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domingo, 25 de novembro de 2018

Aldeia abandonada do Gavião


Trata-se de uma aldeia de provável construção baixo-medieval. O caminho que de Seixo de Manhoses dá acesso à aldeia é marcado, numa encruzilhada próxima, por um cruzeiro, erguido sobre um soco quadrangular com alminhas do purgatório pintadas, na face virada a norte, e constituído por uma cruz latina com imagem de Cristo. 
A aldeia desenvolve-se para oriente do cruzeiro. As construções são em alvenaria de granito e, em alguns casos, em silhares de granito. Na sua maioria mantêm o pé-direito, correspondendo a um registo ou dois, mas apenas com vestígios de coberturas, sobrados e caixilharias. A este do aglomerado, estende-se uma extensa eira de muito bom labor em silhares de granito bem aparelhados. É também um excelente miradouro.

Fonte: Câmara Municipal de Vila Flor
https://www.cm-vilaflor.pt/frontoffice/pages/294?poi_id=43

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Ruínas do Castelo e povoação de Noudar

O Castelo de Noudar, no Alentejo, localiza-se na antiga vila de mesmo nome, no concelho de Barrancos. A sua situação geográfica, situada estrategicamente junto à raia Espanhola, associada a um cenário paisagístico profundamente impressivo e impactante, fazem deste recanto um dos mais encantados monumentos de Portugal.
De acordo com os testemunhos arqueológicos as primeiras incursões humanas no local remontam à pré-história, sendo um território depois sucessivamente ocupado por Romanos, Visigodos e Muçulmanos.
Foram estes últimos os responsáveis pela primitiva fortificação no local, por volta do século X ou XI, quando terá sido edificada uma pequena torre ou castelo em taipa, com a função de controlar o caminho que fazia ligação a Beja.
A actual configuração da fortaleza deve-se à nova ordem cristã implantada nesta região ao longo do século XIII. No entanto, não é certo que imediatamente após a reconquista do território se tenham realizado obras no reduto militar, não obstante a sua óbvia posição de fronteira. Em 1253, a povoação recebeu foral de Afonso X de Castela, juntamente com outras localidades do Além-Guadiana, entre as quais Moura e Serpa. Ela haveria de passar para a posse portuguesa cerca de meio século depois, pelo tratado de paz entre D. Dinis e Fernando IV, celebrado em 1295. É só a partir dessa data que encontramos as primeiras referências à vontade régia de erguer aqui um reduto militar relevante. Em Dezembro desse mesmo ano, D. Dinis passou carta de foral à vila e, oito anos depois, o monarca entregou-a à Ordem de Avis.
À época de D. Manuel I (1495-1521), regista-se a existência de barbacãs circundando o castelo, ou seja, uma estrutura característica da arquitectura militar do século XV. A vila viria a receber do soberano, neste mesmo período, o seu Foral Novo (1513).
Como fortaleza de fronteira, foram muitas as ocasiões em que passou de Portugal a Castela, e vice-versa, tendo sido o século XIV particularmente fértil. Quando Duarte d'Armas a desenhou, em 1509, não parece que tivessem existido assinaláveis obras de reconfiguração, à excepção, talvez, das barbacãs que circundavam o castelo, estruturas defensivas mais características do século XV. De novo na posse de espanhóis em 1644 e em 1707, a sua vulnerabilidade não foi suficiente para que se empreendessem obras de abaluartamento, ao contrário do que sucedeu, por exemplo, em Elvas, facto que consolidou a imagem medieval do conjunto. Em 1774 Barrancos partilha com Noudar a sede de concelho mas, em 1836, o concelho de Noudar deixa de existir.
A partir do século XVIII, a história deste castelo é a de um abandono progressivo, consumado em 1893 com a sua venda a um privado, João Barroso Domingues, importante proprietário de Barrancos. Só em 1997, mais de um século depois, a autarquia conseguiu adquirir o conjunto, desenvolvendo-se, a partir de então, um projecto de investigação arqueológica sistemática que, para já, revelou alguns níveis da presença islâmica no local.

Ler mais:
http://www.amigosdoscastelos.org.pt/tabid/72/ctl/Details/mid/473/monumentID/59/Default.aspx
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70654/
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=898
http://www.parquenoudar.com/pt/patrimonio-cultural/castelo-de-noudar/
https://cascalenses.blogs.sapo.pt/o-castelo-de-noudar-em-barrancos-69311
https://www.portugalnummapa.com/castelo-de-noudar/

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Aldeia abandonada de Drave

Drave é uma aldeia desabitada numa cova entre as Serra da Freita, Serra de São Macário e Serra da Arada, integrada no Geoparque de Arouca e situada na freguesia de Covelo de Paivó.
É uma aldeia típica em que as casas são feitas de pedra, denominada pedra lousinha, sendo a sua cobertura de xisto. Os arruamentos são irregulares.
A aldeia é muito isolada e sem traços de modernidade: não é acessível de carro, e a aldeia mais próxima, Regoufe, fica a 4 quilómetros. Não tem electricidade, água canalizada, saneamento, gás, correio, telefone e a rede de telemóvel é escassa.
Para os que por ela se deixaram encantar, Drave é a «Aldeia Mágica», protegida pelas montanhas. Um mistério sublime, por desvendar. Sem eletricidade, água canalizada, gás, correio, telefone e telemóvel apenas a espaços, a «Aldeia Mágica» tem, por outro lado, o encanto das casas de xisto a contrastar com o caiado da capela, o murmúrio das águas da ribeira que por ali passa, o canto dos pássaros, o voo livre dos insetos. Para aqui chegar, há que percorrer um trilho de cerca de 4 quilómetros, desde Regoufe (PR14: Aldeia Mágica). Desabitada desde 2009, tem beneficiado, desde 1992, da intervenção do Centro Escutista, na reabilitação de alguns edifícios. Drave é, assim, a Base Nacional da IV Secção do Corpo Nacional de Escutas, reconhecida, desde 2012, com o selo SCENES de excelência (Scout Centres of Excellence for Nature and Environment – Centros Escutistas de Excelência para a Natureza e o Ambiente), o único reconhecimento deste tipo na Península Ibérica, num total de apenas 13 centros escutistas mundiais.
Drave foi habitada até ao início deste século, mas só em 1993 é que o telefone chegou ali, como pudemos ler numa placa afixada na igreja. Hoje não tem qualquer habitante permanente. No entanto, o seu carácter, a sua localização, e a sua mística fazem com que esta aldeia não tivesse ficado esquecida e são cada vez mais aqueles que a visitam e se deixam encantar por ela.

Ler mais:
http://aroucageopark.pt/pt/explorar/o-que-visitar/aldeias-tradicionais/drave/
https://www.viajarentreviagens.pt/portugal/drave-aldeia-encantada-da-serra-da-freita/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Drave
https://www.vortexmag.net/5-aldeias-abandonadas-que-merecem-sua-visita/

sábado, 10 de março de 2018

Ruínas de Alares


Hoje os Alares são ruínas no campo aberto da raia. Invasões francesas e o Maneta, uma utopia popular, um suposto intrujão, uma guerra entre povos, processos na justiça, expropriações – ingredientes de uma estória que as pedras ainda querem lembrar.

A antiga aldeia de Alares, na zona do Tejo Internacional, teve a sua génese no inicio de 1800, pela mão dos povos de Malpica do Tejo e de Monforte da Beira. Numa tentativa de defenderem o produto das suas searas, das mãos impiedosas dos Invasores Franceses aquartelados em Castelo Branco, estes aldeões colonizadores começaram a cultivar, às escondidas, a região fértil e inculta compreendida entre o Rio Aravil e o Rio Tejo, já no limiar do Rosmaninhal. À custa de muito e suado trabalho obtiveram boas culturas. Os habitantes destes montes viviam em casas baixas construídas em xisto, com poucas janelas, sendo a porta de entrada a principal fonte de luz natural. Por dentro era habitual o uso do barro e das prateleiras de xisto para fazer armários, ainda hoje visíveis.

Em 1865, foi acolhido pelo humilde povo da Cobeira um foragido político - Visconde Morão, que apercebendo-se da inexistência de qualquer titulo de registo de propriedade ou aluguer da terra por parte daqueles gentios ignorantes, tomou toda aquela vasta área como sua, englobando Alares e outras duas aldeias (Cobeira e Cegonhas Velhas) numa propriedade única, sem qualquer protesto ou desafio por parte dos seus habitantes, que cedo se apressaram a pagar o foro anual ao seu novo proprietário.
Em 1920, começaram os problemas que iriam ser a génese da Guerra dos Montes e que culminaram com a destruição e abandono destas três aldeias. 

Os habitantes dos Alares acabaram por fixar-se na actual aldeia de Soalheiras, alguns quilómetros a norte.


Ler mais:
http://vilaforte.blogs.sapo.pt/264765.html
https://www.almadeviajante.com/caminhada-no-tejo-internacional/
http://www.urbi.ubi.pt/pag/12572

Forte Jesus de Mombaça