quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Estação ferroviária de Vale do Peso


A Estação Ferroviária de Vale do Peso, originalmente denominada de Pezo, é uma interface ferroviária desactivada do Ramal de Cáceres, que servia a localidade de Vale do Peso, no concelho do Crato.
O Ramal de Cáceres foi totalmente construído pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, tendo as obras sido iniciadas em 15 de Julho de 1878; esta ligação entrou ao serviço no dia 15 de Outubro do ano seguinte, mas a abertura oficial só se realizou em 6 de Junho de 1880.
A estação está adornada com painéis de azulejos, representando cenas e costumes tradicionais da região nos princípios do Século XX. Os oito painéis instalados na estação de Vale do Peso são, tal como os das estações de Castelo de Vide e da Beirã (Marvão) da autoria de Jorge Colaço, um dos maiores azulejistas portugueses e terão sido produzidos nos anos 30 do século passado.
No XIII Concurso das Estações Floridas, organizado em 1954 pela Repartição de Turismo do Secretariado Nacional de Informação e pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, esta estação recebeu um diploma de menção honrosa simples.



Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estação_Ferroviária_de_Vale_do_Peso#/media/File:Estação_de_Vale_do_Peso.jpg
http://omelhoralentejodomundo.blogspot.com/2015/11/azulejos-da-estacao-ferroviaria-de-vale.html

Muralhas e Castelo de Óbidos

A imagem urbana define-se pelo recorte sinuoso do perímetro muralhado relacionado pela adaptação ao relevo, destacando-se a silhueta da cidadela e paço dos alcaides. 
O castelo e as muralhas de Óbidos evocam a importância da localidade na Baixa Idade Média. Apesar de, em grande parte, serem obra inventiva do século XX, asseguram a todos os que se dirigem à vila a identidade daquele passado emblemático. Desconhecemos a configuração do perímetro amuralhado inicial, contemporâneo da acção dos nossos primeiros monarcas. A torre do Facho, no limite Sul das muralhas e ocupando um pequeno monte, tem vindo a ser atribuída à reforma de D. Sancho I, mas a verdade é que os vestígios materiais inviabilizam uma análise mais pormenorizada. A ser assim, a ligação deste espaço ao monte do castelo ter-se-á dado logo no século XII.
Mais consensual é a expansão urbana verificada na viragem para o século XIV. Com D. Dinis, Óbidos cresceu para fora das muralhas, ocupando o espaço em torno da igreja de São Pedro. Paralelamente, deu-se a reforma do sistema defensivo, e consequente actualização do dispositivo militar, campanha que deverá ter conferido a actual configuração ao perímetro amuralhado. Anos mais tarde, D. Fernando terá patrocinado novas obras, tendo a torre de menagem ainda o seu nome.
O castelo ergue-se sobre um pequeno penhasco, na cota de 79 metros acima do nível do mar, com planta no formato rectangular irregular (orgânica), misturando elementos dos estilos românico, gótico, manuelino e barroco. Dividido em duas zonas essenciais (o castelejo, onde séculos mais tarde se instalou a Pousada, e o bairro intra-muros), a cerca define um perímetro bastante irregular, de feição rectangular e não oval, como seria mais frequente na castelologia gótica nacional. O acesso à cidadela é feito por quatro portas e dois postigos.
A reinvenção do castelo deu-se na década de 30 do século XX. Por acção da DGEMN, que visava reverter o conjunto à sua imagem medieval, todos os parapeitos foram dotados de ameias, assim como se reedificaram torres e troços que, entretanto, haviam sido destruídos.
O castelo e todo o conjunto urbano da vila de Óbidos encontram-se classificados como monumento nacional desde 1951.

Fonte:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70427/

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3324
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Óbidos
http://www.historiadeportugal.info/castelo-de-obidos/
http://www.obidos.pt/CustomPages/ShowPage.aspx?pageid=43e9626a-4494-4dae-a3ff-1cb1c20b35d1
https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-leiria/c-obidos/obidos/castelo


Ponte da Carvalha

A Ponte da Carvalha fica situada ao fundo da Alameda da Carvalha, sobre a Ribeira da Sertã. As várias designações pelas quais é conhecida testemunham boa parte da sua história. Assim, a antiguidade do monumento justificou a denominação de Ponte Velha; a sua localização, em campina frequentemente alagada, a de Ponte da Várzea; e a sua feição maciça, sobre arcos redondos, a de Ponte Romana. Na verdade, a Ponte da Carvalha foi construída durante o domínio filipino, no início do século XVII, ainda que possa ter substituído uma ponte anterior, eventualmente romana. 
A ponte sempre assumiu uma importância fundamental e estratégica, sendo uma das portas de entrada na vila. Aliás, durante as invasões francesas, foi um dos locais utilizados pelos sertaginenses para se defenderem da entrada das tropas inimigas.
A ponte, com cerca de 64 metros de comprimento, assenta sobre seis arcos redondos de alvenaria de pedra, sendo o terceiro (a contar da povoação) o mais elevado, e possuindo os dois exteriores um vão ligeiramente maior. O tabuleiro desenvolve-se em cavalete pouco pronunciado, quase horizontal. O sistema de reforço é composto por cinco talhamares triangulares a jusante, sendo três (nas extremas) mais baixos e largos, e dois (centrais) mais altos e delgados.
Esta ponte está classificada como Monumento de Interesse Público, por portaria publicada em 13 de maio de 2013.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/155890
http://turismo.cm-serta.pt/turismopt/património-cultural/monumentos/sertã/ponte-filipina-sertã
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_da_Carvalha


terça-feira, 30 de outubro de 2018

Monte de São Gens de Cidai


No extremo Oeste da freguesia de Santiago de Bougado eleva-se, a uma altitude de 189 metros, o Monte de São Gens de Cidai na orla do Vale de Bougado, donde se avista uma parte considerável do Baixo Ave, em especial fragmentos dos concelhos da Trofa, Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso, assim como o mar e as áreas interiores dos municípios de Vila do Conde e Póvoa de Varzim. No local encontra-se um escadório com via-sacra e a Capela de São Gens, outrora ermida abandonada, que foi reedificada no séc. XX. 
Refira-se ainda a particularidade de se encontrar no local um afloramento de rochas ftaníticas, motivo de interesse, estudo e visita para os interessados da geologia. Estas rochas são sedimentares, siliciosas, resultantes de precipitação química, tendo incorporada alguma matéria orgânica e possuem fósseis de pequenas dimensões. Estes ftanitos tiveram origem numa zona mais profunda de uma bacia marinha, onde a circulação de água seria praticamente inexistente tal como a presença de oxigénio, ou seja, formaram-se num ambiente de águas estagnadas. 
No Monte de São Gens a rocha está muito deformada, encontrando-se dobrada e em camadas muito finas, apresentando uma coloração cinza clara. A visualização destas rochas é rara em Portugal e no Mundo não são muitos os locais onde são visíveis.


Ler mais:
http://www.mun-trofa.pt/
http://www.portoenorte.pt/pt/o-que-fazer/miradouro-de-s-gens/
https://www.onoticiasdatrofa.pt/rochas-com-400-milhoes-de-anos-resistem-em-s-gens/
https://www.geocaching.com/geocache/GC3BCT3_rochas-ftaniticas-no-monte-s-gens

Caixa Futebol Campus

O Caixa Futebol Campus é o centro de treino e estágio do Sport Lisboa e Benfica É usado principalmente para treinos da equipa principal e pelos escalões de formação. O nome é patrocinado pelo banco Caixa Geral de Depósitos. Com um projecto assinado pelos arquitectos Pedro George e Isabel Pessoa, o complexo foi inaugurado em 2006.
Com uma localização privilegiada no Seixal, o Caixa Futebol Campus tem estado ligado ao crescimento do futebol do Clube nos últimos anos. Além de acolher a equipa principal do SL Benfica, nas suas múltiplas sessões de trabalho ao longo de uma temporada desportiva, é a casa de todo o futebol encarnado, vivendo ali muitos dos elementos integrantes das equipas de Formação.
O complexo possui 9 Campos de futebol; 16 Balneários; 2 Auditórios; 2 Ginásios; 1 Sala de conferências; 1 Sala de refeições; 1 Sala de Convívio (com internet e jogos); Gabinetes técnicos e médicos; um centro de alojamento com 62 Quartos. Depois de 2008, quando a Benfica TV foi criada, o complexo ganhou também um estúdio de TV. 
A área total é de cerca de 15 hectares.

Ler mais:
https://www.slbenfica.pt/pt-pt/instalacoes/caixa-futebol-campus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa_Futebol_Campus

Serra das Mesas

A Serra das Mesas localiza-se na área sudeste do Concelho do Sabugal, concretamente na freguesia de Fóios. A Serra das Mesas, constituindo um batólito, isto é, de natureza granítica, é parte integrante do sector terminal, ocidental, da Cordilheira Central espanhola, que penetra no território português através de um conjunto de elevações usualmente designado por Serra da Malcata, mas que as designações locais de toponímia diferenciam como é exemplo a Serra das Mesas.
A Serra das Mesas destaca-se do conjunto de elevações onde está inserida, unidade geomorfológica da Serra da Malcata, por duas razões, em primeiro lugar, pela altitude, possuindo o ponto onde ocorre a maior altitude da unidade, atingindo os 1256m, e em segundo lugar, pelo facto de ser a única serra deste conjunto onde domina a litologia granítica.
Em relação à litologia a Serra das Mesas apresenta um granito porfiróide de duas micas e grão médio a fino. A Serra das Mesas é uma área intrigante e rica ao nível do modelado granítico, sendo possível observar na paisagem o granito esculpido com arte e mestria pela natureza e pela passagem do tempo. A área apresenta uma morfologia desconcertante tanto pela riqueza, como p ela quantidade e originalidade de modelado que conserva e que resultou numa diversidade exuberante de formas.
Este tipo de modelado resulta da meteorização esferoidal do granito, também 
designada por meteorização em “casca de cebola”, que consiste no processo de formação de “conchas” concêntricas que envolvem completamente o núcleo de um bloco.O processo de meteorização em “casca de cebola” está ligado ao desencadear da descompressão nos blocos de granito a partir de um ponto central provocando assim um desequilíbrio na estabilidade do bloco que evolui para o destacamento de placas por inteiro que envolvem o núcleo da rocha, podendo mesmo afectar conjuntos de blocos que apesar de sobrepostos não impedem a continuidade do processo de disjunção esferoidal de placas em redor de um bloco central, ou seja, ocorre um lajeamento concêntrico em consequência do alívio da pressão pois os materiais suprajacentes vão sendo alterados e removidos.
A morfologia designada por mesas tem claramente a sua génese no sistema de fracturas ortogonais, sendo a partir desta associação relativamente complexa de diáclases que se interseccionam formando ângulos rectos entre si, que se justifica a forma cúbica que apresentam as mesas, ou seja, blocos perfeitamente cúbicos, quase sempre ultrapassando a dimensão métrica.

Fonte: Vítor Clamote, sítio da Junta de Freguesia de Fóios
http://www.foios.sabugal.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=268&Itemid=1

Ler mais:
http://historiasdaraia.blogspot.com/2012/10/fronteiras-serra-das-mesas-nascente-do.html

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Praia fluvial da Senhora da Piedade

Inserida numa belíssima paisagem natural, a praia fluvial de Nossa Senhora da Piedade deve o seu nome à pequena Ermida situada nas proximidades e que se destaca na vertente da Serra da Lousã, mesmo em frente ao Castelo de Arouce (também designado por Castelo da Lousã), envolto em lendas e mistérios.
Situada na Ribeira de São João, esta praia possui duas piscinas naturais – uma para crianças e outra para adultos com prancha de mergulhos –, e excelentes infraestruturas de apoio onde não falta um Parque de merendas. Todo o espaço da praia está revestido com lajes de xisto e é totalmente acessível a pessoas com mobilidade reduzida.
Este espaço balnear tem um bar com esplanada com uma vista fantástica sobre a serra e as Ermidas de Nossa Senhora da Piedade.
Estão ainda disponíveis balneários com chuveiro e casas de banho. Durante a época balnear, a praia é vigiada por um nadador-salvador com posto de primeiros socorros. A Praia Fluvial da Senhora da Piedade tem Bandeira Azul e é classificada como Praia Acessível, isto é, tem todas as condições para que pessoas com mobilidade reduzida possam usufruir do espaço, possuindo várias rampas de acesso.

Ler mais:
http://www.praiafluvial.pt/praia-fluvial-senhora-da-piedade/
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/praia-fluvial-da-senhora-da-piedade
http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-senhora-da-piedade-lousa/
https://aldeiasdoxisto.pt/poi/82

Fonte Luminosa da Alameda

Situada em Lisboa, mais precisamente na Alameda Dom Afonso Henriques, a Fonte Luminosa da Alameda foi construída na década de 40 (séc. XX), por iniciativa do ministro das Obras Públicas, à época Duarte Pacheco, com o objectivo de assinalar o abastecimento de água, de modo regular, a toda a zona oriental da cidade.
Foi projectada em 1938 pelos arquitectos e irmãos Carlos e Guilherme Rebello de Andrade, sendo os seus baixos-relevos da autoria de Jorge Barradas e as suas esculturas da autoria de Diogo de Macedo e de Maximiano Alves, e foi inaugurada em 30 de Maio de 1948. Recebeu este nome devido aos seus belíssimos jogos de luz e de água. Em 2007, a Fonte Luminosa parou de funcionar, não só devido ao seu elevado estado de degradação, mas também devido ao vandalismo.
Em 2012, a Câmara Municipal de Lisboa deu por concluídas as obras de reabilitação do conjunto arquitectónico e monumental, cujo principal objectivo passou por retomar os jogos de água, recuperar o interior e o exterior da Fonte e permitir que esta fosse visitada pelo público.
A Fonte Luminosa da Alameda é alimentada pela água depositada no grande lago, através de um sistema automático composto por quatro bombas de água que se encontram situadas nos torreões laterais e por baixo do lago. A água é sugada e direccionada para as duas galerias superiores, caindo a partir das 13 janelas que se encontram no alto do corpo central. A água cai daí para as grandes taças de queda dupla e depois segue primeiro para o lago superior contracurvado e finalmente para o lago inferior que assume a forma de uma elipse.
Por baixo do lago existe ainda uma bomba de água que alimenta as várias estátuas, ou figuras alegóricas, representando um Tritão montado num cavalo (ao centro), rodeado por quatro tágides e treze nereides.

Fonte: Marisa Silva - http://www.historiadeportugal.info/fonte-luminosa-alameda/

Ler mais:
http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/fonte-monumental-da-alameda

domingo, 28 de outubro de 2018

Escola Básica da Avenida


Na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, em Viana do Castelo, chama a atenção o belo edifício da “Escola da Avenida” (frequentada, presentemente, por alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico).
O início da sua construção remonta ao ano de 1928 e na altura foi dado à Escola o nome de “ Escola Dr. Alfredo Magalhães” (conforme inscrição na frente do edifício) por ser esse o nome do ministro da Instrução que a mandou construir.
Na fachada principal, pode-se observar dois painéis de azulejos, um em cada extremo, que ilustram passagens de “Os Lusíadas”. Trata-se de azulejos executados na Fábrica do Carvalhinho, no Porto.
Um pormenor curioso é o facto de em frente ao edifício estarem colocadas duas esculturas (uma representando um menino e outra uma menina), que serviam para identificar a metade do edifício que era utilizado pelos estudantes do sexo masculino e a outra pelos do sexo feminino.
Hoje, este estabelecimento escolar está inserido no Agrupamento de Escolas de Monserrate. 

Fonte (com a devida vénia):
https://olharvianadocastelo.blogspot.com/2009/12/escola-da-avenida.html

Ler mais:
https://drive.google.com/file/d/0By2gm7Qga9x8YTlmMzJjOTItZWJjMi00NWEzLTlkZTktZGFiNWM2NmY5OWU5/view
http://www.esmonserrate.org/escolas.php

Folar de Valpaços

Considerado o pão da Páscoa, o Folar de Valpaços é uma das tradições gastronómicas daquela quadra festiva. É particularmente típico da região nordeste do distrito de Vila Real.
O termo folar, muitas vezes associado a presente e/ou dádiva exprime ”o que há de melhor”. O folar era tradicionalmente confeccionado na época da Páscoa onde o Clero recolhia o folar das famílias no Domingo de Páscoa, no denominado “Compasso ou visita Pascal” e era constituído pelos mais finos produtos do que a terra e as gentes produziam.
O chamado folar de Valpaços é confeccionado à base de massa de pão, lêveda e fofa, sendo recheado com carne de porco, presunto, salpicão, linguiça, entre outros ingredientes possíveis. Na sua confecção, são ainda usados ovos, banha e azeite.
Em 2017 a Comissão Europeia aprovou o pedido português de inclusão do “Folar de Valpaços”, no registo das indicações geográficas protegidas (IGP).

Ler mais:
https://valpacos.pt/pages/561
https://pt.wikipedia.org/wiki/Folar
http://vozdocampo.pt/2017/04/27/valpacos-folar-indicacao-geografica-protegida/
http://media.rtp.pt/praca/rubricas/folar-valpacos-culinaria/

Igreja do Convento de São Francisco


A Igreja conventual de São Francisco, que pertencia à Ordem dos Frades Menores, situa-se na freguesia de Santo André, no concelho de Estremoz.
O convento foi fundado em 1239, sobre a ermida de São Bento do Mato, doada aos franciscanos pelos freires de Avis. A igreja foi levantada por ordem de D. Afonso III e de sua mulher D. Beatriz.
A igreja gótica, do século XIII, apresenta uma fachada rococó muito posterior e um interior de três naves com cinco secções e arcos ogivais.
No interior desta monumental igreja poderás contemplar um curioso retábulo do século XVI, com uma talha dourada da Árvore do Jessé.
A capela-mor está revestida de azulejos polícromos do século XVII. No subcoro, embutido na parede, existe um sarcófago gótico, com estátua jacente, que data do século Xv e que será o túmulo de Vasco Esteves Gatuz. Este túmulo está classificado como monumento nacional, desde 1922.
Nesta igreja estão sepultadas algumas figuras ilustres da História Portuguesa, como sejam D. Fradique de Portugal; Vasco Pereira, irmão de D. Nuno Álvares Pereira, morto à traição no castelo de Vila Viçosa; o desembargador do paço António Henriques da Silveira. Segundo a crónica de Fernão Lopes, em Estremoz morreu também o rei D. Pedro I (r. 1357-1367), julgando-se que terá perecido concretamente neste convento.

Ler mais:
http://www.cm-estremoz.pt/pagina/turismo/convento-de-sao-francisco-igreja-com-o-tumulo-de-vasco-esteves-gatus-iin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_São_Francisco_(Estremoz)
https://www.feriasemportugal.com/convento-de-sao-francisco-estremoz
https://digitarq.arquivos.pt/details?id=1379961

Museu de Arte Sacra do Funchal

O Museu de Arte Sacra do Funchal está instalado no antigo Paço Episcopal da cidade. Inaugurado em 1955, reúne um património artístico constituído por núcleos de pintura, escultura e ourivesaria, de grande valor.
No domínio da pintura podem admirar-se tábuas e telas de inegável qualidade, onde predominam obras flamengas e portuguesas dos séculos XV e XVI. O espólio de pinturas flamengas é proveniente do intenso intercâmbio comercial e artístico daquela época com a Flandres. Os painéis flamengos existentes no museu, além do seu valor artístico, distinguem-se pelas suas grandes e pouco comuns dimensões.
A estatuária, em madeira policromada e dourada, flamenga ou com a sua influência, também está representada.
Entre as variadas obras de ourivesaria sacra, merecem especial referência a cruz processional de prata dourada, oferta do rei D. Manuel; e a Virgem, de prata dourada, da sé, que no século XVI deve ter saído das mãos de um escultor-ourives. Refira-se ainda um importante conjunto de ourivesaria maneirista, de Vasos Eucarísticos e Bandejas, de várias Igrejas da Diocese do Funchal ou a Ânfora da Sé do Funchal. Do século XVIII referência para a Urna de prata e Custódia de ouro da Sé Catedral do Funchal.
No Museu existe ainda uma colecção de paramentária, com exemplares de meados dos séculos XVII e XVIII, bordada a ouro e prata, com aplicação de pedrarias.

Ler mais:
http://cultura.madeira-edu.pt/museus/Museus/MuseudeArteSacradoFunchal/tabid/187/language/pt-PT/Default.aspx
Tesouros Artísticos de Portugal (1976) - Selecções do Reader's Digest
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_de_Arte_Sacra_do_Funchal

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Pelourinho de Soutelo do Douro

A povoação de Soutelo foi, na Idade Média, parte integrante do senhorio do Cabido da Sé de Lamego, que lhe deu primeiro foral no século XIV, na pessoa do Bispo D. Paio Furtado. Em finais da centúria, o concelho pertencia já à Coroa. Teve foral novo manuelino, outorgado em 1514. O município foi extinto em 1830, e integrado em São João da Pesqueira, do qual é actual freguesia. Conserva ainda o seu pelourinho, levantado no pequeno largo que tomou o seu nome. 
O pelourinho assenta numa plataforma de quatro degraus quadrangulares, de parapeito boleado, bastante desgastados. O degraus superior, de dimensões reduzidas, assume a feição de plinto da coluna. Esta possui fuste que arranca de base cúbica, com os topos chanfrados, seguindo num troço octogonal e liso com cerca de 50 cm de altura, que a partir daí diminui de secção e se eleva para constituir o fuste propriamente dito. É encimada por capitel quadrangular, formado por molduras sobrepostas, com as arestas ligeiramente chanfradas. O remate é composto por um bloco cúbico saliente, com colunelos fusiformes nas esquinas, e faces decoradas com largos relevos gravados. Os motivos representados são dois florões quadrifoliados, em faces contíguas, uma meia esfera armilar, e um escudo de armas nacional. Este bloco é finalmente sobrepujado por um pináculo quadrangular com as arestas chanfradas, rematado por pequena moldura circular rebordante, e uma meia esfera. 
O monumento terá sido construído na sequência do foral manuelino, como atesta a presença da esfera armilar, emblema pessoal de D. Manuel, conjugada com o escudo das quinas. Merece ainda destaque a (tímida) presença dos colunelos cantonais do bloco de remate, compondo ferroneries de feição italianizante.

Fonte: Sílvia Leite (DGPC)

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73909
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3713
https://www.sjpesqueira.pt/pages/258

sábado, 20 de outubro de 2018

Grutas Artificiais da Quinta do Anjo


As quatro grutas artificiais da Quinta do Anjo são monumentos funerários de características únicas, integráveis no Neolítico Final (há cerca de 4500 anos) e que continuaram a ser utilizadas como locais de enterramento colectivo durante a Idade do Cobre. Foram escavadas na rocha formando compartimentos de tendência circular, aos quais se acede por um corredor e por uma antecâmara.
O monumento funerário foi identificado, no último quartel do século XIX, circunstancialmente, durante a extracção de calcário no local, acção que provocou a destruição parcial da necrópole, com maior incisão nas grutas 3 e 4.
As primeiras escavações nas Grutas Artificiais de Quinta do Anjo, foram feitas por Carlos Ribeiro e António Mendes, decorria o ano 1876. As descobertas revelaram na altura, importantes achados, contudo, 110 anos depois e através de António Inácio Marques da Costa, as grutas voltam a revelar novos motivos de interesse histórico e arqueológico.
Destinado a inumação colectiva, o monumento é composto por quatro grutas artificiais, escavadas no calcário brando da Arrábida, e utilizadas como necrópole entre o Neolítico final e o Bronze Inicial.
Arquitectonicamente, as grutas ou hipogeus apresentam topo aplanado, câmara subcircular dotada de abóbada com clarabóia superior central, antecâmara de planta ovalada e corredor estreito com sentido descendente para a entrada da câmara.
Durante cerca de 1 500 anos estas estruturas serviram de local de enterramento e de rituais funerários a uma população de pastores e agricultores que habitava os povoados circundantes. 
Do vasto e notável conjunto de mobiliário funerário exumado destacam-se as grandes lâminas (sílex), pontas de seta, machados e enxós (pedra polida), diversas cerâmicas lisas (taças de calote e esféricos), cerâmica campaniforme (Grupo Internacional; Grupo Inciso e Grupo Palmela), objectos de adorno, ídolos cilíndricos e os ídolos placa (placas de xisto decoradas), os recipientes em calcário e com especial referência, as taças campaniformes e pontas de cobre “tipo Palmela”, identificadas pela primeira vez nestas grutas e que alcançaram uma extensa dispersão geográfica através de contactos comerciais com vários pontos do mundo mediterrânico.
O local está classificado como Monumento Nacional desde 1934 (Decreto-Lei de 5 de Abril de 1934).

Ler mais:
https://www.cm-palmela.pt/pages/1438
http://jpnovo.pt/2017/07/28/o-culto-da-morte-nas-grutas-artificiais-de-quinta-do-anjo/
http://turismo.cm-palmela.pt/patrimonio-cultural/grutas-artificiais-de-quinta-do-anjo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grutas_da_Quinta_do_Anjo
https://amateriadotempo.blogspot.com/2014/09/as-grutas-artificiais-da-quinta-do-anjo.html

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Igreja da Misericórdia de Sardoal


Fundada em meados do século XVI, a Irmandade da Misericórdia do Sardoal foi instalada numa antiga ermida da vila, edificada na década de 1370 por ordem de D. Fernando. Em 1511 foram iniciadas obras de ampliação e remodelação da capela, que ficaram concluídas na segunda metade do século XVI. Em 1552 a Misericórdia contratava dois mestres pedreiros de Coimbra para terminarem as obras do templo, edificando o portal principal e a sua escadaria, bem como o arco da capela-mor. A bula papal de confirmação da irmandade seria promulgada pelo papa Inocêncio IV em 1554. No século XVIII o interior da igreja foi remodelado, tendo sido executado o retábulo-mor em talha dourada, e os painéis de azulejos que revestem as paredes da nave e do arco da capela-mor. A igreja seria restaurada em 1931, como atesta inscrição no painel de azulejos.
O templo apresenta planta longitudinal, composta por dois volumes de secção rectangular, correspondentes à nave e capela-mor. A fachada principal, rematada em empena, possui ao centro portal de estrutura retabular, de influência chanterenesca, ao qual se acede por escadaria. Com arco de volta perfeita, é ladeado por pilastras decoradas com relevos de motivos grotescos e capitéis compósitos. Sobre o entablamento foi colocada edícula com imagem de Nossa Senhora da Misericórdia, encimada por medalhão da irmandade, sendo este ladeado por dois óculos. Do lado esquerdo foi adossado corpo de três registos, rematado por sineira. Na fachada lateral foi rasgado um portal em arco de volta perfeita. 
Interiormente a planta do templo é de nave única, com cobertura de madeira e decorada por lambril de azulejos de albarradas. Ao fundo foi construído o coro-alto, em madeira, e do lado do Evangelho a tribuna, também em madeira, assente sobre cachorrada de cantaria. O púlpito, em forma de cálice, foi colocado do lado da Epístola, junto da entrada para a capela-mor. O arco triunfal, de volta perfeita, é decorado por relevos de motivos grotescos, semelhantes aos do portal principal, tanto nas aduelas como nas pilastras e capitéis onde assenta. A capela-mor é totalmente revestida por painés de azulejos, tendo uma porta, de acesso à sacristia e aos anexos da Santa Casa da Misericórdia, e arco em trompe l'oeil , tendo ao centro retábulo joanino em talha dourada. A cobertura, à semelhança da nave, é de madeira.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1970.

Fonte: Catarina Oliveira (IPPAR, 2004)
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74826

Ler mais:
http://www.sardoalmemoria.net/home/patrimonio-cultural/igreja-da-misericordia
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3389
https://turismo.mediotejo.pt/index.php/visitar/fe/igrejas-e-capelas/igreja-da-misericordia-de-sardoal

Coreto de Freamunde

Numa terra de tradições culturais e com uma banda de música de grande qualidade e prestígio,haveria que criar um espaço físico para poder oferecer à população belos concertos.Foi o Clube Recreativo de Freamunde (fundado em 1926) que assumiu a iniciativa.
A acta da Junta de Freguesia de 26 de Maio de 1935 diz que a referida junta decidiu "assumir a responsabilidade da sua construção,contando que o Estado concorra com o subsidio de 1.500$00, a Câmara Municipal de 2.000$00, ficando o restante a cargo desta junta". Em 22 de Setembro de 1940, o orçamento da junta consignava a verba de 596$68 para a conclusão do referido coreto.
Foi a partir do exemplar existente no Jardim de Arca d´Água, no Porto, que foi feito o projecto e a construção feita em duas fases. Inicialmente fez-se a parte de baixo e esperou-se por a aquisição da verba necessária para a sua conclusão.Ergueram-se, então, à sua volta umas palhotas onde se serviam bebidas e café e os fundos necessários foram-se assim armazenando... A população colaborou com a Junta de Freguesia.
A construção esteve a cargo de um empreiteiro de Negrelos, de seu nome Garcia.
Mais tarde,em torno do coreto,criou-se o Bar dos Bombeiros Voluntários de Freamunde, com vista à angariação de fundos para a associação humanitária. Retomou-se a tradição do serviço de cafés e bebidas com vista à aquisição de verbas.
O coreto,há já muito tempo que se tornou pequeno para albergar a banda de Freamunde,dada a amplitude que atingiu.
"Freamunde - Apontamentos para uma monografia"

Fonte: http://freamundense.blogspot.com/2007/08/o-coreto.html

Castelo da Dona Chica