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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Igreja de São Gião


A Igreja de São Gião localiza-se na freguesia de Famalicão, a 5 km a sul da Nazaré, no distrito de Leiria, em Portugal. Foi descoberta na Quinta de São Gião, junto às dunas, a 500 metros do mar, por Eduíno Borges Garcia, em 1961.
Desde a sua descoberta que a pequena igreja da orla costeira da Nazaré tem sido catalogada como visigótica; porém, os trabalhos mais recentes de escavação e, principalmente, de Arqueologia da Arquitectura trouxeram novos dados para a caracterização do monumento, que invariavelmente contrariam a atribuição tradicional. 
Estes estudos recentes têm colocar o monumento numa cronologia mais tardia. De facto, as próprias características arquitectónicas do conjunto afastam-no do universo visigótico e aproximam-no extraordinariamente do restrito número de templos asturianos, provavelmente do século X, conforme se comprova pela existência de tribuna ocidental e câmara supra-absidal. A juntar a estas evidências, há que aprofundar o estudo estilístico dos capitéis da eikonosthasis, cujo vegetalismo e organização em andares aponta também, ainda que com tratamento menos saliente do campo escultórico, para os característicos capitéis vegetalistas asturianos.
Não obstante a falta de consenso quanto à sua origem, a Igreja de Sao Gião constitui, sem dúvida, um dos mais antigos edifícios de rito cristão antigo existentes em território nacional. A igreja esteve aberta ao culto de São Gião até à segunda metade do século XVII, época em que começou a cair em ruína e em 1702 já servia de curral de gado, após o que foi abandonada. A frontaria conserva uma pequena porta com lintel e arco de descarga. O interior é de uma só nave, ao fundo outra nave transversal, separada da primeira pela “iconostase” ou anteparo (isolando o altar e o coro, pois só a nave era destinada aos fiéis; sendo este o único no país), erguido até ao tecto e rasgado por uma porta central e duas aberturas laterais em janela, todas rematadas por arcos peraltados. De ambos os lados, existem portas em arco assentes em capitéis e colunas.
A decoração de características singulares está esculpida nas impostas, nos capitéis e nos ábacos através de folhas de acanto; “esses” encadeados; nervuras oblíquas em dentes de serra; quadrifólios e pentafólios; losangos arqueados inscritos em círculos; arquinhos ultrapassados; espinhas de peixe; palmas e palmetas, estas últimas de inspiração bizantina.
O templo foi recentemente objecto de recuperação e valorização. Está classificado como Monumento Nacional desde 1986.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70376/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3275
http://www.cm-nazare.pt/pt/igreja-de-s-giao
https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-leiria/c-nazare/famalicao/igreja-sao-giao
https://regiaodanazare.com/leia-o-artigo-igreja-de-s-giao-vai-ser-restaurada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_São_Gião

domingo, 27 de maio de 2018

Casa da Câmara da Pederneira


Na Pederneira, no Largo Bastião Fernandes, junto à Igreja Matriz, encontram-se os antigos Paços do Concelho. É um bom exemplo de edifício de arquitectura civil, de grande fachada rectilínea, decorada com elementos seiscentistas. 
Por cima da porta principal podemos observar um frontão com as armas nacionais.
As origens do actual edifício são um tanto obscuras, pois trata-se de um imóvel presumivelmente reconstruído, que terá substituído um outro anterior. Prova disso é a reconstrução no final do século XVIII da torre sineira, destruída pelo terramoto de 1755.
Funcionou como edifício dos Paços de Concelho da Pederneira até 1855. Desde então, devido à extinção do concelho, teve diversas utilizações: foi cadeia, tribunal e escola primária. Em 2005, o edifício recebeu obras de requalificação, tendo a intervenção sido concebida de modo a criar um espaço polivalente com capacidade para acolher actividades culturais e recreativas.
Actualmente o interior está totalmente descaracterizado, e em 2006 o quintal foi ocupado com a construção de um espaço polivalente, cultural e recreativo.


Ler mais:
http://www.cm-nazare.pt/pt/antiga-casa-da-camara
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71596/
https://pt.gonazare.com/listings/antiga-casa-da-camara-da-pederneira-nazare/

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Praia do Norte


A Praia do Norte é uma praia do concelho da Nazaré, na região Oeste, em Portugal, a qual ficou internacionalmente conhecida devido à formação das suas ondas gigantes. É muito ventosa, sendo propícia à prática de surf, kitesurf, windsurf e bodyboard.
Na sua extremidade, o Forte de São Miguel Arcanjo (séc. XVII) alberga o Farol da Nazaré e oferece uma paisagem fabulosa. 
Conhecida pelas suas ondas grandes, perfeitas e surfáveis, a Praia do Norte encontra-se sob a influência do fenómeno geológico conhecido por “Canhão da Nazaré”. Trata-se de uma profunda fenda no talude continental, com cerca 170 km de comprimento e 5 km de profundidade. O "Canhão da Nazaré" canaliza a ondulação do oceano Atlântico para a Praia do Norte, praticamente sem obstáculos, proporcionando a criação de ondas com um tamanho fora do normal em comparação com a restante costa portuguesa.
Hoje em dia é impossível falar da Nazaré sem referir o recorde mundial registado no livro do Guinness World Records da maior onda já surfada, de 30 metros, estabelecido por Garrett McNamara, na Praia do Norte, em novembro de 2011.

Ler mais:
http://www.cm-nazare.pt/pt/praia-do-norte
https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-praia-do-norte-nazare-14334
https://pt.wikipedia.org/wiki/Praia_do_Norte_(Nazaré)
http://www.portugalnummapa.com/praia-do-norte/

quinta-feira, 29 de março de 2018

As sete saias da mulher nazarena


O povo diz que representam as sete virtudes; os sete dias da semana; as sete cores do arco-íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete.
De facto, a origem não é de simples explicação e a opinião dos estudiosos e conhecedores da matéria sobre o uso de sete saias não é coincidente nem conclusiva. No entanto, num ponto, todos parecem estar de acordo: as várias saias (sete ou não) da mulher da Nazaré estão sempre relacionadas com a vida do mar.
Quando os barcos esperam raso no mar, para encalhar, o raso geralmente acontece de sete em sete ondas, as quais as nazarenas contavam pelas próprias saias, dobrando-as levemente, uma a uma, até à última saia e última onda – desse modo, não se enganavam na contagem. Ao fim da última saia, esperava-se um bom raso para o ‘seu’ barco encalhar!
Num ponto, contudo, toda a gente está de acordo – o número de saias tem a ver com o mar e não com outra razão qualquer. Muitas nazarenas chegavam a usar mesmo mais do que sete saias. Mas foi o número sete que permaneceu ligado à tradição e à lenda nazarena. A continuação deste uso, nos dias de hoje, já tem a ver com razões estéticas femininas e com a vontade de manter viva a tradição.

Ler mais:
http://portugaldeantigamente.blogs.sapo.pt/o-significado-das-sete-saias-na-nazare-3508
http://www.josematias.pt/eletr/o-significado-das-sete-saias/

Forte Jesus de Mombaça