domingo, 29 de abril de 2018

Disjunção colunar da Ribeira de Maloás


Na sua parte a jusante, o leito da Ribeira do Maloás, no lugar de Malbusca, na ilha de Santa Maria, apresenta uma queda de água num extenso afloramento de colunas basálticas com 15 a 20 m de altura e uma extensão de cerca de 220 m. Esta disjunção prismática, ou colunar, está associada a uma escoada lávica basáltica subaérea do Complexo Vulcânico do Pico Alto, cujos prismas, de dimensões assinaláveis, estão truncados no topo revelando um pavimento de polígonos hexagonais do tipo “Calçada de Gigantes”, uma estrutura vulcânica mundialmente famosa da Irlanda. Este afloramento de disjunção prismática é um dos maiores e mais belos dos Açores e o seu enquadramento paisagístico, proximidade e acesso tornam-no local de visitação obrigatória da ilha de Santa Maria. 
O acesso a este geossítio está indicado com sinalética colocada pela Junta de Freguesia de Santo Espírito e durante o trajecto podem observar-se diversos aspectos das arribas da costa sul da ilha e a imensidão do Oceano Atlântico. 
A Ribeira do Maloás constitui um geossítio prioritário do Geoparque Açores, de relevância nacional e com interesse científico, educacional e geoturístico.

                                             Fonte: Geoparque dos Açores

Ler mais:
http://www.azoresgeopark.com/geoparque_acores/geossitios.php?id_geositio=32
http://natur-mariense.blogspot.pt/2012/07/disjuncoes-prismaticas-da-ribeira-do.html

sábado, 28 de abril de 2018

A indústria da cortiça no concelho de Santa Maria da Feira


A partir da segunda metade do século XX, o norte do país ganhou protagonismo em termos de localização dos estabelecimentos industriais rolheiros. Ainda assim, até à década de 1970, as unidades industriais corticeiras concentravam-se a Sul do rio Tejo, destacando-se os distritos de Setúbal, Évora e Faro, com cerca de 70% das unidades produtivas, percentagem que desceu para 27% no final da década. Em 1980, o distrito de Aveiro concentrava já 70% das unidades industriais corticeiras e esta concentração geográfica era acompanhada pela reduzida dimensão dos estabelecimentos, dedicados à actividade de transformação.
Embora distante das matérias-primas, o distrito de Aveiro mantinha a proximidade dos pontos de escoamento do produto final (portos fluviais e marítimos), a que se juntava a proximidade dos centros produtores do vinho do Porto, facto determinante para o desenvolvimento da indústria rolheira no concelho de Santa Maria da Feira.
De entre as várias empresas que operam no sector, neste concelho, destaca-se  aquela que é hoje a maior empresa corticeira do mundo, a Corticeira Amorim.
Actualmente Santa Maria de Lamas (uma das principais localidades do concelho) assume-se como um dos principais centros produtores de rolhas e sede da Associação dos Industriais Exportadores de Cortiça, bem como do Centro Tecnológico da Cortiça.
Fonte: Branco, A. e Lopes, J. C. (2013) - Vantagens da concentração geográfica da produção: o caso da indústria corticeira de Santa Maria da Feira - ISEG - ISSN nº 0874-4548.

Ler mais:
https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/5167/1/DEWP4-13.pdf

Parque da Cidade do Porto


O Parque da Cidade é o maior parque urbano do país, com uma superfície de 83 hectares que se estendem até ao Oceano Atlântico, uma particularidade rara a nível mundial. 
Foi projectado pelo arquitecto paisagista Sidónio Pardal, tendo sido inaugurado em 1993 (1ª fase) e finalizado em 2002. A presença da pedra assume uma característica preponderante deste parque, onde a construção de muros de suporte de terras, estadias e pavimentos criam uma ideia rural e campestre. Em 2000, foi seleccionado pela Ordem dos Engenheiros, como uma das '100 obras mais notáveis construídas no século XX em Portugal'. Entre outros equipamentos, acolhe ainda o Centro de Educação Ambiental.
Na sua área é possível encontrar locais de passeio, espaços destinados às práticas desportivas, lagos, fontes e relvados. O acesso ao parque é feito por três entradas: Av. da Boavista, Rua da Vilarinha e Estrada Interior da Circunvalação. 
Outro dos pólos de interesse deste pulmão verde da Cidade Invicta é o Pavilhão da Água, que esteve em exposição na Expo'98. 


Ler mais:
http://www.visitporto.travel/Visitar/Paginas/viagem/DetalhesPOI.aspx?POI=1030
https://www.portopatrimoniomundial.com/o-parque-da-cidade.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_da_Cidade_do_Porto

Feira D'Aires


A Feira D'Aires realiza-se anualmente, em Viana do Alentejo, no quarto domingo de Setembro. Trata-se de uma feira centenária onde o profano e o sagrado "andam de mãos dadas" e que inclui manifestações religiosas, música, mostra de actividades económicas e comércio tradicional.
O certame tem mais de 250 anos de existência e realiza-se em torno do Santuário com o mesmo nome que recebe todos os anos milhares de devotos. Ao todo são três dias de festa num certame que todos os anos apresenta novidades aos milhares de visitantes que se deslocam a Viana do Alentejo.
Recorde-se que na origem da feira está a promessa feita pelos comerciantes de Évora em 1748, caso a epidemia que grassava na cidade fosse debelada, o que veio a acontecer. No seguimento dessa promessa, passou a realizar-se, anualmente, uma feira em torno do Santuário que por alvará régio datado de 1751 concedido por D. José I, se torna feira franca.
                           Fonte: Câmara Municipal de Viana do Alentejo

Ler mais:
http://www.cm-vianadoalentejo.pt/pt/site-visitar/patrimonio-imaterial/Paginas/Feira-DAires.aspx

A Alta de Coimbra


A cidade que é hoje Coimbra teve o seu primitivo núcleo de povoamento no cimo da colina da Alta. Este cabeço, com cerca de 160 metros de altitude, sobranceiro ao rio Mondego, para além das condições naturais de defesa que oferecia, era ponto de passagem quase obrigatório entre o Norte e o Sul do país.
Esta zona da cidade caracteriza-se pelo traçado sinuoso de ruas estreitas, ligadas por uma teia de travessas e becos, certamente, uma herança da ocupação árabe. A antiga muralha marcou o traçado de algumas ruas, sendo a Torre de Almedina era a porta principal da cidade.
A Universidade domina a colina, a í coexistindo edifícios de épocas diferentes, como o Paço das Escolas (séc. XVI) e os edifícios da Cidade Universitária dos anos 40, cuja arquitectura se assemelha à da Alemanha nazi ou à da Itália fascista.
Esta é, sem sombra de dúvida, a zona mais monumental da cidade, localizando-se ali alguns dos edifícios mais imponentes dos primórdios da cidade.
Na encosta que desce até à "baixa" da cidade, permanece um emaranhado de estreitas ruas e vielas circundando monumentos como o Museu Nacional Machado de Castro, a Sé Velha, a Torre de Anto, o Palácio de Sub-Ripas, até ao Arco de Almedina. Aí coexistem antigos prédios de habitação, muitos deles hoje ocupados por cafés, bares e lojas para turistas, para além das tradicionais "repúblicas" de estudantes. As ruas têm nomes como "Quebra-Costas", "da Matemática", "do Norte", "da Ilha", "do Cabido", "Couraça dos Apóstolos" e "Palácios Confusos"...
"A ocupação da colina é, assim, legível através de duas escalas muito diferenciadas: a da encosta, densa, sinuosa e complexa, predominantemente habitacional; a do topo, axial e geométrica, predominantemente escolar e terciária" (Bandeirinha, 2003)

Ler mais:
https://www.cm-coimbra.pt/index.php/municipio/municipio/historia-da-cidade/item/382-o-casco-urbano
Bandeirinha, J.A. e Jorge, F. (2003) - Coimbra Vista do Céu - Argumentum Edições

Palácio e Quinta da Regaleira

O Palácio da Regaleira é o edifício principal e o nome mais comum da Quinta da Regaleira. Também é designado Palácio do Monteiro dos Milhões, denominação associada à alcunha do seu antigo proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro.
O palácio está situado na encosta da serra e a escassa distância do Centro Histórico de Sintra, estando classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2002.
Adquirida pela Baronesa da Regaleira, filha de Alfredo Allen, rico comerciante do Porto em 1840, a propriedade transforma-se num galante refúgio estival, com palacete, capela e jardim e passa a ser conhecida por Quinta da Torre da Regaleira.
Em 1893 é vendida em hasta pública a António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920), homem de vasta cultura, cuja for­tuna fora acumulada no Brasil, que lhe junta outras parcelas de terrenos, tomando a forma actual.
Carvalho Monteiro , profundo amante da gloriosa epopeia nacional, traduzida na época pelo gosto 'revivalista' da arquitectura neomanuelina , inspirou-se para a construção da sua mansão e respetiva capela, quer no ecletismo estrutural e decorativo da Pena, quer no assumido estilo neomanuelino do Palácio do Buçaco, este último da autoria de Luigi Manini (1848-1936).
Esta evocação do passado passa também pela arte gótica e alguns elementos clássicos. A diversidade da Quinta da Regaleira é enriquecida com simbolismo de temas esotéricos relacionados com a alquimia, Maçonaria, Templários e Rosa-cruz.
Adquirida em Março de 1997 pela Câmara Municipal de Sintra, a Quinta da Regaleira é, actualmente a sede social da Fundação CulturSintra, que aí desenvolve um vasto programa de conservação e recuperação patrimonial, de dinamização turística e de aplicação de um plano de actividades culturais.

Ler mais:
http://www.serradesintra.net/quintas-de-sintra/quinta-da-regaleira
http://www.sintraromantica.net/pt/monumentos/palacio-e-quinta-da-regaleira
https://portugalvirtual.pt/sintra/pt/quinta-da-regaleira.php
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta_da_Regaleira

Pelourinho de Goujoim

Sobre a vila de Goujoim, ou Gogim (nome original desta localidade), sabe-se que a sua origem é bastante recuada e anterior ao século XVI, época em que foi sede de concelho. Não se conhece a existência de qualquer foral e, ao que tudo indica, o seu pelourinho foi erguido tardiamente, já no século XVII. Assim o demonstra o ano de 1666 inscrito numa das faces da pedra de remate.
O pelourinho, que se ergue no centro da localidade, no local de convergência de três ruas, eleva-se sobre um degrau e é constituído pela coluna de fuste cilíndrico e imperfeito. O remate, de secção circular na zona inferior e prismática na superior, apresenta quatro escudetes orientados de acordo com os pontos cardeais, um com a data já referida, outro com as armas de Portugal, outro com as iniciais I.B.B.B., e outro com cinco pontos em cruz com cinco traços divergentes em baixo que têm sido identificados com um possível relógio de sol.
Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1933.
                                                           Fonte: DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/7169615
http://www.portoenorte.pt/pt/o-que-fazer/pelourinho-goujoim/


Real Fábrica de Vidros de Coina


Foi a abundância de lenha da Mata da Machada e a invulgar pureza das areias que determinaram a instalação em Coina da Real Fábrica de Vidros Cristalinos.
Inicialmente pensada para ser construída no Forte da Junqueira, conforme determinação real de 11 de Abril de 1714, por contrato estabelecido com um tal João Palada, que não terá desempenhado com eficácia a sua parte do contrato, foi decidido provavelmente pelas razões logísticas acima referidas, retomar esse projecto em Coina, sob a direcção de João Butler a quem se deu a laboração por tempo de doze anos, ao mesmo tempo ordenando Sua Majestade a proibição de se introduzirem vidros estrangeiros, como fazenda de contrabando.
Esta manufactura vidreira, ficou instalada no espaço do antigo largo do mercado do gado. Actualmente, só existem no local alguns vestígios desta importante manufactura
Entre 1983 e 1990 realizaram-se no locala várias campanhas arqueológicas, dirigidas cientificamente por Jorge Custódio e apoiadas técnica e financeiramente pela Associação Portuguesa de Arqueologia e pela Câmara Municipal do Barreiro, que permitiram identificar a real manufactura joanina de vidros, cuja laboração se situa entre 1719 e 1749.
Em 1748 a manufactura de vidro viria a ser transferida para a Marinha Grande.
A importância histórica e arqueológica do achado levou a Câmara a solicitar a sua classificação como Imóvel de Interesse Público ao Instituto Português do Património Arqueológico, facto que ocorreu em 31 de Dezembro de 1997.





Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/en/patrimonio/itinerarios/industrial/05/
https://reservasmuseologicascmb.wordpress.com/02/real-fabrica-de-espelhos-e-vidros-cristalinos-de-coina/
http://domjoaoquinto.blogspot.pt/2007/07/fundao-da-fbrica-vidros-em-coina-1722.html

Casa-Museu Egas Moniz

A Casa do Marinheiro, hoje Casa-Museu Egas Moniz, classificada como Imóvel de Interesse Público, foi a casa onde nasceu o Professor Egas Moniz, prémio Nobel da Medicina em 1949.
Para a salvar da ruína mandou-a reconstruir em 1915 segundo um projecto do Arquitecto Ernesto Korrodi, sob a direcção do padre António Maria Pinho, tendo sido encarregue da decoração Álvaro Miranda da Granja.
Ampliou-a e enriqueceu-a, dando-lhe a feição que hoje apresenta e uma semelhança com as antigas casas solarengas do século XVIII. Sem descendentes, o extremoso casal muitas vezes ponderou o destino a dar à Casa que com tanto carinho se tinham dedicado. Acabou por decidir que nela se criasse um Museu Regional que, conforme desejo expresso da esposa, seria denominada "Casa-Museu Egas Moniz".
Nela se podem admirar diversas colecções de pintura (Carlos Reis, Silva Porto, Henrique Medina, José Malhoa, Abel Salazar, entre outros), ourivesaria, cerâmica (com porcelanas da Companhia das Índias, Cantão, Saxe e Sèvres, e faianças antigas portuguesas), escultura, gravura, mobiliário, tapeçaria, bem como o espólio científico do Prof. Egas Moniz respeitante aos trabalhos sobre angiografia e leucotomia pré-frontal, e outros trabalhos de neurocirurgia.
A transformação deste imóvel em Casa-Museu veio satisfazer um desejo expresso de Egas Moniz e de sua mulher Elvira de Macedo Dias Egas Moniz, concretizado com a abertura ao público em 1968. Assim, a Casa-Museu celebra não apenas o médico, com a exposição das suas descobertas científicas, mas também o homem de gosto requintado, através dos objectos de arte que reuniu nesta casa e numa outra que possuía em Lisboa, no número 73 da Avenida 5 de Outubro.

Ler mais:
http://www.casamuseuegasmoniz.com/seccao.php?s=casa
http://roteiromuseus.ccdrc.pt/museu_ficha.aspx?idMuseu=19&tipologia=5
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74894/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa-Museu_Egas_Moniz

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Pelourinho de Melo


Melo é uma povoação de grande antiguidade, que já atingira o estatuto de vila no século XIII. Teve origem numa herdade instituída, no início desse século, por D. Gonçalo de Sousa, que logo terá passado para o senhorio de D. Soeiro Raimundo, cruzado regressado da terra Santa. Foi posteriormente doada por D. Afonso III a Mem Soares, cavaleiro que acompanhara o rei na conquista do Algarve, e que tomou para seu apelido o nome da terra. Melo recebeu foral de D. Manuel, dado em 1515, na sequência do qual se terá levantado o actual pelourinho, junto à ainda existente Casa da Câmara e cadeia comarcã, que conserva o brasão dos Melo. 
O pelourinho ergue-se sobre um amplo soco de quatro degraus quadrados, de superfícies muito desgastadas. É constituído por um fuste octogonal liso, com base quadrangular talhada no mesmo bloco, e encimado por uma larga roca octogonal composta por seis molduras lavradas, com decoração geometrizante, e rematada por uma peanha oitavada moldurada sobre a qual figura uma esfera armilar com cruz em ferro. Nas faces da peanha do remate também existem representações geométricas. Numa das faces da roca está o escudo de Portugal, com as Cinco Quinas. Tem uma pequena cruz de ferro no topo.
Foi classificado como Monumento Nacional em 1915.
                                                             Fonte: DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70289
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelourinho_de_Melo

Barragem do Cabril

A barragem do Cabril, no rio Zêzere, é uma das maiores barragens portuguesas e origina uma da maiores reservas de água doce do país.
A construção da Barragem do Cabril teve início em abril de 1951, com a obra a cargo da Hidro-Eléctrica do Zêzere e com projecto de Joaquim Laginha Serafim. A inauguração teve lugar no dia 31 de julho de 1954 e contou com a presença do Presidente da República, General Craveiro Lopes.
A barragem é do tipo arco abóbada, com uma altura de 136 metros e com 290 metros de comprimento do coroamento. A capacidade do descarregador é de 2.200 m³/s.
Sendo uma das maiores barragens portuguesas e originando uma das maiores reservas de água doce do país, a Barragem do Cabril assume-se como um verdadeiro ex-líbris arquitectónico do vale do Zêzere.
A sua albufeira tem uma capacidade total de 720.000.000m³, enquanto a sua capacidade útil é de 615.000.000m³. O seu perímetro é de 280 quilómetros.
Esta albufeira oferece um dos melhores quadros turísticos da região e as suas águas são bastante procuradas para actividades aquáticas e pelos amantes da pesca desportiva.

Ler mais:
http://turismo.cm-serta.pt/turismopt/posto-de-turismo/visita-guiada-%C3%A0-barragem-do-cabril
https://pt.wikipedia.org/wiki/Barragem_do_Cabril
http://www.somague.pt/portfolio_detail/barragem-do-cabril/

Torre das Águias

A Torre das Águias localiza-se na antiga povoação de Águias, na freguesia de Brotas. Erguida a partir de 1520 por D. Nuno Manuel, guarda-mor do rei D. Manuel I, possivelmente sobre uma estrutura anterior, era utilizada para repouso dos fidalgos nas caçadas de grande montaria. Também se conjectura sobre a eventual ligação da edificação da torre ao culto de Nossa Senhora de Brotas.
Edifício de estilo manuelino, apresenta planta com formato quadrado de aproximadamente 18 metros de lado por cerca de 20 de altura, em alvenaria, silharia e cantaria de granito. Está dividido internamente em quatro pavimentos, nos quais se rasgam janelas também quadradas. O pavimento térreo é constituído por um amplo salão, coberto por abóbada de ogivas nervuradas; o segundo pavimento divide-se em salão nobre com um vasto fogo de chão e divisões contíguas; o terceiro e quatro pavimentos não apresentam divisões e têm a cobertura em abóbadas de cúpula abatida.
Classificada como Monumento Nacional em 1910, resistiu em tempos ao terramoto de 1755 e começou a degradar-se já no século XIX. Em 1946 sofreu intervenções de restauro, a cargo da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), tendo sido novamente intervencionada em 1978 com obras de consolidação e reconstrução de interiores.
Actualmente em avançado estado de degradação, carecendo de conservação urgente, encontra-se em mãos de particulares.
                                           Fonte: Câmara Municipal de Mora
Ler mais:
http://www.cm-mora.pt/pt/site-visitar/brotas/Paginas/Torre-Aguias.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_das_Águias
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70383/
http://lugaresesquecidos.com/forum/viewtopic.php?t=1092

Aldeia de xisto de Casal de São Simão


A aldeia de Casal de São Simão está situada na freguesia de Aguda, concelho de Figueiró dos Vinhos e faz parte da rede das Aldeias do Xisto.
O casario espraia-se pela única rua da aldeia. São casas de xisto, coladas umas às outras numa união que lhes emprestou conforto noutros tempos. Todas têm varandas ou alpendres e as antigas lojas dos animais têm hoje outros usos. A casa mais antiga da aldeia ostenta na padieira a data de 1701 e a mais recente é já deste século. Passeando-se por Casal de São Simão, é a um tempo a unidade e os pequenos pormenores que saltam à vista.
A partir da aldeia, há um percurso pedestre sinalizado que conduz às Fragas de São Simão, uma magnífica praia fluvial na ribeira de Alge, situada entre fragas e penhascos. Esse percurso passa por manchas alternadas de pinheiros e eucaliptos com sobreiros e castanheiros.

Ler mais:
https://portugaldelesales.pt/casal-de-sao-simao-fragas-comunidade/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Casal_de_São_Simão
http://www.casaldesaosimao.com/portugues/bem-vindo/

Palácio de São Bento

O Palácio de São Bento é a atual sede da Assembleia da República ou Parlamento Português.
É neste local que os políticos elegidos definem o futuro do país durante quatro anos consecutivos.
Este palácio era antigamente conhecido como mosteiro Beneditino (ou também por Mosteiro de São Bento da Saúde, Convento de São Bento da Saúde, Convento da Ordem Beneditina) e foi inicialmente mandado construir por Baltazar Álvares em 1598. O terramoto de 1755 causa grandes danos no palácio.
Em 1834 (ano da extinção das ordens religiosas), o edifício deixou de ser o convento beneditino, passando a estar albergado o arquivo nacional da Torre do Tombo. Ao longo dos séculos XIX e XX o Palácio de São Bento foi alvo de uma série de grandes obras de remodelação, exteriores e interiores, tornando o atual palácio muito diferente do original mosteiro. No sec. XIX funcionaram aí as Cortes do Reino.
A mais profunda remodelação (da responsabilidade de Ventura Terra) iniciou-se em 1895, tendo durado aproximadamente 50 anos, após um incêndio que destruiu a Câmara dos Deputados. Não só é construída a nova Câmara dos Deputados (inaugurada em 1903), como a sua antecâmara, a Sala dos Passos Perdidos, a biblioteca parlamentar e o Salão Nobre. Em 1936 a escadaria monumental foi acrescentada por António Lino e concluída por Cristino da Silva.  O antigo convento, de feição maneirista e barroca, tem um corpo central com arcadas ao nível térreo, e sobre estas a galeria com colunata, encimada por frontão triangular decorado com estuques.
A fachada do palácio emoldura o estilo neoclássico e o interior é igualmente grandioso, repleto de alas e de obras de arte de diferentes épocas da história de Portugal. 
Anexado a este palácio está a Residência Oficial do Primeiro-Ministro, um pequeno palacete construído mais tarde.

Ler mais:
http://www.parlamento.pt/VisitaParlamento
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70140
https://pt.wikipedia.org/wiki/Palácio_de_São_Bento
http://www.historiadeportugal.info/palacio-de-sao-bento/
https://paixaoporlisboa.blogs.sapo.pt/mosteiro-de-sao-bento-da-saude-palacio-6476

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Parque Nacional da Peneda-Gerês

No extremo noroeste de Portugal, entre o Alto Minho e Trás-os-Montes, a Serra da Peneda em conjunto com a do Gerês constituem a única área protegida portuguesa classificada como Parque Nacional, devido à riqueza do seu património natural e cultural, sendo um dos últimos redutos do país onde se encontram ecossistemas no seu estado natural, com reduzida ou nula influência humana, integrados numa paisagem humanizada.
O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) abrange território de 22 freguesias distribuídas pelos concelhos de Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre, Ponte da Barca e Terras de Bouro. Esta Área Protegida forma um conjunto com o parque natural espanhol da Baixa Limia - serra do Xurés, constituindo com este, desde 1997, o Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés e a Reserva da Biosfera com o mesmo nome.
A natureza e orientação do relevo, as variações de altitude e as influências atlântica, mediterrânica e continental traduzem-se na variedade e riqueza do coberto vegetal, nomeadamente, matos, carvalhais e pinhais, bosques de bétula ou vidoeiro, abundante vegetação bordejando as linhas de água, campos de cultivo e pastagens. 

Notável diversidade botânica - bosques, matos, vegetação ripícola e turfeiras para além de matos húmidos - destacando-se a presença de várias espécies raras e endémicas. O PNPG alberga alguns dos mais importantes carvalhais de Portugal. Interessantes habitats seminaturais. Diversidade de espécies faunísticas com estatutos diferenciados: endémicas (salamandra-lusitânica), ameaçadas (lobo-ibérico), espécies de distribuição limitada (cartaxo-nortenho)... No mosaico agrícola destacam-se os prados de lima e lameiros.
Rico património histórico-cultural (necrópoles megalíticas, vestígios da romanização, castelos, espigueiros, fornos, moinhos, levadas, socalcos…) a que acresce a curiosa implantação das aldeias serranas e a presença de núcleos de arquitectura tradicional bem preservados.
É uma zona montanhosa, com altitudes que chegam aos 1545 m, em Nevosa (serra do Gerês), de fortes declives, onde a presença de diferentes níveis de chãs é frequente.
A grande quantidade de vales e corgas é aproveitada pelos rios, dando lugar a uma rede hidrográfica de grande densidade, composta por um conjunto de afluentes e subafluentes que correm, de um modo geral, por vales agudos de encostas escarpadas.
A área do Parque Nacional faz parte das áreas de influência dos rios Minho, Lima, Cávado e Homem – como os mais importantes – que compartimentam o maciço granítico, individualizando as diferentes serras:
serra da Peneda, definida pelos rios Minho e Lima;
serra Amarela, definida pelos rios Lima e Homem; e
serra do Gerês, definida pelos rios Homem e Cávado.


Ler mais:

http://www2.icnf.pt/portal/ap/pnpg
https://www.visitportugal.com/pt-pt/NR/exeres/848B4ECF-A8DA-4145-A93C-81C042CDDAAD
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_da_Peneda-Gerês
https://www.vortexmag.net/os-10-locais-mais-bonitos-do-parque-nacional-peneda-geres/
http://www.natural.pt/portal/pt/AreaProtegida/Item/1




domingo, 22 de abril de 2018

Basílica dos Congregados


O Convento dos Congregados, também referido como Convento da Congregação de São Filipe de Néri, localiza-se na freguesia de São José de São Lázaro, cidade e concelho de Braga. O conjunto compreende a Basílica dos Congregados e o Colégio dos Congregados.
A Basílica começou a ser construída no século XVI, embora só terminada no século XX. Sob a orientação de Manuel Fernandes da Silva, o início da construção foi em 1703, tendo sido benzida em 27 de Outubro de 1717, embora faltando construir as torres e colocar estátuas nos nichos respectivos da fachada.
A intervenção seguinte terá sido da responsabilidade de André Soares, que trabalhou neste projecto entre 1758 e 1766, e do qual resultou uma frontaria marcada pelo eixo central, cujo verticalismo foi acentuado pelas pilastras laterais. Entre estas, rasgam-se diversos vãos de moldura ondulada, que emprestam grande tensão ao conjunto. O próprio remate do edifício denota a mesma tendência ondulada que emana dos restantes vãos e, principalmente, do janelão central, cuja forma se assemelha a uma fechadura.
As torres que ladeiam a fachada são posteriores à intervenção de André Soares, pois não chegaram a ser terminadas. A sua conclusão ocorreu apenas no século XX, tomando como modelo as da Igreja de São Miguel de Refóios, em Cabeceiras de Basto.
Ao lado fica o convento dos Congregados, um edifício barroco construído durante a parte final do séc. XVII. A Congregação do Oratório foi expulsa em 1834, e desde então este convento teve variadas utilizações desde Biblioteca, Liceu e actualmente serve a Universidade do Minho como Instituto de Estudos das Crianças.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74586/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%C3%ADlica_dos_Congregados
http://www.360portugal.com/Distritos.QTVR/Braga.VR/vilas.cidades/Braga/Congregados.html

Castelo da Dona Chica