Mostrar mensagens com a etiqueta Concelho de Arouca. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Concelho de Arouca. Mostrar todas as mensagens

domingo, 30 de setembro de 2018

Pedras parideiras da Serra da Freita



A cerca de 70 km da cidade do Porto, em pleno coração do planalto da serra da Freita, é possível observar um fenómeno que, até hoje, é considerado único no mundo e ponto de paragem obrigatório para quem visita esta região. Na aldeia de Castanheira, em Arouca, existe um afloramento granítico com cerca de um quilómetro de extensão, onde discos de pedra, designados de nódulos biotíticos, se soltam de rochas de granito, como se delas nascessem: são as pedras parideiras.
A “pedra-mãe”, que data de há mais de 280 milhões de anos, é um afloramento granítico onde estão incrustados pequenos nódulos em forma de discos biconvexos e que têm entre 2 e 12 centímetros. Oscilações térmicas ou os efeitos da erosão fazem com que esses nódulos sejam libertados da rocha-mãe e se espalhem à sua volta, deixando marcado nela o seu vazio, em baixo-relevo. Estas pequenas “pedras-paridas” são compostas pelos mesmos elementos mineralógicos do granito, a camada externa é composta por biotite (mineral de aspecto escuro e brilho metálico) e a interna possui um núcleo de quartzo e feldspato potássico.
O fenómeno não está completamente explicado cientificamente e por isso levanta grande curiosidade e até crenças locais. Nesta região portuguesa, as Pedras Parideiras simbolizam a fertilidade na tradição ancestral. As populações locais creem que o colocar de uma das pequenas pedras-filhas debaixo da almofada de dormir, pode aumentar a fertilidade.
Na aldeia da Castanheira, a Casa das Pedras Parideiras – Centro de Interpretação faz a contextualização geológica e pedagógica do fenómeno, e organiza visitas ao local. Aberto ao público desde novembro de 2012, tem como objectivo contribuir para a conservação, compreensão e valorização deste geossítio de relevância internacional, apoiando as visitas turísticas e educativas a este espaço.

Ler mais:
http://aroucageopark.pt/pt/explorar/o-que-visitar/museus-e-unidades-interpretativas/casa-das-pedras-parideiras-centro-de-interpretacao/
http://www.primeirapedra.com/2016/11/pedras-parideiras/
https://viagensasolta.com/pedras-parideiras-um-fenomeno-unico-no-mundo-aqui-tao-perto-em-arouca/

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Aldeia abandonada de Drave

Drave é uma aldeia desabitada numa cova entre as Serra da Freita, Serra de São Macário e Serra da Arada, integrada no Geoparque de Arouca e situada na freguesia de Covelo de Paivó.
É uma aldeia típica em que as casas são feitas de pedra, denominada pedra lousinha, sendo a sua cobertura de xisto. Os arruamentos são irregulares.
A aldeia é muito isolada e sem traços de modernidade: não é acessível de carro, e a aldeia mais próxima, Regoufe, fica a 4 quilómetros. Não tem electricidade, água canalizada, saneamento, gás, correio, telefone e a rede de telemóvel é escassa.
Para os que por ela se deixaram encantar, Drave é a «Aldeia Mágica», protegida pelas montanhas. Um mistério sublime, por desvendar. Sem eletricidade, água canalizada, gás, correio, telefone e telemóvel apenas a espaços, a «Aldeia Mágica» tem, por outro lado, o encanto das casas de xisto a contrastar com o caiado da capela, o murmúrio das águas da ribeira que por ali passa, o canto dos pássaros, o voo livre dos insetos. Para aqui chegar, há que percorrer um trilho de cerca de 4 quilómetros, desde Regoufe (PR14: Aldeia Mágica). Desabitada desde 2009, tem beneficiado, desde 1992, da intervenção do Centro Escutista, na reabilitação de alguns edifícios. Drave é, assim, a Base Nacional da IV Secção do Corpo Nacional de Escutas, reconhecida, desde 2012, com o selo SCENES de excelência (Scout Centres of Excellence for Nature and Environment – Centros Escutistas de Excelência para a Natureza e o Ambiente), o único reconhecimento deste tipo na Península Ibérica, num total de apenas 13 centros escutistas mundiais.
Drave foi habitada até ao início deste século, mas só em 1993 é que o telefone chegou ali, como pudemos ler numa placa afixada na igreja. Hoje não tem qualquer habitante permanente. No entanto, o seu carácter, a sua localização, e a sua mística fazem com que esta aldeia não tivesse ficado esquecida e são cada vez mais aqueles que a visitam e se deixam encantar por ela.

Ler mais:
http://aroucageopark.pt/pt/explorar/o-que-visitar/aldeias-tradicionais/drave/
https://www.viajarentreviagens.pt/portugal/drave-aldeia-encantada-da-serra-da-freita/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Drave
https://www.vortexmag.net/5-aldeias-abandonadas-que-merecem-sua-visita/

domingo, 24 de junho de 2018

Frecha da Mizarela


A Frecha da Mizarela é uma magnífica queda de água, formada pelo rio Caima, que se despenha de uma altura superior a 60 metros. Sítio de relevante interesse geológico, a sua origem deve-se ao contacto entre rochas graníticas e xistentas e, ainda, à movimentação associada ao sistema de falhas da serra da Freita. Como o granito é mais resistente à erosão fluvial do rio Caima, do que os xistos, formou-se este enorme desnível que originou a grandiosa queda de água.
Mas não é só esta erosão diferencial que explica a origem da Frecha da Mizarela. Acredita-se que o sistema de falhas que condiciona toda a serra da Freita terá, igualmente, desempenhado um papel importante para a ocorrência deste fenómeno. Neste sentido, a movimentação dos blocos associada à Orogenia Alpina terá contribuído significativamente para o encaixe do rio e para a formação deste grande desnível.
As encostas íngremes que circundam esta queda de água apresentam um verde luxuriante, com relíquias da vegetação primitiva da serra da Freita. Da Laurissilva persiste, na base da Frecha, o rododendro (Rhododendron ponticum subsp. baeticum) e nas escarpas observam-se as árvores representativas da Fagossilva, com ênfase para o carvalho-alvarinho (Quercus robur) e o carvalho-negral (Quercus pyrenaica), entre outras espécies raras e protegidas.

Ler mais:
http://aroucageopark.pt/pt/conhecer/geodiversidade/geossitios/frecha-da-mizarela/
http://montanhasmagicas.pt/pt/onde-ir/destaques-paisagisticos/lugares-de-natureza-magica/miradouro-da-frecha-da-mizarela/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cascata_da_Frecha_da_Mizarela

domingo, 25 de março de 2018

Percurso pedestre "Nas Escarpas da Mizarela"


Este percurso inicia-se no parque de lazer fronteiro ao parque de campismo do Merujal, através de um caminho que se dirige à Mizarela.
Chegando à Mizarela, passa-se pelo miradouro e prossegue-se descendo pela estrada de acesso à aldeia da Ribeira. 300 metros abaixo do miradouro, vira-se à esquerda, por um carreiro, entre um carvalhal, com vista soberba sobre a cascata da Frecha da Mizarela.
Seguindo este carreiro, toca-se mais a baixo, numa curva, a referida estrada de acesso à aldeia da Ribeira que, logo de seguida, se deixa para continuar por outro carreiro, que desce abruptamente por entre escarpas com a bela cascata da ribeira da Castanheira, do lado de lá, em escadaria.
Chegando ao ponto de confluência desta com o rio Caima, o caminho torna-se suave e, pela margem esquerda do rio rapidamente se chega à aldeia da Ribeira.
Esta aldeia, é constituída por um pequeno aglomerado de casas onde, ainda, resistem dois moradores que vão amanhando os pequenos campos, suportados por socalcos que dão à paisagem um cunho humanizado de singular beleza.
Passada a aldeia, atravessa-se o rio num pequeno pontão – aconselha-se a passar somente duas pessoas de cada vez – rumando-se à esquerda por um trilho que, subindo ao longo da margem direita do rio, chega à ribeira da Castanheira, acompanhando-a. Transposta esta, atinge-se a crista da escarpa leste e rapidamente se chega à ribeira dos Cabaços e à escola de escalada.
Após a passagem de um colo toca-se o PR15, já junto à estrada de asfalto, que se toma à esquerda, chegando-se à aldeia da Mizarela. Aqui retoma-se o caminho do parque de merendas e do parque de campismo, onde se iniciou.

Fonte: Câmara Municipal de Arouca
http://www.cm-arouca.pt/portal/index.php?Itemid=275&id=256&option=com_content&task=view

Forte Jesus de Mombaça