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domingo, 18 de outubro de 2020

Paul da Madriz

O vale do Baixo Mondego foi, outrora, uma imensa zona húmida que, ao longo de milénios, proporcionou condições ideais para a existência e desenvolvimento de numerosas comunidades animais e vegetais. Atualmente, restam apenas algumas zonas húmidas, as quais têm assegurado a continuidade das formações representativas. O Paul da Madriz é uma dessas últimas zonas húmidas, com factores geográficos, extensão e cobertura vegetal adequados à fixação e desenvolvimento de diversas comunidades, principalmente aves, que utilizam esta área quer como local de nidificação, quer como refúgio de inverno ou, ainda, para repouso e alimentação durante as migrações sazonais.
O paul, situado no concelho de Soure, na margem direita do rio Arunca, tem uma grande diversidade de habitats, e possui grande valor como santuário para as aves aquáticas no Baixo Mondego.
Constitui um importante local de migração outonal de passeriformes, tais como felosa-dos-juncos Acrocephalus schoenobanus, felosa-poliglota Hippolais polyglotta e felosa-musical Phylloscopus trochilus. A nível nacional, possui uma importante população nidificante de pato-real Anas platyrhynchos, sendo também local de nidificação de aves de caniçal, nomeadamente garça-pequena Ixobrychus minutus e rouxinol-grande-dos-caniços Acrocephalus arundinaceus e felosa-unicolor Locustella luscinioides.
O Paul abrange uma área de cerca de 40 hectares, de forma trapezoidal e alongada de SE para NO, alargando-se para a zona ocidental, com cerca de 2 km de comprimento e uma largura média de 300 m, sendo drenado pela Vala do Moinho que o atravessa e se liga à Vala do Canal.
A área do Paul foi ocupada principalmente pelo cultivo intensivo de arroz, tendo essa prática sido abandonada a partir do início da década de 1960, subsistindo atualmente algumas áreas de cultivo agrícola a montante e a jusante, para além da via férrea. Este abandono foi originado pela repartição da área agrícola em pequenas parcelas associada às condições físicas do Paul que não possibilitava a utilização de maquinaria, tornando impraticável a agricultura sustentável. Assim, foi possível que esta chegasse ao presente como um santuário para a fauna e flora.

Ler mais:
http://bdjur.almedina.net/item.php?field=item_id&value=1290696
http://www.avesdeportugal.info/sitmadriz.html
https://www.ccdrc.pt/index.php?option=com_docman&view=download&id=627&Itemid=739

sábado, 1 de dezembro de 2018

Parque Biológico de Gaia


O Parque Biológico de Gaia é uma pequena reserva natural centrada na educação ambiental, que se localiza na freguesia de Avintes, no concelho de Vila Nova de Gaia.
Primeiro centro permanente de Educação Ambiental do país, o Parque Biológico de Vila Nova de Gaia consiste numa área agro-florestal deste concelho, com 35 hectares, onde vivem em estado selvagem centenas de espécies de animais e plantas.

O objectivo do Parque Biológico é a compreensão, pelos visitantes, da paisagem da região, incluindo todos os seus componentes (flora, fauna, clima, arquitectura rural, usos e costumes, hidrografia, etc.) e do contraste entre essa paisagem agro-florestal, que se preserva no Parque, e a envolvente urbana. Por isso o Parque é, antes de mais, um memorial da paisagem da região, que está a perder as suas características em favor da construção.
O Parque Biológico de Gaia procura oferecer instalações de qualidade às espécies animais em cativeiro e semi-cativeiro. Sendo assim, é possível a experiência única do contacto ao vivo com a fauna selvagem do parque. Entre as muitas espécies encontradas, podem ser observados gamos, corços, bisontes-europeus, raposas, várias aves de rapina, patos-reais, galinhas-de-água, etc., que vivem e reproduzem-se nas instalações do Parque.

Adicionalmente poderão avistar-se as espécies selvagens que elegeram o Parque Biológico de Gaia para se fixarem, como esquilos, coelhos bravos e garças reais. Por fim, no período das migrações mais de 70 espécies de aves visitam ou vivem no parque, sendo que mais de 30 espécies lá nidificam. E há ainda os peixes e os répteis…
Integram ainda o Parque um centro de recuperação de animais selvagens, encontrados feridos ou detidos ilegalmente em cativeiro, e um viveiro que produz anualmente milhares de plantas, de mais de 300 espécies, destinadas ao próprio Parque e aos espaços verdes públicos do concelho de Gaia.
Para além do que tem para ver, o Parque Biológico promove um programa de animação, edita material didáctico e realiza exposições em torno da temática ambiental.
O parque possui um percurso pedestre com cerca de 3 Km, permitindo assim explorar os vários espaços naturais e viveiros de plantas e animais, tal como os aspectos rurais, pois vão surgindo ao longo do percurso moinhos, casas rurais, explorações agrícolas, eiras e espigueiros, carvalhais, pinhais, lagos, o Rio Febros, viveiros com animais e plantas, numerosas vitrinas com informações sobre o meio envolvente e placas de identificação de plantas.

Ler mais:
https://www.parquebiologico.pt/doc.php?id=10&PAG=O%20que%20%C3%A9
https://www.viagensemiudos.pt/parque-biologico-de-gaia-2/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Biológico_de_Gaia
https://www.feriasemportugal.com/parque-biologico-de-gaia

sábado, 18 de agosto de 2018

Ilhas Selvagens

As Ilhas Selvagens constituem um arquipélago formado por três ilhas principais e várias ilhotas, situado no Atlântico setentrional, entre as ilas Canárias (a 165 quiilómetros) e o arquipélago da Madeira (a 280 quilómetros), no extremo norte da plataforma submarina das ilhas Canárias. Actualmente é parte integrante de la Região Autónoma de Madeira.
Consta de dois grupos principais: o do norte e o do sudoeste. No do norte está la ilha Maior ou Selvagem Grande; esta, de forma aproximada-mente rectangular, tem um quilómetro e meio de largura por um quilómetro e meio de comprimento, com costas muito escarpadas que dificultam o acesso a ela. Por outro lado, o grupo do sudoeste é formado por duas pequenas ilhas: a Selvagem Pequena e o Ilhéu de Fora, assim como várias ilhotas. A distância entre ambos os grupos é de 15 quilómetros. A superfície total do arquipélago é de 273 hectares (2,73 km²).
Até 1971, o arquipélago esteve na posse de privados. Nesse ano, o Estado Português interveio e adquiriu as Ilhas Selvagens, instituindo, nesse mesmo ano, a Reserva Natural das Ilhas Selvagens, o que lhe permitiu impedir a caça excessiva nas ilhas (que quase levou ao desaparecimento da cagarra) e controlar mais efectivamente a pesca ilegal.
O número total estimado de espécies e subespécies de invertebrados terrestres nas Ilhas Selvagens é de cerca de 219, sendo os artrópodes os maiores representantes destes registos (92%). O arquipélago das Ilhas Selvagens é claramente um hotspot de diversidade em número de espécies de artrópodes terrestres endémicos, com cerca de 44 taxa individuais (espécies=39; subespécies=7).
A fauna de vertebrados em ecossistemas insulares é normalmente composta por um pequeno número de taxa, com uma proporção considerável de endemismos. Este padrão geral também se observa no arquipélago das Ilhas Selvagens. Nestas ilhas, ocorrem 10 vertebrados terrestres, cujos 2 únicos répteis terrestres Tarentola bischoffi e Teira dugesii selvagensis presentes são exclusivos das Ilhas Selvagens. A fauna de vertebrados terrestres é caracterizada pela ausência de mamíferos nativos.
Após a bem sucedida erradicação de coelhos e murganhos na Selvagem Grande, as Ilhas Selvagens tornaram-se o único arquipélago livre de mamíferos da Macaronésia (e do Atlântico Norte). A restrição da fauna de vertebrados terrestres à sua composição original de aves e répteis tem permitido o estudo científico de um tipo de ecossistema insular que era o mais comum ao nível mundial antes da invenção da navegação marítima por seres humanos. 
As Ilhas Selvagens são uma das áreas de reprodução mais importantes para as aves marinhas da Macaronésia e do Atlântico Norte e estão classificadas como Área Importante para as Aves e Biodiversidade (IBA) no âmbito da BirdLife Internacional.

Fontes:
https://ifcn.madeira.gov.pt/biodiversidade/fauna-e-flora/fauna/ilhas-selvagens.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhas_Selvagens

Parque Biológico da Serra da Lousã


O Parque Biológico da Serra da Lousã (PBSL) é uma proposta multifacetada na oferta turística associando a educação ambiental ao enaltecimento de valores e tradições culturais da região. Situado em Miranda do Corvo, possui 12 hectares, sendo sete de área florestal e cinco de área agrícola e social. Dos 12 hectares, apenas cinco hectares são visitáveis pelo público. Localiza-se próximo da EN 17-1 e da Estrada Nacional 342, a alguns minutos do centro da vila.
Inclui uma zona florestal, onde estão representadas 46 espécies de vida selvagem de Portugal, nomeadamente: veados, javalis, lontras, aves de rapina, lobos, linces, raposas, peixes; javalis, saca-rabos, ginetes, ursos, entre outros.
Estes animais vivem num ambiente muito próximo do natural, o que tem contribuído para a reprodução de vários, incluindo os ursos, lobos, linces, etc. 
O parque inclui espaços museológicos, e um labirinto de árvores de fruto que é único no mundo.
O parque inclui também uma Quinta pedagógica com 31 espécies das raças tradicionais da agropastorícia. Flora com 105 espécies identificadas.
Trata-se de um projecto que promove a paixão pela natureza e que em simultâneo promove a integração de pessoas com deficiência, doença mental e doença crónica.
Em 2007, o projecto Quinta da Paiva, obteve o primeiro lugar do concurso nacional para o European Enterprise Awards (Prémio Internacional de Empreendedorismo) na categoria Investimento Humano, tendo sido seleccionado para representar Portugal. Desde a abertura do Parque em 2009 já recebeu mais de 230 000 visitantes.

Ler mais:
http://www.cm-mirandadocorvo.pt/pt/menu/372/parque-biologico-da-serra-da-lousa.aspx
http://www.adfp.pt/areas-de-intervencao/miranda-do-corvo/parque-biologico-da-serra-da-lousa
http://www.hotelparqueserradalousa.pt/parque-biologico-da-serra-da-lousa
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/parque-biologico-serra-da-lousa
http://boacamaboamesa.expresso.sapo.pt/boa-vida/2012-03-28-passeio-verde-vida-selvagem-no-parque-biologico-da-serra-da-lousa

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Badoca Safari Park


O Badoca Safari Park é um parque temático localizado em Vila Nova de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém.
Inaugurado em 1999, o parque tem uma área de 90 hectares, permitindo aos visitantes o contacto directo com a natureza e com a vida animal através das variadas atracções.
Além do Safari, que proporciona o contacto directo com os animais selvagens, inclui uma exibição de Aves de Rapina e várias infraestruturas lúdicas e pedagógicas, como o Parque dos Cangurus, o Lago dos Flamingos, o Parque dos Coatis, o Jardim das Aves Exóticas e o Parque Infantil.
O Badoca Park recebe espécies catalogadas pela IUCN (International Union for Conservation of Nature) como ameaçadas de extinção, ou vulneráveis no seu estatuto de conservação, que se encontram abrangidas pelos Programas Europeus de Reprodução em Cativeiro levados cabo pela European Association of Zoos and Aquaria (EAZA). No total, conta com cerca de 450 animais selvagens, de 69 espécies diferentes.
Para além das atracções, é possível também fazer um piquenique no parque de merendas, que está inserido no meio do pinhal e conta com um espaço de 1000m2.


Ler mais:
https://badoca.com/
https://www.viagensemiudos.pt/badoca-safari-park/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Badoca_Safari_Park

sexta-feira, 30 de março de 2018

Reserva Natural das Ilhas Desertas


A Reserva Natural das Ilhas Desertas fica 22 milhas a sudeste do Funchal. É um grupo de ilhéus conhecidos como Deserta Grande, Bugio, Ilhéu Chão e Prego do Mar. Foi declarado Reserva Natural em 1990 devido à população aí existente do quase extinto lobo-marinho. Na pior altura esta população contava com apenas 6 ou 8 indivíduos, sendo assim uma das espécies mais ameaçadas na lista de animais em risco de extinção do mundo. Hoje estima-se que essa população está em franca recuperação e que conta com pelo menos 30 indivíduos. 

Este espaço é também um importante centro de nidificação de aves marinhas.
No Norte da Deserta Grande, no vale da Castanheira, reside a Tarântula das Desertas (Lycosa ingens), uma espécie endémica desta ilha. As ilhas apresentam ainda uma grande variedade de plantas.
Este espaço tornou-se Área Protegida em Maio de 1990, através do Decreto Legislativo Regional nº. 14/90/M, que criou a Área de Protecção Especial das Ilhas Desertas, passando a Reserva Natural, em 1995, através do Decreto Legislativo Regional nº. 9/95/M, com uma área de 9.672 ha e inclui todas as ilhas ou ilhéus.
A área marinha está dividida em Reserva Parcial, a Norte, e Reserva Integral, a Sul. Como reconhecimento do valor natural e ecológico destas ilhas, o Conselho da Europa classificou-as em 1992 como Reserva biogenética.
Embora a protecção destas ilhas tenha sido motivada pela urgência de tomada de medidas para a conservação do lobo-marinho, o seu objectivo é a protecção e preservação de todo um conjunto de fauna e flora únicos e que englobam várias espécies raras e endémicas.
É proibida a caça submarina, em toda a sua área, e a navegação, na parte sul. Esta Reserva Natural faz parte da Rede Natura 2000.

Para visitar estes ilhéus é necessário pedir antecipadamente uma licença especial. Algumas excursões comerciais são permitidas mas é proibido mergulhar ou velejar dentro da reserva.

Ler mais:
https://ifcn.madeira.gov.pt/areas-protegidas/ilhas-desertas.html
http://www.visitmadeira.pt/pt-pt/explorar/detalhe/ilhas-desertas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reserva_Natural_das_Ilhas_Desertas

Forte Jesus de Mombaça