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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Pelourinho de Avô

O primeiro foral de Avô foi concedido por D. Sancho I, irmão de D. Urraca, em 1187, tendo o monarca cedido o senhorio de Aveiro em troca desta vila, cujo castelo destinava a D. Pedro Soares, bispo de Coimbra. Mais tarde, em 1240, D. Sancho II faz nova doação do couto de Avô a outro bispo de Coimbra, D. Tibúrcio. D. Manuel concedeu foral novo à povoação em 1514, tendo esta mantido o seu já antigo estatuto até 1855, quando o concelho foi extinto e a vila foi integrada no concelho de Oliveira do Hospital. 
Da perdida autonomia conserva-se um testemunho, o pelourinho, ainda hoje levantado na praça onde funcionava a antiga Casa da Câmara, medieval, bem como o Tribunal e a cadeia comarcã, e hoje se encontra instalada a Junta de Freguesia.
Sobre uma plataforma de três degraus quadrangulares, de aresta, ergue-se o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base da coluna é constituída por um paralelepípedo semelhante a um quarto degrau, com o topo ligeiramente côncavo. O fuste principia por um troço quadrangular, com os ângulos superiores chanfrados, fazendo a ligação a um anel em meia cana seguido de duas estreitas molduras convexas intercaladas por uma moldura côncava. É espiralado (dextorsum, com sete estrias) nos dois primeiros terços, interrompido a essa altura por um anel moldurado, e continua em espiral mais apertada (nove estrias) no terço superior.
O capitel, oitavado, assenta diretamente sobre o último terço do fuste. Possui faces côncavas, decoradas com rosetas, e remata numa moldura oitavada. Do topo do capitel irrompe o remate, em pináculo cónico e alongado, decorado com duas fiadas horizontais de cogulhos alternados, duas molduras anelares, e um último troço ornado com quatro bolas. Conserva ainda três furos, na parte inferior do fuste, certamente destinados à fixação dos ferros de sujeição.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.



Fonte: Câmara Municipal de Oliveira do Hospital
https://www.cm-oliveiradohospital.pt/index.php/turismo/patrimonio-nacional/patrimonio-classificado-de-interese-publico-iip/item/1151-pelourinho-de-avo

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1008

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Santuário de Nossa Senhora das Preces


Localizado no lugar de Vale de Maceira, freguesia de Aldeia das Dez, o actual Santuário de Nossa Senhora das Preces terá sido construído durante o século XVIII. Além da igreja, integra uma Via-Sacra, com figuras de madeira em tamanho real, envolvidas por um parque florestal de excepcional valor botânico.
Outros elementos complementam este santuário dando corpo a várias hipóteses de percursos tanto de cariz religioso como arquitectónico ou botânico permitindo o reconhecimento dos elementos mais emblemáticos.
O Santuário desenvolve-se entre os 650 e os 750 m de altitude, desde o fundo da mata (o jardim) até à capela de Santa Eufémia, donde se pode desfrutar de uma magnífica panorâmica sobre a região envolvente.
Segundo a lenda, Nossa Senhora das Preces terá aparecido a uns pastorinhos no ano de 1371, no alto da serra do Colcurinho, local que cedo se transformou em lugar de peregrinação, apesar de ser um sítio agreste e inóspito. Devido à inacessibilidade daquele lugar, em finais do séc. XVI ou princípios do XVII, a imagem foi transferida para uma pequena ermida situada em Vale de Maceira, local onde se viria a edificar o actual Santuário.
O Santuário é composto por catorze capelas de toque barroco e granítico que se distribuem ao longo de um caminho mato adentro, cuja altitude começa nos 650 metros e termina nos 750 metros, devotado ao julgamento e sofrimento de Cristo antes da sua morte, naquilo a que nos habituámos a chamar de Paixão de Cristo. Seguindo os episódios finais da vida de Cristo, capela após capela, chega-se à décima segunda, a da Ressurreição, com um simbolismo que vale a pena fazer notar. Depois do esforço, o caminhante chega como homem renovado, ressuscitando despido de materialismo. Depois desta ainda se seguem mais dois postos: a Capela de Santa Maria Madalena, e mais à frente, a Capela de Santa Eufémia. Esta última termina com uma vasta e ampla visão sobre o horizonte.
Nos patamares acima encontra-se a igreja, o coreto, o lago do repuxo, o chafariz monumental, a gruta do Presépio, as capelas da Paixão de Cristo, a Albergaria (recentemente restaurada), alguns edifícios anexos e majestosas árvores seculares.

Ler mais:
https://www.portugalnummapa.com/santuario-de-nossa-senhora-das-preces/
http://www1.ci.uc.pt/nicif/santuario/religioso/folheto_relig.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santuário_de_Nossa_Senhora_das_Preces
http://www.senhoradaspreces.chaosobral.org/ap.htm
http://www1.ci.uc.pt/nicif/santuario/12.htm

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Arco e ruínas romanas de Bobadela



As Ruínas Romanas de Bobadela, no concelho de Oliveira do Hospital, são um dos mais importantes e bem preservados conjuntos arquitectónicos de valor histórico-arqueológico do “período romano” em Portugal. Este complexo de valiosíssimos vestígios do passado, disperso pelo centro histórico da aldeia de Bobadela, estudado ao longo dos tempos pela comunidade científica e admirado pelos seus visitantes, mereceu há muitos anos a classificação de Monumento Nacional. 
Ao arco romano foi-lhe atribuída a designação de «Arco Monumental de Bobadela», ao mesmo tempo que foi classificado de Imóvel de Interesse Nacional (IIN), a 16 de junho de 1910. Mais tarde, em 15 de abril de 1936, a classificação de Monumento Nacional, foi estendida a todo o complexo, alterando-se a designação para «Ruínas Romanas de Bobadela». 
Entre o diversificado acervo que se encontra exposto ao ar livre, em pleno tecido urbano da bucólica aldeia, destacam-se: as remanescências estruturais da principal praça da outrora cidade romana, o forum; o majestoso arco; as epígrafes dedicadas à Splendidissima Civitas, a Júlia Modesta e a Neptuno; a enigmática cabeça de um imperador romano; e o magnífico anfiteatro.
O arco de volta perfeito foi construído em grandes blocos de granito, de silharia almofadada (aparelho rústico) e assentes sem qualquer argamassa. As suas aduelas foram rematadas por uma cimalha de moldura muito simples. Os elementos arquitetónicos que compõem o arco apresentam um par de orifícios, previamente talhados em lados opostos, onde era fixado o forfex (gancho de metal empregue para elevar os pesados blocos, no momento da construção do monumento). As extremidades deste robusto “alicate” coincidiam com os dois pequenos orifícios. A pressão exercida pelo forfex sobre os orifícios permitia que os blocos de granitos fossem, deste modo, colocados no devido lugar.
O anfiteatro romano de Bobadela foi utilizado desde os finais do séc. I d.C. até finais do Séc. IV d.C. como local de jogos e lutas. Era construído por uma arena elíptica, de orientação norte-sul, com um pavimento em areão grosso. O muro do podium que circundava a arena era marcado por duas entradas no seu eixo maior e constituído com fiadas de blocos de granito e rematados por uma cornija de duas peças. O enchimento da cavea (celas subterrâneas), com cerca de 15m de largura, aproveitou sempre que possível o afloramento rochoso, e sobre ele assentavam as bancadas de madeira.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70552
https://www.cm-oliveiradohospital.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=292
http://www.portugalnotavel.com/ruinas-romanas-da-bobadela-oliveira-do-hospital-a-obscuridade-da-esplendida-cidade-romana/

domingo, 8 de abril de 2018

Pelourinho de Penalva de Alva



O Pelourinho de Penalva de Alva é um pelourinho situado na freguesia de Penalva de Alva, no concelho de Oliveira do Hospital. Localiza-se frente à antiga Casa da Câmara, actual sede da junta de freguesia.

Penalva de Alva, antigamente Penalva de São Gião, foi villa e concelho muito antigo, com categoria municipal certamente anterior ao único foral conhecido, dado por D. Manuel em 1516. É atualmente freguesia de Oliveira do Hospital, mas conserva um importante testemunho da sua anterior autonomia, na forma do pelourinho. Este levanta-se diante dos antigos Paços do Concelho, e data seguramente dos anos subsequentes à atribuição do foral manuelino, de acordo com a sua tipologia. 

O pelourinho possui plataforma de quatro degraus quadrangulares, de aresta, o superior com o topo ligeiramente abaulado, funcionando como base da coluna. Esta tem secção inicialmente quadrada, formando ressalto cúbico na base, de ângulos lavrados; segue com secção octogonal, conseguida mediante chanframento dos ângulos. O fuste estreita no topo, fazendo a transição para o capitel, constituído por astrágalo, cesto tronco-cónico bojudo, e ábaco oitavado. O remate consta de um pináculo alto, espiralado à esquerda, sobrepujado de grimpa constituída por espigão em ferro com bandeirola vazada por uma cruz (de Malta?) estilizada. 
Uma nota da Câmara Municipal indica que este pelourinho veio substituir outro, em madeira, situação perfeitamente habitual, e que justifica a existência de tão poucas picotas anteriores ao século XVI: muitas destas eram construídas em madeira, e mais tarde substituídas por exemplares em pedra, muito mais onerosos.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.

                                                        Fonte: DGPC

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73432
https://www.cm-oliveiradohospital.pt/index.php/turismo/patrimonio-nacional/patrimonio-classificado-de-interese-publico-iip/item/1155-pelourinho-de-penalva-de-alva
https://penalva-de-alva.webnode.pt/sobre-nos/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelourinho_de_Penalva_de_Alva

Forte Jesus de Mombaça