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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Coelho à São Cristóvão

Situada no limite entre os concelhos de Montemor-o-Novo, a que pertence, e o de Alcácer do Sal, a freguesia de São Cristóvão e aldeia do mesmo nome é, como tantas do Alentejo interior, uma aldeia envelhecida e em vias de desertificação.
Destroço de si própria, foi como tantas outras aldeias do interior, incapaz de criar em si motivos que levassem as novas gerações a ficar. Pontuada aqui e ali por vestígios de um passado bem diferente da triste atualidade, São Cristóvão lembra o tempo em que, só na freguesia funcionavam cinco escolas primárias, minas, diversas atividades económicas e culturais e, claro, a Pensão Canejo, fechada há quase quatro décadas, onde se vinha, e de longe, para provar os petiscos de Dona Alexandrina e, dentre eles, o único prato original da aldeia, por isso chamado Coelho à São Cristóvão.
Para a sua confeção, faça-se uma massa, no almofariz, com sal grosso, alhos e um pouco de vinagre e esfregue-se com ela um coelho, por dentro e por fora. Deixe-se por 24 horas. Corte-se fatias finas de toucinho fresco, alto, e forre-se todo o bicho com este toucinho, prendendo-se as fatias ao coelho com a ajuda de palitos e ponha-se também toucinho dentro da abertura da barriga. Leve-se então a assar, devagar e em lume de carvão, até estar tostado e bem tenro. Retire-se os palitos e o toucinho, que deverá estar reduzido a um torresmo, desosse-se e desfie-se cuidadosamente a carne do coelho, para uma tigela, e também o toucinho depois de partido em pedacinhos pequenos. Tempere-se com azeite virgem finíssimo e vinagre de vinho, abundantes, bem como com coentros frescos picados grosso e dentes de alho picado fino.  Mexa-se bem e coma-se no dia seguinte, acompanhado por batatas novas, cozidas ou assadas, em ambos os casos com a casca.
Atualmente, usa-se por vezes apresentar o Coelho à São Cristóvão, já desossado, acompanhado de pão alentejano.

Ler mais:
http://comidascaseiras.blogspot.com/2008/05/coelho-so-cristvo.html
https://outrascomidas.blogspot.com/2011/10/coelho-s-cristovao.html
https://www.receitasemenus.net/coelho-a-sao-cristovao/

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Convento de Nossa Senhora da Saudação

O Convento de Nossa Senhora da Saudação, em Montemor-o-Novo, é o monumento de maior valor artístico do concelho. 
A origem do edifício remonta a 1502, tendo sido alvo de transformações e acrescentos até ao século XIX. A frontaria principal do edifício, conserva alguns elementos arquitectónicos característicos da época de fundação. Na entrada da Portaria-Mor (antiga entrada principal do Convento) pode ainda observar-se uma esfera armilar, característica da arte manuelina. Também a chamada "Porta das Freiras" na igreja conventual é encimada por esfera armilar em alto relevo.
Na década de sessenta do século XVI foi construído o dormitório. Da segunda metade desse século são também a Igreja. o Coro Alto e o Coro Baixo. O Claustro Conventual data do reinado de D. João III. Na última década do século XVI foram construídas as enfermarias monásticas que ligaram o corpo principal do mosteiro às muralhas da vila.
A portaria é revestida por azulejos polícromos datados de 1651. O claustro, renascença, de dois andares, tem colunata toscana. A sala do capítulo e o refeitório, do século XVI, conservam restos de composições a fresco. A igreja, da mesma época, está recoberta de azulejos de vários padrões, polícromos de 1650-1673.
O Convento, pertencente à Ordem Dominicana, foi sempre habitado por um grande número de religiosas. No século XVIII chegou a ser habitado por 65 freiras. Com a extinção dos conventos em 1834, e a morte da última prioresa, em 1874, o edifício foi ocupado pelo Estado e, em 1876, ali instalado o Asilo de Infância Desvalida, que ocupou o edifício até aos anos 60 do século XX.
Actualmente, e depois de obras de recuperação levadas a cabo pela Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, funcionam no convento algumas instituições ligadas à divulgação das artes.

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=7992
https://pt.wikipedia.org/wiki/Convento_de_Nossa_Senhora_da_Saudação
http://www.ufvilabisposilveiras.pt/patrimonio/Convento-da-Saudacao-em-Montemor-o-Novo/4

terça-feira, 22 de maio de 2018

Gruta do Escoural

No lugar da Fonte Nova, na Herdade de Sala, a 3 km da sede de freguesia de Santiago do Escoural, quando em 1963 se procedia à exploração de uma pedreira de mármore, descobriu-se uma gruta com pinturas rupestres, constituindo no seu género uma das mais ricas estações arqueológicas de toda a Europa.

A gruta consta de umas três dezenas de galerias, em vários andares, formando corredores, rampas, pequenas câmaras e salas. O percurso principal, no sentido N-S, mede cerca de 50 metros.
É uma estação de arte rupestre datada do Paleolítico superior, entre o Solutrense e o Magdalense II, com limites cronológicos entre aproximadamente 17000 a 13000 a.C., e necrópole representativa das fases que precederam a florescente cultura megalítica. 
Existem 14 pinturas e 5 gravuras, sendo as figuras umas naturalistas, outras esboçadas e ainda outras constituídas por motivos abstractos. A necrópole é neolítica e nela podem observar-se diversos tipos de práticas funerárias.
A gruta está classificada como Monumento Nacional desde 1963.

Fonte: Guia Turístico de Portugal de A a Z - Círculo de Leitores (1990)

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/itinerarios/alentejo-algarve/03/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gruta_do_Escoural
https://nationalgeographic.sapo.pt/index.php/ng-revista/375-a-gruta-do-escoural
https://www.viagensemiudos.pt/gruta-do-escoural/
http://pedrastalhas.blogspot.pt/2017/09/do-escoural-lascaux-entrada-da.html

Forte Jesus de Mombaça