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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Museu de São Roque

 

O Museu de São Roque foi um dos primeiros museus de arte a serem criados em Portugal.

Abriu ao público em 11 de janeiro de 1905, com a designação de Museu do Thesouro da Capela de São João Baptista, em evocação da importante coleção de arte italiana que esteve na origem da sua criação.

Ocupa a área central do edifício da antiga casa professa da Companhia de Jesus, espaço residencial contíguo a uma das mais importantes obras de arquitetura religiosa portuguesa e uma das três mais antigas igrejas da Companhia de Jesus em Portugal: a Igreja de São Roque, inaugurada em 1573. Trata-se de um monumento classificado como património nacional, que mantém a sua integridade no que respeita ao traçado arquitetónico, património integrado e móvel.

Em 1768, após a expulsão dos jesuítas de Portugal, a Igreja e a antiga Casa Professa de São Roque foram doadas com todos os seus bens à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que os preservou até ao presente.

O conjunto reúne um acervo que se destaca pela qualidade e diversidade das suas coleções artísticas, oferecendo aos visitantes uma incursão pelos mais importantes momentos da história e da história da arte portuguesas.

Embora inclua objetos de arte profana, a maioria das peças de ourivesaria esteve ao serviço da igreja, enquanto adereços das esculturas ou alfaias litúrgicas destinadas ao culto, sendo a maior parte das obras representativa da arte sacra portuguesa dos séculos XVII e XVIII.

Texto e imagens retirados de:
Museu de São Roque
https://museusaoroque.scml.pt/museu-igreja/

sábado, 14 de novembro de 2020

Estação ferroviária de Lisboa-Oriente

A Estação Ferroviária de Lisboa - Oriente, ou simplesmente Gare do Oriente, é uma importante interface ferroviárias e rodoviária de Lisboa. Projetada pelo arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava, ficou concluída em 1998 para servir a Expo’98, e, posteriormente, o Parque das Nações.
O complexo inclui uma estação do Metropolitano de Lisboa (designada Oriente) no primeiro nível e um espaço comercial e uma estação rodoviária (tanto local como de médio/longo curso) nos dois níveis seguintes, sendo os dois últimos níveis ocupados pela estação ferroviária, servida pela CP com comboios suburbanos e por serviços de médio e longo curso.
Em 1994, já tinha sido lançado o concurso internacional para o projeto da Gare do Oriente, tendo sido escolhido o do arquiteto Santiago Calatrava. No seu estilo único, combina materiais como o betão, o vidro e o aço, mantendo visíveis estruturas que outros arquitetos escondem. Na Gare do Oriente criou uma estrutura de grandes dimensões com um aspeto elegante e leve, que a alguns faz lembrar um bosque de árvores metálicas e a outros as colunas e os arcos de uma catedral gótica.
A Gare foi inaugurada no dia 18 de Maio de 1998, no âmbito da Exposição Mundial de 1998.
Na altura da sua entrada em serviço, era considerada a maior estação intermodal em território nacional. Destacou-se pela sua traça arrojada e elegante, tendo recebido o Prémio Brunel de arquitetura em outubro de 1998, na categoria de grandes estações construídas de origem.

Ler mais:
https://www.jf-parquedasnacoes.pt/p/arte_urbana_estacao_do_oriente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gare_do_Oriente


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Padrões do Termo de Lisboa

Construídos em 1782 por iniciativa da rainha D. Maria I, os dois obeliscos, que ainda hoje ladeiam a Estrada Nacional que liga Lisboa a Vila Franca de Xira (na localidade de Forte da Casa), foram concebidos como marcas cenográficas destinadas a assinalar o termo do território da capital.
Os obeliscos propriamente ditos são idênticos e compõem-se de três partes claramente diferenciadas: as bases são de secção quadrangular e volume cúbico, assentes sobre socos de duplo degrau, e com as face Sul decoradas por amplas legendas epigráficas comemorativas da edificação e do contexto de beneficiação da rede viária em torno de Lisboa; seguem-se os fustes, de secção piramidal progressivamente adelgaçada, sobre estruturas quadrangulares irregulares, ostentando o brasão nacional na parte inferior das faces meridionais; finalmente, os remates são em forma de fogaréu, originalmente monolíticos, mas um já restaurado, em virtude de ter caído nos anos 80 do século XX.
Um dos obeliscos contém uma inscrição de 1782, referindo que a estrada era limitada por oliveiras, cujo azeite se destinava à Casa Pia e à iluminação da cidade de Lisboa.
Estes obeliscos estão classificados como Imóvel de Interesse Público, por Dec. n.º 38 973, DG 175, de 18 de agosto de 1943.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74715
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4014
https://www.cm-vfxira.pt/pages/1241?poi_id=221

domingo, 8 de novembro de 2020

Monumento a Pedro Álvares Cabral

O Monumento a Pedro Álvares Cabral está situado numa rotunda, junto ao Jardim da Estrela, em Lisboa.
Esta estátua foi inaugurada em 1941 com honras militares, estando presentes representantes da marinha, da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa. O monumento é uma réplica do existente no Rio de Janeiro de autoria de Rodolfo Bernardelli (1940) e foi oferecida a Portugal pelo governo brasileiro.
A estátua representa Cabral, de bandeira em punho, e de pés assentes sobre o monte descoberto, rodeado pelos seus homens, à chegada ao Brasil.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_a_Pedro_Álvares_Cabral

sábado, 31 de outubro de 2020

Praça do Areeiro

O conjunto arquitetónico da Praça do Areeiro (atual Praça Francisco Sá Carneiro), classificado pela Câmara Municipal de Lisboa, foi construído no final da década de 1940, refletindo o espírito de prosperidade que se seguiu à destruição causada pela Segunda Guerra Mundial. Foi uma época de construção de grandes obras públicas, de novos bairros e avenidas, que tinha sido iniciada uma década antes por Duarte Pacheco.
Toda a praça é, aliás, um monumento à arquitetura daquele período, com a sua simetria e monumentalidade, criada com a forma do escudo da bandeira nacional.
Respirava-se uma grandiosidade que se reflete na zona, e pretendia-se dignificar um espaço que outrora fora um extenso areal. A Praça do Areeiro passaria então a ser a mais importante via de entrada na cidade de Lisboa.
Edifícios residenciais de construção sólida, exemplos de qualidade e durabilidade, com materiais novos na altura, tornando a criação do arquiteto Cristino da Silva num marco resistente ao tempo.
A monumentalidade e robustez, desde o embasamento revestido em pedra, às colunatas das arcadas. O 1º andar com varandas e altura superior, a métrica regular das janelas, a cornija a delimitar o último piso. O simbolismo dos detalhes como caravelas e esferas armilares, e os traços de arquitetura tradicional das coberturas em telha. Tudo conferia ao conjunto um estilo intemporal.
Segundo o crítico José-Augusto França, com o seu caráter "historicista-monumental", o Areeiro evoca "temas urbanos da contemporânea Berlim Nazi ou da Espanha Franquista (eixo simétrico e monumental da composição, galeria térreas com arcadas em pedra), em articulação com temas nacionais, como as coberturas em coruchéu piramidal".

Fonte:
https://areeiro-select.pt/historia/

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Praia de Carcavelos

Situada junto ao Forte de São Julião da Barra, a Praia de Carcavelos é primeira praia oceânica após a foz do rio Tejo.
Possui o maior areal da linha do Estoril, onde se costumam realizar campeonatos de voleibol e futebol de praia.
Pela proximidade de Lisboa e facilidade de acessos, Carcavelos é uma praia muito concorrida durante o verão, mas no inverno é também frequentada pelos praticantes de surf e bodyboard, que aqui encontram excelentes condições para a prática destas modalidades.
Junto à praia, situam-se diversos restaurantes afamados, bem como bares e esplanadas que proporcionam agradáveis momentos de lazer ao sol.


Ler mais:
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/praia-de-carcavelos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Praia_de_Carcavelos

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Chalet e Jardins da Condessa d'Edla

O Chalet da Condessa d'Edla foi construído pelo rei D. Fernando II e sua segunda mulher, Elise Hensler, Condessa d'Edla, entre 1864 e 1869, segundo o modelo dos chalets alpinos então em voga na Europa.

É um edifício com uma forte carga cénica caracterizado pela marcação horizontal do reboco exterior, pintado a imitar um revestimento em pranchas de madeira, e pelo uso exaustivo da cortiça como elemento decorativo, forrando molduras de portas e janelas, beirados, varandas e troncos de árvore adossados às fachadas para suporte de trepadeiras.
A localização do chalet é notável pois, situado no extremo oposto do parque em relação ao palácio, mantém com este uma importante relação visual que é acentuada pela proximidade de um dramático conjunto de blocos de granito, as Pedras do Chalet, e por um vale que é sobranceiro.
Da varanda do chalet avistava-se o mar, das pedras, as muralhas do Castelo dos Mouros recortando a serra e ao fundo, o palácio. O jardim envolvente integra miradouros com vistas para o palácio e exóticas coleções botânicas provenientes de todo o mundo, como por exemplo os fetos arbóreos da Austrália e Nova Zelândia plantados no Vale.
Aquando da morte de D. Fernando, em 1885, o rei deixa em testamento todos os seus bens, incluindo o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena, à Condessa d’Edla. Após um processo judicial – que tinha como objetivo que este património passasse para a Coroa portuguesa –, Elise acabou por vender o Parque e Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros ao Estado, ficando com usufruto do chalet e do respetivo jardim até 1904.
Em 1999, o Chalet da Condessa d'Edla foi consumido por um incêndio, tendo reaberto ao público em 2011, depois de quatro anos de obras de recuperação em que a Parques de Sintra levou a cabo a reconstrução deste edifício de grande valor cultural, histórico e artístico. O projeto foi distinguido em 2013 com o Prémio União Europeia para o Património Cultural – Europa Nostra, na categoria de Conservação.

Ler mais:
https://visitsintra.travel/pt/visitar/monumentos/chalet-e-jardins-da-condessa-dedla
https://www.parquesdesintra.pt/pt/parques-monumentos/chalet-e-jardim-da-condessa-d-edla/

domingo, 25 de outubro de 2020

Praia de Ribeira d'Ilhas

A Praia da Ribeira d'Ilhas é uma praia marítima, situada entre as freguesias da Ericeira e de Santo Isidoro, concelho de Mafra, distrito de Lisboa, em Portugal continental.
É a praia mais setentrional da freguesia da Ericeira e a mais meridional da freguesia de Santo Isidoro e é famosa por ser palco de provas de surf do circuito mundial. Trata-se de uma praia que é vigiada durante a época balnear. É dotada de um conjunto de equipamentos que lhe conferem excelentes condições para o turismo. Junto ao parque de estacionamento tem bares que funcionam todo o ano, devido ao movimento de surfistas.
O substrato rochoso sob a água desenvolve ondas direitas, ideais para a prática do surf, sendo já sido, inclusivamente, o spot escolhido para a realização de uma das etapas do Campeonato do Mundo de Surf.

Fontes:
https://www.cm-mafra.pt/pages/1112?poi_id=159
https://pt.wikipedia.org/wiki/Praia_da_Ribeira_d'Ilhas

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Santuário de Nossa Senhora da Rocha

O culto a Nossa Senhora da Conceição da Rocha registou desde sempre uma significativa afluência ao local por parte da população, acolhida no Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Rocha – localizado no local da aparição.
Construído entre 1839 e 1892, esta obra, da autoria do arquiteto José da Costa Sequeira, apresentava como principal objetivo albergar a pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição, aparecida numa gruta, perto do Casal da Rocha, em 1822. Por não existir local apropriado para a veneração da Santa, esta foi transferida para a Sé de Lisboa, onde permaneceu 60 anos e posteriormente para a Igreja de S. Romão de Carnaxide onde esteve por mais 10 anos.
Inaugurado em Setembro de 1893, o Santuário tem sido ao longo de todos estes anos local privilegiado no decorrer das festividades em honra de Nossa Sra. da Rocha, que têm lugar durante o mês de Maio.
De planta retangular, o edifício apresentava volumetria escalonada, sendo o conjunto coroado por frontão triangular, com cruz ao centro. O interior da igreja apresenta nave única e cobertura em abóbada de berço. Antecede a capela-mor um arco triunfal ladeado por dois altares em talha dourada. A capela-mor, de planta quadrada e cobertura em abóbada é ornada com pinturas decorativas sendo que o altar-mor possui um camarim que alberga o trono. 
No alçado lateral da igreja, ao nível das fundações, reconhece-se um compartimento de planta retangular correspondente ao acesso ao interior da gruta, à qual se acede através de lanço único de escadas.

Fonte: 
https://www.cm-oeiras.pt/pt/descobrir/patrimonio/patrimonio-religioso/Paginas/santuariosenhoradarocha.aspx

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Anta das Pedras Grandes

No atual território do concelho de Odivelas foram detetados vários vestígios arqueológicos ao longo dos anos, incluindo vários monumentos funerários megalíticos do tipo anta.
As antas deste território foram identificadas sobretudo nos finais do Século XIX e primeira metade do Século XX. Infelizmente, das antas de Trigache, Batalhas e Pedras Grandes, apenas, subsiste esta última, classificada como Monumento Nacional desde 1944.
A anta de Pedras Grandes, localizada em Caneças, atualmente no Bairro do Casal Novo, foi apresentada à comunidade científica pelo arqueólogo Carlos Ribeiro em 1880.
Embora o eminente colaborador dos referenciais Serviços Geológicos (constituídos em meados dos anos cinquenta no âmbito do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria) encontrasse este monumento funerário megalítico já bastante arruinado, em consequência, quer dos sucessivos trabalhos agrícolas desenvolvidos ao longo dos tempos na sua área envolvente, quer da reutilização permanente das lajes que ostentaria primitivamente para as mais diversas construções domésticas e económicas, ainda é possível visualizar, nos nossos dias, alguns dos seus elementos constituintes.
Com câmara sepulcral de planta poligonal composta, a anta ostenta, de forma intacta, ainda que tombados, dois dos oito esteios que a formariam inicialmente. Apresenta, para além disso, um esteio de cada lado do corredor primevo, bem como vestígios da estrutura original da mamoa, destinada a cobrir por completo o monumento com material terroso que, neste caso específico, se revela predominantemente argiloso.
A Anta das Pedras Grandes agora é a peça central de um pequeno parque urbano, que foi inaugurado oficialmente no final de 2018. As pedras restantes, todas caídas, foram levantadas, para fornecer uma impressão mais clara da arquitetura original do megálito.

Ler mais:
https://www.cm-odivelas.pt/autarquia/contactos/espacos-de-cultura-e-desporto/poi/nucleo-museologico-da-anta-das-pedras-grandes-98
http://patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70248
http://monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6515
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anta_das_Pedras_Grandes

sábado, 17 de outubro de 2020

Capela de São Salvador do Mundo

Num lugar chamado Salvador, recôndito num primeiro olhar, encontra-se, inesperadamente, as origens do concelho de Sobral de Monte Agraço. Outrora, denominado de “Montagraço”, ali se localizaram, até meados do século XVI, os edifícios públicos da época: o paço Episcopal, a Igreja, o Pelourinho e a casa dos homens-bons do concelho. A comprovar este período histórico está um edifício, datado do século XIII, que revela a ambivalência do período de transição do românico para o gótico e que é reconhecido como um dos mais interessantes templos medievais da região de Lisboa – a Capela de S. Salvador do Mundo.
Com efeito, no conjunto coincidem valores artísticos ora românicos, ora góticos, que lhe conferem um interessante ar de simbiose estilística. A estrutura parece ter ficado a dever mais ao Românico, sobressaindo os alçados escassamente fenestrados, o aspeto compacto e robusto das paredes e a singeleza do projeto arquitetónico, definido a partir de uma nave única relativamente curta.
Abandonado durante anos e transformado em lagar em altura incerta da época moderna, só muito recentemente foi alvo de investigações arqueológicas, que lograram desvendar a origem do monumento e a sua real importância no contexto regional e cronológico que coincide com o aro de Lisboa nos séculos seguintes à conquista da cidade por D. Afonso Henriques.
A primeira referência documental conhecida consta do Catálogo das igrejas existentes em Portugal, de 1320, onde se menciona a existência da igreja do Salvador do Mundo de Monte Agraço.
No entanto, outros aspetos devem entrar em linha de conta para uma mais rigorosa avaliação estilística, como o portal já gótico (em arco quebrado) ou os arcos torais que seccionam a nave (de arestas chanfradas). Por outro lado, muitos dos silhares que compõem as paredes são siglados (característica vincadamente avançada) e, num deles, reconhece-se o nome do possível arquiteto, Diogo Martins.
Classificada como IIP – Imóvel de Interesse Púbico desde 1955, a capela é considerada um elemento fundamental para a compreensão das origens históricas e do povoamento do concelho de Sobral de Monte Agraço.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71860
http://www.cm-sobral.pt/patrimonio-religioso/

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Palácio Nacional de Sintra

No centro da vila de Sintra, marcando a paisagem com a silhueta inconfundível das duas chaminés cónicas que coroam a cozinha real, ergue-se o único palácio que atravessou toda a história de Portugal.
O Paço de Sintra atual é formado por muitos paços reais. É um conjunto de edifícios que foram construídos, acrescentados e adaptados ao longo de séculos, sendo a data da fundação do paço mais antigo um enigma por resolver ainda hoje. Muito provavelmente, o primeiro edifício foi construído por volta do século X ou XI, quando Sintra era território islâmico. No final da Idade Média, o Paço de Sintra era o centro de um território gerido pelas Rainhas de Portugal, mas foi também um dos espaços preferidos dos monarcas portugueses. A abundância de caça na região, a frescura do clima durante os meses de verão ou a necessidade de refúgio em períodos de peste na capital fizeram do Paço de Sintra um destino frequente.
Apresenta características de arquitetura medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica. É considerado um exemplo de arquitetura orgânica, de conjunto de corpos aparentemente separados, mas que fazem parte de um todo articulado entre si, através de pátios, escadas, corredores e galerias.
As suas principais salas são: Sala dos Archeiros; Sala dos Cisnes, Quarto de Hóspedes, Sala Árabe; Sala Chinesa; Quarto de Afonso VI; Sala das Armas ou dos Brasões; Sala das Pegas e a Capela. Na Sala dos Cisnes há que destacar o tecto onde estão pintados cisnes e os azulejos verdes e brancos em xadrez e o facto desta sala ainda ser utilizada para banquetes oficiais do Primeiro-Ministro. Na sala Árabe pode-se encontrar azulejos de aresta e de "corda-seca" do começo século XVI. No quarto onde D. Afonso VI esteve preso durante 9 anos pode-se ver o pavimento cerâmico original do século XV. A sala dos Brasões é provavelmente a sala heráldica mais importante da Europa, pois possui todos os brasões das famílias nobres do reinado de D. Manuel I. Na sala das Pegas encontramos várias pegas pintadas no tecto a dizerem "Por Bem" que provavelmente se referem às senhoras da corte. Na Capela Palatina podemos observar azulejos alicatados, o fantástico tecto feito em técnica de alfarge e frescos do século XV que mostram pombas. Um Ex-libris deste Paço é sem dúvida a sua Cozinha, com enormes chaminés cónicas (33 metros de altura), fornos e toda a equipagem de cozinha. Po fim, não pode-se mencionar este monumento sem se falar nos seus azulejos cuja origem remonta ao período desde do século XIV até ao século XVIII.
O Palácio foi utilizado pela Família Real Portuguesa praticamente até ao final da Monarquia, em 1910. Foi aqui que D. Manuel recebeu a notícia da descoberta do Brasil, foi aqui que nasceu e morreu D. Afonso V, foi aqui que foi encarcerado D. Afonso VI e foi aqui que D. João II foi tornado rei.
Nos últimos anos, o Paço de Sintra tem-se assumido como um dos mais importantes polos culturais no coração da vila de Sintra. Faz parte da Paisagem Cultural de Sintra, inscrita pela UNESCO como Património Mundial, a 6 de dezembro de 1995. Desde setembro de 2012, integra o património sob a gestão da Parques de Sintra e, em 2013, foi incluído na Rede de Residências Reais Europeias.

Ler mais:
https://www.parquesdesintra.pt/pt/parques-monumentos/palacio-nacional-sintra/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/museus-e-monumentos/rede-portuguesa/m/palacio-nacional-de-sintra/
http://www.sintraromantica.net/pt/monumentos/palacio-nacional-de-sintra
https://lifecooler.com/artigo/atividades/palacio-nacional-de-sintra-palacio-da-vila/326883/

sábado, 10 de outubro de 2020

Palacete Conceição e Silva

O Palacete Conceição e Silva situa-se nos nº 226 e 228 da Avenida da Liberdade, em Lisboa. 
Iniciada a construção em 1891, a sua característica arquitetura romântica insere-se perfeitamente no denominado estilo neo-árabe, embora denuncie outras fontes de inspiração, patenteadas na eclética e vasta gramática decorativa, observável, por exemplo, ao nível dos estuques pintados ou trabalhados, bem como dos vitrais, cuja iconografia inclui elementos geometrizantes e figurações humanas, todos assinados e datados.
De planta retangular, este antigo palacete possui quatro registos, cave e três corpos. Ao nível do primeiro destes registos verificamos a existência de duas portas nos dois corpos laterais, ambas com arco em ferradura e alfiz decorado, tendo ao centro janelas com molduras de diferente tipologia. Quanto ao segundo registo, constata-se a existência de janelas com arco em ferradura, encontrando-se algumas assentes em colunas. Por fim, no terceiro registo, as portas são de sacada em arco trilobado e em ferradura, todas com alfizes decorados e apoiados de forma similar.
Relativamente ao quarto registo, o corpo central forma uma espécie de torre, vazado por um arco redondo de consideráveis dimensões e encimada por uma platibanda perfeita de merlões escalonados. Os dois corpos laterais, por seu lado, finalizam numa espécie de área amansardada, com janelão redondo e saliente, emoldurado em cantaria.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Dec. nº 735/74, DG 297 de 21 Dezembro de 1974.

Fonte: A. Martins - DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73385
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3981

Museu da Presidência da República

O Museu da Presidência da República localiza-se em Lisboa, no Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República portuguesa.
Inaugurado em 5 de outubro de 2004, por iniciativa do presidente Jorge Sampaio, o museu foi criado com dois grandes objetivos. O primeiro prende-se com a pedagogia cívica e visa proporcionar aos cidadãos em geral e aos jovens em particular uma informação acessível, atualizada e cientificamente fundamentada sobre a instituição presidencial e os seus titulares, a sua história e o lugar que ocupa na arquitetura constitucional portuguesa. O segundo é que possa funcionar como um incentivo para a realização de estudos históricos, políticos e sociológicos, indispensáveis a um conhecimento mais profundo da nossa história institucional e da evolução da nossa sociedade na sua relação com o Estado.

O Museu foi concebido como um espaço moderno, dinâmico, assente em novas técnicas museológicas, integrando-se numa concepção democrática e participada do exercício do poder político que supõe a abertura e a aproximação das instituições aos cidadãos.
Combina a exposição tradicional de peças de coleção ligadas aos políticos que chefiaram o Estado português desde 1910 com sistemas interativos de informação e conhecimento. O percurso da visita inicia-se com os Símbolos Nacionais Portugueses e termina numa abordagem dos poderes, funções e atividade dos Presidentes e Primeiras-damas do país.
Entre os objetos pessoais e simbólicos em exposição, destacam-se: a pistola que acompanhava Sidónio Pais, o monóculo de Spínola; uma pequena agenda utilizada por Américo Tomás; e o relógio de ouro que pertenceu a Mendes Cabeçadas.
No tocante à iconografia, destacam-se a Galeria de Retratos Oficiais dos Presidentes da República Portuguesa, pintados por artistas de renome, como por exemplo Columbano Bordalo Pinheiro, Henrique Medina, Júlio Pomar, Paula Rego, entre outros.

Ler mais:
http://www.museu.presidencia.pt/index.php
https://www.gluseum.com/PT/Lisbon/109274725757248/Museu-da--Presidência-da-República
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_da_Presidência_da_República

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Monumento ao Marquês de Pombal

 

A Rotunda do Marquês de Pombal nasceu do prolongamento da Av. da Liberdade, o antigo Passeio Público pombalino. No Plano de Ressano Garcia (1847-1911), executado nas primeiras décadas do séc. XX, aquela Avenida tinha deixado de ser um fim em si mesma, desaguando agora na nova Rotunda, a primeira de distribuição, que iria estruturar o espaço da nova cidade, para Norte. O Monumento a Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal e ministro do Rei D. José tem origem nas comemorações evocativas do centenário da sua morte, em 1882.

Os autores foram os arquitectos Adães Bermudes e António do Couto e os escultores Simões de Almeida (sobrinho), Leopoldo de Almeida e Francisco dos Santos. 
Inaugurado a 13 de Maio de 1934, o Monumento é constituído por um pedestal em pedra trabalhada, com 40 metros de altura, onde assenta a estátua, em bronze. Este pedestal ostenta, na parte superior, quatro medalhões onde figuram os principais colaboradores do Marquês de Pombal. A parte inferior da base encontra-se rodeada por diversas figuras alegóricas, "nomeadamente a figura feminina simbolizando «Lisboa reedificada» e três grupos escultóricos evocando as reformas levadas a cabo por Sebastião Carvalho e Melo. No cimo, a estátua do Marquês de Pombal, de corpo inteiro, assenta o braço sobre o dorso de um leão, que simboliza a força, a determinação e a própria realeza". A calçada em volta da rotunda está decorada com as armas de Lisboa.
Ler mais:
http://www.lisboapatrimoniocultural.pt/artepublica/eescultura/pecas/Paginas/Marques-de-Pombal.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Praça_do_Marquês_de_Pombal_(Lisboa)


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Museu do Vinho e da Vinha

O Museu do Vinho e da Vinha de Bucelas é um dos núcleos museográficos que integram o Museu Municipal de Loures e encontra-se instalado num edifício do final do Sec. XIX que foi a residência de um dos maiores produtores de vinho de Bucelas, a família Camillo Alves, à qual estava associada uma adega e o respectivo armazém de vinhos, espaços que foram recuperados e adaptados à nova função museológica juntamente com o jardim adjacente, que foi também renovado, depois de ter sido construído, no seu subsolo, um estacionamento de apoio ao museu.
O museu apresenta dois espaços expositivos distintos: uma área de exposição permanente, onde o visitante fica a conhecer as principais fases de trabalho da vinha e os meios tradicionais de produção do vinhoe um mezanino reservado para exposições temporárias, cujo teor se desenvolve sempre em torno da temática do vinho.
Possui ainda uma loja, oficinas e um centro de documentação especialmente vocacionado para a temática vinícola, um centro de interpretação ligado à história das Guerras Peninsulares, bem como acesso para pessoas com mobilidade reduzida.


Ler mais:
https://www.clubevinhosportugueses.pt/vinhos/regioes/estremadura/museu-do-vinho-e-da-vinha-de-bucelas/
http://www.iajc.pt/museu-do-vinho-de-bucelas/
https://www.rhlt.pt/pt/portfolio/museu-do-vinho-e-da-vinha-o-no-das-linhas/

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Cabo da Roca


O Cabo da Roca é o ponto mais ocidental de Portugal continental, assim como da Europa continental. Situa-se na freguesia de Colares, concelho de Sintra e distrito de Lisboa. O local é visitável, não até ao extremo mas até uma zona à altitude de 140 m. O cabo forma o extremo ocidental da Serra de Sintra, precipitando-se sobre o Oceano Atlântico.
Luís Vaz de Camões descreveu este cabo como o ponto “Onde a terra se acaba e o mar começa” (in Os Lusíadas, canto III). Esta frase está lapidada no suporte à cruz situada no cabo.
A sua flora é diversa e, em muitos casos, tem espécies únicas, sendo objecto de vários estudos que se estendem, igualmente, à geomorfologia, entre outros.
A 165 metros acima do nível do mar, encontra-se um farol mandado edificar em 1758, com 22 metros de altura, cuja luz tem um alcance de cerca de 48 quilómetros.
Este local faz parte do Parque Natural de Sintra-Cascais e durante o verão é visitado por inúmeros turistas que ali chegam de autocarro.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_da_Roca
http://www.historiadeportugal.info/cabo-da-roca/
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/cabo-da-roca

domingo, 23 de dezembro de 2018

Rua Garrett


A elegante Rua Garrett é o centro do Chiado, pólo intelectual da Lisboa dos séculos XIX e XX. 
A meio do século XIX, ainda o Governo Civil tinha a incumbência da denominação dos arruamentos decidiu este que as Ruas do Chiado e Portas de Santa Catarina passassem a ter a denominação única de Rua do Chiado (Edital de 01/09/1859) e, só passados 21 anos passou a Rua Garrett, conforme o Edital municipal de 14 de Junho de 1880: « José Gregorio da Rosa Araujo, Presidente da Camara Municipal de Lisboa Faço saber que a mesma câmara, na sessão de 7 do corrente mez, em virtude da atribuição que lhes confere o nº 28 do artigo 103º do código administrativo, resolveu: 1º – que a rua do Chiado, em todo o seu prolongamento até à Praça de Luiz de Camões, passe a denominar-se ==Rua Garret».
Esta rua é uma atracção turística por si só, pois nela se encontram uma série de lojas de referência, livrarias antigas, como a Bertrand, cafés charmosos, como o centenário A Brasileira - com a estátua de Fernando Pessoa na porta - e muito mais.

Ler mais:
https://toponimialisboa.wordpress.com/2013/01/29/a-rua-garrett-e-o-chiado/
http://www.lisbonne-idee.pt/p3079-rua-garrett-encontra-belas-lojas-antigas-famosos-cafes.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rua_Garrett

Forte de São Julião da Barra

No enfiamento da costa que contorna o estuário do Tejo, sobranceiro ao local onde o rio se reencontra com o mar, ergue-se em Oeiras o poderoso Forte de S. Julião da Barra.
Construído em local estratégico que domina a entrada da Barra, São Julião é uma das mais importantes construções militares do país. Embora não seja possível precisar a época em que se iniciaram as obras da Fortaleza de São Julião, as opiniões dividem-se entre os anos de 1553 e 1556, sendo a paternidade da traça atribuída a Miguel de Arruda, um dos mais famosos arquitectos da época.
No ano de 1580, quando as tropas do Duque de Alba invadiram a capital, a fortificação era composta por cinco baluartes de diferentes dimensões, e no interior, para além das instalações de aquartelamento e armazéns, dispunha-se no centro da praça de armas uma grande cisterna que constitui o seu núcleo central, à semelhança do que sucede nas praças de Mazagão e da Ilha de Moçambique.
No entanto, a vulnerabilidade defensiva da "chave do Reino", que em cinco dias se rendeu às tropas espanholas, fizeram com que Filipe I ordenasse a ampliação da fortaleza, designando o Capitão Fratino para a execução das obras que iriam transformar São Julião da Barra "na maior fortaleza marítima portuguesa", concluídas nos primeiros anos de Seiscentos. O projecto filipino implicou a construção de dois novos baluartes, uma esplanada baixa que envolve os baluartes primitivos, um corpo avançado sobre o mar e um fosso, que na prática resultaram num aumento considerável da capacidade defensiva.
Em Dezembro de 1640 as tropas apoiantes de D. João IV conquistaram facilmente, por ataque terrestre, o Forte de São Julião, o que voltou a levantar o problema de deficiências do sistema defensivo da praça da barra do Tejo. Desta forma, ordenaram-se novas obras, sendo o novo projecto entregue a Nicolau de Langres, mas deste seria construído apenas um revelim, que passou a funcionar como entrada principal da fortaleza. 
Já no século XVIII foram feitas obras de recuperação nas muralhas, na cisterna e nos edifícios de aquartelamento, e no ano de 1755 foi edificada no centro da praça de armas a torre do farol, que marca de forma incontornável a feição da fortaleza.
Assim como outras fortificações, também São Julião da Barra serviu de prisão militar e política. Foi célebre o caso do General Gomes Freire de Andrade, que esteve detido em São Julião da Barra e foi executado no terreno anexo à fortificação. A 22 de Agosto de 1951 perde a sua função militar para assumir a passagem a novas funções de estado e de recepção de eventos políticos.
Hoje em dia é residência oficial do Ministro da Defesa. São de salientar as esplanadas, as casamatas em abóbada e a cisterna, onde com regularidade ocorrem iniciativas culturais.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74623/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2343
http://www.cm-oeiras.pt/pt/descobrir/patrimonio/patrimonio-militar/Paginas/fortesaojuliaobarra.aspx
https://www.defesa.pt/Paginas/OFortedeS%C3%A3oJuli%C3%A3odaBarra20121101.aspx
http://www.historiadeportugal.info/forte-de-sao-juliao-da-barra/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_São_Julião_da_Barra

Forte Jesus de Mombaça