Mostrar mensagens com a etiqueta Edifícios neoclássicos e ecléticos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Edifícios neoclássicos e ecléticos. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Castelo da Dona Chica

O Castelo da Dona Chica, também referido como Castelo de Palmeira, Casa da Chica ou Palácio de Dona Chica, localiza-se na freguesia de Palmeira, concelho de Braga.
Trata-se de um edifício apalaçado, de características ecléticas sobre um estilo romântico, projetado pelo arquiteto suíço Ernesto Korrodi.
A sua construção iniciou-se em 1915, por iniciativa de Francisca Peixoto de Sousa, nascida no Brasil, que mandou vir do seu país muitas das espécies arbóreas atualmente existentes na mata envolvente.
As obras foram interrompidas em 1919, quando Francisca se separou do marido.
Ao longo de sua história mudou várias vezes de proprietário, arrastando-se as obras por décadas, só sendo concluídas em 1991, adaptado a restaurante e bar.
Foi homologado como Imóvel de Interesse Público por Despacho de 20 de fevereiro de 1985.
Atualmente o imóvel encontra-se num estado de abandono e degradação, depois de passar por uma disputa judicial quanto à sua posse, envolvendo várias entidades.

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_da_D._Chica

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Chalet e Jardins da Condessa d'Edla

O Chalet da Condessa d'Edla foi construído pelo rei D. Fernando II e sua segunda mulher, Elise Hensler, Condessa d'Edla, entre 1864 e 1869, segundo o modelo dos chalets alpinos então em voga na Europa.

É um edifício com uma forte carga cénica caracterizado pela marcação horizontal do reboco exterior, pintado a imitar um revestimento em pranchas de madeira, e pelo uso exaustivo da cortiça como elemento decorativo, forrando molduras de portas e janelas, beirados, varandas e troncos de árvore adossados às fachadas para suporte de trepadeiras.
A localização do chalet é notável pois, situado no extremo oposto do parque em relação ao palácio, mantém com este uma importante relação visual que é acentuada pela proximidade de um dramático conjunto de blocos de granito, as Pedras do Chalet, e por um vale que é sobranceiro.
Da varanda do chalet avistava-se o mar, das pedras, as muralhas do Castelo dos Mouros recortando a serra e ao fundo, o palácio. O jardim envolvente integra miradouros com vistas para o palácio e exóticas coleções botânicas provenientes de todo o mundo, como por exemplo os fetos arbóreos da Austrália e Nova Zelândia plantados no Vale.
Aquando da morte de D. Fernando, em 1885, o rei deixa em testamento todos os seus bens, incluindo o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena, à Condessa d’Edla. Após um processo judicial – que tinha como objetivo que este património passasse para a Coroa portuguesa –, Elise acabou por vender o Parque e Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros ao Estado, ficando com usufruto do chalet e do respetivo jardim até 1904.
Em 1999, o Chalet da Condessa d'Edla foi consumido por um incêndio, tendo reaberto ao público em 2011, depois de quatro anos de obras de recuperação em que a Parques de Sintra levou a cabo a reconstrução deste edifício de grande valor cultural, histórico e artístico. O projeto foi distinguido em 2013 com o Prémio União Europeia para o Património Cultural – Europa Nostra, na categoria de Conservação.

Ler mais:
https://visitsintra.travel/pt/visitar/monumentos/chalet-e-jardins-da-condessa-dedla
https://www.parquesdesintra.pt/pt/parques-monumentos/chalet-e-jardim-da-condessa-d-edla/

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Agência do Banco de Portugal em Castelo Branco


Projeto com traço do arquiteto Salles Viana (1891-1973), a agência do Banco de Portugal foi inaugurada em 1930. 
Exemplo arquitetónico de uma época de produção indefinida apresenta características do classicismo, do barroco e do gótico.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Edifício do Banco de Angola

O edifício do Banco de Angola localiza-se na esquina da Avenida 4 de Fevereiro com o Largo Saydi Mingas, em Luanda. É a actual sede do Banco Nacional de Angola. Teve a sua construção concluída em 1956 com projecto da autoria do arquitecto Vasco Regaleira.
O edifício tem formas neoclássicas e revivalistas típicas da arquitectura favorecida pelo regime do Estado Novo, estilo também chamado "Português Suave". O edifício desenvolve-se em dois corpos ortogonais, ligados entre si por um corpo circular, cuja cobertura é feita por uma enorme cúpula. A arquitectura clássica está representada no edifício através do traço das fachadas, distribuição das colunas jónicas, frontão e arcadas que se desenvolvem no piso térreo.
O interior é luxuoso, decorado com mobiliário de madeiras preciosas, quadros e grandes painéis de azulejos representativos da chegada dos portugueses aos reinos de Kongo e N'gola. Também contém belas pinturas a fresco nos tectos de algumas salas e da cúpula do corpo circular, cujo acesso é feito por uma imponente escadaria de mármore. A estrutura do edifício foi realizada com betão armado, material de vanguarda na época.
O edifício foi inaugurado pelo Presidente da República, Marechal Craveiro Lopes, em 7 de setembro de 1956.
A 10 de novembro de 1976, um ano após a independência, criou-se o Banco Nacional de Angola, sucessor do Banco de Angola. O edifício foi declarado património histórico-cultural em 8 de abril de 1995. Desde então, as instalações têm sido alvo de obras de remodelação e restauro.

Ler mais:
http://www.hpip.org/def/pt/Homepage/Obra?a=72
http://restosdecoleccao.blogspot.com/2014/06/banco-de-angola.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Nacional_de_Angola_(edifício)

sábado, 1 de dezembro de 2018

Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães


Localizado no interior do Parque Marechal Carmona, o Museu Condes de Castro Guimarães é o mais antigo espaço museológico do concelho.
Inaugurado em 1931, foi dirigido por figuras de grande prestígio no meio cultural português, como por exemplo João Couto, Carlos Bonvalot, Branquinho da Fonseca e Maria Alice Beaumont. Em 1932, Fernando Pessoa candidatou-se ao cargo de conservador, porém não foi admitido por falta de habilitações.
A Torre de São Sebastião, atual Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães, data do início do século XX e foi edificada por iniciativa do aristocrata Jorge O'Neil. Obra notável da arquitetura romântica, a Torre de São Sebastião fascina pela mistura de estilos e por um envolvente misticismo que faz imaginar histórias de outros tempos.
Em 1910, o palácio foi vendido aos Condes de Castro Guimarães que, após procederem a algumas alterações, passaram a habitá-lo grande parte do ano. O bom gosto do casal refletiu-se na aquisição de peças de arte e mobiliário representativos de várias épocas, assim como o seu interesse pela cultura se fez sentir na compra de dois dos elementos mais significativos do acervo do atual museu: um órgão neogótico, construído de encomenda para o Conde e a valiosa Crónica de D. Afonso Henriques, de Duarte Galvão.
Quando faleceu, em 1927, o Conde deixou, em testamento, a casa e propriedade ao Município de Cascais, para que nelas fosse constituída uma Casa-Museu e Jardim Público. O Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães foi oficialmente inaugurado a 12 de julho de 1931, tendo sido durante largos anos o único existente no concelho de Cascais.
O Serviço Educativo do Museu Condes de Castro Guimarães existe desde 1964, altura em que se iniciaram as visitas guiadas para grupos escolares e as oficinas de artes plásticas.
O edifício encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 30 de novembro de 1993.

Fonte: Câmara Municipal de Cascais
https://www.cascais.pt/equipamento/museu-condes-de-castro-guimaraes

Ler mais:
https://ncultura.pt/palacio-dos-condes-de-castro-guimaraes/

sábado, 24 de novembro de 2018

Quinta Acciaioli


A Quinta Acciaioli fica situada entre a Serra de Sintra e a costa atlântica, junto à vila de Almoçageme, freguesia de Colares, concelho de Sintra. Com uma área total aproximada de 24.000 m2 e uma área construída de cerca de 1.800 m2 distribuída por várias edificações, possui capela na casa Principal, ermida e piscina exterior.
A construção principal remonta ao Séc.XIX. A propriedade é ainda constituída por outras edificações que foram sendo construídas durante a primeira metade do século XX.

Ler mais:
https://www.remax.pt/Quinta-Venda-Colares-Sintra_121961191-80

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Museu Nacional de Soares dos Reis


O Museu Portuense, ou Ateneu de D. Pedro, criado em 1833 por sugestão do pintor João Baptista Ribeiro, foi o primeiro museu existente em Portugal. Em 1911, para homenagear o maior escultor português do século XIX, passou a ter a designação de Museu Nacional de Soares dos Reis, reunindo nas suas colecções obras recolhidas em conventos, nos depósitos da Academia Real da Marinha e Comércio ou provenientes do espólio de algumas famílias miguelistas.
Instalado a partir de 1940 no Palácio das Carrancas, edifício em estilo neoclássico, guarda também o recheio pertencente ao Museu Municipal Portuense, cujo núcleo inicial fora constituído pela Colecção Allen, adquirida em 1850.
Na colecção de pintura do museu, podem-se admirar quadros de pintores portugueses dos séculos XIX e XX, dos quais se destacam Columbano, Miguel Lupi, Marques de Oliveira, Aurélia de Sousa, Henrique Pousão, Sousa Pinto e Silva Porto, entre outros. Entre os pintores do Século XX, estão representados, por exemplo, Dórdio Gomes, Eduardo Viana, Abel Salazar e Júlio Resende.
Na secção de escultura tem lugar de destaque a obra de Soares dos Reis, quase toda reunida neste museu, sendo talvez a obra mais emblemática a escultura em mármore de nome O desterrado. Outros grandes nomes da escultura portuguesa estão também representados.
Na sala de arte sacra podem admirar-se exemplares de pedra de Ançã, madeira, granito e alabastro, dos quais sobressaem as peças de Nottingham.
Estão também presentes excelentes exemplares das artes da cerâmica e do vidro.
A transição para o século XXI, o Museu foi objecto de profunda renovação e ampliação, segundo projecto do arquitecto Fernando Távora, reabrindo ao público em Julho de 2001.

Fontes:
http://www.museusoaresdosreis.gov.pt/pt-PT/menu_historia/HighlightList.aspx
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/recursos/cedencia-e-aluguer-de-espacos/aluguer-de-espacos-museu-nacional-de-soares-dos-reis/
"Tesouros Artísticos de Portugal" (1976) - Selecções do Reader's Digest

domingo, 4 de novembro de 2018

Teatro Nacional de São João

O TNSJ - Teatro Nacional São João, E.P.E. localiza-se na Praça da Batalha, no centro histórico da cidade do Porto.
Denominado originalmente como Real Teatro de São João, a sua primitiva edificação foi erguida em 1794 por determinação de Francisco de Almada e Mendonça, com projecto do arquitecto italiano Vicente Mazzoneschi, que havia sido cenógrafo do Teatro de São Carlos em Lisboa. Foi inaugurado com a comédia "A Vivandeira" a 13 de Maio de 1798, com o intuito de assinalar o aniversário do príncipe D. João(futuro D. João VI), motivo este por que, nos primeiros tempos, ainda lhe deram o nome de Teatro do Príncipe.
A estrutura interior do original Real Teatro de São João era semelhante à do Teatro de São Carlos, e a sua composição próxima dos teatros de tipo italiano que, na época, se tinham estabelecido como regra de sucesso.
Em 11 de Abril de 1908 um violento incêndio destruiu completamente o edifício. Sem se conformar com a perda, logo uma comissão se constituiu para a sua reconstrução, que teve início em 1911, com projecto de Marques da Silva. Foi inaugurado a 7 de Março de 1920.
O actual edifício, de aspecto robusto mas sem estilo definido, é composto por uma imponente frontaria guarnecida por quatro colunas jónicas, entre as quais se abrem três janelas de arco pleno e outras tantas portas. A fachada principal inspira-se na renovação do estilo Luís XVI, que caracterizou os primeiros anos do século XX, nomeadamente em França. Da autoria de Marques da Silva, é um imóvel de interesse público. Internamente, a decoração da sala de espectáculos e principais salões ficou a cargo dos pintores Acácio Lino e José de Brito e dos escultores Henrique Moreira, Diogo de Macedo e Sousa Caldas, sendo estes dois últimos responsáveis pelas quatro figuras alegóricas colocadas no friso do entablamento e que representam a Bondade, a Dor, o Ódio e o Amor.
Tem como principais objectivos a criação e apresentação de espectáculos de teatro de vários géneros e a promoção do contacto regular dos públicos com as obras referenciais, clássicas e contemporâneas, do repertório dramático nacional e universal. Para além do Teatro Nacional São João, edifício-sede, integram esta estrutura o Teatro Carlos Alberto e o Mosteiro de São Bento da Vitória.
Adquirido pelo Estado em 1992, o São João Cine é inaugurado como Teatro Nacional São João no final desse ano. Entre 1993 e 1995, o edifício é submetido a obras de restauro.
O TNSJ é actualmente uma Entidade Pública Empresarial que, no âmbito da sua missão de serviço público, tem como principais objectivos a criação e apresentação de espectáculos de teatro, dos vários géneros, segundo padrões de excelência artística e técnica, e a promoção do contacto regular dos públicos com as obras referenciais, clássicas e contemporâneas, do repertório dramático nacional e universal.
Está classificado como Monumento Nacional desde 2012.

Ler mais:
http://www.tnsj.pt/home/template_new.php?intID=7&intSubID=15
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74813
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5524
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_Nacional_São_João
http://www.visitporto.travel/visitar/paginas/viagem/DetalhesPOI.aspx?POI=894

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Palacete Guerreirinho

O palacete Guerreirinho localiza-se entre as ruas Ventura Coelho e Infante D. Henrique, na cidade de Faro. Foi mandado edificar em 1936 por Francisco Guerreiro Pereira Júnior, cujas iniciais se encontram destacadas na fachada principal. O autor do projecto foi o arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior.
Neste edifício de dois pisos com vasto logradouro posterior, chama a atenção a fachada principal, toda em cantaria trabalhada, com elementos ornamentais neo-clássicos. O interior apresenta interessantes trechos decorativos.
O Palacete Guerreirinho funciona, desde há algumas décadas, como messe de oficiais das Forças Armadas.


Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70926
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4511
http://www.cm-faro.pt/7323/palacio-guerreirinho.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Palacete_Guerreirinho

domingo, 30 de setembro de 2018

Teatro Sá de Miranda

O Teatro Sá de Miranda foi inaugurado no dia 29 de Abril de 1885, na cidade de Viana do Castelo. A sua construção deveu-se ao esforço de um grupo de personalidades vianenses que constituiu, em 1879, a Companhia Fomentadora Vianense com o objectivo de construir um edifício civilizador.
É um Teatro à italiana projectado por José Geraldo da Silva Sardinha com a plateia em forma de ferradura e três ordens de camarotes, com capacidade de 400 lugares.
O Pano de Boca foi desenhado por Luigi Manini e pintado por Hercole Labertini, cenógrafos do Teatro S. Carlos e o tecto, uma imagem do céu em trompe l´oeil, com retratos de dramaturgos, foi pintado por João Baptista do Rio.
Este Teatro, verdadeiro ex-libris da cultura vianense e alto-minhota, tem acolhido os mais importantes espectáculos de música, teatro, ópera, dança e cinema da região.
A Câmara Municipal adquiriu o edifício em 1985, numa altura em que a sua degradação se acentuava. Desde então tem promovido obras de beneficiação, primeiro, em 1993, dando segurança e comodidade ao público e, numa segunda fase, dotando a caixa de palco dos mais modernos equipamentos cénicos, que permitem pôr em cena os mais exigentes espectáculos.
O mais relevante, neste projecto de restauro terá sido a conservação e o respeito pela linha geral do edifício oitocentista, completamente renovado, mas sem prejuízo do modelo e da estrutura e da funcionalidade que se mantém adequada à vocação original dos espectáculos de teatro de e de música.

Fontes:
http://www.cm-viana-castelo.pt/pt/teatro-municipal-sa-de-miranda
http://www.e-cultura.sapo.pt/patrimonio_item/13875

Palácio dos Aciprestes

Localizada em Linda-a-Velha, a antiga “Herdade de Ninha de Ribamar” que incluía a área do Palácio dos Aciprestes possui uma origem bastante antiga. Pelas referências existentes calcula-se que só no século XIX este palácio tenha começado a ser chamado de Palácio dos Aciprestes.
Em finais do século XVII, no tempo de Francisco Miranda Soares existiram um conjunto de “casas nobres”, “capela”, “terra de semeadura”, “vinha e horta”. Entretanto, a quinta foi “sequestrada” pela Fazenda Real, devido a dívidas que os proprietários tinham ao Estado e, mais tarde, foi doada por D. José a Alexandre de Gusmão. Este habitou-a por apenas três anos. Alexandre Gusmão, irmão do padre Bartolomeu Gusmão (inventor da “Passarola”), ocupou altos cargos, disputando-os com Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal), chegando a ser secretário de D. João V.
Alexandre de Gusmão, construiu, então, uma sumptuosa residência, a qual recheou de inúmeras obras de arte e preciosidades de toda a ordem, ficando, mais tarde, conhecida como Palácio da Quinta Grande. Gusmão habitou o Palácio da Quinta Grande até 1753, ano da sua morte.
Em 1755, a mansão ficou bastante danificada com o terramoto, na altura em que a Quinta Grande passou para os herdeiros de Alexandre de Gusmão e com quem permaneceria durante pouquíssimo tempo, sendo depois vendida a D. Luiz da Cunha Manoel, ministro de D. José. Depois de 1760, foi doada várias vezes e ocupada por empresários, pelos condes de Vila Real, de Rio Maior, da Ponte e, em 1865, a Quinta Grande encontrava-se na posse do Visconde de Rio Seco. Nessa época, era um Centro de Convívio de várias figuras da alta roda portuguesa que, ou se hospedavam no Palácio ou o frequentavam assiduamente.
Depois de 1760 foi doada varias vezes e ocupada por empresários, pelos condes de Vila Real, de Rio Maior, da Ponte e em 1865, a Quinta Grande encontrava-se na posse do Visconde de Rio Seco, sendo nessa época um Centro de Convívio de várias figuras da alta roda portuguesa, que ou se hospedavam no Palácio ou o frequentavam assiduamente.
Na década de 1960, a Quinta dos Aciprestes e o seu Palácio ainda se encontravam na posse de descendentes ou parentes dos viscondes de Rio Seco. Foi então que a Quinta dos Aciprestes mudou de proprietário e sofreu uma transformação radical, graças a um projeto de modernização do conhecido arquitecto Raúl Lino. Do edifício inicial mantém-se apenas a capela, outrora dedicada a Nossa Senhora do Rosário, onde se destaca um altar em madeira policromada e painéis de azulejos do século XVIII.
Em 1981, a Quinta dos Aciprestes foi comprada por um construtor civil e só em 1992 é que a Quinta dos Aciprestes foi adquirida pelo Município de Oeiras, o qual procede a obras de remodelação e restauro, cedendo-a depois, em 1994, em regime de comodato à Fundação Marquês de Pombal, onde desde então aqui estabeleceu a sua sede.
A Quinta dos Aciprestes é constituída pelo Palácio dos Aciprestes, que alberga a Galeria de Arte, o Salão Nobre e a Biblioteca; pelo Jardim dos Aciprestes; pelo Parque Infantil Dr. António João Eusébio; pelo Parque das Amendoeiras e pela Casa Alexandre Gusmão.

Fonte: Fundação Marquês de Pombal
http://www.fmarquesdepombal.pt/palacio_hist.php

Ler mais:
http://www.historiadeportugal.info/palacio-e-quinta-dos-aciprestes/
http://www.visitasvirtuais.com/local.aspx?id=PalacioDosAciprestes#.W7CmM2hKhQI

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Café "Santa Cruz"


O Café Santa Cruz é uma referência, não só na Baixa, mas em toda a Cidade de Coimbra. Situado em plena Praça 8 de Maio, integra todos os roteiros internacionais e é ponto de passagem obrigatório para todos os que visitam a cidade. Desde 1923, altura em que foi fundado, que alimenta a sua mística das 7h às 2h da manhã.
O edifício construído de raiz em 1530 para servir de igreja paroquial de São João da Cruz, anexa à igreja de Santa Cruz, foi projectada por Diogo de Castilho, ficando conhecida como igreja de São João de Santa Cruz. Com a extinção das ordens religiosas masculinas (1834), a sede da paróquia foi transferida para a antiga igreja monástica. Consequentemente, a Igreja de São João de Santa Cruz conheceu um período de abandono, agravado pelo processo de regularização do traçado das ruas da cidade, com a subida da cota do pavimento exterior frente à igreja.
Após a sua dessacralização, a igreja conheceu outras funções: um armazém de ferragens, uma esquadra de polícia, armazém de canalizações e até uma estação de bombeiros.
Após muita e demorada controvérsia acerca da instalação de um café-restaurante de estilo neomanuelino, junto da Igreja de Santa Cruz, tudo se resolve com a alteração do projecto da fachada da autoria do arquitecto Jaime Inácio dos Santos.
Em termos formais, o edifício sofreu várias alterações desde a sua fundação, sendo a mais significativa em 1923, quando foi adaptada às funções de Café-Restaurante.


Segundo os seus actuais proprietários, "a filosofia do Café Santa Cruz é preservar no seu espaço hábitos que são apenas visíveis em Cafés carismáticos, onde folhear um jornal, ler um livro, conversar são rituais a preservar neste espaço onde as tertúlias acontecem de um modo informal.Com propostas que passam pela projecção de documentários, pela apresentação de contadores de histórias, de lançamento de livros e de revistas, de música ao vivo, num espaço que se pretende de divulgação da cultura."
O edifício está classificado desde Outubro de 1921 como Monumento Nacional.

Ler mais:
http://www.cafesantacruz.com/cafe.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Café_Santa_Cruz
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/café-santa-cruz
https://www.cm-coimbra.pt/index.php/servicos/servicos-gerais/imprensa/2017/item/4889-o-emblematico-cafe-santa-cruz-comemorou-94-anos-de-existencia

sábado, 14 de julho de 2018

Palacete dos Salazares


Localizado na vila da Lousã no centro de Portugal e abrigado num edifício setecentista classificado como Património Histórico, o antigo Palácio dos Salazares é hoje um clássico e sofisticado hotel, o Palácio da Lousã.
Mandado construir pelo desembargador Bernardo Salazar, o palácio foi propriedade de sua família até ser adquirido em 1893 por João Antunes dos Santos, natural da Lousã. Alguns dos seus descendentes são hoje os seus proprietários.
Magnífico exemplar de arquitectura residencial pombalina e neoclássica, inicialmente o edifício constituía um corpo de dois pisos ao qual foi acrescentado um terceiro de características já neoclássicas. A porta principal, o brasão, as urnas e as janelas do terceiro registo são neoclássicos; as janelas do segundo registo são pombalinas.
Muito embora a composição do palácio, nome pelo qual era conhecido devido à sua imponência, denote a evolução arquitectónica e estilística, resulta do conjunto uma grande harmonia, fruto da sábia conjugação de linhas tradicionais com outras mais actualizadas. 
Os pormenores arquitectónicos de época ainda estão presentes, como portas e lambrins, tectos e estuques, a escadaria na entrada e os frescos da sala de jantar. A decoração das salas e quartos do palácio é marcadamente clássica, apostando no requinte e tradição. A da ala nova, em ligação com o jardim, já é contemporânea e descontraída de espírito minimalista.
A Lousã foi, até ao final do século XIX, uma vila de dimensões reduzidas, que se articulava em torno das artérias que albergavam a matriz, o Tribunal e os Paços do Concelho. Mau grado o desenvolvimento posterior, o núcleo mais antigo manteve-se bastante bem preservado, facto pelo qual as antigas casas nobres se conservam num traçado pouco modificado.
O Palacete dos Salazares está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 19 de fevereiro de 2002.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71076
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2784
http://solaresebrasoes.blogspot.com/2014/04/palacete-dos-salazares-lousa.html
http://palaciodalousa.arteh-hotels.com/hoteis_conteudo.php?idioma=1&idUnidade=81
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paácio_dos_Salazares

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Casa dos Patudos


A Quinta dos Patudos foi adquirida por Carlos Relvas em 1805 e oferecida ao seu filho, José de Mascarenhas Relvas em 1888 que, mais tarde, transformou a primitiva habitação na casa-museu que hoje se conhece. 
Nascido em Alpiarça no ano de 1858, José Relvas ocupa, no contexto da história contemporânea do nosso país, uma posição de grande destaque. Tal importância não lhe advém, somente, das suas opções e actividades políticas enquanto republicano convicto, mas também da enorme cultura que o caracterizava e de que é maior testemunho a colecção de arte que constitui o acervo da actual Casa Museu dos Patudos. 
Em 1904, José Relvas encarregou o arquitecto Raul Lino de remodelar a antiga casa, seguindo uma vertente revivalista nacionalista, que conferia especial atenção às tradições construtivas do país. O imóvel, concluído em 1906, desenvolve-se em dois corpos, e é marcados pela profusa abertura de vãos e galerias alpendradas, com acesso por escadarias exteriores. A fachada principal, que define um pátio, engloba o corpo mais antigo, de três pisos. 
Desde logo foi objectivo de José Relvas conjugar uma vertente museológica com outra habitacional, de forma a poder usufruir da sua vasta e ecléctica colecção, formada por mobiliário, porcelana, faiança, pintura e tapeçaria. Quando faleceu, em 1929, o seu testamento previa que a Quinta e os seus bens fossem legados ao município de Alpiarça, e que o imóvel, transformado em casa-museu, mantivesse a designação de Casa dos Patudos, o que veio a acontecer em 1960, ano da inauguração oficial deste importante museu municipal.
Nesta casa podemos encontrar obras de arquitectura, pintura, escultura e artes decorativas e sumptuárias (azulejaria, porcelana, mobiliário, têxteis e outras) de autores portugueses e de outros países da Europa, com abordagem de "mestres de referência" de Espanha, França, Itália, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Países Baixos e também dos ricos núcleos de obras da Índia, Pérsia, China e Japão. O vasto leque cronológico estende-se desde os finais da Idade Média até aos inícios do século XX, oferecendo aos visitantes um percurso único e de grande interesse pelos grandes momentos da História da Arte.

Ler mais:
http://www.apcm.pt/casas-museu/a-casa-dos-patudos/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72936/
http://www.cm-alpiarca.pt/areas-de-atividade/cultura/casa-dos-patudos-museu-de-alpiarca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_dos_Patudos
http://casadospatudos.blogspot.com/

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Cadeia da Relação

O edifício onde se encontra instalado o Centro Português de Fotografia, também conhecido como “Cadeia da Relação” começou a ser construído em 1767, sob risco do arquitecto da Lisboa pombalina Eugénio dos Santos e Carvalho, sensivelmente no mesmo lugar onde, no início do séc. XVII, se haviam erguido as primeiras instalações para a Relação e Casa do Porto. 
O grandioso imóvel, cuja construção durou quase trinta anos, erguido entre o casario, paredes meias com o convento de São Bento da Vitória e fronteiro à Porta do Olival, veio a alojar o Tribunal e a Cadeia da Relação. A área disponível da edificação, detentora de uma curiosa planta trapezoidal, foi repartida de forma quase equitativa entre Tribunal e Cadeia, sendo que as instalações do Tribunal foram alvo de cuidados acabamentos, ainda hoje visíveis em diversos pormenores construtivos.
É um dos edifícios de referência na história do Porto. As enxovias tinham nomes de santos: Santo António, Sant'Ana, para homens; Santa Teresa para mulheres; e Santa Rita para menores. A prisão oficina estava sob a protecção do Senhor de Matosinhos e as prisões de castigo tinham por patrono São Vítor. Havia ainda os salões (do Carmo e de São José) para homens e mulheres. Diferenciavam-se das celas por terem o chão de madeira mas pagava-se para ficar neles - 1$500 réis.
O edifício granítico desenvolve-se numa sucessão geométrica de janelas - 103 no total dos pisos. Tem planta poligonal com quatro fachadas, duas delas resguardando as duas funções do edifício: a fachada nobre, na Rua de São Bento, dá entrada para o sector do Tribunal de Relação. A outra entrada, aberta para a Cordoaria, foi construída para a passagem directa dos presos e é, hoje, a entrada principal do edifício. 
Aqui cumpriram pena nomes como Camilo Castelo Branco, um dos mais famosos escritores portugueses e a sua amante Ana Plácido, presos por adultério, bem como o célebre Zé do Telhado, preso por roubo e ainda nomes como Severim de Noronha (duque da Terceira), Pita Bezerra e João Chagas.
Entre 1999 e 2002 o edifício sofreu trabalhos de restauro, coordenados por Eduardo Souto de Moura e Humberto Vieira, de modo a adequar-se às actuais funções de Centro Português de Fotografia. Este possui um centro de exposições e são possíveis visitas guiadas ao edifício, mantendo-se a cela que foi ocupada por Camilo Castelo Branco.
O edifício da antiga Cadeia da Relação do Porto foi declarado Monumento Nacional em 2017.

Ler mais:
http://www.cpf.pt/edificio.htm
http://www.monumentos.gov.pt/site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5460
http://www.historiadeportugal.info/cadeia-da-relacao-porto/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeia_da_Relação
http://www.visitporto.travel/visitar/paginas/viagem/DetalhesPOI.aspx?POI=2043
https://www.portopatrimoniomundial.com/cadeia-da-relaccedilatildeo.html

sábado, 28 de abril de 2018

Palácio e Quinta da Regaleira

O Palácio da Regaleira é o edifício principal e o nome mais comum da Quinta da Regaleira. Também é designado Palácio do Monteiro dos Milhões, denominação associada à alcunha do seu antigo proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro.
O palácio está situado na encosta da serra e a escassa distância do Centro Histórico de Sintra, estando classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2002.
Adquirida pela Baronesa da Regaleira, filha de Alfredo Allen, rico comerciante do Porto em 1840, a propriedade transforma-se num galante refúgio estival, com palacete, capela e jardim e passa a ser conhecida por Quinta da Torre da Regaleira.
Em 1893 é vendida em hasta pública a António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920), homem de vasta cultura, cuja for­tuna fora acumulada no Brasil, que lhe junta outras parcelas de terrenos, tomando a forma actual.
Carvalho Monteiro , profundo amante da gloriosa epopeia nacional, traduzida na época pelo gosto 'revivalista' da arquitectura neomanuelina , inspirou-se para a construção da sua mansão e respetiva capela, quer no ecletismo estrutural e decorativo da Pena, quer no assumido estilo neomanuelino do Palácio do Buçaco, este último da autoria de Luigi Manini (1848-1936).
Esta evocação do passado passa também pela arte gótica e alguns elementos clássicos. A diversidade da Quinta da Regaleira é enriquecida com simbolismo de temas esotéricos relacionados com a alquimia, Maçonaria, Templários e Rosa-cruz.
Adquirida em Março de 1997 pela Câmara Municipal de Sintra, a Quinta da Regaleira é, actualmente a sede social da Fundação CulturSintra, que aí desenvolve um vasto programa de conservação e recuperação patrimonial, de dinamização turística e de aplicação de um plano de actividades culturais.

Ler mais:
http://www.serradesintra.net/quintas-de-sintra/quinta-da-regaleira
http://www.sintraromantica.net/pt/monumentos/palacio-e-quinta-da-regaleira
https://portugalvirtual.pt/sintra/pt/quinta-da-regaleira.php
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta_da_Regaleira

Forte Jesus de Mombaça