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domingo, 19 de agosto de 2018

Parque Natural de São Mamede

O Parque Natural da Serra de São Mamede inclui o essencial da serra com o mesmo nome, o mais importante dos relevos alentejanos, em território pertencente aos concelhos de Arronches, Castelo de Vide, Marvão e Portalegre. Trata-se de um espaço que, desde logo, nos surpreende pela diversidade paisagística bem expressa na variedade da sua geologia e do elenco florístico presente.
A sua disposição geográfica, o virar-se para norte ou para sul, reflecte-se no coberto vegetal que espelha, de forma clara, as influências atlânticas e mediterrânicas.
À diversidade vegetal acrescenta-se a presença de distintas comunidades de animais, com realce para as aves de presa. Apesar das pressões da ocupação humana, a fauna é abundante: aves raras como a águia de Bonelli e o grifo, os gaviões, as águias cobreiras, os peneireiros-cinzentos, o bufo-real, a coruja-do-mato e muitas outras, convivem com o javali, o veado, o texugo, o saca-rabos, o gato-bravo, a raposa ou o vulgar coelho.
A rede hidrográfica do Parque Natural integra cursos de água das bacias hidrográficas do Tejo e do Guadiana. A existência de cursos de água pertencentes a duas bacias tão importantes como estas é um facto pouco comum, senão único, no nosso país, a nível das áreas protegidas. No entanto, reveste-se da maior importância para a conservação da diversidade, em particular de organismos ligados aos meios aquáticos, como são os peixes e os anfíbios.
O Parque Natural da Serra de S. Mamede é uma área com grande diversidade de habitats, sendo especialmente importante do ponto de vista fitogeográfico. Com efeito, devido às características geomorfológicas e climáticas da serra, que se constitui como uma barreira continental à influência atlântica, o Parque é o limite sul para muitas espécies e comunidades vegetais de distribuição preferencialmente atlântica. Assim, estas podem observar-se sobretudo nas vertentes norte e oeste, onde ocorre uma precipitação apreciável. Em contraste, as vertentes a sul e leste estão sujeitas a uma maior influência mediterrânica, sendo substancialmente mais xéricas.
Populações paleolíticas, árabes e romanas, gente medieval, todos deixaram marcas ao longo de um território em que a agricultura foi sempre a atividade dominante.

Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnssm
https://www.visitalentejo.pt/pt/o-alentejo/viva/parque-natural-de-s-mamede/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Natural_da_Serra_de_São_Mamede
http://www.natural.pt/portal/pt/AreaProtegida/Item/9

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Estação ferroviária de Marvão-Beirã


Com o propósito de encurtar a distância por via férrea entre Lisboa e Madrid, iniciaram-se em 1878 os trabalhos de construção de um novo troço de linha férrea, o qual, separando-se da Linha do Leste em Torre das Vargens, viria a entroncar na rede ferroviária do país vizinho na estação de Arroyo-Malpartida, na província de Cáceres e próximo desta cidade, a qual veio a dar o nome ao novo ramal.

A construção processou-se com notável rapidez, se atendermos aos meios da época, pois em 1879 já circulavam comboios de mercadorias. A inauguração oficial, até à estação de Marvão-Beirã efectuou-se em 6 de Junho de 1880, data a partir da qual os comboios de passageiros atingiram também aquela estação. Demorou algo mais a construção do lado espanhol, pois só em 1881 o caminho de ferro chegou a Valência de Alcântara.
A última estação do ramal de Cáceres antes da fronteira com Espanha é também o primeiro cartão de visita de Portugal para quem entra no nosso país por esta linha ferroviária. É por isso que a gare de Marvão - Beirã (fica bem mais perto da aldeia do que da histórica vila) ostenta belos painéis de azulejos com alguns dos principais monumentos lusos, como a Torre de Belém, o Mosteiro de Alcobaça e o Convento de Cristo, em Tomar. Este conjunto, produzido pela Cerâmica Lusitana, foi pintado por Jorge Colaço, o mesmo autor dos painéis da vizinha estação de Castelo de Vide e do magnífico átrio da gare portuense de São Bento.

Mas enquanto ponto fronteiriço não podiam faltar também as áreas que pertenceram à Guarda Fiscal, à Alfândega e à fiscalização dos passaportes. Curiosa é, igualmente, uma antiga sala reservada unicamente aos passageiros da primeira classe. 

Para que este património seja melhor preservado, a autarquia de Marvão classificou o edifício como Imóvel de Interesse Público.
Em Agosto de 2012, a Rede Ferroviária anunciou a sua decisão de encerrar o Ramal de Cáceres no dia 15 desse mês, tendo o percurso do Lusitânia comboio hotel sido alterado, passando a transitar pela Linha da Beira Alta.
Recentemente, a estação de Marvão-Beirão viu ser instalada no seu edifício uma pequena unidade hoteleira, a Train Spot Guesthouse.


Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estação_Ferroviária_de_Marvão-Beirã
https://lifecooler.com/artigo/atividades/estacao-ferroviaria-de-marvao-beira/434463
https://www.jf-beira.pt/index.php/freguesia/caminhos-de-ferro

terça-feira, 15 de maio de 2018

Castelo de Marvão

O Castelo de Marvão foi uma fortificação estratégica de detenção, orientada para a fronteira, de que dista uns escassos 13 Km. Constituiu também um eficaz lugar de refúgio e um extraordinário ponto de observação e vigilância, já que dominava claramente a segunda via mais importante de penetração dos exércitos do país vizinho, a partir de Valência de Alcântara, numa vasta zona do Alto Alentejo que vai de Badajoz ao rio Tejo. A sua inserção estratégica é clara: faz parte da primeira linha de detenção, pós Tratado de Alcanizes, que vai, no actual Distrito de Portalegre, de Montalvão a Elvas.
Foi a partir da posse da vila por D. Dinis, ocorrida em 1299, que se pensa que se iniciou a construção do actual castelo. O facto de encontramos aqui algumas características plenamente góticas parece vir em favor desta hipótese. Do recinto fazem parte dois níveis claramente diferenciados. O primeiro, mais pequeno e no extremo oposto ao da povoação, corresponde ao castelo propriamente dito, com uma entrada em cotovelo protegida directamente pela poderosa e quadrangular torre de menagem, que assim se associa à defesa activa do reduto, apesar da sua escassa altura, (dispondo apenas de dois pisos). Neste nível superior, existe ainda a porta da traição, também protegida por pequeno torreão, e uma cisterna, que se admite poder ser ainda islâmica. O recinto inferior é bem mais vasto e possui um amplo espaço para aquartelamento e movimentação de tropas. Aqui, o elemento mais significativo é o complexo sistema de entrada, com tripla porta protegida por outros tantos adarves e por várias torres.
O sistema medieval da fortaleza manteve-se genericamente até ao século XVII, altura em que Marvão viu reforçada a sua importância no quadro das Guerras da Restauração. Sob o impulso do abade D. João Dama, reformulou-se parcialmente o dispositivo, com baluartes estrelados a proteger as principais portas e o extremo da fortaleza. Nessa altura, porém, Marvão possuía apenas 400 habitantes e a relevância da vila não se podia já comparar a Castelo de Vide, onde se concentraram os principais esforços de defesa contra Espanha.
No século XIX, após o início da Guerra Peninsular, o Castelo de Marvão foi ocupado por tropas francesas, sendo libertado posteriormente, em 1808.
Anos mais tarde, aquando das Guerras Liberais, naquela que ficou conhecida como Guerra da Patuleia, o Castelo de Marvão foi ocupado pelas forças liberais, a 12 de Dezembro de 1833, vindo a sofrer o assédio das tropas miguelistas apenas um ano depois.
Actualmente, o Castelo de Marvão encontra-se classificado como Monumento Nacional, tendo o Decreto sido publicado em 4 de Julho de 1922.

Ler mais:
http://www.cm-marvao.pt/pt/museus/castelo
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70363/
http://www.historiadeportugal.info/castelo-de-marvao/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Marvão
http://www.visitevora.net/marvao-castelo/

Forte Jesus de Mombaça