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quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Camafeus da Terceira

  

Os camafeus são uma das joias da rica doçaria tradicional da ilha Terceira. A origem deste doce remete para os camafeus, objetos feitos de pedra cinzelada, formando figuras em relevo. No século XIX, passou a enfeitar blusas e vestidos femininos, além de ser pendurado ao pescoço por uma fita. 

É um doce pequeno, feito a partir de calda de açúcar, nozes raladas e ovos, engrossado ao fogo para ser, posteriormente, moldado no tamanho de uma noz, coberto com glacê e enfeitado com metade deste fruto.

Fontes:
https://tradicional.dgadr.gov.pt/pt/cat/doces-e-produtos-de-pastelaria/696-camafeus
https://cozinhaacoriana.pt/camafeus/

sábado, 14 de novembro de 2020

Forte de São Brás

O Forte de São Brás localiza-se na cidade de Ponta Delgada, nos Açores.
Considerado o mais importante exemplar de arquitetura militar do século XVI e a mais poderosa fortificação da ilha, foi erguido sobre uma ponta no primitivo ancoradouro de ponta Delgada, com a função de sua defesa contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do Oceano Atlântico.
Este forte é uma construção de base poligonal, projeto do italiano Tomaso Benedetti, com quatro baluartes nos ângulos, preparados para receber peças de artilharia e cortinas de muralha baixas, de grande espessura. No seu interior há uma praça de armas e, em seu redor, um conjunto de edifícios de épocas e configurações diversas.
Apresenta planta quadrangular composta por 4 baluartes poligonais irregulares e desiguais entre si, dispostos nos vértices e virados aos pontos cardeais, e cortinas retas, com escarpa exterior em talude, em alvenaria de pedra irregular e cunhais aparelhados, rematada em cordão e parapeito de merlões e canhoneiras, ampliado no século XVIII com 3 baterias - 2 poligonais desiguais, dispostas a nordeste, entre os 2 baluartes, e uma curva disposta a sudeste, entre os flancos dos baluartes -, e no século XIX com quartéis interiores e reforma da porta fortificada. 
Apresenta uma única porta, virada a terra, rasgada no flanco da primeira bateria, sensivelmente a nordeste, com portal de verga reta de moldura almofadada, encimada por cornija contracurva, sobre a qual surge silhar com brasão das armas reais
Ao longo dos séculos, foi sendo alterado com novos acrescentos e transformações. É lá que se situa o Museu Militar dos Açores.

Ler mais:
http://fortalezas.org/?ct=fortaleza&id_fortaleza=605&muda_idioma=PT
https://www.cm-pontadelgada.pt/pages/872?poi_id=2536
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_São_Brás_de_Ponta_Delgada
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=8227

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Capela da Luz Eterna

A Capela da Luz Eterna é uma capela mortuária, que pela sua originalidade e arrojo, é sem dúvida uma referência arquitetónica nos Açores.
Trata-se dum projeto do arquiteto Bernardo Rodrigues, natural de Ponta Garça e premiado internacionalmente, que tem obras em vários países como os Estados Unidos da América, China, Japão, Dubai e Portugal (incluindo Açores).
A capela tem dois níveis, uma pequena sala e casa de banho em baixo e a capela em cima. Uma primeira pirâmide invertida de betão sustenta uma segunda feita de aço. A pedra mármore de cor verde da Guatemala cobre as paredes exteriores, com zinco no telhado. As paredes prateadas do interior refletem a luz filtrada das aberturas.

Fonte: https://www.geocaching.com/geocache/GC80KJK_a-luz-eterna?guid=7ea92121-a882-44c5-abe7-9fa7cf2377b4

Ler mais:
https://por.architecturaldesignschool.com/progress-chapel-eternal-light-18597

domingo, 8 de novembro de 2020

Vigia da Furada

A caça à baleia assume-se como um legado histórico de extrema relevância na identidade açoriana.
Neste âmbito, a qualificação urbana do Miradouro da Vigia da Furada concilia a recuperação de uma vigia antiga que, no período da caça à baleia, funcionou junto ao Farol de Ponta Garça, sendo neste momento uma infraestrutura dedicada à atividade do whale watching e utilizada complementarmente para fins de educação e sensibilização ambiental e cultural, junto da comunidade local e dos turistas. Pretende-se, deste modo, divulgar a notável diversidade da fauna marinha dos Açores.
Ao visitar esta vigia terá a possibilidade de conhecer as técnicas antigas da localização dos cachalotes, utilizadas pelos antigos baleeiros açorianos durante a caça à baleia nas ilhas, cuja atividade terminou em 1986.
Este espaço oferece uma bela vista sobre o mar e o ilhéu de Vila Franca. Dispõe de uma área para merendas com algumas mesas e bancos.

Ler mais:
https://www.geocaching.com/geocache/GC4GEC9_vigia-da-furada?guid=78194686-baf3-417e-a250-82fa818a9ee1

sábado, 31 de outubro de 2020

Caldeirinha de Pêro Botelho

A Caldeirinha Pêro Botelho, ou Algar dos Diabretes, trata-se de um cone vulcânico, em forma de funil, situado no flanco noroeste do maciço da Serra Branca, na ilha da Graciosa.
No cimo, a cratera apresenta-se com forma perfeitamente circular e o declive interior é bastante acentuado e com pouca vegetação, só permitindo a descida a pé pelo flanco oposto àquele onde está instalado o marco geodésico, e apenas até certa altura. Daí para baixo, entra-se na parte cilíndrica do funil, a pique, com cerca de 35m de altura. No fundo, a cratera já não tem a forma circular, e está quase toda coberta de vegetação e inundada por carcaças de animais que lá caíram, ou para lá foram arremessados, a SW abre-se um furna, com alguma dimensão, mas sem continuação.
Esta furna tem 22 metros de boca e 41 metros na sua máxima largura, e no meio dela empilham-se inúmeras pedras provenientes de desabamento do teto.
De entre todas as grutas da ilha Graciosa, é atualmente a única que necessita de equipamento de escalada e de pessoal habilitado para se poder aceder ao seu interior.
Uma caminhada à volta da cratera, e uma paragem no miradouro existente, permitem desfrutar de diversas perspetivas desta depressão e, ainda, contemplar a paisagem envolvente a este cone vulcânico, nomeadamente a Plataforma Noroeste da ilha, de natureza basáltica e que integra cerca de 55 cones de escórias. A Caldeirinha de Pêro Botelho é um geossítio prioritário de Geoparque Açores, de relevância regional e interesse científico, educacional e geoturístico.

Ler mais:
https://www.azoresgeopark.com/geoparque_acores/geossitios.php?id_geositio=17
http://rgraciosa.blogspot.com/2012/02/caldeirinha-de-pero-botelho.html

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Reserva Florestal da Quinta das Rosas

A Reserva Florestal de Recreio da Quinta das Rosas, localizada nas proximidades da Vila da Madalena, é uma zona de lazer da ilha do Pico.
Possui uma área 3 hectares e está situada a uma altitude de cerca de 150 metros. Apesar de um violento temporal, ocorrido em 1986, ter destruído grande parte do património vegetal, a Reserva possui ainda uma grande riqueza de espécies botânicas, algumas de particular raridade, que os Serviços Florestais têm procurado assegurar.
Os visitantes da Quinta poderão observar árvores e arbustos ornamentais como: metrosíderos, palmeiras, plátanos, castanheiro-da-índia, araucárias, banksias, dragoeiros, eucaliptos, camélias, hibiscos. Destaque ainda para uma coleção de fruteiras: abacateiro, amendoeira, ameixieira, anoneira, araçaleiro, castanheiro, cerejeira, goiabeira, marmeleiro, nespereira, pessegueiro, pereira e romãzeira. 

Para além desta grande riqueza botânica, a Reserva oferece zonas de merendas, um miradouro com vista sobre a ilha do Faial, pequenos lagos e a pitoresca ermida de Santa Isabel, onde tradicionalmente se celebram casamentos. O Centro de Divulgação Florestal encontra-se em fase de instalação.

Fonte:
http://drrf-sraa.azores.gov.pt/areas/reservas-recreio/Paginas/RFR_Quinta_Rosas_pt.aspx

sábado, 24 de outubro de 2020

Miradouro da Vista dos Barcos

O miradouro da Vista dos Barcos é um local situado a cerca de 300m acima do nível do mar e que se localiza no concelho de Nordeste, na ilha de São Miguel. 

Este miradouro oferece uma vista da costa oriental da ilha, permitindo ver uma paisagem de grande amplitude tendo sempre o mar como fundo e o Farol da Ponta do Arnel à distância.
Daqui, é possível avistar-se o farol, a encabeçar a descida íngreme até ao porto de pescas de Nordeste. Ao longo deste caminho encontram-se pequenas e humildes casas de veraneio, que continuam a servir uma ou outra família que nos tempos livres se ocupa da pesca.

Ler mais:
https://cmnordeste.pt/turismo/miradouros/vista-dos-barcos/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miradouro_da_Vista_dos_Barcos

domingo, 18 de outubro de 2020

Lagoa das Furnas

A lagoa das Furnas situa-se no concelho da Povoação, na ilha de São Miguel, Açores.
Localiza-se na caldeira formada pelo abatimento da cratera de um vulcão adormecido. A lagoa tem cerca de 2 km de comprimento máximo no sentido norte-sul e 1,4 km de largura de máxima no sentido este-oeste, sendo a sua profundidade máxima cerca de 20 m.
Caracteriza-se por ter um rebordo suave na sua vertente sul e um mais acentuado nas outras vertentes, sendo a oeste a que está mais próxima da lagoa e tendo o ponto mais alto deste rebordo, com cerca 660 m de altitude.
Encontra-se rodeada um abundante vegetação macaronésica, além de igualmente abundantes manifestações vulcânicas como fumarolas, sulfataras e caldeiras de águas ferventes. Nas margens desta lagoa e devido ao calor existente no subsolo, faz-se o tradicional Cozido à Portuguesa, em tachos enterrados na terra, aquecidos pelo calor dessas manifestações vulcânicas.
Nas margens desta lagoa encontra-se uma das mais curiosas capelas da ilha de São Miguel, dedicada a Nossa Senhora das Vitórias, construída no século XIX em estilo neogótico.

Ler mais:
https://www.cm-povoacao.pt/index.php/servicos-municipais/lagoa-das-furnas/acerca-da-lagoa-das-furnas
https://www.destinazores.com/pt-pt/destination/sao-miguel/povoacao/furnas/lagoa-das-furnas/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lagoa_das_Furnas

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Trilho pedestre da Fajã de Lopo Vaz

O trilho da Fajã de Lopo Vaz é um percurso pedestre de rota linear de ida e volta, que tem início junto ao miradouro e zona de merendas com o mesmo nome. Trata-se de um percurso de dificuldade média, com cerca de 3.4km de extensão, um desnível de 259m  e com um tempo estimado de duas horas para ser percorrido.
Provavelmente a fajã foi um dos primeiros locais da ilha a serem habitados, sendo o nome Lopo Vaz proveniente de um dos povoadores iniciais da ilha.
Classificada como Geossítio inserido na Ponta da Rocha Alta e Fajã de Lopo Vaz, as fajãs constituem-se como plataformas de abrasão, ou seja, plataformas detríticas resultantes da acumulação de sedimentos provenientes das arribas adjacentes.
A descida faz-se por um caminho alternado de terra, calçada e degraus em pedra, por entre vegetação endémica como a Urze (Erica azorica), o Pau-branco (Picconia azorica) e pequenas nascentes de água.
Desce-se a partir do Miradouro da Fajã de Lopo Vaz e, após a primeira ladeira, chega-se a um recanto onde corre água entre as criptomérias (Cryptomeria japonica). Mais abaixo, desce-se a arriba ao longo de uma escada em pedra e, mesmo em frente, consegue-se ver a Ponta da Rocha Alta. No lado direito brotam pequenas quedas de água de onde florescem agriões (Nasturtium officinale). 
Ao longe, consegue-se observar a Fajã de Lopo Vaz e iniciar a última descida rumo ao areal, onde se encontra uma praia. Para explorar a Fajã, chegando à primeira casa, em vez de ir para o areal, pode-se seguir em frente pelo antigo trilho, o qual divide a Fajã praticamente ao meio. Passando por pequenas casas que surgem em sítios surpreendentes, o caminho prossegue até se perder nas terras da margem oeste da Fajã. O regresso tem de ser feito pelo mesmo caminho até se chegar de novo à entrada do percurso, junto ao Miradouro da Fajã de Lopo Vaz.
Um aspeto interessante neste local é o seu microclima, reputado como o mais quente das Flores e já com características tropicais. De facto, produzem-se aqui as maiores bananas (Musa sp.) da ilha.

Ler mais:
http://trails.visitazores.com/pt-pt/trilhos-dos-acores/flores/faja-de-lopo-vaz
http://parquesnaturais.azores.gov.pt/pt/flores/o-que-visitar/trilhos/faja-lopo-vaz
http://trails.visitazores.com/sites/default/files/prc_04_flo_-_faja_de_lopo_vaz_nova_versao.pdf

sábado, 10 de outubro de 2020

Teatro Faialense

O Teatro Faialense, na Horta, consagrou uma tradição que vem pelo menos de meados do século XIX, com a edificação, em 1856, de um entretanto desaparecido Teatro da União Faialense. Este seria demolido nos anos 10 do século passado, para edificação, no mesmo local, do Teatro Faialense, o qual foi inaugurado em 1916.
Trata-se de um belo exemplar de arquitetura de teatro, sobretudo na estrutura, que se mantém, com camarotes que marcam efetivamente um estilo.
O edifício foi durante muitos anos gerido pela família Vasconcelos Corrêa e Ávila, que era também proprietária do imóvel, onde se realizavam espetáculos musicais, se apresentavam peças de teatro ou se exibiam filmes. durante décadas, deu corpo ao crescente movimento cultural da ilha do Faial, considerado um dos mais dinâmicos e mais interventivos do arquipélago. A progressiva degradação do edifício do Teatro Faialense, aliada a um declínio da atividade cultural na ilha, na década de 1980, levou ao encerramento do edifício, inviabilizando, por exemplo, a exibição de filmes no Faial durante vários anos.
Procurando reativar os espetáculos culturais e o cinema na ilha, o município adquiriu o imóvel em 1995, iniciando posteriormente um processo de restauro e ampliação que terminou em 2003 e mereceu um prémio arquitetónico.
Atualmente, o Teatro Faialense é gerido pela empresa municipal UrbHorta que tem conseguido dinamizar o espaço, promovendo paralelamente espetáculos diversos, além de palestras, seminários e congressos.
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1989.

Ler mais:
https://www.e-cultura.pt/patrimonio_item/14002
http://mi.visitazores.com/pt-pt/venues/teatro-faialense
https://www.acorianooriental.pt/noticia/comemoracoes-dos-100-anos-do-teatro-faialense-arrancam-esta-semana-na-horta
https://www.allaboutportugal.pt/pt/horta/cultura/teatro-faialense
http://geocrusoe.blogspot.com/2008/01/estruturas-e-instituies-culturais-no.html


segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Miradouro da Ponta da Madrugada



O Miradouro da Ponta da Madrugada localiza-se no concelho do Nordeste, na ilha açoriana de São Miguel.
Situado na Lomba da Pedreira, antes do início da zona urbana da vila e junto à Estrada Regional, é o primeiro miradouro para quem entra pelo lado sul do concelho e o melhor local para ver o nascer do sol, pois está situado na extremidade oriental da ilha.
Durante todo o ano, é frequente pernoitarem no local forasteiros para apreciar o nascer do sol, complementando a estadia com o sossego que oferece este paradisíaco local, com extensas zonas ajardinadas e uma deslumbrante vista para o mar e para a Serra da Tronqueira.
Daqui, avista-se na distância a Fajã do Lombo Gordo e a Ponta da Marquesa.
Toda esta área se encontra povoada por uma rica cobertura florestal onde predomina a Laurissilva típica da Macaronésia.

Ler mais:
https://cmnordeste.pt/turismo/miradouros/ponta-da-madrugada/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miradouro_da_Ponta_da_Madrugada

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Igreja da Santíssima Trindade

A Igreja da Santíssima Trindade localiza-se na vila de Lajes do Pico e remonta a um primitivo templo erguido em data anterior a 1503.
O início da construção da actual igreja remonta a 1895, mas devido a problemas políticos aquando a implantação da República e a dificuldades de financiamento, as obras só terminaram em 1967.
A igreja apresenta planta rectangular composta por três naves, separadas por arcos apontados sobre pilares, e cabeceira tripla. Interiormente, é amplamente iluminada e com tectos de madeira. A fachada principal é harmónica, com torres de três registos, enquadrando pano central terminado em frontão triangular e rasgado por três portais encimados por janelões em arcos apontados sublinhados por cornijas. Fachadas laterais com porta travessa e janelas de igual modinatura. No interior possui coro-alto sobre arcos apontados e arco triunfal e dos absidíolos também apontados.

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=8120
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Santíssima_Trindade_(Lajes_do_Pico)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Igreja de Nossa Senhora da Estrela

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Estrela localiza-se no largo Gaspar Frutuoso, na freguesia da Matriz, concelho da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, nos Açores.
É um dos mais belos templos de São Miguel, e dos mais antigos. A sua primitiva edificação foi concluída no ano de 1517 sendo dedicado a nossa Senhora da Estrela. Em 1563, por ocasião do grande terramoto este templo ficou bastante danificado.
A actual igreja paroquial foi reconstruída em 1728, sobre a outra de fundação quinhentista, seguindo o esquema mais comum das igrejas da ilha, de três naves e cabeceira e frontaria tripartida, possivelmente com risco do vigário João de Sousa Freire e, após a morte deste, continuada por Inácio Manuel de Vasconcelos, que altera o projecto inicial quanto às cantarias, botaréus e "chaparias". Apresenta planta composta de três naves, cada uma com seis tramos, e cabeceira escalonada, interiormente com ampla iluminação axial e bilateral, e coberturas em falsas abóbadas de berço, de estuque. A fachada principal termina em tabela, ladeada de aletas e encimada por frontão em canopo, e tem três panos definidos por pilastras, coroadas por pináculos, rasgados por vãos retilíneos em eixo, composto por portal e janela entre pilastras sustentando frisos e cornijas, as das janelas formando aletas inferiores e tendo pano de peito de cantaria.
No interior, com as naves separadas por arcos de volta perfeita sobre pilares de ângulos curvos, as paredes e coberturas são decoradas com estuques pintados, de estilo revivalista, executados, possivelmente, pelo pintor Sebastião Ribeiro Alves, de Lisboa, entre 1871 e 1878. O batistério abre-se na nave do Evangelho, interiormente abobadado e com retábulo tardo-barroco, de corpo côncavo e três eixos, com painéis pintados. As naves laterais, ritmadas por pilastras, têm três capelas à face e uma profunda com retábulo, todos em talha pintada e dourada. O de Nossa Senhora da Aflição, rococó, foi feito por José Francisco para o convento das freiras, de onde foi transferido, recebendo acrescentos de Pedro de Araújo de Lima. O da Senhora das Dores e o de São João Evangelista são tardo-barrocos e o dos Reis Magos é de estilo nacional, mas reformado, integrando duas tábuas pintadas quinhentistas.
Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público.

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=8234
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_da_Estrela_(Ribeira_Grande)
http://www.ribeiragrande.pt/geo/igreja-da-nossa-senhora-da-estrela/

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Aerogare civil das Lajes


O Aeroporto Internacional das Lajes localiza-se na freguesia das Lajes, concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira.
Constitui-se numa infraestrutura aeroportuária que, para além de servir a Terceira, é ponto de acesso ao exterior da rede interna de transportes aéreos dos Açores. Partilha a pista e as estruturas de controlo e de apoio (com excepção do terminal de passageiros e da placa) com a Base Aérea das Lajes.
É o aeroporto com a pista mais extensa de entre os aeroportos dos Açores, que mede cerca de 4.000 metros de extensão.
A Aerogare Civil das Lajes tem capacidade para 750.000 passageiros/ano e 360 passageiros/hora depois das últimas obras de requalificação.

Ler mais:
http://aerogarelajes.azores.gov.pt/Default.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_das_Lajes

sábado, 10 de novembro de 2018

Algar do Carvão

O Algar do Carvão localiza-se na freguesia do Porto Judeu, no concelho de Angra do Heroísmo, no centro da ilha Terceira, nos Açores. É uma notável cavidade vulcânica cuja importância geológica e espeleológica tem sido justamente assinalada por diversos especialistas nacionais e estrangeiros.
Compreendido na Caldeira Guilherme Moniz, um antigo vulcão adormecido, neste algar os visitantes podem descer até cerca de 100 metros de profundidade, e observar estalactites únicas no mundo pelas suas características de silicatos (e não de carbonatos como acontece nas grutas calcárias), e uma lagoa subterrânea, de águas cristalinas. Está classificado como Monumento Natural Regional.
A grande erupção, conhecida como “do Pico Alto”, que ocorreu a norte do aparelho vulcânico do Guilherme Moniz, já existente, derramou as suas lavas a grande distância. Mais tarde, uma nova erupção, desta vez basáltica, rasgou o solo e iniciou um processo que levaria à formação de um vulcão estromboliano – O Pico do Carvão. Numa primeira fase, ao forçar e tentar romper o derrame traquítico, já existente e que constituía uma barreira natural de consistência pouco “colaborante”, formou a zona da lagoa e as duas abóbadas sobre a mesma. Posteriormente, numa nova tentativa de evasão, as lavas basálticas, romperam mais ao lado a actual chaminé, saindo para o exterior. Na sua fase final o magma desceu para o interior das condutas mais profundas e da câmara magmática, dando origem, essa ausência quase instantânea do magma, à formação do Algar propriamente dito.
Os derrames de lava muito efusiva, produziram rios de lava ácida muito fluidas que carbonizaram vegetação existente. A datação de um dos fósseis então formados, dá para o Algar do Carvão uma idade de 2148 ( + ou - 115 anos).
A beleza deste Algar passa também pelas comunidades vegetais que recobrem o interior da chaminé vulcânica, sendo possível observar diferentes aves que procuram refúgio junto dela. As diversas espécies de plantas, de bolores, artrópodes e de outros grupos constituem também um importante património deste algar.
A primeira descida ao interior deste algar data de 1893. Apenas em 1966 foi aberto o túnel de acesso ao público, pela Associação Os Montanheiros, responsável pela gestão turística desta cavidade.

Ler mais:
http://www.cmah.pt/angrosfera/grutas/algar-carvao/apresentacao.html
http://www.montanheiros.com/algarCarvao/
https://nationalgeographic.sapo.pt/natureza/actualidade/470-algar-do-carvao
https://pt.wikipedia.org/wiki/Algar_do_Carvão

domingo, 4 de novembro de 2018

Praça Gonçalo Velho Cabral

Localizada no centro de Ponta Delgada, a Praça Gonçalo Velho Cabral é um local virado para o mar, na área central de quem percorre a Avenida Infante do Henrique. Nela estão situados alguns dos mais conhecidos monumentos da principal cidade açoriana.
A praça destaca-se pelo monumento das “Portas da Cidade” e pelo memorial ao navegador Gonçalo Velho, descobridor da ilha de São Miguel. O lugar inicialmente de feira e actividades portuárias transformou-se na Praça Gonçalo Velho na sequência do “Anteplano Geral de Urbanização” de Ponta Delgada, realizado em 1946 e da autoria do arquitecto João Aguiar.
A praça encontra-se revestida por um tapete de calçada à portuguesa.

Ler mais:
http://www.cm-pontadelgada.pt/frontoffice/pages/872?poi_id=2535
http://www.iloveazores.net/2017/07/reordenamento-da-praca-goncalo-velho-em.html
https://www.desportoviajar.com/sao-miguel-v-roteiro-por-ponta-delgada/

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Museu da Indústria Baleeira

Localizado em São Roque do Pico, na ilha açoreana do Pico, o Museu da Indústria Baleeira encontra-se instalado nas dependências da antiga fábrica "Armações Reunidas Lda.". 
A Sociedade das Armações Baleeiras Reunidas, Lda., constituída em 1942, articulou dois sistemas produtivos: a pesca da baleia (cachalote) e a produção dos seus derivados, assim como a sua respectiva comercialização. Esta unidade fabril, o maior e o mais importante complexo de transformação e processamento de cachalotes dos Açores laborou entre 1949 e 1984, altura em que a caça à baleia foi extinta através de directiva internacional.
O conjunto principal da antiga fábrica é formado por três corpos rectangulares, alinhados pela fachada, com cisterna acoplada. Esse conjunto é integrado ainda por vários edifícios anexos, tais como uma oficina de carpintaria naval, submetida recentemente a obras de prolongamento de forma a ser possível a instalação de uma serra mecânica vertical, e oficinas de tanoaria e serralharia.
Ligadas ao edifício principal, mas num corpo posterior, dotado de duas chaminés encontram-se as oficinas de ferreiro e fundidor. No alinhamento destes edifícios, junto à Estrada Regional, ergue-se o edifício onde se encontravam instaladas a administração e o laboratório da fábrica.
A fachada principal deste edifício tem quatro portões feitos em madeira, pintada de amarelo, e vários janelões. A alvenaria apresenta-se rebocada e pintada de cor branca. A cobertura é de duas águas em telha de meia-cana. Na frente da fábrica situam-se as máquinas do guincho e uma plataforma com rampa para o mar, por onde eram içados os cachalotes. Junto do edifício da fábrica situa-se uma grande chaminé em alvenaria de pedra. Está situada na Praceta dos Baleeiros, na zona do Cais.
Este museu é considerado como um dos melhores museus industriais do género, exibindo caldeiras, fornalhas, maquinaria e outros apetrechos usados no aproveitamento e transformação dos cetáceos em óleo e farinha.
Frente a esta fábrica da baleia localiza-se um monumento em homenagem ao baleeiro.
O Museu da Indústria Baleeira, juntamente com o Museu dos Baleeiros na vila das Lajes do Pico e com o Museu do Vinho na vila da Madalena, integra o Museu do Pico. Estas extensões ou núcleos testemunham, por um lado, a baleação, numa perspetiva de representação de todo o complexo baleeiro insular, incluindo a caça à baleia e a indústria baleeira e, por outro, a vitivinicultura,

Ler mais:
https://www.cm-saoroquedopico.pt/ponto-de-interesse/read/67/museu-da-indstria-baleeira
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/museus-e-monumentos/rede-portuguesa/m/museu-do-pico/
http://roteiroarquitectura.pt/obras/single/305?lang=pt
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_da_Indústria_Baleeira
https://lifecooler.com/artigo/atividades/museu-da-industria-baleeira/385065/

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Centro histórico de Angra do Heroísmo

O local escolhido pelos primeiros povoadores foi uma crista de colinas, que se abria, em anfiteatro, sobre duas baías, separadas pelo vulcão extinto do Monte Brasil. Uma delas, a denominada "angra", tinha profundidade para a ancoragem de embarcações de maior tonelagem, as naus. Tinha como vantagem a protecção de todos os ventos, excepto os de Sudeste.
As primeiras habitações foram erguidas na encosta sobre essa angra, em ruas íngremes de traçado tortuoso, dominadas por um outeiro. Neste pelo lado de terra, distante do mar, foi iniciado um castelo com a função de defesa, à semelhança do urbanismo medieval europeu: o chamado Castelo dos Moinhos.
Em poucos anos, desde 1478, a povoação fora elevada à categoria de vila e, em 1534, ainda no contexto dos Descobrimentos, foi a primeira do arquipélago a ser elevada à condição de cidade. No mesmo ano, foi escolhida pelo Papa Paulo III, pela bula Æquum reputamus, para sede da Diocese de Angra, com jurisdição sobre todas as ilhas do arquipélago dos Açores.
Vila desde 1474, Angra foi, historicamente, a primeira cidade europeia do Atlântico (1584), implantada em consequência da abertura de novos horizontes geográficos e culturais proporcionada pelo ciclo dos Descobrimentos portugueses. Desenvolveu-se a partir de seu porto, que se revestiu de grande importância estratégica entre os séculos XV e XIX, ilustrando a passagem dos modos de viver e de construir da Idade Média para a modernidade proporcionada pelos Descobrimentos e pela Renascença.
O núcleo inicial da urbe, começado a formar-se à volta do castelo, seguiu um modelo medieval de implantação urbana. Na sequência desta primeira fase, foram feitas obras importantes de infraestrutura urbana, desenvolveu-se depois paralelo à costa com um plano de intencional geometrismo, cuja autoria continua ainda desconhecida. A estrutura viária definiu-se em direta relação com as actividades portuárias da vila, sendo o porto o direcionador da maioria das ruas que se desenvolvem, sensivelmente, no sentido Norte-Sul. No sentido Leste-Oeste, um grande eixo, a Rua da Sé, faz a ligação dos eixos vindos da Ribeira com o coração da cidade.
A planta da cidade define-se, assim, por uma estrutura axial, com eixos paralelos dispostos perpendicularmente ao mar e cortados todos por uma grande rua (a da Sé), desenvolvida no sentido da linha da costa. Tal desenho, alegam alguns autores, terá sido sabiamente feito pelos construtores-navegadores quatrocentistas, considerando a defesa da cidade dos ventos dominantes, que a percorrem no sentido Oeste-Leste. Destaca-se no tecido urbano, a função dos eixos perpendiculares principais (ruas Direita e da Sé), virtualmente ligando os principais edifícios da cidade: a Sé, o Colégio da Companhia de Jesus, os Conventos de São Francisco da Esperança e de São Gonçalo, o Forte de São João Baptista e várias casas e solares renascentistas.
A cidade foi abalada por um forte sismo em 1 de Janeiro de 1980, sendo então iniciados estudos para a sua restauração e protecção.
A classificação pela UNESCO da zona central de Angra do Heroísmo como Património da Humanidade já em 7 de Dezembro de 1983 - a primeira cidade no país a ser inscrita na lista -, reflecte a sua importância histórica e cultural.

Ler mais:
http://www.cmah.pt/visitantes/cidade/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-mundial/portugal/centro-historico-de-angra-do-heroismo-nos-acores/
http://www.e-cultura.sapo.pt/patrimonio_item/10295
https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Histórico_de_Angra_do_Heroísmo

Forte Jesus de Mombaça