quinta-feira, 31 de maio de 2018

Aeroporto Cristiano Ronaldo

Quando se inaugurou o Aeroporto do Funchal, a 8 de Julho de 1964, as grandes viagens ainda se faziam de barco, os mais destemidos apanhavam o hidroavião quando tinham pressa de chegar ou vir de Lisboa. Os outros iam por mar, nos muitos navios que ligavam a Madeira ao Mundo. Todos sentiram, naquele dia, que se abria uma nova era para a Madeira, com o novo aeroporto e as ligações aéreas que se estreavam.
O Aeroporto do Funchal, que ficou também conhecido como Aeroporto de Santa Catarina, ia mudar tudo, mesmo que de princípio tivesse uma gare modesta e uma pista de apenas 1600 metros. Com os aviões e as ligações aéreas, vieram mais turistas para a ilha.
Nos passeios de volta à ilha, nos anos 70, todos paravam no aeroporto para ver levantar e aterrar os aviões.A varanda, onde as famílias esperavam, era muito procurada, o restaurante também e as escadas rolantes, as únicas em toda a Madeira, faziam muito sucesso. A pista era curta e os acontecimentos acabariam por mostrar que era também perigosa. A 19 de Novembro de 1977, numa noite chuva, um Boeing da TAP despistou-se. O acidente fez 131 mortos.
O relatório do acidente concluiu que o tamanho da pista foi determinante e, em 1986, foi ampliada para 1.800 metros. A margem de segurança estava garantida, mas a grande obra estava para chegar. Implantada em colunas, a nova pista com 2.781 metros foi inaugurada 15 de Setembro de 2000 por Jorge Sampaio. A nova gare entraria em funcionamento dois mais tarde.
Com um custo de 500 milhões de euros, o novo aeroporto é agora uma infra-estrutura que tem capacidade para receber 3,5 milhões de passageiros por ano. Em 2017 paasaram por ele cerca de 3 milhões de passageiros.
No final de março de 2017, o aeroporto passou a designar-se "Aeroporto Internacional Cristiano Ronaldo, em homenagem ao futebolista oriundo da ilha da Madeira.

Fonte: https://ccmm.madeira.gov.pt/index.php/publicacoes/noticias/121-aeroporto-do-funchal-e-sua-historia-de-51-anos

Parque Natural de Montesinho

O Parque Natural de Montesinho situa-se no Alto Nordeste transmontano, abarcando a parte setentrional dos concelhos de Bragança e Vinhais, fazendo fronteira a nascente, norte e poente com Espanha.
Abrangendo as serras da Coroa (a norte de Vinhais) e de Montesinho (a norte de Bragança), o Parque foi criado com o intuito de salvaguardar a riqueza natural e paisagística do maciço montanhoso Montesinho - Coroa e os valiosos elementos culturais das comunidades humanas que ali se estabeleceram.
De facto, na área do Parque, existem populações e comunidades animais representativas da fauna ibérica e europeia ainda em relativa abundância e estabilidade, incluindo muitas das espécies ameaçadas da fauna portuguesa, bem como uma vegetação natural de grande importância a nível nacional e mundial, que associadas à reduzida pressão humana verificada em quase todo o seu território permite que grande parte dos processos ecológicos evoluam em padrões muito próximos dos naturais.
O Parque Natural de Montesinho possui um rico património sócio-cultural com práticas quotidianas vindas de usos e costumes ancestrais, embora já marcadas pelas crescentes mobilidades das gentes e pelas inovações tecnológicas. As festas, são um exemplo disso, sendo um elo de ligação entre as aldeias e um pretexto para o reencontro de famílias e amigos.
São notáveis ainda os exemplos de arquitectura popular que, utilizando os materiais característicos de cada região, resultam de milhares de anos de aperfeiçoamento e adaptação ao ambiente.
O território do Parque oferece uma paisagem de altitude, com grandes horizontes e usos condicionados pelo clima, num mosaico diversificado predominantemente agrícola nas zonas mais planas, e alternando lameiros e matas de carvalho negral na sucessão de relevos côncavos e convexos das áreas mais declivosas.
                                                           Fonte: ICNF

Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnm
https://www.vortexmag.net/10-fantasticos-locais-para-visitar-no-parque-natural-de-montesinho/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Natural_de_Montesinho

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Cataventos de Moura


Há na cidade de Moura uma grande diversidade de cataventos que, sobre os telhados da cidade, para além de anunciarem ventos e mudanças de tempo, evocam figuras históricas, como o cavaleiro da diligência, ou do quotidiano, como o caçador ou o tractorista, mas também animais simbólicos, como o galo, que anuncia a luz, na voz do seu canto, ou a velocidade espantosa do animal mitológico, conhecido como Pégaso, cavalo alado, símbolo da imortalidade.
É bom sentir que há ainda cidades, vilas e aldeias do interior, cujas marcas patrimoniais e identitárias, são orgulho das gentes, resistindo na paisagem humana, promovendo, como é o caso, roteiros de descoberta e admiração. Assim se mantém uma memória que evoca a criatividade dos ferreiros.

Fonte (com a devida vénia): http://aguasdosul.blogspot.com/2013/02/patrimonio-de-moura-cataventos.html

Azenhas do Mar


Antiga aldeia de pescadores, Azenhas do Mar tornou-se nas últimas dezenas de anos um local de veraneio tranquilo e pouco alterado. O povoado começa no vale que desemboca na praia e e concentra-se no cabeço alcantilado que termina na falésia sobra o mar. 
Para além da rua principal que lhe dá acesso e do pequeno largo lateral, não existem ruas nem outros largos, mas apenas pequenas e íngremes quelhas que dão acesso a apenas três ou quatro portas. Grande parte das casas tem o seu terraço, o seu mirante, e quase todas entram em rivalidades de beleza e situação.
Uma esplanada-miradouro, um restaurante cravado na rocha e uma piscina oceânica completam a aldeia em direcção ao mar.


Fonte: J. Gil e A. Cabrita - "As Mais Belas Vilas e Aldeias de Portugal", Ed. Verbo

domingo, 27 de maio de 2018

Estátua de D. Sancho I


Situada na praça Luís de Camões (antiga Praça Velha), junto à Sé Catedral da Guarda, a estátua de D. Sancho I, assenta num plinto em cantaria de granito, de arestas biseladas, tendo, na face frontal, a inscrição em letras de bronze: "D. SANCHO I 2.º REI DE PORTUGAL 1185-1211 CONCEDEU FORAL DE CIDADE À GUARDA EM 20 DE NOVEMBRO DE 1199". Sobre este, a imagem de corpo inteiro do monarca, em bronze.
Datada da década de 1950, insere-se na tipologia de estátuas nacionalistas de reis e heróis portugueses em bronze, sobre plinto de cantaria.
A estátua de D. Sancho I é de vulto pleno, estando o rei representado de pé, sobre uma plataforma rectangular, frontal e estático. Coroado, traja túnica com cinto largo e manto lançado sobre as costas que exibe uma bainha ornamentada com rombos. Na mão esquerda segura o punho da espada e com a mão direita apanha a ponta do manto.

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4717

Casa de Lamas

 Casa pertencente aos finais de setecentos, como indicam alguns elementos artísticos presentes na fachada, como é o caso do brasão envolto por uma dinâmica moldura rocaile. A sua planta, sendo um pouco fora do normal para a arquitectura do séc. XVIII, desenvolve-se em dois corpos distintos separados por pilastras e coroados por pináculos. O corpo mais largo é aberto por uma lanela, e o acesso ao andar nobre é feito por uma escadaria de pedra, de lanço único, com guarda iniciada por volutas invertidas.
Apesar do dinamismo que a escadaria imprime à fachada, é no corpo seguinte que se concentra a sua maior riqueza decorativa, com janela de sacada encimada pelo brasão da família, que se inscreve no tímpano do frontão que coroa este alçado. Do lado oposto, e procurando uma certa simetria, a capela exibe um portal de linhas rectas flanqueado por óculos terminando em frontão triangular a que se segue a abertura de um nicho, cujo remate faz elevar a linha da cornija.
Esta casa pertenceu à família Lemos Magalhães, tendo sido o seu fundador Alexandre José de Lemos, uma pessoa muito distinta, que foi professor na Ordem de Cristo, familiar do Santo Ofício de Coimbra, capitão-mor de Vieira e Cônsul de Génova em Caminha. Actualmente o edifício é propriedade da Câmara e nele está alojado o Museu Adelino Ângelo.
A partir de 1975, esta casa entrou para a lista dos Imóveis de Interesse Público.

Fonte: https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-braga/c-vieira-minho/vieira-minho/casa-lamas

Casa da Câmara da Pederneira


Na Pederneira, no Largo Bastião Fernandes, junto à Igreja Matriz, encontram-se os antigos Paços do Concelho. É um bom exemplo de edifício de arquitectura civil, de grande fachada rectilínea, decorada com elementos seiscentistas. 
Por cima da porta principal podemos observar um frontão com as armas nacionais.
As origens do actual edifício são um tanto obscuras, pois trata-se de um imóvel presumivelmente reconstruído, que terá substituído um outro anterior. Prova disso é a reconstrução no final do século XVIII da torre sineira, destruída pelo terramoto de 1755.
Funcionou como edifício dos Paços de Concelho da Pederneira até 1855. Desde então, devido à extinção do concelho, teve diversas utilizações: foi cadeia, tribunal e escola primária. Em 2005, o edifício recebeu obras de requalificação, tendo a intervenção sido concebida de modo a criar um espaço polivalente com capacidade para acolher actividades culturais e recreativas.
Actualmente o interior está totalmente descaracterizado, e em 2006 o quintal foi ocupado com a construção de um espaço polivalente, cultural e recreativo.


Ler mais:
http://www.cm-nazare.pt/pt/antiga-casa-da-camara
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71596/
https://pt.gonazare.com/listings/antiga-casa-da-camara-da-pederneira-nazare/

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Pelourinho de Mões


O Pelourinho de Mões situa-se na freguesia do mesmo nome, no concelho de Castro Daire, e está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1993.
Apesar de Mões ter recebido foral manuelino com data de 7 de Maio de 1514, não é certo que o seu pelourinho, símbolo da autoridade régia e da centralização do poder pretendida por D. Manuel, tenha sido erguido no século XVI. Na verdade, os autores referem a sua construção como remontando ao século XVII, num período em que a importância destes símbolos era quase nula, apenas se justificando a sua edificação por uma atitude revivalista ou para celebrar simbolicamente a criação de novos concelhos. 
Em todo o caso, o pelourinho que hoje conhecemos resulta de uma intervenção de restauro efectuada em 1957, na qual se recuperaram algumas peças do anterior ou original. Trata-se de um exemplar do tipo "de bola", erguido sobre três degraus de secção quadrada. A base, um pouco mais larga que o fuste, é prolongada por este, cilíndrico, com remate de secção circular na base e quadrada na zona superior sobre a qual assenta uma esfera.
                                            Fonte: DGPC

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/en/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74678
http://www.cm-castrodaire.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=131&limitstart=14
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelourinho_de_Mões

Praia do Portinho da Arrábida


A praia do Portinho da Arrábida é uma pequena praia localizada no concelho de Setúbal, situada no sopé da Serra da Arrábida e inserida no Parque Natural da Arrábida.

Trata.se de uma praia rochosa, junto à pequena localidade, sendo mais arenosa à medida que se caminha para este (em direcção a Setúbal). Consiste numa baía de águas calmas e transparentes, óptimas para mergulho. A leste, o areal alarga, sempre acompanhado pelas encostas verdejantes da serra da Arrábida. No lado poente, ficam situados os restaurantes. Na extremidade nascente, durante a maré baixa, é possível aceder, a nado ou pela falésia, à vizinha praia dos Coelhos. Os fundos marinhos são reserva natural, sendo proibida a pesca submarina.
Em 2017 foi divulgado que o Portinho da Arrábida está reduzido a 37% do comprimento e cheia de pedras no lugar da areia. Devido à erosão, o areal diminuiu acentuadamente nos últimos 100 anos, o que tem reduzido substancialmente a qualidade balnear.
É nesta praia resguardada, em forma de concha, que se encontra a Pedra da Anixa, uma pequena ilha rochosa muito procurada pelos mergulhadores.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Praia_do_Portinho_da_Arrábida
https://www.vortexmag.net/as-6-praias-mais-bonitas-da-arrabida/

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Mata Nacional dos Sete Montes

Situada no centro de Tomar, junto a uma das suas principais avenidas, a Mata Nacional dos Sete Montes com cerca de 39 hectares é o principal parque da cidade. 
Durante o reinado de D. João III, Frei António de Lisboa ficou encarregue de dirigir a reforma religiosa que o rei pretendia encetar no cenóbio tomarense. Uma das medidas práticas do reformador foi comprar todas as propriedades que envolviam o Convento de Cristo, nomeadamente olivais, matas, vales e terras agrícolas que constituíam o chamado Cerco da Riba Fria. 
Desta forma, o Convento de Cristo passou a dispor de um espaço verde fechado de grandes dimensões, que permitia a clausura e fixação dos monges no local, através de um lugar que permitia o recolhimento e a oração em comunhão com a natureza, bem como a exploração agrícola do espaço por parte da comunidade conventual. A partir de então, este espaço fico conhecido como "Olivais dos Sete Montes".
Depois da extinção das Ordens Religiosas, as propriedades da Ordem de Cristo foram vendidas em hasta pública, constando entre elas a Cerca do Convento de Cristo, adquirida em 1838 por António Costa Cabral. No ano de 1936 o 3º Conde de Tomar, seu neto, colocou o convento e a cerca à venda, tendo estes sido adquiridos pelo Estado. 
Em 1938 o espaço da cerca foi transformado em parque florestal, e em 1986 foi integrado no Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza, passando a partir de então a ser designado como "Mata dos Sete Montes".
No espaço da Cerca do Convento de Cristo destaca-se o facto de a planimetria e estrutura quinhentista original se manter intacta, pelo que é possível reconstituir o carácter intimista e de recolhimento do local. Persistem também alguns elementos arquitectónicos dos séculos XVI e XVII que orientavam a disposição original da rede de rega.
No meio da vegetação frondosa de que fazem parte ciprestes, olaias, carvalhos e oliveiras seculares, destaca-se um templo miniatural, uma torre cilíndrica que pelo seu formato é conhecida como a "Charolinha". Este templete em pedraria lavrada parece uma réplica das torres-lanterna do Convento de Cristo e foi construído segundo o plano de João de Castilho, arquiteto encarregue das obras renascentistas no convento. Rodeada por um tanque circular, a Charolinha é uma "Casa de fresco" que parece isolada do mundo, um retiro secreto e oculto a que se acede transpondo uma ponte de pedra.
                                       Fonte principal: DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72741
https://www.visitportugal.com/pt-pt/NR/exeres/E770E38B-1249-47FD-A093-542D13E3B1D2
http://www.centerofportugal.com/pt/mata-dos-sete-montes/
https://radiohertz.pt/tomar-mata-nacional-dos-sete-montes-entre-os-dez-jardins-mais-belos-de-portugal/

terça-feira, 22 de maio de 2018

Gruta do Escoural

No lugar da Fonte Nova, na Herdade de Sala, a 3 km da sede de freguesia de Santiago do Escoural, quando em 1963 se procedia à exploração de uma pedreira de mármore, descobriu-se uma gruta com pinturas rupestres, constituindo no seu género uma das mais ricas estações arqueológicas de toda a Europa.

A gruta consta de umas três dezenas de galerias, em vários andares, formando corredores, rampas, pequenas câmaras e salas. O percurso principal, no sentido N-S, mede cerca de 50 metros.
É uma estação de arte rupestre datada do Paleolítico superior, entre o Solutrense e o Magdalense II, com limites cronológicos entre aproximadamente 17000 a 13000 a.C., e necrópole representativa das fases que precederam a florescente cultura megalítica. 
Existem 14 pinturas e 5 gravuras, sendo as figuras umas naturalistas, outras esboçadas e ainda outras constituídas por motivos abstractos. A necrópole é neolítica e nela podem observar-se diversos tipos de práticas funerárias.
A gruta está classificada como Monumento Nacional desde 1963.

Fonte: Guia Turístico de Portugal de A a Z - Círculo de Leitores (1990)

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/itinerarios/alentejo-algarve/03/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gruta_do_Escoural
https://nationalgeographic.sapo.pt/index.php/ng-revista/375-a-gruta-do-escoural
https://www.viagensemiudos.pt/gruta-do-escoural/
http://pedrastalhas.blogspot.pt/2017/09/do-escoural-lascaux-entrada-da.html

Sé Nova de Coimbra

A Sé Nova de Coimbra é um templo católico localizado no Largo da Feira na freguesia da Sé Nova, cidade e concelho de Coimbra. É a sede da Diocese de Coimbra e da Paróquia da Sé Nova.

Inicialmente, a Sé Nova de Coimbra terá sido a Igreja do Colégio dos Jesuítas ou o Colégio das Onze Mil Virgens, instalado em Coimbra no ano de 1541, com construção iniciada em 1547. Terá sido o primeiro colégio jesuítico em todo o mundo.
A edificação do Colégio de Jesus foi iniciada em 1547, estando o edifício situado na Alta da cidade. A primeira fase das obras arrastou-se por vários anos, e em 1560 a planta original foi modificada de modo a adaptar-se melhor ao elevado número de religiosos que iriam habitar o complexo.
A construção da igreja do Colégio de Jesus iniciou-se somente em 1598, dando origem a um edifício muito diferente das plantas primitivas. Será Baltazar Álvares, "arquitecto oficial" da Companhia de Jesus em Portugal, o autor da nova planta do templo do colégio coimbrão, fortemente influenciada pelo modelo romano de São Vicente de Fora.
A fachada do templo, embora tenha sido terminada no século XVIII, apresenta-se também muito próxima do modelo maneirista de Il Gesú de Roma. Composta por dois corpos sobrepostos separados por uma cornija, tem no registo inferior cinco tramos divididos por pilastras toscanas. 
Na fachada da igreja há 4 estátuas de santos jesuítas (Santo Inácio de Loyola, São Luís Gonzaga, São Francisco Xavier e São Francisco de Borja), sendo marcada por fortes linhas de traçado sóbrio, evidenciando duas fases de construção. Nas partes inferiores há decoração de estilo maneirista. Filia-se no denominado Estilo Chão, com pilastras sobrepostas a ritmar a frontaria. Aí, rasgam-se portas e janelas retangulares. É nesta fase de construção que se inserem as estátuas dos santos jesuítas, aí albergadas por frontões mistilíneos e nichos. Na parte superior da fachada há decoração barroca. Foi finalizada apenas no século XVIII.
No interior, muito sóbrio, existe uma nave apenas, abobadada, com capelas laterais, curto transepto com cúpula e lanternim, no cruzeiro, de acordo com o esquema da Igreja de Jesus de Roma. Decorados com enormes e esplêndidos retábulos de talha dourada, de fins do século XVII e princípios do século XVIII, estão o transepto e a capela-mor. Nas capelas laterais existem vários retábulos maneiristas e barrocos.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70315
http://www.historiadeportugal.info/se-nova-de-coimbra/
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9_Nova_de_Coimbra

Citânia de Sanfins

A Citânia de Sanfins, no concelho de Paços de Ferrreira, é um dos maiores povoados castrejos que até agora foram postos a descoberto em Portugal. Terá sido fundada no séc. V A.C. e foi habitada até ao séc. II D.C., já em plena dominação romana. Tendo em vista as dimensões deste povoado, há quem sugira que ele foi a capital dos Brácaros, uma tribo celta do grupo dos Calaicos.
Embora a maior parte das estruturas que se observam actualmente tenha sido edificada já durante o período da romanização desta região, a maioria dos aspectos que caracterizam este povoado fortificado poderá ser imputável a épocas bem mais anteriores. Localizado numa plataforma elevada, com um bom domínio visual sobre a paisagem envolvente, esta citânia era defendida por três linhas de muralhas (reforçadas a Oeste e a Sul por uma muralha exterior e a Norte e Sul por um fosso) erguidas com o material pétreo típico da zona, ou seja, com blocos graníticos. E seriam estes mesmos panos de muralha que acabariam por delimitar as grandes áreas familiares, no interior das quais se edificaram as típicas habitações - também elas com muro granítico, erguido até, sensivelmente, um terço da sua altura real -, de planta predominantemente circular.
Maioritariamente circular, a habitação castreja tinha cerca de 5 metros de diâmetro, e as paredes eram constituídas por duplo paramento, um interno, e outro externo. No interior de casa, e para além da lareira, observa-se a presença de um buraco centralizado, no qual se colocava o poste que sustentava a cobertura, de materiais perecíveis e de forma cónica, como, aliás, se deduz da planta circular da habitação.
A Citânia possui mais de cento e cinquenta construções de planta circular e rectangular, agrupadas em cerca de quarenta conjuntos de unidades familiares. Recentemente foi restaurado um núcleo familiar.
O Museu Arqueológico da Citânia está instalado em Sanfins de Ferreira, na proximidade da Citânia, num edifício barroco, conhecido por Casa da Igreja ou Solar dos Brandões.

Ler mais:
http://www.cm-pacosdeferreira.pt/index.php/citania-de-sanfins
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70495
http://amateriadotempo.blogspot.pt/2010/04/citania-de-sanfins.html

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Convento de Santa Maria dos Anjos


O Convento e Igreja Santa Maria dos Anjos é um conjunto arquitectónico católico localizado no município brasileiro de Penedo, em Alagoas.
Penedo é uma das principais cidades históricas do Brasil, fundada no século XVI às margens do rio São Francisco por Duarte Coelho, primeiro Capitão-donatário da Capitania de Pernambuco.
Toda a obra do Complexo Conventual Franciscano da Cidade de Penedo, durou cerca de 99 anos para ser concluída, ou seja, de 1660 à 1759.
O interior da Igreja é todo em estilo barroco e rococó. Os entalhes são folheados a ouro, características fortes visualizadas na Coroa Portuguesa (fixada na parte alta do Arco Cruzeiro), no Altar Central e nos dois Altares Laterais. Todos os elementos artísticos interiores estão integrados com a arquitectura, com uma influência das Igrejas Baianas. São todos feitos em madeira policromada, sendo alguns revestidos em folha de ouro, e estão dentro de uma linguagem artística e histórica da localidade.
O notável conjunto de talha dourada que liga os altares colaterais ao arco triunfal, bem como o altar‐mor, devem datar de meados do século XVIII.
A Capela-mor, é estreita e profunda, com uma traça rigidamente dentro das directrizes barrocas portuguesas. É separada da Nave por um Arco Cruzeiro, possui janelas com varanda de jacarandá e safenas trabalhadas, além de duas portas almofadadas com safenas de madeira que dão acesso ao corredor que leva à Sacristia, ao Salão de Reuniões e ao Claustro do Convento.

Ler mais:
https://sipealpenedo.wordpress.com/templos/igreja-santa-maria-dos-anjos/
http://www.hpip.org/def/pt/Homepage/Obra?a=1082
http://www.infopatrimonio.org/?p=18927#!/map=38329&loc=-10.289935000000007,-36.58460199999999,17

Praça Dr. Eugénio Dias

Praça de cariz arquitectónico pombalino foi mandada construir pelo tesoureiro real e primeiro morgado de Sobral de Monte Agraço Joaquim Inácio da Cruz em 1771, com o intuito de promover o desenvolvimento da indústria (dos chapéus e do algodão) e do comércio da vila e de fixar população. A ele se ficou ainda a dever o calcetamento deste rossio e a sua iluminação, com lampiões de vidro.
Sob direcção do arquitecto Reinaldo dos Santos, nesta praça foram construídos os edifícios mais importantes da vila – a Casa da Câmara e a Cadeia, a Igreja Matriz, o Chafariz, a Casa do Senhorio e dos Condes de Sobral, o Pelourinho (destruído durante a proclamação da I República), o Celeiro comum e, posteriormente, o Coreto.
No centro da praça, junto ao coreto, salienta-se a estátua do médico Eugénio Dias, que no século XX deu nome à praça.
As alterações à toponímia deste lugar reflectem as transformações sociais, comerciais e políticas da própria comunidade. Primeiro designada de Praça Pública passou a chamar-se Praça da Restauração, quando a sede do concelho de Arruda dos Vinhos, que havia anexado o de Sobral de Monte Agraço, foi transferida para esta vila.
Mais de uma década depois foi denominada Praça do Comércio, por ser um espaço de trocas comerciais por excelência. Aqui se realizaram o mercado semanal e mensal e estavam estabelecidas a maioria das casas de pasto, lojas de latoaria e cutelaria, mercearia e barbeiro. Por aqui se cruzavam comerciantes e compradores, plebe e fidalguia.
No início do século XX foi renomeada Praça Dr. Eugénio Dias, em homenagem a este médico e republicano sobralense.

Fonte: http://www.cm-sobral.pt/patrimonio-arquitetonico/


Ilhéu de Vila Franca


Situado em frente à povoação de Vila Franca do Campo, a cerca de 1 km da costa, este local é o resultado da cratera de um antigo vulcão submerso, considerando uma das principais atracções turísticos da ilha de São Miguel, especialmente desde que aqui se realizou uma das etapas do Red Bull Cliff Diving – o campeonato mundial de mergulho em penhascos.
Classificado como Reserva Natural, tem as paredes da sua cratera revestidas por uma vegetação endémica, enquanto no seu interior existe uma piscina natural com uma forma quase perfeitamente circular, que comunica com o mar por uma estreita passagem. Esta abertura é designada por Boquete e está voltada a Norte, isto é na direcção da costa da ilha, o que impede a entrada da agitação marítima para o interior. As suas águas cristalinas e a pequena, mas encantadora praia, são excelentes para a prática de natação e mergulho.
O número de visitantes está limitado a 400 por dia, limite fixado atendendo ao impacto dos mesmos na geologia, flora e avifauna do local.
O uso balnear daquele espaço foi reordenado, tendo sido instaladas novas infra-estruturas de desembarque e de apoio aos visitantes, incluindo instalações sanitárias e de recolha de resíduos.
Fonte principal: https://www.visitportugal.com/pt-pt/node/73823

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilh%C3%A9u_de_Vila_Franca
https://www.visitportugal.com/pt-pt/node/73823
http://www.cnvfc.net/ilheu-da-vila/


Castelo da Dona Chica