de culto da paróquia de São João Baptista e, quando foi construída era a maior igreja paroquial do seu tempo, e ainda hoje é uma das maiores do país.
A decisão de se construir uma nova matriz, em 1496 – em substituição da antiga matriz que se situava no monte do mosteiro e era pequena – corresponde ao anseio de uma população, que há muito desciam as encostas do monte, para morar mais perto do porto do Ave, numa época em que Vila do Conde fervilhava com o comércio do Império Português. A matriz de Vila do Conde é um monumento às Descobertas marítimas empreendidas por Portugal.
Na primeira fase de edificação empreendeu-se a construção da cabeceira, terminada em 1506, e a abóbada da abside, colaborando na campanha o mestre Gonçalo Anes e o biscainho Rui Garcia de Penagós, que em 1509 dirigia a fábrica de obras. 
No ano de 1511 a direcção das obras era entregue ao arquitecto João de Castilho, e no ano de 1515 a estrutura estava terminada, abrindo-se ao culto três anos depois.
De planta em cruz latina, composta por três naves de diferentes alturas e cabeceira tripla, a Matriz de Vila do Conde repete o módulo das hallenkirchen manuelinas, de que fazem parte, entre outros, os templos de Freixo de Espada à Cinta, Arronches, ou Azurara. 
O grandioso portal axial trilobado, obra de João de Castilho, profusamente ornamentado, ladeado por contrafortes e pináculos com cogulhos vegetalistas, dá "um novo tom à edificação" manuelina. 
Do lado esquerdo da fachada, João Lopes o Moço ergueu em 1573 a torre sineira quadrangular, cuja maciça estrutura pouco ornamentada e excessivamente vertical sobressai no ritmo da frontaria. 
A grande torre sineira quadrangular, impõe-se à frontaria e a toda a igreja pelo volume e quase ausência de ornamentação, com excepção para o balcão de balaústres assente em mísulas. A pia baptismal é manuelina e a capela lateral está inteiramente forrada a azulejo do séc. XVII.
No interior destaca-se a cobertura da capela-mor, em abóbada de "combados" da autoria de Castilho, e as abóbadas dos absidíolos, uma com lanternim e outra decorada com baixos relevos que apresentam vestígios de policromia. As duas capelas abertas no transepto, de edificação quinhentista, possuem retábulos de talha dourada barroca e azulejos seiscentistas.
A igreja foi classificada como Monumento Nacional em 1960.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71207/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5249
http://www.vilacondense.pt/index.php/conhecer-vila-do-conde-2/patrimonio/i/igreja-matriz-de-vila-do-conde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Matriz_de_Vila_do_Conde

Aldeia típica de Cacela Velha

A pequena aldeia de Cacela Velha na freguesia da Vila Nova de Cacela, no concelho de Vila Real de Santo António, fica na extremidade nascente da paisagem lagunar da Ria Formosa, frente à Península da Cacela.
A história desta aldeia remonta aos tempos do povoamento grego e fenício do Algarve. O nome 'Cacela' presumivelmente provém dos tempos do reino árabe na Península Ibérica. Durante o período islâmico foi um importante centro populacional, até ser sido conquistada por Paio Peres Correia.
A administração do Castelo e suas terras do termo foram entregues à Ordem de Santiago, sendo a ordem responsável pela nomeação de um comendador que gerisse as respectivas terras.
Em 17 de Julho de 1283 D. Dinis outorgou foral a Cacela. Durante o século XIV devido a alterações da linha da costa e aos constantes ataques de piratas a população começou a abandonar a vila e a partir para o interior, disseminando-se por quintas e fazendas das ricas terras agrícolas que se estendem até à serra. Esta tendência ter-se-á acentuado sobretudo a partir da época dos Descobrimentos. Embora mantendo actividades ligadas ao mar, Cacela adquiriu um cariz marcadamente rural.
A aldeia é uma das mais típicas e genuínas de todo o Algarve e merece uma visita. Da bela localidade muralhada de Cacela Velha, edificada sobre uma arriba fóssil com cerca de um milhão de anos, contempla-se a ria Formosa e a ilha-barreira onde se situa a praia marítima. 
A aldeia é fechada ao trânsito; os visitantes deixam o seu carro no espaçoso parque de estacionamento na entrada da aldeia e exploram a localidade confortavelmente a pé.
As poucas casas de Cacela Velha são coroadas por uma pequena igreja e uma fortaleza imponente. Em séculos passados, a Fortaleza de Cacela Velha foi parte integral das fortificações fronteiriças. Hoje, a Unidade de Controlo Costeiro da GNR está alojada no complexo, o que impede visitas turísticas ao interior da Fortaleza.
A Praia da Cacela Velha tem acesso pedonal a partir da Manta Rota, mas mais frequentemente os turistas optam pela travessia de barco do Sítio da Fábrica em Cacela Velha.

Ler mais:
http://pt.algarve-portal.com/city.php?p=3&id=50
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cacela_Velha
http://discoverportugal2day.com/cacela-velha/

Olaria de São Pedro do Corval


Em São Pedro do Corval existe um dos maiores centros oleiros do País, baseado numa economia familiar, que conta actualmente com 26 olarias.
A tradição da cerâmica em São Pedro do Corval remonta aos tempos pré-históricos, graças à existência de depósitos de argilas com características específicas nesta zona do Concelho de Reguengos de Monsaraz, que motivaram desde sempre esta actividade.
Por entre potes, rodas de oleiros e fornos descobrem-se peças utilitárias tradicionais únicas que nos transportam para os tempos antigos em que o barro se moldava às necessidades dos trabalhos dos campos e das vidas humildes no Alentejo.
Actualmente encontramos em São Pedro do Corval verdadeiras obras de arte, quer na forma, quer na decoração - a pintura cerâmica - feitas com um saber ancestral e uma estética característica da região. Aliado à experiência única de poder ver ao vivo o barro a ser moldado pelas experientes mãos do mestre oleiro na sua roda e de poder partilhar dos seus conhecimentos e vivências, São Pedro do Corval, com mais de duas dezenas de olarias em constante funcionamento é por excelência o maior centro oleiro do país e um dos maiores da Península Ibérica.
Fonte: Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz
Ler mais:
http://www.cm-reguengos-monsaraz.pt/pt/visitar/Paginas/list-olaria.aspx
https://lifecooler.com/artigo/atividades/olaria-de-sao-pedro-do-corval/296934

sábado, 28 de julho de 2018

Aqueduto de São Sebastião (Arcos do Jardim)

O Aqueduto de São Sebastião, popularmente conhecido como os Arcos do Jardim, localiza-se na calçada Martim de Freitas, em frente ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra.
Mandado edificar cerca de 1570 por D. Sebastião, com o objectivo de levar a água da Alta da cidade até à colina que se lhe depara defronte, onde no início do século XVII haveria de se erguer o Convento de Santa Ana, o Aqueduto de São Sebastião estende-se ao longo de um quilómetro, atingindo no seu ponto mais alto treze metros de altura. A robusta edificação é atribuída ao engenheiro Filipe Terzi, que terá aproveitado o traçado já existente de um aqueduto romano para a disposição da estrutura quinhentista.
A construção primitiva foi alterada na década de 60 do século XX, com a demolição de um arco e dos edifícios anexos, de forma a possibilitar, nesse local, a abertura de uma praça e respectivo arruamento de acesso. Mantiveram-se vinte arcos, assentes sobre grandes pilares com as faces em degraus, que suportam o canal, coberto por abóbada de berço. 
No conjunto destaca-se o arco de honra, em cantaria, ladeado por duas inscrições em latim, emolduradas, que se referem à edificação do aqueduto. Rematado por cornija, em que se insere o escudo de Portugal, ao qual falta a coroa (existente no programa inicial), este arco é encimado por um baldaquino, assente sobre colunelos dóricos e coroado por cúpula e lanternim, que alberga dois nichos com as imagens de São Sebastião (no lado norte) e São Roque (no lado sul).
Em 2000 foram levadas a cabo obras de restauro, limpeza e consolidação da estrutura do aqueduto. Durante estes trabalhos, encontraram-se vestígios de policromia, tanto no baldaquino, nomeadamente nas estátuas dos santos e interior da cúpula, como nas letras das inscrições laterais, o que nos dá uma ideia totalmente distinta do programa decorativo primitivo, bem mais festivo e espectacular do que a sua monocromia actual nos permite visualizar.
Fonte: Catarina Oliveira, DGPC

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70173
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1625
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aqueduto_de_São_Sebastião
https://www.allaboutportugal.pt/pt/coimbra/monumentos/aqueduto-de-sao-sebastiao-arcos-do-jardim

Forte de São Bruno de Caxias

O Forte de São Bruno de Caxias localiza-se em Caxias, no concelho de Oeiras, na confluência da ribeira de Barcarena com o Estuário do Tejo.
O seu nome adveio do facto de ter sido edificado perto do convento de Laveiras dos Frades Cartuxos de São Bruno. Fazia parte da 1º linha de fortificações marítimas e fluviais, construídas logo após a Restauração, entre o Cabo da Roca e a Torre de Belém, para defesa da cidade de Lisboa, permitindo assim cruzar fogo com o Forte de Nossa Senhora do Vale, à esquerda, e o Forte de Nossa Senhora de Porto Salvo, à direita.
Em 1647 D. João IV determinou que fosse edificado um pequeno forte no lugar de Caxias, destinado a intensificar a defesa da margem direita da barra do rio Tejo, através do cruzamento de fogo com os fortes de Nossa Senhora do Vale e Nossa Senhora de Porto Salvo, e desta forma reforçando a defesa do Forte de São Julião da Barra. D. António Luís de Meneses, conde de Cantanhede e Governador de Armas da Praça de Cascais, seria nomeado como responsável pela obra. 
O forte apresenta planimetria poligonal em forma de estrela, que se desenvolve em torno de um pátio central quadrangular, com dois baluartes. A entrada no interior da bateria faz-se por um grande portal de arco pleno ladeado por pilastras, sobre o qual foi colocado o escudo de Portugal com a data 1647. Ao centro do pátio foi construída a casa forte, com cobertura abobadada. 
A partir do século XVIII esta fortaleza foi desactivada diversas vezes, devido aos frequentes assoreamentos a que estava sujeita. No início da centúria seguinte ainda integrou as designadas Linhas de Torres, três linhas defensivas formadas por um conjunto de cerca de 150 fortalezas distribuídas entre Torres Vedras e Lisboa, que asseguraram a defesa da capital durante a terceira invasão das tropas napoleónicas. 
Depois desta data, o Forte de São Bruno foi desartilhado, e em 1895 seria ocupado pela Administração Geral das Alfândegas. Somente em meados do século XX, entre 1952 e 1958, o forte foi objecto de obras de conservação e restauro.
Actualmente, a gestão do Forte está atribuída à Associação Amigos dos Castelos que aqui desenvolve, designadamente, actividades dedicadas ao público infantil e escolar.

Ler mais:
http://www.cm-oeiras.pt/pt/descobrir/patrimonio/patrimonio-militar/Paginas/fortesaobruno.aspx
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74116/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6080
http://www.amigosdoscastelos.org.pt/tabid/72/ctl/Details/mid/473/monumentID/42/language/en-US/default.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_São_Bruno_de_Caxias

Trilho da Penha da Águia

No litoral nordeste da Madeira, entre o Porto da Cruz e o Faial, surge o Miradouro da Penha da Águia, que atinge uma altitude de 580 metros. Acessível por meio de uma vereda, este local oferece belas panorâmicas sobre as montanhas e o mar.
Mais do que uma mera caminhada, este percurso representa um verdadeiro desafio: subir ao topo da Penha da Águia, uma das formações rochosas mais emblemáticas da Ilha da Madeira.
O piso escorregadio e o desnível acentuado aumentam a dificuldade deste percurso, exigindo atenção redobrada e alguma resistência dos caminhantes, sendo por isso recomendada sobretudo aos mais experientes.
Após a íngreme subida, chega-se ao topo da rocha. É o momento para relaxar e explorar os vários pontos e miradouros que este lugar oferece, proporcionando vistas maravilhosas, sobre as localidades do Porto da Cruz e Faial.
A descida é tão acentuada quanto a subida, com o piso igualmente escorregadio. Ao chegar à base da rocha, na zona do Faial, olhando para cima, desfruta-se da magnífica sensação de ter atingido o topo da imponente e emblemática Penha da Águia.

Ler mais:
http://walkmeguide.com/pt/madeira/trail/42/vereda-da-penha-de-aguia/
https://lifecooler.com/artigo/atividades/miradouro-penha-d-guia/394960

Porto de recreio de Machico




Na baía da cidade de Machico, localizada na costa leste da Madeira, existe um pequeno porto de abrigo, que permite abrigar embarcações de pequena e médias dimensões.
Junto ao Porto encontra-se uma agradável promenade, na qual se encontram diversas infrastruturas de entretenimento e lazer.

Ler mais:
https://www.cm-machico.pt/index.php/pages/content/posts/18/9

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Chafariz das Janelas Verdes

O Chafariz das Janelas Verdes encontra-se situado no Largo Dr. José de Figueiredo, em Lisboa e fazia parte do conjunto de chafarizes ligados ao Aqueduto das Águas Livres. Foi edificado no ano de 1775 baseado no projecto do arquitecto Reinaldo dos Santos e do escultor António Machado.
Implantado harmoniosamente no Largo do Dr. José de Figueiredo, surge rodeado por um pequeno muro, que define 3 dos seus lados, sendo o quarto definido pelo palácio, servindo simultaneamente de suporte às ruas laterais e acompanhando o declive do terreno.
É composto por uma plataforma, a que se adossam dois tanques num nível inferior, interrompidos por escada que acede ao nível superior, que sustenta uma taça fechada e galbado, com bicas em forma de carrancas, que vertem para um tanque circular; os três tanques são de perfil galbado e bordo simples. O conjunto é rematado por um grupo escultórico alegórico. Ao centro, o chafariz, onde se destacam as bicas, em forma de uma figura híbrida, meio homem, meio demónio, rematado por grupo escultórico composto por uma figura graciosa feminina, possivelmente Anfitrite ou Vénus, porque um golfinho a ladeia, vestida com vestes flutuantes arregaçando parte de um manto com a mão esquerda, enquanto a outra, ampara um Cupido que lhe oferece uma seta.
Classificado como Imóvel de Interesse Público em 1993, é um dos poucos chafarizes de Lisboa com estátua cimeira que subsistiram até aos nossos dias.
O seu nome está relacionado com o facto de estar localizado junto ao Museu Nacional de Arte Antiga, também conhecido por Museu das Janelas Verdes.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74271
http://www.monumentos.gov.pt/site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3147
http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/chafariz-das-janelas-verdes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chafariz_das_Janelas_Verdes
http://lisboadeantigamente.blogspot.com/2017/09/chafariz-das-janelas-verdes.html

Capela de Santa Marta


A Capela de Santa Marta ou Capela de Nossa Senhora da Conceição situa-se na freguesia de Melo, no concelho de Gouveia.
Embora se desconheça a data de fundação da Capela de Santa Marta, a sua tipologia arquitectónica indica-nos que a data de edificação se situará entre a segunda metade do século XVI e os primeiros anos de Seiscentos. As Memórias Paroquiais de 1721 referem que o templo foi fundado por João de Almeida, cónego da Sé da Guarda, e seu irmão António Cabral. 
É um pequeno templo de estrutura maneirista de gosto clássico. De planta rectangular disposta longitudinalmente, destaca-se no conjunto exterior o programa decorativo da fachada. 
O portal principal, de volta perfeita, é ladeado por duas pilastras e encimado por um friso decorado com relevos de motivos grotescos que revelam a inspiração na tratadística italiana quinhentista, uma vez que são decalcados das imagens do Livro de Arquitectura de Sebastiano Serlio. O conjunto é rematado por frontão curvo interrompido, que ao centro alberga um nicho concheado que integra uma imagem pétrea de São Paulo. A fachada é rematada por frontão triangular, com óculo, ladeado por pináculos. 
A fachada lateral, do lado da Epístola, possui um portal de estrutura semelhante ao portal principal, tendo sido inserida no nicho cimeiro a imagem de São João Baptista. Na parede, ladeando a porta, foi rasgada uma janela de moldura rectangular simples com guarda de ferro. No remate da fachada, no alinhamento da janela, foi colocada a sineira. A toda a volta do edifício, na cornija, foram esculpidas gárgulas com decoração antropomórfica. 
O interior, de nave única, encontra-se actualmente despojado de todo o recheio ornamental, uma vez que na primeira metade do século XX a pequena capela era utilizada pelos proprietários como armazém. A Fábrica da Igreja Paroquial de Melo adquiriu o templo em 1996, tendo desde então efectuado obras de reparação da estrutura. 
Embora este seja um templo rural, de dimensões modestas, a Capela de Santa Marta destaca-se pelo seu eruditismo, o que pressupõe a existência de um encomendante culto e esclarecido, bem como de um autor da traça formado num dos grandes centros de produção artística do país, profundamente ligado aos ensinamentos da tratadística italiana do século XVI.
A capela está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1938.

Fonte: DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73622
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1365
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capela_de_Santa_Marta_(Melo)

Aldeia avieira de Escaroupim


A cerca de 7 Km de Salvaterra de Magos situa-se a aldeia de Escaroupim, uma típica aldeia piscatória, formada em meados dos anos 30 do século passado. 
Alves Redol chamou-lhes os nómadas do rio. Os pescadores que vinham da praia de Vieira de Leiria, na Marinha Grande, procurar o sustento invernal ao Tejo foram ficando, criando raízes e uma cultura própria. Da sua origem vem o nome de Avieiros. A aldeia de Escaroupim, no concelho de Salvaterra de Magos, é o exemplo de uma povoação avieira.
Em Escaroupim as casas de madeira são assentes em estacaria para resistirem às cheias do Tejo e pintadas de cores garridas. Os tons festivos estendem-se também aos barcos ancorados no cais palafítico.
Hoje em dia, apesar do seu Tejo estar diferente e a sua aldeia modificada, o pescador avieiro resiste e continua a lançar as suas redes à agua num processo de aprendizagem que lhe foi legado pelos seus antepassados, perpetuando desta forma a identidade/ memória cultural dos avieiros.
Em Escaroupim é obrigatória a visita ao Núcleo Museológico do Escaroupim, situado na aldeia avieira, que é composto pelo Museu "Escaroupim e o Rio" e a Casa Típica Avieira.

Ler mais:
http://www.cm-salvaterrademagos.pt/index.php?option=com_k2&view=item&layout=item&id=2401&Itemid=620
http://aquapolis.com.pt/escaroupim-aldeia-viva-nas-margens-do-rio-tejo/
https://portugaldelesales.pt/a-aldeia-avieira-de-escaroupim/
https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-santarem/c-salvaterra-magos/escaroupim/aldeia-beira-rio
https://marevolto.blogs.sapo.pt/visita-a-escaroupim-uma-aldeia-avieira-55269

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Pelourinho de Água Revés

O povoamento da freguesia de Água Revés e Crastoo remonta aos inícios da nacionalidade, também se devendo considerar fundada nessa altura a Igreja Matriz, em honra de São Bartolomeu.
É de presumir que o concelho de Água Revés tivesse tido carta de povoação do séc. XII ou XIII, dado que, nessa altura, era uma concessão vulgar para as terras Transmontanas. Todavia, não é possível aferir se o concelho de Água Reveis teve foral velho. D. Manuel I concedeu-lhe foral, em Évora, a 12 de Novembro de 1516, mantendo-se como Vila e sede do concelho até 1836 – ano em que foi extinto, passando para o concelho de Carrazedo de Montenegro. Apenas em 1853, depois da extinção deste, integrou o concelho de Valpaços.
Água Revés tem o privilégio de possuir um Pelourinho classificado, desde 1953, como Imóvel de Interesse Público, que se situa no centro da povoação e que se pensa ser bastante posterior à outorga do foral.
O pelourinho ergue-se no largo do mesmo nome, junto ao antigo edifício dos Paços do Concelho. É constituído por um soco de dois degraus quadrangulares, de parapeito, sobre o qual assenta o conjunto da base, fuste e remate, em granito. A base resume-se a um largo tabuleiro quadrangular, da mesma altura dos degraus, e de factura tosca. Sobre esta levanta-se o fuste, cilíndrico e liso, com cerca de três metros de altura, onde assenta directamente o remate. Consta este de um tronco de pirâmide de topo truncado, com cercadura recta nas faces. 
Este pelourinho constitui ainda hoje um ponto de encontro da população, o que explica o acentuado desgaste da base, frequentemente usada como banco.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1953.

Ler mais:
https://valpacos.pt/frontoffice/pages/631?poi_id=150
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72880
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5726

Aldeia abandonada de Drave

Drave é uma aldeia desabitada numa cova entre as Serra da Freita, Serra de São Macário e Serra da Arada, integrada no Geoparque de Arouca e situada na freguesia de Covelo de Paivó.
É uma aldeia típica em que as casas são feitas de pedra, denominada pedra lousinha, sendo a sua cobertura de xisto. Os arruamentos são irregulares.
A aldeia é muito isolada e sem traços de modernidade: não é acessível de carro, e a aldeia mais próxima, Regoufe, fica a 4 quilómetros. Não tem electricidade, água canalizada, saneamento, gás, correio, telefone e a rede de telemóvel é escassa.
Para os que por ela se deixaram encantar, Drave é a «Aldeia Mágica», protegida pelas montanhas. Um mistério sublime, por desvendar. Sem eletricidade, água canalizada, gás, correio, telefone e telemóvel apenas a espaços, a «Aldeia Mágica» tem, por outro lado, o encanto das casas de xisto a contrastar com o caiado da capela, o murmúrio das águas da ribeira que por ali passa, o canto dos pássaros, o voo livre dos insetos. Para aqui chegar, há que percorrer um trilho de cerca de 4 quilómetros, desde Regoufe (PR14: Aldeia Mágica). Desabitada desde 2009, tem beneficiado, desde 1992, da intervenção do Centro Escutista, na reabilitação de alguns edifícios. Drave é, assim, a Base Nacional da IV Secção do Corpo Nacional de Escutas, reconhecida, desde 2012, com o selo SCENES de excelência (Scout Centres of Excellence for Nature and Environment – Centros Escutistas de Excelência para a Natureza e o Ambiente), o único reconhecimento deste tipo na Península Ibérica, num total de apenas 13 centros escutistas mundiais.
Drave foi habitada até ao início deste século, mas só em 1993 é que o telefone chegou ali, como pudemos ler numa placa afixada na igreja. Hoje não tem qualquer habitante permanente. No entanto, o seu carácter, a sua localização, e a sua mística fazem com que esta aldeia não tivesse ficado esquecida e são cada vez mais aqueles que a visitam e se deixam encantar por ela.

Ler mais:
http://aroucageopark.pt/pt/explorar/o-que-visitar/aldeias-tradicionais/drave/
https://www.viajarentreviagens.pt/portugal/drave-aldeia-encantada-da-serra-da-freita/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Drave
https://www.vortexmag.net/5-aldeias-abandonadas-que-merecem-sua-visita/

Castelo da Dona Chica