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sábado, 31 de outubro de 2020

Os chocalhos de Alcáçovas

A produção de chocalhos constitui a principal indústria da povoação de Alcáçovas que os fabrica desde o século XVIII, e cujo segredo se mantém na posse de algumas famílias que o vêm transmitindo de geração em geração.
Hoje, o fabrico destes objetos continua a processar-se exatamente do mesmo modo, e as oficinas mantém o mesmo aspeto de há 200 anos. Mas, o seu número tem vindo a diminuir drasticamente. Ainda há 40 anos havia dezasseis oficinas, das quais atualmente apenas três funcionam.
Os chocalhos eram usados para pendurar ao pescoço de alguns animais (os guias), à volta dos quais se juntavam os outros enquanto pastavam. Também serviam para indicar o paradeiro das reses mais gulosas quando estas se afastavam da manada para os campos semeados. Atualmente, o sistema de limitar as zonas destinadas à pastagem com cercas aramadas está a fazer cair em desuso a utilização dos chocalhos.
O fabrico de chocalhos em Portugal, ofício e manifestação cultural que tem no Alentejo e em Alcáçovas a sua maior expressão, foi classificado pela UNESCO como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente, por decisão tomada no dia 1 dezembro de 2015.

Ler mais:
http://www.cm-vianadoalentejo.pt/pt/site-visitar/Paginas/Artesanato.aspx
https://www.minhaterra.pt/fabrica-de-chocalhos.T12550.php
http://chocalhospardalinho.com/noticias/a-arte-dos-chocalhos-ja-e-patrimonio-imaterial-da-humanidade/#.X52FCIj7RQI

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Igreja matriz de Viana do Alentejo


A Igreja Matriz de Viana do Alentejo é um monumento religioso, em estilo manuelino, que se localiza dentro do Castelo de Viana do Alentejo, sendo uma das suas paredes adjacente à muralha do mesmo.
Sabe-se que a igreja já existia no tempo de D. Dinis, mas D. Manuel ordenou a sua reconstrução, substituindo-se então o edifício medieval por um dos mais belos templos manuelinos do sul do país.
A actual igreja está atribuída a Diogo de Arruda, que em 1521 era primeiro mestre das obras do Alentejo. Está localizada dentro do recinto do castelo, tendo o paramento sul e a cabeceira, a nascente, encostadas aos respectivos panos de muralha. A fachada distribui-se em três corpos, denunciando as três naves do interior, cuja marcação surge reforçada por vários elementos arquitectónicos. Assim, o corpo central, mais elevado, é flanqueado por dois contrafortes de secção quadrada, sobre os quais assenta um grande arco de descarga, redondo, correspondente à nave central, enquanto os laterais, com coroamento de merlões chanfrados, tal como todo o edifício, possuem gigantes dispostos em ângulo. Sobre o arco de descarga eleva-se a sineira, com frontão triangular agudo, enquanto por baixo do mesmo se rasga um janelão, e o magnífico portal principal, a eixo. No alçado Norte rasga-se uma segunda porta, mais simples. O coroamento de merlões, os contrafortes cilíndricos e pináculos cónicos que ritmam os alçados, e os originais arcobotantes de tijolo, denunciam a influencia da linguagem mudéjar, ainda presente em alguns revestimentos de azulejaria de factura sevilhana no interior. 
O portal, em mármore, constitui um dos mais marcantes e feéricos exemplares do manuelino. Trata-se de um largo vão circular, envolvido por moldura torsa em arco conopial, sob o qual se recortam dois vãos geminados, com mainel. O pórtico é flanqueado por dois pilares que se prolongam até ao fecho do arco conopial, rematado em cogulho. Entre a profusa decoração do conjunto destacam-se as habituais representações heráldicas, nomeadamente o escudo de armas régias, no espaço entre o arco conopial e o extradorso do arco envolvente, a cruz da Ordem de Cristo, inscrita em moldura circular no tímpano, e duas esferas armilares, elevando-se a partir da torsade do arco conopial. 
O interior tem três naves de cinco tramos, com abóbadas de cruzaria de ogivas. Da estrutura, destacam-se os grossos pilares octogonais das naves, cuja tipologia foi antecedida, entre outros, pelos pilares da igreja do Mosteiro dos Jerónimos.
O templo quinhentista recebeu muitas intervenções ao longo do séculos, que se traduziram no acrescentamento de capelas e dependências anexas, bem como no acervo artístico conservado, entre silhares de azulejos, talha, e imaginária diversa. Da época da construção destacam-se ainda dois vitrais, os únicos conservados, de qualidade excepcional, representando São Pedro e São João Baptista.
A igreja está classificada como Monumento Nacional desde 1910.

Fonte: Sílvia Leite, DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70378/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1190

sábado, 28 de abril de 2018

Feira D'Aires


A Feira D'Aires realiza-se anualmente, em Viana do Alentejo, no quarto domingo de Setembro. Trata-se de uma feira centenária onde o profano e o sagrado "andam de mãos dadas" e que inclui manifestações religiosas, música, mostra de actividades económicas e comércio tradicional.
O certame tem mais de 250 anos de existência e realiza-se em torno do Santuário com o mesmo nome que recebe todos os anos milhares de devotos. Ao todo são três dias de festa num certame que todos os anos apresenta novidades aos milhares de visitantes que se deslocam a Viana do Alentejo.
Recorde-se que na origem da feira está a promessa feita pelos comerciantes de Évora em 1748, caso a epidemia que grassava na cidade fosse debelada, o que veio a acontecer. No seguimento dessa promessa, passou a realizar-se, anualmente, uma feira em torno do Santuário que por alvará régio datado de 1751 concedido por D. José I, se torna feira franca.
                           Fonte: Câmara Municipal de Viana do Alentejo

Ler mais:
http://www.cm-vianadoalentejo.pt/pt/site-visitar/patrimonio-imaterial/Paginas/Feira-DAires.aspx

Forte Jesus de Mombaça