terça-feira, 24 de novembro de 2020

Castelo da Dona Chica

O Castelo da Dona Chica, também referido como Castelo de Palmeira, Casa da Chica ou Palácio de Dona Chica, localiza-se na freguesia de Palmeira, concelho de Braga.
Trata-se de um edifício apalaçado, de características ecléticas sobre um estilo romântico, projetado pelo arquiteto suíço Ernesto Korrodi.
A sua construção iniciou-se em 1915, por iniciativa de Francisca Peixoto de Sousa, nascida no Brasil, que mandou vir do seu país muitas das espécies arbóreas atualmente existentes na mata envolvente.
As obras foram interrompidas em 1919, quando Francisca se separou do marido.
Ao longo de sua história mudou várias vezes de proprietário, arrastando-se as obras por décadas, só sendo concluídas em 1991, adaptado a restaurante e bar.
Foi homologado como Imóvel de Interesse Público por Despacho de 20 de fevereiro de 1985.
Atualmente o imóvel encontra-se num estado de abandono e degradação, depois de passar por uma disputa judicial quanto à sua posse, envolvendo várias entidades.

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_da_D._Chica

Casas de "Brasileiro"

Durante a segunda metade do século XIX e o primeiro quartel do século XX, achegada de inúmeros portugueses que faziam do Brasil o seu território de eleição, levou ao surgimento de inúmeras casas e mansões dispersas por Portugal, as designadas Casas de Brasileiro.
A participação dos "torna-viagem" na formação da vanguarda artística portuguesa – a que se convencionou chamar futurista ou modernista – não é evidente. Mas estes novos-ricos dos alvores do século XX sempre tiveram grande disponibilidade para a rutura, aceitando a importação do internacional como fator diferenciador e testemunha de sucesso na representação do seu regresso à terra natal.
Nas Casas de Brasileiro que construíram – não só nas principais cidades e vilas mas também nas pequenas povoações do espaço rural – adotaram soluções inovadoras e requintadas.
Muitas vezes, estas obras resultaram da intervenção de projetistas escolhidos pelo seu prestígio como construtores ou artistas capazes de responder às exigências de modernidade destes proprietários enriquecidos, conhecedores do conforto oferecido pelo mundo em transformação.
Autores como Camilo Castelo Branco ou Júlio Dinis catalogaram as casas dos brasileiros como objetos bizarros e perturbadores da ordem e simplicidade da paisagem nortenha.
Não existe um modelo tipo de Casa de Brasileiro, mas pelo contrário um conjunto de características comuns à maior parte das casas construídas pelos emigrantes. Este modelo assenta na grande assimetria e variedade presentes no conjunto
arquitetónico. É necessário salientar o grande número de elementos decorativos presentes nestas casas, que variam entre o azulejo de diferentes cores e as estátuas que rematam os telhados ou os portões. As fachadas são extremamente coloridas devido à utilização de azulejos policromos. O jardim, limitado por um gradeamento e fechado por portões de ferro forjado, assume uma grande importância, uma vez que constitui uma tentativa de recriação do ambiente exótico que encontrou no Brasil. Este mesmo jardim apresenta uma grande variedade de plantas e árvores importadas do Brasil, como é o caso das palmeiras imperiais.
As inovações arquitetónicas e decorativas da casa do Brasileiros representarão, na maior parte dos casos, uma reprodução "desfocada" de soluções formais de uma arquitetura "elegante" adotada na construção residencial brasileira a partir de meados do século XIX mercê da atividade de arquitetos e companhias de construção europeias: um modelo onde pontuam influências da casa colonial vitoriana, soluções formais afrancesadas, misturadas com algum revivalismo de cariz italiano.
Podem no entanto ser categorizadas da seguinte forma:
- Casas Verticais Urbanas
- Os Palácios
- Casas Apalaçadas e Palacetes
- As Villas

Texto retirado, com a devida vénia, de:
https://www.skyscrapercity.com/threads/casas-de-brasileiro-em-portugal-as-casas-dos-torna-viagem-ricos-emigrantes-portugueses-no-brasil.1964682/

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Igreja de Santa Maria do Castelo

Segundo consta, a Igreja de Santa Maria do Castelo terá sido construída no século XIII, pouco depois da conquista da cidade de Tavira aos mouros sob iniciativa da Ordem de Santiago (1242), por D. Paio Peres Correia, para substituir a mesquita árabe aí existente.
Construída originalmente em estilo gótico, a igreja foi fortemente abalada pelo terremoto de 1755, e prontamente mandada reconstruir pelo Bispo do Algarve, D. Francisco Gomes do Avelar. O portal principal ainda é o original gótico, com quatro arquivoltas em arco quebrado e respetivos capitéis vegetalistas, datando de uma campanha de obras de finais do século
 XIV ou inícios do século XV.
No século XVI, dando continuidade à intenção de se construírem capelas funerárias familiares em igrejas, aqui se construiu a Capela do Senhor dos Passos, mandada edificar por Lançarote de Mello, homem da Ordem de Santiago, e da qual resta a abóbada manuelina.
Mais importantes foram, contudo, as campanhas artísticas barrocas e neoclássicas. Do primeiro período data a Capela do Santíssimo, obra encomendada por D. Isabel de Almada Aragão em 1748, cujas paredes se encontram decoradas por grandes painéis de azulejos azuis e brancos realizados, muito provavelmente, na oficina lisboeta de Bartolomeu Antunes e de Nicolau de Freitas.
Nos primeiros anos da década de 90 do século XVIII, já em pleno neoclassicismo, o bispo D. Francisco Gomes do Avelar, coadjuvado pelo arquiteto Francisco Xavier Fabri, procedeu à derradeira campanha artística na igreja, conferindo-lhe então o aspeto geral que hoje ainda possui. O principal mérito desta intervenção terá sido o de harmonizar a obra nova com o que restava da velha igreja medieval. A fachada principal, com a sua organização tripartida, manteve o portal gótico inserido numa composição cenográfica mais vasta, de sabor classicista, e que revela bem a qualidade de Fabri.
A torre do relógio também pertence à construção primitiva, embora contenha elementos decorativos posteriormente acrescentados.
A igreja foi classificada como Monumento Nacional em 23 de junho de 1910.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71119
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2819
https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/7148/1/PROM04_pp377-382.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Santa_Maria_do_Castelo_(Tavira)
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/igreja-de-santa-maria-do-castelo-tavira

Percurso pedestre "Na Senda dos Pastores"

O trilho "Na Senda dos Pastores" é um percurso circular, com uma extensão aproximada de 11,8km, que decorre entre as altitudes máxima e mínima de 1772m e 1307m, respetivamente. Decorre sobre o planalto adjacente às Penhas da Saúde e constitui uma ótima abordagem à realidade da Serra da Estrela.
Ao longo do passeio, é possível observar, de forma bem marcada, as duas grandes forças modeladoras da paisagem contemporânea da Serra: por um lado os fenómenos naturais (glaciação, fenómenos periglaciários, e restantes elementos geomorfológicos, bem como a fauna e flora), e o não menos natural fenómeno humano (desde logo a pastorícia, mas também a vida rural e industrial dos vales ou até as modernas dinâmicas de saúde, lazer e turismo das Penhas).
Saindo das Penhas da Saúde sobe-se em direção à lagoa de Viriato, a qual é contornada pela sua margem sul, abandonando-a após percorrer cerca de um terço da mesma, seguindo-se então em direção ao Alto da Pedrice. Desde este ponto até quase ao final, a orientação pelo planalto é fácil, já que basta ladear as escarpas verticais que bordejam o Vale da Alforfa primeiro, e o Vale das Cortes depois. Após atingir a Malhada do Prior alcança-se um "estradão" que apenas se deixa um pouco antes de cruzar a ribeira do Vale da Areia para seguir em direção ao ponto de partida.

Ler mais:
http://www.cm-covilha.pt/?cix=924&tab=793&lang=1
http://www.cm-covilha.pt/db/documentos/924.1.1480524731.pdf
http://www.100atalhos.com/sendapastores03072011.php?dir=sendapastores03072011

domingo, 15 de novembro de 2020

Museu das Migrações e das Comunidades

O Museu das Migrações e das Comunidades foi criado em 12 de julho de 2001 por deliberação da Câmara Municipal de Fafe, como plataforma virtual, com a designação de Museu da Emigração e das Comunidades.
A partir de setembro de 2009, o museu encontra-se instalado no andar térreo da Casa Municipal da Cultura. O Museu das Migrações e das Comunidades, percursor no seu género em Portugal, funda a sua existência no estudo, preservação e comunicação das expressões materiais e simbólicas do universo migratório e, em especial, do ciclo do retorno dos emigrantes portugueses. 
Inscreve as suas finalidades na perspetiva do conhecimento dos movimentos migratórios e, em especial, da emigração portuguesa, detendo-se particularmente na emigração para o Brasil do século XIX e primeiras décadas do XX e na emigração para os países europeus da segunda metade do século XX. Assenta na descoberta dos seus efeitos, decorrentes do cruzamento de povos e culturas, na história económica, social e cultural e naquilo que concorre para a sua compreensão histórica e social.

Fonte: Câmara Municipal de Fafe
https://www.cm-fafe.pt/conteudo?item=31299

Ler mais:
http://www.portoenorte.pt/pt/o-que-fazer/museu-das-migracoes-e-das-comunidades/

Festas de Agosto em Barrancos

Conhecidas como "Fêra de Barrancos", as Festas de Agosto de Barrancos tornaram-se "famosas" pelos touros de morte, misturando celebrações religiosas e divertimentos pagãos em honra de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira daquela vila raiana do distrito de Beja. As festas decorrem na última semana de agosto, em torno do dia 28, que é o feriado municipal do concelho.
Segundo a tradição, o início da "fêra", organizada pela comissão de festas da vila, é marcado pela tradicional alvorada, animada pela Banda Filarmónica Fim de Século de Barrancos. Seguem-se as tradicionais celebrações religiosas, ou seja, uma missa na igreja Matriz de Barrancos e uma procissão pelas ruas da vila.
Após as celebrações religiosas, os divertimentos pagãos vão dominar os restantes três dias das festas, os quais vão começar sempre às 8h00 com os tradicionais encerros. Através dos encerros, os touros a lidar nas touradas de morte – o "prato forte" das festas de Barrancos e as únicas legais em Portugal, devido a um regime de exceção aprovado em 2002 – serão conduzidos até aos curros da improvisada praça de touros.
Entre quinta-feira e sábado, a partir das 18h00, as touradas de morte, oficialmente designadas "tradicionais festejos taurinos" e que atraem inúmeros forasteiros.

Fonte: 
https://observador.pt/2019/08/27/festas-de-barrancos-com-tradicao-de-touros-de-morte-comecam-na-quarta-feira/

Igreja de Campanhã

Situada no centro da freguesia portuense, a Igreja de Santa Maria de Campanhã terá sido erigida por volta de 1714 não se conhecendo, porém, qualquer fonte que possa atestar com segurança o ano exato da sua construção. As origens mais remotas poderão estar ligadas à antiquíssima "igreja Sanctae Mariae de Campanham" (séc. XIII), cuja localização se mantém incerta. 

Foi saqueada no decurso da segunda invasão francesa (março de 1809) e sofreu numerosos danos durante o cerco do Porto (1832-33). Desde então foi objeto de diversas intervenções de restauro e conservação. 
A igreja possui unia bela torre sineira e o exterior é todo revestido a azulejo azul e branco, interrompido por alguns elementos notáveis de cantaria lavrada, entre os quais se destaca o belo óculo frontal. 

No interior, a tribuna é em talha dourada e existem unia série de painéis representando cenas da vida religiosa. A Igreja de Campanhã alberga ainda a célebre imagem de Nossa Senhora de Campanhã, padroeira da freguesia, cuja fama advém das numerosas lendas e milagres a que está associada, alguns dos quais remontando aos séculos IX e X. Trata-se de uma imagem esculpida em calcário (pedra de ançã), estofada e policromada, de influência francesa e atribuída ao século XIV.

Ler mais:
https://www.campanha.net/index.php/roteiro-turistico
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=21404

Castelo da Dona Chica