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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Festas populares de Redondo

De dois em dois anos, Redondo, no distrito de Évora, fica mais florido. Uma tradição que remonta ao século XIX e que enfeita as ruas da vila com milhares de flores elaboradas em papel colorido. 
Trinta e três ruas da vila alentejana recuperam assim uma tradição que teve origem em 1838 com as festas dedicadas à Nossa Senhora de ao Pé da Cruz — a partir de 1976, no rescaldo do 25 de Abril, e por iniciativa do Grupo Pró-Amigos do Redondo, a festa autonomizou-se da celebração religiosa.
As festas realizam-se anualmente, em julho ou agosto, mas a tradição das "Ruas Floridas" só acontece de dois em dois anos, nos anos ímpares. Trata-se então de um evento bienal de base popular, cuja tradição remonta ao século XIX e que consiste na decoração das ruas da vila de Redondo com flores e outros objectos elaborados em papel colorido. Os residentes de cada rua organizam-se e escolhem um tema, cabendo a coordenação geral ao Município de Redondo.
Os registos escritos mais antigos que dão conta da ornamentação das festas organizadas pelos populares redondenses, remontam a 1838. Há todavia, na tradição oral, relatos passados de geração em geração, que sustentam a feitura de alguns enfeites de papel por moradores, como complemento ornamental às festas de Agosto, consagradas inicialmente à N. Sra. de Ao Pé da Cruz.
Durante décadas, os adornos de papel terão acompanhado as festividades, resultando mais da espontaneidade do que de uma norma instituída socialmente. Por conseguinte, essas práticas evoluíram para a afirmação enquanto elementos culturais cuja presença nas festas é incontornável, já desde esses tempos.
A preparação das Ruas Floridas tem normalmente o seu início em Novembro, Dezembro, altura em que os moradores de cada rua decidem o tema em plenário. A temática escolhida será mantida em estrito sigilo até ao dia em que se dá início à decoração das ruas, se erguem pilares e se montam estruturas de madeira. Antes também era assim e apesar de já não subsistir a competição premiada entre ruas, como no final da década de 70, a manutenção deste segredo inviolável revela aspectos curiosos de um desafio sadio.

Ler mais:
https://autocaravanista.blogs.sapo.pt/redondo-alentejo-1179749
https://tvguadiana.pt/2018/08/03/redondo-inauguracao-da-oficina-das-ruas-floridas-e-abertura-das-festas-populares-encontrarte/
http://www.lazer.publico.pt/festasefeiras/290771_ruas-floridas-do-redondo

sábado, 21 de julho de 2018

Castelo de Redondo

A formação administrativa da vila de Redondo deve-se a D. Afonso III, que lhe concedeu foral no ano de 1250. Contudo, foi D. Dinis que a mandou fortificar e lhe outorgou nova carta de foral, em 1318. Como património da Coroa, foi doada por D. Manuel, em 1500, a um tal capitão e herói de Arzila, de seu nome D. Vasco Coutinho, 1º Conde de Redondo e 1º Conde de Borba.
A maioria dos autores admite como data do início da construção do castelo o ano de 1319. Outros investigadores situam a edificação do recinto em época posterior, já avançada no século XIV. Ambas as perspectivas carecem de evidência arqueológica, mas é certo que, em qualquer dos casos, Redondo aparece na história nacional numa fase tardia, passados os tempos de luta militar pelo território e há muito implementados os processos de povoamento.
A própria estrutura castelar evidencia a escassa relevância da localidade. Ao contrário de uma ampla fortaleza, dominante sobre uma vasta área circundante, o reduto é de modestas proporções, definindo-se a partir de uma planta circular reforçada por seis torres cilíndricas.  
Possui quatro torreões de forma arredondada que protegem o amuramento e duas torres, uma virada a Noroeste, Torre de Menagem, e outra a Sudeste, a da Alcaidaria. A torre de menagem, de secção quadrangular, adossa-se à cerca, defendendo-a activamente.
Apresenta duas portas torreadas, com arcos góticos: a nordeste fica a Porta da Ravessa ou do Sol, onde existe a marca oficial da vara e do côvado, a que os industriais do pano se tinham de submeter nos mercados e feiras; a sudoeste está a Porta do Postigo, que foi aumentada no período Manuelino, por novo arco de alvenaria de volta plena decorada com o brasão de armas do donatário da vila, D. Vasco Coutinho.
No parapeito da torre subsiste um antigo relógio de sol. As duas portas estão ligadas pela rua principal medieval, denominada Rua do Castelo, onde funcionou o antigo edifício da Câmara, a Cadeia Comarcã e o Celeiro Comum.
A torre de menagem foi parcialmente restaurada em 1920, mas os principais trabalhos de consolidação do castelo ocorreram em 1943, ano em que a DGEMN interveio no conjunto. Tratou-se de uma campanha limitada, tanto no tempo, como na amplitude, facto que faz com que o Castelo de Redondo seja uma estrutura medieval muito pouco alterada.
Os restos de suas muralhas e a sua torre de menagem encontram-se classificados como Monumento Nacional por Decreto publicado em 2 de janeiro de 1946.

Ler mais:
http://www.cm-redondo.pt/pt/site-visitar/O%20que%20Fazer/Paginas/Castelo---Prédio-Militar-n%C2%BA-1.aspx
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70381
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1164
http://www.visitevora.net/redondo/
https://portugaldelesales.pt/um-passeio-por-redondo/

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Anta da Herdade da Candieira

Classificada como "Monumento Nacional" em 1910, a "Anta da Herdade da Candieira" foi construída entre o IV milénio a. C. e o III milénio a. C de modo relativamente isolado numa pequena encosta dos planaltos que precedem as ravinas mais abruptas da Serra d'Ossa, enquadrando-se cronologicamente no entendimento generalizado de "Megalitismo eborense", cujo exemplar mais notável é geralmente atribuído à "Anta Grande da Comenda da Igreja", localizada em Montemor-o-Novo. 
Da primitiva estrutura megalítica, remanescem in situ sete dos esteios que comporiam a respectiva câmara sepulcral de planta poligonal centralizada, com cerca de três metros de diâmetro e quase dois metros de altura, bem como a correspondente laje de cobertura - ou "chapéu" -, executada em xisto. Do corredor original, de planta rectangular oblonga, chegaram até nós fragmentos de apenas dois dos seus esteios erguidos junto à abertura da câmara, sendo ainda visíveis alguns vestígios da existência de mamoa - ou tumulus -, que teria cerca de cinco metros de diâmetro. 
A originalidade deste exemplar megalítico residirá, contudo, na presença de uma pequena abertura quadrangular no esteio de cabeceira da câmara funerária, com cerca de vinte por vinte centímetros de largura, constituindo, o que, também por isso, o transforma num exemplar único do círculo megalítico de toda a região alentejana. E embora se desconheçam, até ao momento, as suas reais funções (que as gentes locais ainda designam, muito significativamente, por "buraco da alma"), elas deveriam carrear toda uma carga mágico-religiosa inerente a rituais funéreos específicos das comunidades que ergueram e fruíram o monumento, embora persistam algumas dúvidas relativamente à contemporaneidade destas duas realidades materiais, que alguns autores entendem separadas no tempo.
Fonte A. Martins - DGPC

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/en/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70464
http://www.cm-redondo.pt/pt/site-visitar/O%20que%20Fazer/Paginas/Anta-da-Herdade-da-Candeeira.aspx
https://fr.wikipedia.org/wiki/Anta_da_Herdade_da_Candieira

Forte Jesus de Mombaça