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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Ponte sobre o rio Sabor

A ponte fica situada no Rio Sabor, entre Izeda e Santulhão, respetivamente nos concelhos de Bragança e de Vimioso. 
Embora comummente referida como “romana”, a Ponte de Izeda, alçada sobre o rio Sabor entre a freguesia de Izeda, concelho de Bragança, e a vizinha Santulhão, esta já pertencente a Vimioso, é um magnífico exemplar de arquitetura pontística, com seus múltiplos arcos e perfil “em cavalete”.
Sendo uma construção de fábrica inequivocamente baixo-medieval, esta ponte mostra-se estreita e dotada de guardas, sob a forma de muretes de topo abaulado. É constituída por um tabuleiro em cavalete sobre cinco arcos desiguais, três de volta redonda e dois quebrados, sendo o arco central muito maior do que os restantes. Tanto os arcos como os contrafortes são muito diferentes entre si em resultado de sucessivas reconstruções parciais. A estrutura das guardas mostra lajes compridas colocadas na vertical entre as quais tem lajes horizontais na base e verticais no topo.
Em 1860, devido a uma grande cheia, o rio destruiu uma parte dela. Pelos anos 1938 deram-se as obras de renovação. Em 1987 foi erguida, a escassas centenas de metros, uma segunda ponte, em betão armado e tabuleiro reto assente sobre múltiplos pilares (cerca de 250 metros de comprimento e 40 de altura).

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2268
https://www.mundoportugues.pt/a-ponte-medieval-do-rio-sabor-e-uma-das-mais-belas-de-portugal/

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Centro de Ciência Viva de Bragança

 

O Centro Ciência Viva de Bragança está situado na margem esquerda do rio Fervença, no local de uma antiga central hidroelétrica. O moderno edifício utiliza sistemas inovadores que potenciam o arrefecimento e aquecimento naturais, poupando energia, e funciona como um módulo vivo, onde é possível visualizar o comportamento dos sistemas de controlo de ambiente interior.
A experiência de aprendizagem tem início logo na arquitetura do próprio edifício, uma antiga central hidroelétrica instalada na margem esquerda do rio Fervença, que o projeto da arquiteta italiana Guilia de Appolonia transformou em casa de ciência. Este edifício do Centro Ciência Viva de Bragança é um autêntico módulo interativo graças à intervenção do engenheiro Guilherme Carrilho da Graça. Por exemplo, a sua fachada permite que se adapte às condições atmosféricas de modo a otimizar a captação direta da energia solar térmica. Este é um exemplo vivo de uma gestão inteligente dos recursos energéticos. Como tirar partido das energias renováveis? De que forma podemos contrariar o aquecimento global e o efeito de estufa? Será que a pegada ecológica de Portugal está dentro dos limites da capacidade do planeta? Estes são alguns exemplos de módulos interativos que fazem parte do Edifício Principal.

O Centro Ciência Viva de Bragança inclui ainda a Casa da Seda, resultado da recuperação de um antigo moinho, onde será possível aprender o ciclo de vida do bicho-da-seda, compreender o processo de tingimento da seda e conhecer a sua indústria. Aqui, qualquer que seja a estação do ano, a paisagem que olhamos pela janela em tempo real está sempre repleta de borboletas.

Ler mais:
https://braganca.cienciaviva.pt/2233/historia-e-memoria
https://www.pavconhecimento.pt/768/rede-de-centros-ciencia-viva-chega-a-braganca
https://www.circuitoscienciaviva.pt/cvcenters
https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Ciência_Viva_de_Bragança

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Caminho de Santiago - Rota da Terra Fria

Os caminhos de Santiago são um dos denominadores comuns da cultura europeia. Estes itinerários, que são espaços públicos de convergência e de harmonia, devem ser respeitados e promovidos. Neles, qualquer caminhante se sente um cidadão do mundo, o que lhe dá a oportunidade de perspectivar as suas convicções num sentido ecuménico de abertura e de tolerância.
É nesta rede intrincada de itinerários jacobeus provenientes de todos os cantos da Europa, que se enlaçam os que têm origem em Portugal ou os que utilizam o nosso país como encurtamento de distâncias. Na Terra Fria do Nordeste Transmontano os percursos utilizados respigam-se de vagos testemunhos documentais e reconstroem-se com base na tradição oral que evoca ainda muitas histórias, mais ou menos coerentes, que animam o imaginário popular.
Estes percursos ou, pelo menos, alguns deles, podem considerar-se braços de um itinerário geralmente designado por Via de La Plata, com origem em Sevilha e escala em Zamora e Astorga, onde se articula com o conhecido Caminho Francês de Santiago.
A partir de Zamora havia de facto a possibilidade de reduzir a distância a Santiago e evitar a travessia da Sanabria rumando através de Portugal, por Bragança, Vinhais e Chaves até Ourense. Este trajecto foi sinalizado com setas amarelas pela Associação “Amigos del Camiño de Santiago de Zamora”, que o designa “Caminho Português da Via de la Plata”.
No território da TFT e proveniente de Zamora e Alcanices, entra em Quintanilha e passa em Réfega, Palácios, Babe, Gimonde, Bragança, Castro de Avelãs, Lagomar, Portela, Castrelos, Soeira, Vila Verde, Vinhais, Soutelo, Sobreiro, Aboa, Candedo, Edral e Sandim, entrando novamente em Espanha nas proximidades de Verín.
Para além das referências às localidades que integram a Rota da TFT que atrás se apresentaram, merecem destaque a arquitectura popular em Réfega, a ponte medieval sobre o rio Onor em Gimonde, o mosteiro de Castro de Avelãs, o percurso de Lagomar à Portela entre castanheiros centenários, a ponte romana sobre o rio Baceiro em Castrelos e a ponte medieval sobre o rio Tuela na proximidade de Soeira, o vale do rio Tuela no percurso para Vinhais, a vista do Parque Natural de Montesinho a partir do Monte da Forca, a descida ao Rio Rabaçal e a subida até Edral, porventura o troço mais árduo deste caminho.

Fonte: Rota da Terra Fria Transmontana
http://www.rotaterrafria.com/pages/135

sábado, 8 de dezembro de 2018

Igreja de Santa Maria em Bragança

Situada intra-muros da Cidadela de Bragança, foi edificada no séc. XIV e também é conhecida como Igreja de Nossa Senhora do Sardão.
Considerada com a igreja mais velha de Bragança, a igreja de estilo românica foi, durante dois séculos, modificada, tendo resultado num estilo Barroco. A fachada apresenta um portal barroco ricamente decorada com duas colunas salomónicas decoradas por folhas de vides e cachos.  Quatro nichos, também com decoração barroca, abrem-se de um lado e outro do portal. A meio do entablamento existem outras duas colunas iguais e duas esculturas. Um arco de volta inteira remata todo este aparatoso conjunto.
O seu interior é formado por três naves separadas por colunas poligonais, que sustentam os arcos e uma pintura cenográfica, na cobertura do corpo da Igreja, representando a Assunção da Virgem. Destaca-se ainda a capela-mor e a capela dos Figueiredos, o retábulo a Santo Estêvão e a imagem de Santa Maria Madalena.
Do séc. XVII, refira-se o retábulo dedicado a Santo Estevão e a preciosa e expressiva imagem de Santa Maria Madalena (altar-mor), obra seiscentista do mestre Gregório Fernandez ou Pedro de Mena, das oficinas de Valladolid; do séc. XVIII provêm muitos elementos decorativos e alguns acrescentos arquitectónicos, como o retábulo barroco da capela-mor e o tecto da nave central que apresenta uma pintura com cenografias de belo efeito, numa linguagem que se aproxima da que foi expressa nas igrejas de Santa Clara, São Bento, São Francisco (capela de Nossa Senhora da Conceição) e na capela do antigo Paço Episcopal (hoje Museu do Abade de Baçal).

Ler mais:
https://www.cm-braganca.pt/pages/308
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/igreja-de-santa-maria-braganca

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Basílica de Santo Cristo do Outeiro

Outeiro é uma aldeia e freguesia portuguesa do concelho de Bragança, na diocese de Bragança-Miranda. Foi vila e sede de concelho entre 1514 e 1853.
É nesta aldeia que se localiza a Igreja de Santo Cristo, que se converteu em santuário e, já neste século, em Basílica Menor.
Trata-se de um templo do século XVII, cuja construção se associa à necessidade de afirmação do país enquanto nação independente de Espanha.
A sua origem foi um pequeno templo, votado ao abandono, até que a 26 de Abril de 1698 se terá dado um milagre: o Santo Cristo terá então suado sangue, conforme inscrição existente na igreja. Depressa se espalhou a notícia e a primeira pedra para um santuário foi lançada entre 1725 e 1739. Ao longo do século XVIII assumiu importância enquanto lugar de peregrinação.
O edifício é composto por templo com planta em cruz latina, sacristia e casa de arrumações. Destaca-se a sacristia com tecto apainelado com três dezenas de caixotões pintados com cenas da vida de Cristo, executados em 1768 por Damião Bustamante oriundo de Valladolid, e paredes igualmente revestidas de pintura sobre tela.
A arquitectura do templo distingue-se pela simetria e equilíbrio de proporções. A fachada principal inspira-se na igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora. É rasgada por um magnífico portal geminado, encimado por uma grande rosácea e flanqueada por duas torres sineiras com remate piramidal. O interior, de gosto barroco, é típico das igrejas-salão. Sobressaem os altares de talha policromada e dourada.
A 8 de novembro de 2014 foi concedido o título de Basílica de Santo Cristo do Outeiro à igreja - Santuário do Santo Cristo de Outeiro, tornando-a na única Basílica do país que está localizada numa aldeia.
A igreja foi classificada como monumento nacional em 1927.

Ler mais:
https://www.cm-braganca.pt/pages/308
https://pt.wikipedia.org/wiki/Basílica_de_Santo_Cristo_do_Outeiro
http://www.culturanorte.pt/pt/patrimonio/basilica-menor-de-santo-cristo-de-outeiro/#

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Parque Natural de Montesinho

O Parque Natural de Montesinho situa-se no Alto Nordeste transmontano, abarcando a parte setentrional dos concelhos de Bragança e Vinhais, fazendo fronteira a nascente, norte e poente com Espanha.
Abrangendo as serras da Coroa (a norte de Vinhais) e de Montesinho (a norte de Bragança), o Parque foi criado com o intuito de salvaguardar a riqueza natural e paisagística do maciço montanhoso Montesinho - Coroa e os valiosos elementos culturais das comunidades humanas que ali se estabeleceram.
De facto, na área do Parque, existem populações e comunidades animais representativas da fauna ibérica e europeia ainda em relativa abundância e estabilidade, incluindo muitas das espécies ameaçadas da fauna portuguesa, bem como uma vegetação natural de grande importância a nível nacional e mundial, que associadas à reduzida pressão humana verificada em quase todo o seu território permite que grande parte dos processos ecológicos evoluam em padrões muito próximos dos naturais.
O Parque Natural de Montesinho possui um rico património sócio-cultural com práticas quotidianas vindas de usos e costumes ancestrais, embora já marcadas pelas crescentes mobilidades das gentes e pelas inovações tecnológicas. As festas, são um exemplo disso, sendo um elo de ligação entre as aldeias e um pretexto para o reencontro de famílias e amigos.
São notáveis ainda os exemplos de arquitectura popular que, utilizando os materiais característicos de cada região, resultam de milhares de anos de aperfeiçoamento e adaptação ao ambiente.
O território do Parque oferece uma paisagem de altitude, com grandes horizontes e usos condicionados pelo clima, num mosaico diversificado predominantemente agrícola nas zonas mais planas, e alternando lameiros e matas de carvalho negral na sucessão de relevos côncavos e convexos das áreas mais declivosas.
                                                           Fonte: ICNF

Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnm
https://www.vortexmag.net/10-fantasticos-locais-para-visitar-no-parque-natural-de-montesinho/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Natural_de_Montesinho

quarta-feira, 7 de março de 2018

Domus Municipalis



Situada no coração da cidade de Bragança, a Domus Municipalis é certamente o seu mais simbólico monumento.

Monumento singular (e ainda enigmático) da arquitectura românica civil na Península Ibérica; exemplar arquitectónico eloquente do período tardo medieval, a juntar à Torre de Menagem. (A designação de "Domus Municipalis" surge, apenas, no ocaso do séc. XIX). A sua edificação data, muito provavelmente, do primeiro terço de quatrocentos (como se comprova por um documento de 1501), podendo ter coincidido com a do castelo.
A "Domus" é constituída por dois corpos (espaços) distintos. As denominações primitivas -"cisterna", "sala de água" (documentadas a partir de 1446) - indicam que os objectivos, que presidiram à edificação, teriam sido, primordialmente, de ordem utilitária. Incorpora uma cisterna de boa fábrica para armazenar águas pluviais e nascentes. O extra-dorso da abóbada de berço, que cobre a cisterna, forma o pavimento lajeado do salão. É este espaço arquitectónico superior, constituído pelo salão fenestrado, que empresta originalidade à edificação brigantina. Se não podemos concluir que esta "parte aérea" tenha sido edificada para servir especificamente como Paços do Concelho (Casa da Câmara), também não podemos afastar a hipótese de o "salão" ter sido utilizado, logo que acabado, para nele se realizarem reuniões dos "homens bons". Sabemos que nos primeiros anos de quinhentos se dá a "municipalização (edilização) efectiva da Domus" (como o demonstra um documento de 1503).

Ler mais:
http://www.cm-braganca.pt/pages/305

sexta-feira, 2 de março de 2018

Igreja do Mosteiro de Castro de Avelãs


A Igreja de Castro de Avelãs é um dos monumentos mais simbólicos do nordeste transmontano, ilustrando simultaneamente a arte românica e a vida monacal da região. De um ponto de vista estilístico, são indiscutíveis as influências mudéjares e leonesas.
A datação para a cabeceira tem vindo a ser sucessivamente avançada, os finais do século XII apareciam como uma data consensual, na sequência dos apoios de D. Afonso Henriques, mas investigação mais recente situaram a obra no segundo quartel do século seguinte.
Igreja de planta composta com nave única, de construção seiscentista e cabeceira tripartida e escalonada de abside e absidíolos em românico mudéjar.
A cabeceira em alvenaria de tijolo, apresenta as paredes exteriores e interiores decoradas com um a três registos de arcaturas, de arcos de volta perfeita, separados e rematados por friso em dentes de serra.

Ler mais:
http://www.rotaterrafria.com/pages/213/?geo_article_id=4760

Forte Jesus de Mombaça