sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Viola campaniça

Também designada por Viola Alentejana, a Viola Campaniça era o instrumento musical usado para acompanhar os célebres cantares à desgarrada, ou ” cantes a despique”, nas festas e feiras do Baixo Alentejo. É a maior das violas portuguesas e possui 5 ordens de cordas, tocada de dedilhado apenas com o polegar, sendo que as cordas mais graves são geralmente tocadas soltas. Dependendo do construtor, pode ou não ser ornamentada na caixa. Tem uma forma que se assemelha à de um oito, com a caixa marcadamente ondulada.
Adaptada à exposição da melodia das modas e cantigas alentejanas pode possuir dois tipos de afinação: Sol Mi Dó Fá Dó, do agudo para o grave, e Mi Dó# Lá Ré Lá. Como particularidade, apesar de ser um instrumento de dez cordas, pode possuir doze afinadores o que indicia que o instrumento, que se crê que tenha evoluído a partir da “Vihuela de Mano” medieval , foi outrora dotado de uma sexta ordem de cordas duplas, mas que estas terão caído em desuso.
Pode ser tocada em rasgado, com acordes, ou como instrumento solista, usando dedilhado com o polegar e o indicador, e serve para acompanhar os passos improvisados de um baile ou os copos mandados abaixo numa taberna, sempre acompanhando uma modinha popular.
Ao contrário de outros cordofones portugueses, tão famosos que emigraram para outras coordenadas, sendo o mais óbvio o cavaquinho, mas nunca esquecendo a guitarra portuguesa que recentemente ganhou ouvintes além fronteiras com a elevação do Fado a Património Mundial da UNESCO, a viola campaniça assumiu sempre um papel low-profile, nunca passando de um alcance regional, limitado, de forma um pouco grosseira, ao espaço entre as serras que anunciam o Algarve, a sul, e as planuras que continuam para o Alentejo menos seco, a norte.

Ler mais:
http://casadaguitarra.pt/produto/campanica/
https://www.portugalnummapa.com/viola-campanica/#prettyPhoto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Violas_portuguesas#Viola_campaniça

Clube Náutico de Avis

O clube náutico, instalado numa das margens da albufeira do Maranhão, constitui um dos principais espaços de lazer do concelho de Avis, no Alto Alentejo, oferecendo a quem gosta de remo condições consideradas “únicas” para a prática da modalidade.
Situado a pouco mais de um quilómetro da vila de Avis, no distrito de Portalegre, o espaço, que foi remodelado há cerca de uma década, é composto por um parque de campismo com dez apartamentos, piscinas, restaurante, hangar náutico, parque de merendas, parque infantil e solário, numa área com cerca de 96 hectares.
Considerado pela autarquia como um dos “grandes pólos de atracção” turística da zona, o complexo “não se restringe” apenas a espaço de lazer e de desporto, sendo apontado também como “um elemento de valorização do património natural do concelho e, em particular, da albufeira do Maranhão”.
Anualmente, o município promove também, em parceria com várias entidades ligadas ao sector, um conjunto de provas de remo que contam com a participação dos melhores atletas nacionais e internacionais.
Com uma escola de windsurf ao dispor dos munícipes e dos visitantes no período de verão, o Clube Náutico de Avis vai também oferecer, em breve, um trilho destinado aos adeptos dos passeios pedestres.
A praia fluvial do Complexo Náutico de Avis não é vigiada e, devido à altura das águas da barragem, pode estar total ou parcialmente submersa.

Ler mais:
http://www.30anoslusa.pt/clube-nautico-avis-um-oasis-os-amantes-do-remo/
http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-de-avis-na-albufeira-do-maranhao-portalegre/

Termas das Caldas da Cavaca


As Caldas da Cavaca encontram-se localizadas numa quinta com cerca de noventa hectares, a cinco quilómetros de Aguiar da Beira, na margem esquerda da Ribeira de Coja, num vale aprazível.
Inauguradas em 1924 por iniciativa do comerciante e autarca Fernando da Silva Laires, as Caldas da Cavaca estiveram abertas desde aquele ano até 1995, ano em que encerraram por cerca de 13 anos. Foram propriedade privada até 1983, ano em que transitaram para a posse da autarquia de Aguiar da Beira. Reabriram em 2008, após 15 anos de remodelação, sendo agora geridas por uma empresa municipal.
Por análises prévias efectuadas em 1919 e, mais tarde, no ano de 1938, verificou-se que a composição daquelas era bastante interessante, em virtude da sua grande percentagem de flúor: considera-se uma água meso-termal, fracamente mineralizada, brotada a uma temperatura entre os 25 e 30 graus, hipossalina, súlfurea, fluoretada e titânica. 
Neste Complexo Termal, as águas meso-termais, fracamente mineralizadas, brotam a uma temperatura entre os 25 e 30 graus e são utilizadas numa grande diversidade de tratamentos para doenças do foro digestivo, da pele, osteo-articulares e respiratórias. 
Actualmente, as Caldas da Cavaca, para além dos tratamentos terapêuticos, oferecem também programas de bem-estar com vista ao relaxamento e revitalização do corpo e da mente humana.

Ler mais:
http://caldasdacavaca.pt/pt/termas/
http://www.termasdeportugal.pt/estanciastermais/Caldas-da-Cavaca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caldas_da_Cavaca

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Praia da Granja



Nos finais do séc. XIX e início do séc. XX, a Praia da Granja era a mais aristocrática estância de veraneio do Norte de Portugal, frequentada pela realeza, pela corte e por alguns dos mais importantes escritores portugueses da época, como Ramalho Ortigão e Eça de Queirós. São originários desses tempos muitos dos chalés antigos, rodeados de vegetação, que conferem à Granja um charme que se manteve até aos nossos dias.
Tem estação de comboio e entre a via férrea e a praia estendem-se uma série de quarteirões onde não faltam belos exemplares de arquitectura de veraneio de princípios do séc. XX. A ciclovia vinda do Cabedelo também passa aqui.
A praia tem bons acessos para pessoas com mobilidade reduzida. A Praia da Granja, tem uma beleza natural única, que se espelha nas suas águas e na zona rochosa que aparece e desaparece ao sabor da maré. A área dunar é protegida por uma passadiço de madeira que tem uma extensão de quinze quilómetros, por onde se podem percorrer todas as praias do concelho de Vila Nova de Gaia.

Ler mais:
https://www.vortexmag.net/as-12-melhores-praias-de-espinho-e-arredores/3/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Praia_da_Granja
https://lifecooler.com/artigo/atividades/praia-da-granja/353141/

Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António

A Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA) localiza-se no sudeste algarvio, perto da foz do rio Guadiana, abrangendo um território integrado nos dois concelhos que lhe dão o nome: Castro Marim e Vila Real de Santo António. O sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António foi a primeira Reserva Natural criada no continente português, no ano de 1975.
O interesse biológico da zona nos seus múltiplos aspectos ecológico, botânico, ornitológico e ictiológico, o valor arqueológico do aglomerado de Castro Marim, assim como a alta sensibilidade da área e a sua capacidade influenciadora de factores económicos regionais, designadamente da pesca, da salinicultura e do turismo, foram as razões invocadas no diploma que cria a Reserva.
A Reserva Natural confunde-se com o sapal que se estende ao longo do Guadiana, entre Castro Marim e Vila Real de Santo António, área plana de cotas baixas, sulcada por uma rede de esteiros que asseguram a drenagem e se abrem à água salgada. O verde monótono dominante alinda-se na primavera com o vermelho com que o Mesembryanthemum nodiflorum cobre os taludes das salinas. As zonas mais elevadas possuem manchas de maquis mediterrânico.
Os esteiros são local privilegiado para a reprodução de peixes e crustáceos. Castro Marim serve de habitat ou simples refúgio a numerosa população de aves aquáticas, nomeadamente o pernilongo e o alfaiate. A cegonha-branca sobressai pelo número de ninhos ocupados. Presentes também aves estivais, caso do flamingo e da andorinha-do-mar-anã, e invernantes, como o maçarico-de-bico-direito e o pilrito-comum.
Nas dunas litorais próximas regista-se a ocorrência do camaleão Chamaeleo chamaeleon, observável em certos troços da faixa litoral algarvia e até nas ilhas-barreira da Ria Formosa.
A paisagem da Reserva é uma das mais bem preservadas paisagens algarvias, não tendo sofrido as profundas alterações que se fizeram sentir um pouco por toda a costa da região. Por se tratar de uma zona húmida com uma extensão considerável, o valor paisagístico que apresenta é muitíssimo elevado, e talvez uma das maiores riquezas da Reserva. Os extensos sapais, as salinas, os alfarrobais e o próprio Guadiana convidam ao passeio e ao descanso, oferecendo por isso condições excelentes para o desenvolvimento do turismo ambiental.

Fonte: ICNF
Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/r-nat/rnscmvrsa

EN 2 - Troço Vila Real - Lamego



Crescida num planalto situado na confluência dos rios Corgo e Cabril, a cidade está enquadrada numa bela paisagem natural (Escarpas do Corgo), tendo como pano de fundo as serras do Alvão e, mais distante, do Marão. Com mais de setecentos anos de existência, Vila Real foi outrora conhecida como a “Corte de Trás-os-Montes”, devido ao elevado número de casas brasonadas que então tinha.
Este troço da estrada nacional nº 2 começa à saída de Vila Real, precedendo as inúmeras curvas que acompanham o apertado vale do Corgo, o rio que passa naquela cidade e que, mais à frente irá desaguar no Douro. A passagem pelo concelho de Santa Marta de Penaguião marca a entrada no Alto Douro Vinhateiro, declarado pela UNESCO como património mundial da Humanidade. A estrada desenha-se em contornos retorcidos, por entre a complexidade da paisagem modelada pelo homem ao longo dos anos. Entra-se em pleno pelos socalcos do Douro, que iluminam o dia, e cujo percurso proporciona quilómetros de um magnífico desfile panorâmico.
Foi no concelho de Santa Marta de Penaguião, mais precisamente no km 81, que foi assinado, em novembro de 2015, um protocolo de intenções que dê início ao estabelecimento de uma "Rota Turística da Estrada Nacional 2".
A paisagem vinhateira prossegue até ao Peso da Régua. Aqui foi criada a Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro (actual sede do Museu do Douro) em 1756 pelo Marquês de Pombal, tendo este mandado delimitar as vinhas do Vale do Douro com marcos de granito (Marcos de Feitoria), criando a primeira região demarcada e regulamentada do mundo no Douro. Nesta cidade também se localiza a Casa do Douro criada em 1932 como entidade reguladora dos vinhos da região onde, no seu interior, se pode admirar um tríptico de vitrais da autoria do mestre Lino António que retratam a labuta diária da vinha na região duriense.
Da riqueza patrimonial do concelho destacam-se as muitas casas senhoriais, pequenos palacetes e grandes quintas rurais dos “senhores do vinho”, muitas delas abertas ao público, demonstrando a riqueza que esta produção trouxe à terra, mas também outros monumentos, como a Igreja Matriz de S. Faustino, construída no local onde outrora existiu a capela do Espírito Santo, a Capela do Senhor do Cruzeiro do século XVIII, a Igreja do Asilo Vasques Osório, as Capelas do Espírito Santo, a de Nossa Senhora do Desterro, a de São João ou a de Nossa Senhora da Boa Morte, entre tantos outros.
Atravessa-se a ponte pela Estrada N2, de olhos na sua imponente e moderna vizinha inserida no traçado da auto estrada A24. A partir daí é a subida para Lamego, acompanhada ainda pelos socalcos das vinhas do Douro Sul. O km 100 da EN-2 atinge-se na localidade de Sande, quase às portas de Lamego.
A entrada em Lamego faz-se pela Avenida Dom Afonso Henriques até ao largo da Sé e a saída pela Rua Alexandre Herculano, para se retomar a EN-2 seguindo as indicações de “Mata dos Remédios”.

Ler mais:
http://www.cm-smpenaguiao.pt/wp-content/uploads/2016/11/2016-ilovepdf-compressed-1.pdf
http://amantesdeviagens.com/conhecer-portugal/estrada-nacional-n2-portugal/
https://quilometroinfinito.com/rota-patrimonio-da-estrada-n2/
http://estradanacional2chavesfaro.blogspot.com/2012/02/en-2-1-etapa-chaves-peso-da-regua.html

Judiaria de Belmonte

Belmonte é, talvez, a terra portuguesa onde a presença dos judeus é mais forte, destacando-se por ter sido um caso singular, no território peninsular, de permanência da cultura e da tradição hebraicas desde o início do século XVI até aos dias de hoje. A comunidade judaica está aí estabelecida desde a Idade Média. Em 1297 terá sido inaugurada a primeira sinagoga da vila, que posteriormente foi adaptada ao culto cristão. Com o édito de expulsão de D. Manuel, manteve-se em Belmonte um grupo de criptojudeus que subsiste até à actualidade.
Apesar das perseguições de que, não poucas vezes, eram alvo, estes Filhos de Israel mantiveram os costumes básicos do Judaísmo até ao presente, subsistindo numa comunidade fechada, onde as tradições eram passadas oralmente de pais para filhos. O isolamento levou a que esta comunidade perdesse o uso comum do hebraico e muitos dos ritos religiosos, mas permitiu que a base religiosa do judaísmo fosse mantida. Somente em 1989 os sefarditas belmontenses regressaram de forma efectiva ao Judaísmo, fundando oficialmente a Comunidade Judaica de Belmonte.
Findas as perseguições da Inquisição e terminados os processos de integração católica que diluíram a totalidade das muitas comunidades existentes, veio a descobrir-se que nesta vila estavam vivas as tradições, a organização e a estrutura religiosa dos últimos judeus secretos de Portugal. Belmonte é, no limiar do século XXI, a última comunidade peninsular de origem Cripto-Judaica a sobreviver enquanto tal. São cerca de 200 pessoas, quase 10% dos habitantes da vila.
A antiga judiaria de Belmonte, situar-se-ia em torno da actual Rua Direita e Rua Fonte da Rosa (esta primitiva Rua da Judiaria). Ao cimo da Rua Direita, a norte, existe ainda uma praça, esta das mais antigas de Belmonte, que conserva muito da sua arquitectura primitiva. Nela podem observar-se pequenas casas de granito, térreas, com pequenas aberturas e com cruzes nas ombreiras.
Ao entrar em Belmonte, suba ao castelo e, a partir do largo, desça a Calçada Romana para entrar na antiga judiaria. Percorra as casas das ruas Direita e Fonte da Rosa, onde pode ver nos umbrais das pequenas casas de granito marcas na pedra, testemunho da história destes judeus obrigados a viver em segredo. Dirija-se até à Sinagoga Bet Eliahu, edificada sobre um promontório num extremo da vila que abre para o vale, projectada pelo Arquitecto Neves Dias e dedicada em 1996. Na Rua da Portela pode ainda visitar o Museu Judaico de Belmonte, que no seu espaço dá a conhecer a história dos judeus portugueses, a sua integração na sociedade medieval portuguesa, os rituais e costumes públicos e privados das comunidades, e a história, perseguição e persistência dos cristãos-novos.

Ler mais:
http://www.redejudiariasportugal.com/index.php/pt/cidades/belmonte
http://www.centerofportugal.com/pt/o-judaismo-portugues-hoje-belmonte-a-nacao-judaica/
https://beira.pt/turismo/judiarias/judiaria-de-belmonte/
http://questomjudaica.blogspot.com/2013/12/belmonte.html

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Parque e Jardins de Monserrate

Próxima do centro histórico de Sintra, situa-se uma das mais belas criações arquitectónicas e paisagísticas do Romantismo em Portugal: o Parque e Palácio de Monserrate, testemunhos ímpares dos ecletismos do século XIX.
Nos terrenos que correspondem actualmente ao Parque de Monserrate, terá existido uma capela que marcaria a sepultura de um cristão-moçárabe que morrera a combater um rico árabe que comandava a zona. Em 1540 o clérigo Gaspar Preto mandou edificar uma capela dedicada a Nossa Senhora de Monserrate, nesta altura a ermida e os terrenos circundantes pertenciam ao Hospital de Todos-os-Santos de Lisboa.
Em 1856 a propriedade é adquirida por um milionário dos têxteis inglês, Francis Cook, herdeiro da Cook, Son & Co. O palácio foi desenhado por James Knowles e os jardins foram alvo de intervenções pelo paisagista William Stockdale, o botânico William Nevill, e James Burt, mestre jardineiro, que passaria aliás o resto da sua vida em Monserrate. Cook faz de Monserrate a residência de Verão da família recheando-o com obras de arte da sua enorme colecção (hoje dispersa por inúmeros museus).
A propriedade ficará na posse da família Cook até 1947 quando Sir Herbert Cook é obrigado a vender a quinta depois da família ter perdido grande parte da fortuna na primeira metade do século XX. Saúl Fradesso da Silveira de Salazar Moscoso Saragga (1894-1964), comerciante de antiguidades de Lisboa, compra o palácio e irá vendê-lo em 1949 ao Estado Português, que compra ainda 143 hectares da Tapada de Monserrate. A Serra de Sintra, onde o palácio se localiza, é classificada como Paisagem Cultural - Património da Humanidade pela UNESCO em 1995 e em 2010 iniciam-se as obras de recuperação do Palácio de Monserrate, agora aberto ao público.
O parque desenvolve-se ao longo de 33 hectares e conta com diversos jardins onde se podem uma impressionante colecção botânica, com exemplares de todo o mundo. O Jardim do México localiza-se na zona mais quente e seca da propriedade reunindo-se aqui plantas dos climas mais quentes. O Vale dos Fetos apresenta diversos exemplares de Fetos-arbóreos dispostos ao longo da encosta.
Os Lagos Ornamentais possuem diferentes profundidades e temperaturas distintas de modo a albergarem plantas aquáticas exóticas contando-se como as mais importantes Papiros e Nenúfares.
Existe ainda um Roseiral com cerca de 200 variedades históricas e cujo restauro foi concluído em 2011, altura em que foi inaugurado por Sua Alteza Real o Príncipe de Gales e a Duquesa da Cornualha.
O parque é decorado por diversos elementos ao gosto romântico, entre eles encontram-se alguns projetados por William Beckford, como a Cascata artificial (foi necessário desviar um ribeiro para a conseguir), assim como o Arco de Vathek, que partilha o nome com a personagem principal do famoso romance de Beckford, Vathek). Acredita-se ainda que o falso Cromeleque seja também ele obra de Beckford.
No que toca a estruturas edificadas destacam-se a falsa ruína de uma Capela, da autoria de Francis Cook, ao gosto romântico da época e inspirada pelas inúmeras ruínas de mosteiros e abadias no Reino Unido.
Um Arco ornamental Indiano, comprado em 1857 por Cook a Charles Canning, Governador-Geral da Índia, decora o Caminho Perfumado que termina na entrada principal do palácio.
Em 2013 o Parque de Monserrate foi premiado com um European Garden Award na categoria de “Melhor Desenvolvimento de um Parque ou Jardim Histórico”.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Palácio_de_Monserrate#Parque_de_Monserrate
https://www.parquesdesintra.pt/parques-jardins-e-monumentos/parque-e-palacio-de-monserrate/descricao/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72839/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=22672


Igreja matriz de Santa Comba Dão

Vila do distrito de Viseu, Santa Comba Dão possui uma Igreja Matriz de fundação muito antiga, templo esse que foi totalmente renovado cerca do ano de 1791. 
Se o prospecto exterior deixa claramente ver as obras barrocas do último quartel do século XVIII, no interior o destaque vai para o seu retábulo-mor.
Dedicada a Santa Maria Maior, a Matriz de Santa Comba Dão é uma igreja barroca de grandes dimensões, mas revela uma contenção decorativa, quer a nível externo, quer no seu interior.
É um belo exemplar da arquitectura do barroco, com duas torres sineiras. A sua construção iniciou-se em 1725 e foi inaugurada a 11 de julho de 1755. 
Na parte superior da frontaria, abrem-se as ventanas dos sinos em arco de volta perfeita, sendo a cimalha marcada por angulares pináculos e estando coberta por alteadas cúpulas bolbosas, uma delas encimada por um elegante catavento de ferro. 
O pano central da fachada é marcado por um portal nobre ressaltado, de ombreiras direitas e frontão mistilíneo, interrompido e moldurado. Na mesma linha axial, mas num plano superior, está um óculo com vitral colorido e circundado por moldura contracurvada. Lateralmente, num plano inferior, dispõem-se duas janelas idênticas às que se rasgam nas paredes das torres sineiras.
O interior é pobre e a sua nota artística mais saliente vai para a capela-mor. Este espaço apresenta uma forma retangular, estando coberto porum teto de caixotões em madeira, com molduras e florões entalhados,contendo pinturas religiosas do século XVIII. 
No fundo da capela-mor ergue-se o belo retábulo em talha dourada, obra barroca do denominado Estilo Nacional (séculos XVII e XVIII). A sua composição é grandiosa, destacando-se o sacrário no centro da profunda tribuna, conjuntamente com uma escultura de Cristo crucificado. Na zona da predela do retábulo, pode observar-se a ingénua e graciosa figuração de atlantes entalhados, trabalho que evidencia a participação de entalhadores menos categorizados. Destacam-se pormenores como o sorriso do burro e o chapéu de Nossa Senhora.

Fonte principal: https://www.infopedia.pt/$igreja-matriz-de-santa-comba-dao

Solar do Souto


Situado em São Clemente de Basto, e classificado como Monumento de Interesse Público, o Solar do Souto é uma Casa Senhorial do século XVIII, mas cuja origem é muito mais antiga. Situado no coração da Região de Basto, o Solar está rodeado de verdejantes jardins onde predominam as japoneiras centenárias.
Desde 1993 que a casa se dedica ao Turismo de Habitação.
"Tudo é majestoso. A torre sineira da capela, com cúpula bulbiforme, lembra a de uma igreja paroquial; o quadrilátero que a casa forma evoca os vastos conventos barrocos da Baviera; as topiarias de japoneiras são monumentais, e até o panorama sobre o vale é grandioso" - Anne de Stoop, em "Palácios e Casas Senhoriais do Minho". "A capela apresenta um retábulo de estilo neoclássico com colunas coríntias e cimalhas em arco triunfal, rematado por querobins. A talha é dourada e pintada em tons ebúrneos".
O solar dispõe de quatro quartos de casal e um quarto duplo, todos com casa de banho privativa, várias salas e salões, capela, biblioteca e piscina que oferecem condições excepcionais para festas, recepções, convívios, férias e fins-de-semana no silêncio e sossego rural.
Integrada nos jardins do Solar do Souto, existe também a Casa da Eira que é uma casa totalmente independente, de tipologia T3+1 (3 quartos + 1 quarto comunicante). A Casa da Eira é adequada a grupos ou famílias que pretendam usufruir de um ambiente rústico e acolhedor, com total independência.

Fonte: http://solardosouto.blogspot.com/2011/10/solar-historia.html

Ermida de Santo André

Reza a tradição que a Ermida de Santo André foi fundada pelo rei D. Sancho I, aquando da primeira conquista da cidade aos mouros, em 1162; esta é, no entanto, uma data sem suporte histórico, uma vez que só em 1232, já no tempo de D. Sancho II, o burgo entrou definitivamente em posse cristã. Ainda assim, esta lenda inspirou ao longo dos tempos várias manifestações de devoção, e encontrou eco na obra de mais de um autor; a igreja conserva uma inscrição, datada de 1902, reproduzindo a lenda da fundação medieval.
De qualquer forma, o edifício existente nada tem a ver com a eventual construção dos séculos XII ou XIII, por ser o templo actual obra gótico-mudéjar do final do século XV ou do início do século XVI, talvez atribuível à acção mecenática de D. Manuel, possivelmente enquanto duque de Beja.
A ermida inscreve-se assim no tipo muito regional dos pequenos templos ameiados, com robustos contrafortes cilíndricos e coruchéus cónicos, erguidos extra-muros, perto das cinturas defensivas dos burgos; esta localização, aliás, justifica a proximidade de uma gafaria que aí existiu. Exteriormente, desenvolve-se em sucessão de volumes escalonados, sendo o corpo da igreja, inteiramente caiada, todo envolvido por doze botaréus cilíndricos mais elevados nas fachadas laterais, e coroado por um friso de merlões chanfrados que se prolonga pelo remate da ábside, um corpo cúbico rebaixado e perfurado por gárgulas zoomórficas. Na fachada principal destaca-se o nártex, com cobertura de cruzaria de ogivas, aberto em três arcos de volta inteira, para onde deita um pequeno campanário assente no frontão triangular da fachada, mais elevado. Os botaréus do nártex são rodeados por uma cinta de merlões semelhantes aos do corpo principal.
De planta longitudinal, o interior é de nave única, com abóbada de berço quebrado e quatro tramos de arcos torais assentes sobre mísulas. As paredes conservam vestígios de pinturas murais quinhentistas, quase totalmente destruídos por uma intervenção de meados do século XIX, que as revestiu com azulejos polícromos.
No frontal do altar existe ainda uma pintura a fresco do ciclo manuelino, representando dois anjos tenentes a sustentar o escudo de Portugal. O retábulo, de talha maneirista tardia e com empena triangular, enquadra dois quadros de pintura mural a fresco, figurando uma cena do martírio de Santo André e um Calvário, obras de factura tardo-quinhentista que ladeiam um nicho com uma imagem estofada do padroeiro, peça de factura regional datável de c. 1600. O templo guarda ainda um grande capitel coríntio em mármore, que serve de pia de água benta.
A ermida está classificada como Monumento Nacional desde junho de 1910.

Fonte: DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69868/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=996
https://www.infopedia.pt/$ermida-de-santo-andre
http://www.correioalentejo.com/index.php?diaria=7566

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Memorial de Odivelas

Situado nas imediações do Mosteiro de São Dinis, no cimo do outeiro de Odivelas, ergue-se o Cruzeiro como é de todos conhecido. São ainda muitas as dúvidas acerca da cronologia e da funcionalidade exactas do Memorial de Odivelas. Estas questões, todavia, não impedem que seja considerado uma das obras mais interessantes dos anos do Gótico, no nosso país, e mesmo o símbolo por excelência do novíssimo concelho de Odivelas.
Até ao momento, foram três as propostas cronológicas avançadas para datar este insólito monumento, todas elas conotadas com patrocínios régios: D. Dinis, D. Afonso IV e D. João I. A hipótese mais consensual é a que situa a sua construção no tempo do primeiro destes três soberanos, perspectiva que encontra melhores argumentos de sustentação. Foi este monarca que permitiu a construção do mosteiro cisterciense de Odivelas, local que o próprio escolheu para sua última morada. Por outro lado, a tradição aponta o memorial como um dos locais onde o seu corpo permaneceu, durante o cortejo fúnebre que o levou de Santarém a Odivelas.
As características estilísticas do monumento confirmam a sua datação na primeira metade do século XIV, embora coexistam outros elementos de épocas mais recentes. Compõe-se de três partes essenciais (base, dupla arcaria sobreposta, e coroamento), organizadas em duas faces dominadas pela verticalidade. A base é rectangular e ligeiramente saliente no soco inferior, e ostentava, até há poucos anos, a inscrição 1721, gravada na face voltada a Lisboa, indicadora, talvez, de uma provável campanha de obras. A primeira arcaria liga-se à base através de uma elegante cornija e contempla três arcos em série, trilobados e com aduelas de toro saliente, que assentam em capitéis vegetalistas, os das extremidades apresentando crochets. Sobrepõe-se-lhe um arco quebrado único, de aduelas igualmente trabalhadas, que enquadra a parte central da obra, onde o túmulo deveria ter repousado. O coroamento, em forma de gablete moldurado ladeado por colunelos embebidos à maneira dos portais de igrejas, é encimado axialmente por uma cruz da Ordem de Avis.
Em local dominante sobre o mosteiro cisterciense de Odivelas, o memorial impõe-se, ainda hoje, na malha urbana antiga da cidade. Foi classificado como Monumento Nacional por decreto de 16 de junho de 1910.

Fonte: DGPC

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70249
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4813
http://odivelas.com/2010/01/16/cruzeiro-ou-memorial-de-odivelas/

Ecopista do Dão


A Linha do Dão, originalmente conhecida como Ramal de Viseu, foi uma linha ferroviária de via estreita (1000 mm) que ligava Santa Comba Dão, na Linha da Beira Alta, à cidade de Viseu. Entrou ao serviço em 25 de Novembro de 1890, e foi definitivamente encerrada em 28 de Setembro de 1989, tendo sido posteriormente adaptada a ecopista.
Em 2007, o troço da Linha do Dão entre Viseu e Figueiró foi convertido em ecopista, existindo actualmente em Vildemoínhos um posto de aluguer de bicicletas. O prolongamento da ecopista ao longo do restante traçado da Linha do Dão foi um projecto realizado no âmbito de uma parceria entre os municípios servidos pela linha: Viseu, Tondela e Santa Comba Dão. O projecto, denominado Ecopista do Dão, previa o restauro de todas as estações, apeadeiros e restantes e obras de arte da linha, bem como a instalação de iluminação pública ao longo de toda a ecopista. A Ecopista do Dão foi inaugurada a 2 de Julho de 2011. 
A quilometragem da Ecopista é feita em sentido inverso ao da Linha do Dão - isto é, começa em Viseu e termina em Santa Comba Dão - e compreende cerca de 49 quilómetros.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_do_Dão
http://arquivo.pt/wayback/20081025231449/http://www.jornaldocentro.pt/index.php?lop=conteudo&op=dc912a253d1e9ba40e2c597ed2376640&id=1df58e63816ec9ab895d8f14640a5f47&drops[drop_edicao]=54

Quinta do Tojal


A Quinta do Tojal está situada no Norte Ribatejano no concelho de Ferreira do Zêzere onde a barragem de Castelo de Bode é um dos grandes atractivos da região. A Casa do Tojal foi erguida no final do século XIX pelo trisavô do actual proprietário e é composta pelo edifício principal com 2 pisos e sótão, tendo um anexo térreo e contíguo à casa principal para habitação, assim como várias edificações de apoio às actividades rurais. 
A casa principal possui cerca de duas dezenas de assoalhadas, entre quartos e salas, distribuídas por dois andares. Recentemente foi construída uma grande piscina em ladrilho verde que acrescenta um enquadramento estético e harmonioso a esta propriedade. 
Recentemente, foi adaptada a turismo de habitação, dispondo de 5 quartos para alugar e uma cozinha totalmente equipada.

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https://www.imovirtual.com/anuncio/magnifica-quinta-imponente-IDq3qC.html
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Centro histórico de Goiás

A cidade de Goiás, antiga capital do Estado de Goiás, localiza-se na região central brasileira.
Goiás foi fundada no ciclo das bandeiras, expedições formadas por paulistas para explorar os sertões do Brasil em busca de ouro, pedras preciosas e escravos índios. A região foi percorrida por Dias Pais entre 1673 e 1681 e por Bartolomeu Bueno da Silva em 1683, encontrando ouro. Somente em 1718, quando foi achado ouro em Cuiabá, e em 1721 no rio Vermelho, o filho de Bartolomeu Bueno foi nomeado superintendente das minas da região, iniciando sua colonização efectiva. Em 1727 foi fundado no local da presente Goiás um povoado, em 1729 foi erguida uma capela e tornou-se distrito e freguesia, baptizada como Santana de Goiás.
Em 11 de fevereiro de 1736, através de Carta Régia, a freguesia foi elevada á condição de vila, que recebeu o nome de Vila Boa de Goiás, mas a instalação só ocorreu em julho de 1739. Em 8 de novembro de 1744 tornou-se a sede da Capitania de Goiás, sendo governada por dom Marcos de Noronha, conde dos Arcos. Ele e os seus sucessores fizeram várias melhorias na vila, e construíram importantes edifícios: a Casa de Fundição (1750), o Palácio do Governador (1751), um quartel militar (o Quartel do Vinte, 1751), a Casa da Câmara e Cadeia (1761) e o Teatro de São Joaquim (1772-77), além de fontes e outras benfeitorias. Entre 1778 e 1783 foi definido uma nova planta urbana pelo governador Luís da Cunha Meneses, delineando o modelo da urbanização que perdura até hoje.
A cidade floresceu durante o ciclo do ouro no século XVIII, mas com o esgotamento das minas entrou em um longo período de estagnação, acentuado quando perdeu o estatuto de capital em 1937. A preservação começou na década de 1950, quando alguns monumentos foram tombados pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e em 1978 todo o Centro Histórico foi protegido. Em 2001 sua importância histórica, arquitectónica e urbanística foi reconhecida pela UNESCO, que lhe concedeu o título de Património da Humanidade.

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Histórico_de_Goiás
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-mundial/origem-portuguesa/centro-historico-de-goias/

Castelo da Dona Chica