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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Trilho do Senhor da Boa Morte

Esta pequena rota “Trilho do Senhor da Boa Morte”, de cariz paisagístico, tem o seu início e fim no painel informativo perto da junta de freguesia da União das Freguesias de Castanheiro do Norte e Ribalonga, no concelho de Carrazeda de Ansiães. O trajeto aqui apresentado inclui as derivações.
O trilho atravessa a aldeia de Castanheiro do Norte e dirige-se para o miradouro Olhos do Tua onde se tem uma vista privilegiada sobre o vale e o rio Tua. Deste local, o trilho desce em direção ao rio Tua, entrando na Microrreserva Castanheiro - Ribalonga, observando-se bosques de castanheiros bravos. Na subida para a aldeia de Tralhariz, podem já observar-se bosques de sobreiro (Quercus suber) e azinheira (Quercus rotundifolia), com zimbro (Juniperus oxycedrus) e um antigo forno usado para secar figos e assim os preservar para alturas de menos alimento. Fique atento(a) às aves que por aqui habitam e que dispersam as sementes do zimbro e as bolotas dos sobreiros e azinheiras.

De Tralhariz, o trilho segue em direção à Ermida do Souto, onde pode conhecer a igreja matriz dedicada a São Brás, a capela e o miradouro do Senhor da Boa Morte que dá nome ao percurso. Na descida para o ponto inicial é possível observar duas fontes, conhecidas localmente como a fonte d'Aqui e a fonte d'Além.
O percurso é circular e tem uma extensão de 9,6km, sendo considerado "algo difícil".

Fontes:
https://natural.pt/protected-areas/parque-natural-regional-vale-tua/pathways/pr2-crz-trilho-senhor-boa-morte?locale=pt
https://www.cm-carrazedadeansiaes.pt/pages/446
https://parque.valetua.pt/wp-content/uploads/2017/12/PR2CRZ_PainelCastanheiroNorte.pdf

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Barragem do Pocinho

A barragem do Pocinho situa-se nos distritos da Guarda e de Bragança, entre os concelhos de Vila Nova de Foz Coa e de Torre de Moncorvo. Entrou em funcionamento em 1982 e é alimentada pelo curso de água do rio Douro.

É uma barragem com um desnível de 22m, situada ao km 180 da via navegável do Douro, a cerca de 27 kms de Barca d’Alva / Vega Terrón onde se situa o limite da via navegável.
A barragem é de betão, do tipo gravidade aligeirada por meio de uma grande galeria na base. O descarregador principal, equipado com 4 comportas segmento, está dimensionado para uma vazão máxima de 15 000 m³/s. A capacidade instalada da central geradora é de 186 MW e a produção média anual de eletricidade é de 534 GWh.
A albufeira da barragem do Pocinho está classificada de utilização livre, permitindo a prática de atividades desportivas e de lazer sem restrições (barco, barco a motor, remo e natação) e a prática condicionada de pesca e surf. Fica aqui localizado o centro de alto rendimento de remo do Pocinho.
Os cruzeiros que sobem da Régua ao Pocinho ou Barca d’Alva passam por esta barragem, sendo esta a ultima das barragens com eclusa no Douro.

Ler mais:
http://www.roteirododouro.com/rio-douro/barragens/pocinho
https://www.infopedia.pt/$barragem-do-pocinho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Barragem_do_Pocinho

domingo, 1 de novembro de 2020

Anta de Zedes ou Casa da Moura

A anta de Zedes, também conhecida por Casa da Moura, data provavelmente do III milénio a.C., apresentando-se ainda em bom estado de conservação. 
Trata-se de um monumento megalítico funerário, constituído por oito esteios e tampa que formam uma câmara poligonal, à qual se acedia por corredor voltado a nascente e limitado por lajes baixas.
Uma das maiores particularidades deste monumento é a conservação, em algumas faces de esteios voltadas ao interior, de vestígios de pintura mural. Embora de difícil interpretação e, até de visualização, é possível identificar um báculo sobre uma série de linhas onduladas, assim como duas representações antropomórficas, uma delas claramente masculina, e ainda fossetes e sulcos no esteio de cabeceira.
Estudado de forma sistemática desde as primeiras décadas do século XX, a anta estaria possivelmente associada a um habitat, do qual se identificaram fragmentos de cerâmica manual e uma peça cortante de sílex.
Sendo um dos monumentos pré-históricos mais estudados e conhecidos na região transmontana, a Anta de Zedes foi classificada, em 2013, como Sítio de Interesse Público.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/6165498
https://ensina.rtp.pt/artigo/a-anta-zedes-a-casa-da-moura/
https://www.cm-carrazedadeansiaes.pt/pages/302

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Ponte sobre o rio Sabor

A ponte fica situada no Rio Sabor, entre Izeda e Santulhão, respetivamente nos concelhos de Bragança e de Vimioso. 
Embora comummente referida como “romana”, a Ponte de Izeda, alçada sobre o rio Sabor entre a freguesia de Izeda, concelho de Bragança, e a vizinha Santulhão, esta já pertencente a Vimioso, é um magnífico exemplar de arquitetura pontística, com seus múltiplos arcos e perfil “em cavalete”.
Sendo uma construção de fábrica inequivocamente baixo-medieval, esta ponte mostra-se estreita e dotada de guardas, sob a forma de muretes de topo abaulado. É constituída por um tabuleiro em cavalete sobre cinco arcos desiguais, três de volta redonda e dois quebrados, sendo o arco central muito maior do que os restantes. Tanto os arcos como os contrafortes são muito diferentes entre si em resultado de sucessivas reconstruções parciais. A estrutura das guardas mostra lajes compridas colocadas na vertical entre as quais tem lajes horizontais na base e verticais no topo.
Em 1860, devido a uma grande cheia, o rio destruiu uma parte dela. Pelos anos 1938 deram-se as obras de renovação. Em 1987 foi erguida, a escassas centenas de metros, uma segunda ponte, em betão armado e tabuleiro reto assente sobre múltiplos pilares (cerca de 250 metros de comprimento e 40 de altura).

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2268
https://www.mundoportugues.pt/a-ponte-medieval-do-rio-sabor-e-uma-das-mais-belas-de-portugal/

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Casa de Alpajares

A "Casa de Alpajares Enoteca & Spa" é uma casa de campo localizada nas margens do rio Douro, na região do Douro Superior junto à fronteira com Espanha, na vila de Freixo de Espada à Cinta.
Situada a cinco minutos a pé do centro histórico de Freixo de Espada à Cinta, a Casa de Alpajares tem ao todo seis quartos – na casa principal, onde vivem os proprietários, e num segundo edifício que surgiu depois da reconversão orientada para o turismo –, piscina exterior, pomar biológico, spa e uma sala de refeições de onde a vista alcança o Douro internacional e a vizinha Espanha.
É essa panorâmica que enquadra os pequenos-almoços, fartos e onde sobressaem as compotas feitas por Manuela, o iogurte natural igualmente caseiro, os brownies ou outros bolos acabadinhos de fazer e o mel biológico de produção própria. As outras refeições do dia podem ser servidas ali com os olhos postos «no fim do Douro» ou junto à lareira, num ambiente mais intimista. O serviço é acolhedor e familiar e o convívio e a troca de experiências são incentivados, com jantares vínicos que se prolongam pela noite fora, ao calor da lareira ou lá fora à luz do luar.

Ler mais:
http://www.casadealpajares.com/
https://www.evasoes.pt/fim-de-semana/dormir-no-centro-de-freixo-de-espada-a-cinta/28856/
https://www.tripadvisor.pt/Hotel_Review-g1799651-d3255325-Reviews-Casa_de_Alpajares_Guest_House_Spa-Freixo_de_Espada_a_Cinta_Braganca_District_Northern.html

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Centro de Ciência Viva de Bragança

 

O Centro Ciência Viva de Bragança está situado na margem esquerda do rio Fervença, no local de uma antiga central hidroelétrica. O moderno edifício utiliza sistemas inovadores que potenciam o arrefecimento e aquecimento naturais, poupando energia, e funciona como um módulo vivo, onde é possível visualizar o comportamento dos sistemas de controlo de ambiente interior.
A experiência de aprendizagem tem início logo na arquitetura do próprio edifício, uma antiga central hidroelétrica instalada na margem esquerda do rio Fervença, que o projeto da arquiteta italiana Guilia de Appolonia transformou em casa de ciência. Este edifício do Centro Ciência Viva de Bragança é um autêntico módulo interativo graças à intervenção do engenheiro Guilherme Carrilho da Graça. Por exemplo, a sua fachada permite que se adapte às condições atmosféricas de modo a otimizar a captação direta da energia solar térmica. Este é um exemplo vivo de uma gestão inteligente dos recursos energéticos. Como tirar partido das energias renováveis? De que forma podemos contrariar o aquecimento global e o efeito de estufa? Será que a pegada ecológica de Portugal está dentro dos limites da capacidade do planeta? Estes são alguns exemplos de módulos interativos que fazem parte do Edifício Principal.

O Centro Ciência Viva de Bragança inclui ainda a Casa da Seda, resultado da recuperação de um antigo moinho, onde será possível aprender o ciclo de vida do bicho-da-seda, compreender o processo de tingimento da seda e conhecer a sua indústria. Aqui, qualquer que seja a estação do ano, a paisagem que olhamos pela janela em tempo real está sempre repleta de borboletas.

Ler mais:
https://braganca.cienciaviva.pt/2233/historia-e-memoria
https://www.pavconhecimento.pt/768/rede-de-centros-ciencia-viva-chega-a-braganca
https://www.circuitoscienciaviva.pt/cvcenters
https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Ciência_Viva_de_Bragança

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Caminho de Santiago - Rota da Terra Fria

Os caminhos de Santiago são um dos denominadores comuns da cultura europeia. Estes itinerários, que são espaços públicos de convergência e de harmonia, devem ser respeitados e promovidos. Neles, qualquer caminhante se sente um cidadão do mundo, o que lhe dá a oportunidade de perspectivar as suas convicções num sentido ecuménico de abertura e de tolerância.
É nesta rede intrincada de itinerários jacobeus provenientes de todos os cantos da Europa, que se enlaçam os que têm origem em Portugal ou os que utilizam o nosso país como encurtamento de distâncias. Na Terra Fria do Nordeste Transmontano os percursos utilizados respigam-se de vagos testemunhos documentais e reconstroem-se com base na tradição oral que evoca ainda muitas histórias, mais ou menos coerentes, que animam o imaginário popular.
Estes percursos ou, pelo menos, alguns deles, podem considerar-se braços de um itinerário geralmente designado por Via de La Plata, com origem em Sevilha e escala em Zamora e Astorga, onde se articula com o conhecido Caminho Francês de Santiago.
A partir de Zamora havia de facto a possibilidade de reduzir a distância a Santiago e evitar a travessia da Sanabria rumando através de Portugal, por Bragança, Vinhais e Chaves até Ourense. Este trajecto foi sinalizado com setas amarelas pela Associação “Amigos del Camiño de Santiago de Zamora”, que o designa “Caminho Português da Via de la Plata”.
No território da TFT e proveniente de Zamora e Alcanices, entra em Quintanilha e passa em Réfega, Palácios, Babe, Gimonde, Bragança, Castro de Avelãs, Lagomar, Portela, Castrelos, Soeira, Vila Verde, Vinhais, Soutelo, Sobreiro, Aboa, Candedo, Edral e Sandim, entrando novamente em Espanha nas proximidades de Verín.
Para além das referências às localidades que integram a Rota da TFT que atrás se apresentaram, merecem destaque a arquitectura popular em Réfega, a ponte medieval sobre o rio Onor em Gimonde, o mosteiro de Castro de Avelãs, o percurso de Lagomar à Portela entre castanheiros centenários, a ponte romana sobre o rio Baceiro em Castrelos e a ponte medieval sobre o rio Tuela na proximidade de Soeira, o vale do rio Tuela no percurso para Vinhais, a vista do Parque Natural de Montesinho a partir do Monte da Forca, a descida ao Rio Rabaçal e a subida até Edral, porventura o troço mais árduo deste caminho.

Fonte: Rota da Terra Fria Transmontana
http://www.rotaterrafria.com/pages/135

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Posta Mirandesa

A “Carne Mirandesa” é o expoente máximo da produção da Raça Bovina Mirandesa, que em harmonia com as condições edafo-climáticas, aliado ao saber fazer de quem a produz, resulta num produto de referência nacional e internacional.
A Raça Bovina Mirandesa possui características genéticas próprias que associadas a um sistema de alimentação natural conferem à carne qualidades organolépticas ímpares. Destaca-se, a excepcional tenrura e suculência, aromas e sabores que a diferenciam de qualquer outra carne de bovino. A “carne Mirandesa” deu origem a um prato que é um dos ex-líbris da gastronomia portuguesa, em particular da transmontana, a famosa “Posta Mirandesa”.
A receita teve origem nas feiras de gado que se realizavam por todo o distrito de Bragança, sendo inicialmente temperada só com sal grosso que era lançado sobre os nacos de carne, dispostos sobre uma grelha bem quente. A posta de carne era depois servida sobre um pedaço de pão caseiro, sendo saboreada com o molho que ia libertando no pão.
Hoje, nos restaurantes, é servida acompanhada de batatas assadas (ou castanhas) e grelos ou salada. Tradicionalmente, a carne é servida mal passada para melhorar conservar as suas propriedades.

Ler mais:
http://www.mirandesa.pt/conteudo.php?idm=9
http://www.cozinhatradicional.com/posta-mirandesa-tras-os-montes-e-alto-douro/
https://ncultura.pt/posta-a-mirandesa-origem-receita-original/

sábado, 8 de dezembro de 2018

Igreja de Santa Maria em Bragança

Situada intra-muros da Cidadela de Bragança, foi edificada no séc. XIV e também é conhecida como Igreja de Nossa Senhora do Sardão.
Considerada com a igreja mais velha de Bragança, a igreja de estilo românica foi, durante dois séculos, modificada, tendo resultado num estilo Barroco. A fachada apresenta um portal barroco ricamente decorada com duas colunas salomónicas decoradas por folhas de vides e cachos.  Quatro nichos, também com decoração barroca, abrem-se de um lado e outro do portal. A meio do entablamento existem outras duas colunas iguais e duas esculturas. Um arco de volta inteira remata todo este aparatoso conjunto.
O seu interior é formado por três naves separadas por colunas poligonais, que sustentam os arcos e uma pintura cenográfica, na cobertura do corpo da Igreja, representando a Assunção da Virgem. Destaca-se ainda a capela-mor e a capela dos Figueiredos, o retábulo a Santo Estêvão e a imagem de Santa Maria Madalena.
Do séc. XVII, refira-se o retábulo dedicado a Santo Estevão e a preciosa e expressiva imagem de Santa Maria Madalena (altar-mor), obra seiscentista do mestre Gregório Fernandez ou Pedro de Mena, das oficinas de Valladolid; do séc. XVIII provêm muitos elementos decorativos e alguns acrescentos arquitectónicos, como o retábulo barroco da capela-mor e o tecto da nave central que apresenta uma pintura com cenografias de belo efeito, numa linguagem que se aproxima da que foi expressa nas igrejas de Santa Clara, São Bento, São Francisco (capela de Nossa Senhora da Conceição) e na capela do antigo Paço Episcopal (hoje Museu do Abade de Baçal).

Ler mais:
https://www.cm-braganca.pt/pages/308
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/igreja-de-santa-maria-braganca

domingo, 25 de novembro de 2018

Aldeia abandonada do Gavião


Trata-se de uma aldeia de provável construção baixo-medieval. O caminho que de Seixo de Manhoses dá acesso à aldeia é marcado, numa encruzilhada próxima, por um cruzeiro, erguido sobre um soco quadrangular com alminhas do purgatório pintadas, na face virada a norte, e constituído por uma cruz latina com imagem de Cristo. 
A aldeia desenvolve-se para oriente do cruzeiro. As construções são em alvenaria de granito e, em alguns casos, em silhares de granito. Na sua maioria mantêm o pé-direito, correspondendo a um registo ou dois, mas apenas com vestígios de coberturas, sobrados e caixilharias. A este do aglomerado, estende-se uma extensa eira de muito bom labor em silhares de granito bem aparelhados. É também um excelente miradouro.

Fonte: Câmara Municipal de Vila Flor
https://www.cm-vilaflor.pt/frontoffice/pages/294?poi_id=43

domingo, 11 de novembro de 2018

Restaurante "A Moagem do João do Padre"

Situado no coração do Nordeste Transmontano, na tradicional aldeia de Podence, no restaurante "A Moagem João do Padre" é possível saborear os pratos típicos da região, enquanto se aprecia as antiguidades expostas; verdadeiras raridades da vida quotidiana das gentes transmontanas de outros tempos, com especial destaque para um moinho de 1918.
Aqui pode-se apreciar a alheira e a linguiça, a posta com batatas cozidas e feijão verde, o rodeão com grelos e um copo de vinho Valle Pradinhos, deliciar-se com um leitão assado em forno de lenha com milhos, ou bacalhau assado com batatas a murro regado com o conceituado azeite do nordeste transmontano.
Para sobremesa pode experimentar um pudim de castanha, queijo de ovelha com doce de cabaça, ou uns morangos do Nordeste.

Ler mais:
http://www.quintadamoagem.com/restaurante.html

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Castelo de Mogadouro

O Castelo de Mogadouro localiza-se na vila do mesmo nome, no distrito de Bragança. Na vertente norte da serra de Mogadouro, a antiga vila e seu castelo constituíram, nos alvores da nacionalidade, um importante ponto estratégico sobre a linha de fronteira.
A existência do castelo encontra-se comprovada já em 1145, quando foi doado aos Templários por Mendo Rufino (ou Bofino) de Bragança, ao tempo tenens da Terra de Bragança, circunscrição na qual a localidade estava inserida, juntamente com a fortaleza de Penas Róias. Esta doação não pode ser dissociada de um qualquer reduto militar aí existente, argumento que aponta para uma primitiva edificação das primeiras décadas do século XII.
A presumível simplicidade dessa estrutura levou a que a Ordem do Templo realizasse uma reforma integral da fortaleza, actualizando-a segundo a linguagem da arquitectura militar da época. É desta forma que se explica também a construção do castelo românico de Mogadouro, do qual se conserva apenas parcialmente a torre de menagem. O conjunto de Mogadouro foi muito adulterado nos séculos posteriores e não é possível reconstituir o seu traçado original, mas não se deveria diferenciar muito do de Penas Róias, cuja reforma templária é atestada por uma epígrafe datada de 1172. Assim, seria uma fortaleza com torre de menagem isolada no centro do recinto muralhado, sendo este, por sua vez, defendido por torres quadrangulares.
A vila e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509), quando se encontrava bem conservado. Data desse período, em 1512, o Foral Novo, concedido por D. Manuel (1495-1521), sendo alcaides-mores os Távoras, que desde o século XV fizeram edificar um soberbo palácio, vindo a assumir importante papel na defesa de Trás-os-Montes ao final do século XVII, durante a Guerra da Restauração de independência portuguesa.
Na segunda metade do século XVIII, diante do trágico destino dos Távoras, e com a perda da função defensiva, o castelo foi progressivamente abandonado, caindo em ruínas.
O castelo foi classificado como Monumento Nacional por decreto publicado em 2 de janeiro de 1946. A intervenção do poder público fez-se sentir a partir de 1950, pela acção da DGEMN, na consolidação e reparos da torre de menagem e dos restos das muralhas, além de diversos serviços de limpeza, restauração, reconstrução, conservação e beneficiação. Nos nossos dias, um ataque de vandalismo acarretou a destruição do corrimão de acesso à torre, sua porta, e material arqueológico em exposição em seu interior.

Ler mais:
https://www.mogadouro.pt/frontoffice/pages/515?poi_id=12
http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=1075
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Mogadouro
http://www.rotaterrafria.com/pages/217/?geo_article_id=4752
http://gisaweb.cm-porto.pt/units-of-description/documents/300449/?


sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Praia fluvial de Frechas

A praia fluvial de Frechas situa-se nas margens do Rio Tua, na aldeia de Frechas, no concelho de Mirandela.
Sendo uma praia de pequena dimensão, a Praia Fluvial de Frechas tem bandeira azul e é vigiada. O projecto de homologação inclui a construção de um edifício com 60,98 m2 para instalações sanitárias e posto do turismo, pavimentação de 1910 metros com cubos de granito, com prolongamento das redes de água, saneamento e águas pluviais em cerca de 250 metros, execução de estação elevatória, uma execução de 1350 m2 de prado, com plantação de 82 árvores e 32 arbustos, bem como o fornecimento de mobiliário urbano como bancos, mesas, bebedouros e sinalética, além de fornecer a área com um parque infantil, nomeadamente uma torre e um lago de água.
Por seu lado, a aldeia de Frechas e a sua praia fluvial são donas de uma história ímpar, partilhando a sua beleza e grandiosidade com o Rio Tua, que faz destas uma das aldeias mais conhecidas do Concelho de Mirandela.

Ler mais:
http://praiaportugal.com/praia-fluvial-de-frechas/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Praia_Fluvial_de_Frechas

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Basílica de Santo Cristo do Outeiro

Outeiro é uma aldeia e freguesia portuguesa do concelho de Bragança, na diocese de Bragança-Miranda. Foi vila e sede de concelho entre 1514 e 1853.
É nesta aldeia que se localiza a Igreja de Santo Cristo, que se converteu em santuário e, já neste século, em Basílica Menor.
Trata-se de um templo do século XVII, cuja construção se associa à necessidade de afirmação do país enquanto nação independente de Espanha.
A sua origem foi um pequeno templo, votado ao abandono, até que a 26 de Abril de 1698 se terá dado um milagre: o Santo Cristo terá então suado sangue, conforme inscrição existente na igreja. Depressa se espalhou a notícia e a primeira pedra para um santuário foi lançada entre 1725 e 1739. Ao longo do século XVIII assumiu importância enquanto lugar de peregrinação.
O edifício é composto por templo com planta em cruz latina, sacristia e casa de arrumações. Destaca-se a sacristia com tecto apainelado com três dezenas de caixotões pintados com cenas da vida de Cristo, executados em 1768 por Damião Bustamante oriundo de Valladolid, e paredes igualmente revestidas de pintura sobre tela.
A arquitectura do templo distingue-se pela simetria e equilíbrio de proporções. A fachada principal inspira-se na igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora. É rasgada por um magnífico portal geminado, encimado por uma grande rosácea e flanqueada por duas torres sineiras com remate piramidal. O interior, de gosto barroco, é típico das igrejas-salão. Sobressaem os altares de talha policromada e dourada.
A 8 de novembro de 2014 foi concedido o título de Basílica de Santo Cristo do Outeiro à igreja - Santuário do Santo Cristo de Outeiro, tornando-a na única Basílica do país que está localizada numa aldeia.
A igreja foi classificada como monumento nacional em 1927.

Ler mais:
https://www.cm-braganca.pt/pages/308
https://pt.wikipedia.org/wiki/Basílica_de_Santo_Cristo_do_Outeiro
http://www.culturanorte.pt/pt/patrimonio/basilica-menor-de-santo-cristo-de-outeiro/#

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Chafariz de Lamelas



Situado na freguesia de Carvalhal, trata-se de um chafariz barroco de espaldar rectangular com duas bicas em carranca e tanque. Possui escudo com as armas reais de Portugal, bem como inscrição alusiva à sua construção (1744).

Fonte:   Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
http://www.cm-moncorvo.pt/o-que-visitar/patrimonio/arquitectonico/fontes-e-chafarizes/chafariz-de-lamelas

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Aldeia de Alganhafres

Alganhafres é um pequeno lugar pertencente à freguesia de Selores, no concelho de Carrazeda de Ansiães.
Este núcleo habitacional conjuga, de uma forma muito particular, a beleza da arquitectura tradicional transmontana com o requinte das construções solarengas.
Alganhafres merece uma visita para todos os que querem ver pedaços genuínos da arquitectura tradicional transmontana, mantendo as escadas exteriores, o patamar, por vezes o alpendre, a pedra em cantaria ou rústica e, maioritariamente, com rés-do-chão e 1.º andar.
Quem entra pela denominada Carvalha, logo se depara com o velho fontanário. Situado no grande largo do Terreiro, era local de encontros e partilha de segredos. Aí se abasteciam as casas de água, bebiam as crias ao final da tarde no regresso aos estábulos.
A capela, no meio da povoação, bem enquadrada duma enorme casa rural e de outras construções rurais com pedra aparelhada, e com muros laterais a ligar as habitações em volta, formando uma entrada poente com uma espécie de portal que dá acesso ao largo fronteiriço. É a Casa Grande, uma construção do século XVIII.
Prosseguindo o itinerário pela povoação, depara-se o viajante com múltiplas casas e ambientes rurais, caminhos estreitos e com forte traço medieval.

Ler mais:
http://descobriransiaes.blogspot.com/2012/04/1-dia-por-terras-de-ansiaes-7b.html
http://descobriransiaes.blogspot.com/2009/08/alganhafres-1.html
http://maravilhas-de-ansiaes.blogspot.com/2007/06/casa-senhorial-de-alganhafres-capela-de.html

domingo, 29 de julho de 2018

A lenda do Menino Jesus da Cartolinha

A lenda do Menino Jesus da Cartolinha, conta que Miranda se encontrava cercada de tropas espanholas, estando estas na eminência de tomarem as muralhas, muito cobiçadas pela sua importância estratégica, quando surgiu, não se sabe de onde, um jovem que ia gritando pelas ruas, incitando à revolta.
A população já se encontrava descrente e sem forças não podendo oferecer resistência por muito mais tempo (pois o cerco mantinha-se há vários meses), sendo a fome e a sede os principais inimigos. Como por milagre as forças renasceram e após a dura batalha, os invasores foram expulsos.
A praça de guerra foi salva! Procuraram o menino-prodígio! Queriam homenageá-lo, honrá-lo, mas não o encontraram. Como aparecera assim desaparecera! “Foi um milagre de Jesus”- do Menino Jesus da Cartolinha - disse o povo.
Mandaram então esculpir uma imagem do Menino Jesus vestido de fidalgo cavaleiro, à maneira do tempo e colocaram-no num altar da catedral.

Fonte: http://www.folclore-online.com/lendas/tmontes/menino_jesus_cartolinha.html#.W15xNdJKhQI

Ler mais:
http://mirandadodouro.com.pt/lenda-do-menino-jesus-da-cartolinha/
https://ncultura.pt/menino-jesus-da-cartolinha-o-guardiao-dos-mirandeses/
https://amateriadotempo.blogspot.com/2011/10/o-menino-jesus-da-cartolinha.html

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Ponte de pedra sobre o rio Tuela


Quem circula na estrada nacional nº 206, entre Bouça e Torre de Dona Chama, a cerca de 3 Km a Oeste desta Vila, quando atravessa o rio Tuela, não fica indiferente à existência de uma ponte, cuja ancestralidade se revela no granito dos seus arcos ou na reduzida largura do seu tabuleiro. De facto, a Ponte de pedra sobre o rio Tuela, também referida como Ponte Românica sobre o rio Tuela ou Ponte de Torre de Dona Chama, é uma ponte que ainda hoje cumpre a missão para que foi construída há séculos atrás.

Esta monumental ponte em alvenaria de cantaria de granito é constituída por seis arcos de volta perfeita, com um raio de cerca de 4,4m, reforçados, junto aos pegões, por talhamares que atingem a cota do tabuleiro e que acabam por funcionar também como contrafortes da estrutura. As aduelas dos arcos encontram-se colocadas em cunha sendo bem visíveis as marcas de forfex.
O seu tabuleiro rectilíneo e horizontal, protegido lateralmente por guardas, tem cerca de 100m de comprimento por uma largura de 6,3m e encontra-se a uma altura de cerca de 6,5m acima do leito do rio. 
Eventualmente, esta ponte, junto da qual se encontrou um marco miliário anepígrafo, integraria a via romana que das actuais Léon e Astorga se dirigia a Zamora e Salamanca. 
Durante a Idade Média passaria por aqui um importante eixo viário regional que de Guimarães se dirigia a Bragança. A leste encontra-se ainda o troço de um caminho empedrado com cerca de 800m de comprimento e que se bifurcava a cerca de 300m da ponte.
Desde 1982, a Ponte de pedra está classificada como Monumento Nacional.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70346
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=827
https://www.cm-mirandela.pt/pages/1266/?geo_article_id=148
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_de_pedra_sobre_o_rio_Tuela
http://donachama.blogspot.com/2012/10/ponte-da-pedra_6.html

Forte Jesus de Mombaça