Mostrar mensagens com a etiqueta Barcos e navios. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Barcos e navios. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Barco Moliceiro da Ria de Aveiro

Moliceiro é o nome dado aos barcos que circulam na Ria de Aveiro, região lagunar do Rio Vouga. Esta embarcação era originalmente utilizada para a apanha do moliço, mas actualmente mais usados para fins turísticos.
São barcos de borda baixa para facilitar o carregamento do moliço, que é uma planta aquática que constituía a principal fonte de adubagem dos terrenos agrícolas em torno da Ria de Aveiro. Assim, substituía no elemento líquido os carros de bois na faina do moliço, tanto carregando as plantas como as rocegando, ao vogar com os ancinhos armados, um em cada borda.
Construídos em madeira de pinho, os moliceiros têm uma proa e uma ré muito elegantes que normalmente estão decorados com pinturas que ridicularizam situações do dia a dia. O comprimento total é cerca de 15 metros, a largura de boca 2,50 metros. Navega em pouca altura de água. O castelo da proa é coberto. Como meios de propulsão usa uma vela, a vara e a sirga. A sirga é um cabo que se utiliza na passagem dos canais mais estreitos ou junto às margens, quando navega contra a corrente ou contra o vento. 
A dimensão e a decoração variavam consoante os locais: os da Murtosa são maiores e decorados com cores mais garridas e com temas mais brejeiros; os de Salreu são os mais pequenos e pintados de negro; os de Mira são os mais sóbrios.
Hoje, os moliceiros são aproveitados essencialmente para o turismo, possibilitando pequenos passeios na ria e nos canais da cidade de Aveiro.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Moliceiro
https://asenhoradomonte.com/2012/10/06/historia-do-moliceiro/

domingo, 8 de julho de 2018

Varino municipal "O Boa Viagem"

Em toda a região do estuário do Tejo surgiram e evoluíram, desde a Idade Média, embarcações que procuraram responder às necessidades de transporte de pessoas e mercadorias, das quais se destacaram, entre outras, o batel, a falua, a canoa e, a partir da segunda metade do séc. XIX, o varino.
A Câmara Municipal da Moita foi pioneira na recuperação deste tipo de embarcações tradicionais. O varino municipal foi recuperado entre 1980 e 1981, no estaleiro naval do mestre José Lopes. A Câmara Municipal da Moita foi seguida, posteriormente, por outras autarquias.
Entre os anos de 2010 e 2011, “O Boa Viagem” foi de novo submetido a uma grande intervenção que envolveu a própria estrutura da embarcação, no estaleiro naval de Sarilhos Pequenos. Ao longo deste processo de recuperação foram utilizadas as ancestrais técnicas de carpintaria naval, calafeto, tratamento e pinturas das madeiras.
O varino é uma embarcação de fundo chato, para navegar nos esteiros do rio, com águas de pouca profundidade. Exibe uma proa redonda, encimada pelo caneco ou capelo também aduncadamente recurvo para dentro. Ostenta as características pinturas decorativas no painel da proa, na antepara e nos barbados, conferindo-lhe um colorido inconfundível. Tem cerca de vinte metros de comprimento por cinco de largura, podendo transportar até duzentas toneladas.
Numa perspectiva de valorização deste património, “O Boa Viagem” foi classificado como um bem cultural de interesse municipal, em Reunião de Câmara de 11 de setembro de 2011.
Com vista à salvaguarda do património cultural, a Câmara Municipal desenvolve entre junho e outubro, vários passeios fluviais no varino "O Boa Viagem" que, além da vertente lúdica, têm como objectivo dar a conhecer o concelho da Moita e os concelhos limítrofes numa perspectiva diferente, divulgando igualmente os barcos típicos do Tejo e as suas características únicas.

Fonte: Câmara Municipal da Moita
Ler mais:
https://www.cm-moita.pt/pages/1455?poi_id=426

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Museu da Marinha

O Museu da Marinha, inaugurado oficialmente a 15 de agosto de 1962,encontra-se instalado nas alas poente e norte do Mosteiro dos Jerónimos,na freguesia de Santa Maria de Belém, em Lisboa. 
Considerado Organismo Cultural da Marinha de Guerra Portuguesa, a sua missão, mais do que relevar exclusivamente os assuntos militares navais, é salvaguardar e divulgar o passado marítimo português e tudo o que se relaciona com os mais diversos aspectos e actividades humanas marítimos. 
Foram peças fundamentais para o crescimento e a consolidação deste museu os modelos de navios existentes no Palácio da Ajuda, doados pela rainha D. Maria II à Real Academia dos Guardas-Marinha, antecessora da Escola Naval, assim como uma colecção de testemunhos relacionados com a actividade marítima portuguesa, cuja constituição foi decretada pelo rei D.Luís, em julho de 1863.
O Museu Naval Português assume-se como projeto museológico, decorrente da antiga coleção começada a reunir desde o século XVIII, em 1934, provisoriamente na Escola Naval e transferido, também provisoriamente, em 1949, para o Palácio dos Condes de Farrobo (Palácio das Laranjeiras) até que a 15 de agosto de 1962 o Museu de Marinha abriu oficialmente as suas portas nas alas norte e poente do Mosteiro dos Jerónimos.
O acervo do museu é constituído por modelos de galés, embarcações fluviais e costeiras e navios desde os Descobrimentos até ao século XIX.
Também possui uma vasta colecção de armas e fardamentos, instrumentos de navegação e cartas marítimas.
O museu inclui o Pavilhão das Galeotas que alberga as embarcações reais, como o bergantim, mandado construir em 1780, e que navegou pela última vez em 1957, por ocasião da visita oficial da Rainha Isabel II de Inglaterra a Portugal.
Mais de 145.000 pessoas visitam anualmente o Museu da Marinha. Foi visitado por 35.734 pessoas nos primeiros três meses de 2018, o que significa um crescimento de mais de 9 mil visitantes em relação ao mesmo período no ano anterior.

Ler mais:
http://ccm.marinha.pt/pt/museu
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/103063
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_de_Marinha
http://www.marinha.pt/pt-pt/marinha/cultura/Paginas/Museu-Marinha.aspx

terça-feira, 27 de março de 2018

Fragata "D. Fernando II e Glória"


A Fragata D. Fernando II e Glória, construída em Damão em 1843, foi o último navio à vela da Marinha Portuguesa e o último navio a fazer a “Carreira da Índia”, navegando mais de 100.000 milhas. Os estaleiros de Damão foram os escolhidos pelo facto de a mão-de-obra ali ser mais barata e porque, num enclave que lhe ficava próximo (Nagar Aveli), existia uma extensa floresta de árvores de teca, madeira excepcional para a construção de navios.
O navio aparelha em galera com 4 mastros, de vante para ré: o gurupés, o traquete, o grande e a mezena que, no caso da galera, é designado por “gata” por envergar pano redondo, como nos outros mastros principais.
Em termos de armamento e como fragata o navio foi construído para ser equipado com 50 peças, 28 na bateria e 22 no convés. No entanto nunca andou armado como fragata propriamente dita, sendo o armamento em número inferior e adaptado a cada missão. De referir que durante a sua vida operacional este navio nunca chegou a travar qualquer combate.
A sua viagem inaugural, de Goa a Lisboa, decorreu entre 2 de fevereiro e 4 de julho de 1845.
Foi utilizada no transporte de tropas, colonos e degredados para Angola, Índia e Moçambique. Participou em operações navais de guerra no Ultramar Português. 

Em setembro de 1865 a D. Fernando substituiu a nau Vasco da Gama como Escola de Artilharia Naval, fazendo viagens de instrução até 1878. Nesse ano, fez a sua última missão no mar, realizando uma viagem de instrução de guarda-marinhas aos Açores.
Em 1940 cessou o seu uso pela Marinha Portuguesa, sendo a fragata transformada em Obra Social da Fragata D. Fernando, uma instituição social que se destinava a albergar e a dar instrução e treino de marinharia a rapazes oriundos de famílias pobres.
Em 1963, um violento incêndio destruiu uma grande parte do navio, ficando abandonado no Tejo.
Entre 1992 e 1997 a fragata foi recuperada pela Marinha Portuguesa, recorrendo ao Arsenal do Alfeite e aos estaleiros Rio-Marine de Aveiro.
O navio esteve exposto na Expo 98. Desde então é um navio museu da Marinha Portuguesa, estando actualmente, desde 1 de Março de 2008, em doca seca, em Cacilhas (Almada), onde tem vindo a receber trabalhos de manutenção.

Ler mais:
http://www.marinha.pt/pt-pt/marinha/cultura/Paginas/Dom-Fernando-Gloria.aspx
http://ccm.marinha.pt/pt/dfernando
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dom_Fernando_II_e_Gl%C3%B3ria_(fragata)

domingo, 11 de março de 2018

Ecomuseu do Seixal - barcos típicos do Tejo

O varino "Amoroso"

O estuário do Tejo foi, desde sempre, uma encruzilhada de fragatas, varinos e faluas. Apesar de ser cada vez mais difícil encontrar estas emblemáticas embarcações, na Baía do Seixal ainda navegam algumas delas, que o município preservou.
O bote "Gaivota"
Antigas embarcações de tráfego local entre cais e portos do estuário do Tejo, funções que serviram até ao início da década de setenta do século passado, os botes de fragata Baía do Seixal e Gaivota e o varino Amoroso integram hoje o espólio do Ecomuseu Municipal do Seixal como embarcações de recreio.
O mais antigo dos três é o Baía do Seixal, que data de 1914, sendo-lhe conhecidas as denominações de Emília, Flôr de Coina e Cici. O Gaivota foi construído em 1934, em Alhandra, e registado como Aurora Primeiro. Mais tarde, são-lhe atribuídas as denominações de Abílio Trindade e João Luís. O primeiro registo conhecido do varino Amoroso é de 1921, reportando a actividade de tráfego da embarcação a Abrantes, com a denominação de Eduardo. Teve ainda a designação de Eduardo Primeiro e, em 1945, recebeu o nome que ainda hoje preserva, Amoroso.
O bote "Baía do Seixal"
As embarcações são utilizáveis pelo público, efectuando passeios no Tejo. O Baía do Seixal, o Gaivota e o Amoroso, são usados como embarcações de recreio, desde 1990, 1982 e 1995, respectivamente. 
Cada uma destas embarcação navega com uma tripulação de carácter permanente, constituída por um mestre (arrais) e, dependendo do porte da embarcação, um ou vários ajudantes, devidamente habilitados e credenciados.

Fonte:
http://www.cm-seixal.pt/ecomuseu-municipal/embarcacoes-tradicionais

Forte Jesus de Mombaça