sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Estação ferroviária de Almendra


A Estação Ferroviária de Almendra é uma interface encerrada da Linha do Douro, que servia a localidade de Almendra, no concelho de Vila Nova de Foz Côa. O troço entre Côa e Barca d’Alva, no qual esta estação se encontra, foi inaugurado em 9 de Dezembro de 1887.
A localização da estação foi envolta em polémica, porquanto havia duas possibilidades diferentes, tendo sido escolhida a que menos servia os interesses das populações. De facto, o difícil acesso e a falta de transportes rodoviários que fizessem a ligação entre as povoações vizinhas e a estação de Almendra - problemas que nunca foram satisfatoriamente resolvidos -, fizeram com que esta tivesse tido sempre um reduzido número de utilizadores.
Em 1988, foi desactivado o troço da Linha do Douro entre o Pocinho e Barca d’Alva, tendo a estação de Almendra caído no esquecimento e no abandono. Hoje, o edifício da estação, os anexos, a plataforma e os carris estão em completa ruína.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estação_Ferroviária_de_Almendra
http://www.arte-coa.pt/Ficheiros/Bibliografia/1757/1757.pt.pdf

Café "Paraíso"

Localizado na Rua Serpa Pinto, em Tomar, o Café Paraíso é um dos mais emblemáticos espaços da cidade.

Inaugurado em 1911 no advento da primeira república, foi “montado à moderna e ficará sendo o melhor da nossa cidade” e "era aqui que as elites vinham tomar os seus sorvetes ou vários tipos de vinho do Porto, Madeira, Bucellas, Collares, Verde d’Amarante, Carcavellos, Cognacs, Licores, Champagne”, como publicitava a imprensa local da época", segundo o jornal da época.
Já em 1946 sofreu algumas remodelações que o trouxeram até aos dias de hoje, as colunas de ferro forjadas e imitação de mármore, os espelhos italianos e as duas grandes ventoinhas que são a imagem de marca da casa são dessa altura.
A sua grande montra para uma rua comercial e sem trânsito fazem dele um espaço privilegiado no centro de Tomar. É um café que tem sabido acompanhar os tempos e pode dizer-se que tem duas personalidades. De dia é um tranquilo ponto de encontro e de tertúlia; à noite o ambiente transforma-se e revela-se um dos mais dinâmicos bares da cidade, aberto até perto das quatro da manhã. A música, em horário nocturno, aposta nos novos valores da electrónica e tendências dançáveis. Por este espaço têm passado DJ's e projectos nacionais e estrangeiros, de cariz mais arrojado e alternativo, sobretudo aos fins-de-semana. Talvez por isso continue a ser ponto de passagem da juventude tomarense e um local de cultura na cidade.

Ler mais:
http://www.drinksdiary.com/cafe-paraiso/
http://fugas.publico.pt/Noticias/285122_cafe-paraiso-de-tomar-celebra-cem-anos-a-moda-antiga
https://omirante.pt/semanario/2011-05-19/economia/2011-05-18-cem-anos-de-cafe-paraiso-em-tomar
https://ionline.sapo.pt/504323

Pelourinho de Estremoz


Construído em inícios do séc. XVI, no reinado de D. Manuel I (r. 1495-1521), em 1698 foi removido da frente do antigo Paço Real de D. Dinis (actual Pousada da Rainha Santa Isabel) para o terreiro de Santo André, defronte aos Paços do Concelho da época.
Entre 1867 e 1871 foi arriado deste local e disperso em local desconhecido, tendo sido reconstruído, em 1916, por Saavedra Machado e Luís Chaves e colocado no local onde hoje se encontra. Mantém originais o fuste, o capitel e o coruchéu de remate, todos estes elementos de estilo manuelino.

Fonte: http://www.cm-estremoz.pt/pagina/turismo/pelourinho-de-estremoz

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Chafariz Real de Vendas Novas


O Chafariz Real foi construído para bebedouro de trabalhadores e animais que participaram na construção do Palácio Real em 1728. É composto por dois alongados reservatórios de alvenaria, os quais também já serviram de lavadouro público, e tem ao longo dos anos sofrido diversas intervenções.
Situa-se atrás do actual mercado municipal, numa zona de acesso pedonal.

Fonte: Câmara Municipal de Vendas Novas
http://www.cm-vendasnovas.pt/pt/site-visitar/conhecer/monumentos/Paginas/chafariz.aspx

Praça de touros de Sousel

A Praça de touros de Sousel - oficialmente Praça de Touros Pedro Louceiro - é vulgarmente citada como sendo uma das duas mais antigas do país (juntamente com a de Abiúl no concelho de Pombal).
Os vestígios mais antigos sobre esta praça remontam ao ano de 1860, embora a população local defenda que aquela arena foi construída em 1725. Os populares alegam que a Praça de Touros Pedro Louceiro data de 1725, uma vez que se trata do ano de construção de uma igreja, a poucos metros da praça, que ainda hoje alberga as bilheteiras do tauródromo.
A arena de Sousel acolhe normalmente por ano um espectáculo tauromáquico, na segunda-feira de Páscoa, data em que se realiza a tradicional corrida de touros em honra de Nossa Senhora do Carmo.

Ler mais:
https://tvi24.iol.pt/sociedade/iol-push/afinal-onde-fica-a-praca-de-touros-mais-antiga-de-portugal

Estátua equestre de D. José I

A estátua equestre de D. José I situa-se na Praça do Comércio, na cidade de Lisboa, e é da autoria do escultor Joaquim Machado de Castro. É uma obra escultória notável: trata-se da primeira estátua equestre realizada em Portugal, sendo também, neste país, o primeiro monumentos escultóricos na via pública dedicado a uma pessoa viva. Foi, ainda, a primeira estátua das suas dimensões a ser fundida de um só jacto, em Portugal, e uma das primeiras a sê-lo no mundo.
O artista conseguiu conferir um cunho pessoal à estátua que se manifestou na maestria do tratamento de D. José montado no seu cavalo e na alteração dos elementos que constituem a base desta figura. No projecto original o cavalo pisava um leão substituído por pequenas serpentes que serviram para esconder a estrutura de sustentação de um dos seus membros posteriores. As figuras aladas laterais, o Triunfo e a Fama, ganharam leveza, passando a uma masculina e outra feminina. O primeiro conduz um cavalo fogoso, a segunda um elefante, animais que representam, respectiva e simbolicamente, a Europa e a Ásia. Estes erguem-se sobre duas figuras humanas, representando os continentes americano e africano, que se submetem ao triunfo dos portugueses. Mas foi sobretudo na composição dos baixos-relevos que adornam o plinto que o escultor demonstrou a sua arte.
A fundição da estátua, realizada «num só jacto» em 15 de Outubro de 1774, foi entregue a Bartolomeu da Costa, engenheiro militar, nas oficinas de fundição do exército, utilizando os processos mais inovadores do seu tempo. A sua condução para a Praça do Comércio demorou 3 dias, tendo sido necessário abrir a rua do Museu de Artilharia para ser possível a passagem da zorra utilizada no seu transporte, um enorme carro capaz de suportar o peso da estátua.
Uma das principais dificuldades sentidas por Machado de Castro foi o facto de D. José se ter recusado a posar para a estátua. O escultor teve de recorrer a outras representações do rei, nomeadamente a efígie em perfil no cunho das moedas de real, e decidiu acentuar o capacete emplumado de modo a desviar as atenções do rosto. O rei foi representado como olhando para a sua direita, alinhado com a direcção do cavalo, que levanta a pata dianteira da direita. Os pés do cavalo esmagam serpentes no seu caminho. A estátua encontra-se voltada para o Tejo, e é enquadrada pelo Arco da Rua Augusta atrás de si, que intensifica a representação do poder régio.
O monumento, símbolo do renascimento nacional, foi inaugurado no dia 6 de Junho de 1775, em comemoração do aniversário do monarca, culminando com um lauto banquete oferecido pelo Marquês de Pombal.

Ler mais:
http://www.lisboapatrimoniocultural.pt/artepublica/eescultura/pecas/Paginas/DJoseI.aspx
https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-monumento-e-estatua-de-d-jose-i-na-praca-do-comercio-24053
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estátua_equestre_de_D._José_I

Solar dos Távoras

A família Távora está ligada à história da povoação de Souro Pires desde o seu início, sendo atribuída a fundação da vila a Soeiro Peres de Távora. A edificação do solar da família terá sido realizada nos finais do século XV, prolongando-se pelos primeiros anos do século XVI. As casas nobres edificadas no início da centúria de Quinhentos derivaram de três grandes influências, a arquitectura popular tradicional portuguesa, a arquitectura militar medieval e a arquitectura erudita do renascimento. 
A arquitectura tradicional permitiu a adaptação da simplicidade de divisão do espaço. Por seu turno, a arquitectura militar medieval levou para as casas senhoriais a torre, como elemento simultaneamente de defesa e de habitação, que com os avanços da pirobalística no século XVI perdeu as suas funções iniciais e tornou-se símbolo de prestígio, linhagem nobre e poder da família proprietária. Por fim, os elementos da arquitectura erudita do Renascimento chegam aos solares através da acção dos vários engenheiros militares que, a partir do século XVII, aplicaram na arquitectura civil a teoria arquitectónica mais erudita, divulgada especialmente através dos escritos de Sebastiano Serlio e Andrea Palladio. 
Apesar da sua parcial ruína, o Solar dos Távoras apresenta uma estrutura híbrida, em que conjuga as linhas militares medievais com elementos decorativos que indiciam já um gosto clássico, como é o caso das janelas dispostas pelas diversas fachadas. O solar possui planta rectangular, com fachadas dispostas simetricamente, e o conjunto integra ainda uma capela autónoma, de planta quadrada. A fachada principal é delimitada lateralmente por duas torres, sendo o corpo central de cércea mais baixa. Na torre esquerda foi aberta uma janela de peito com mainel ao centro e lintel decorado por volutas. O corpo central possui no primeiro registo uma fresta rectangular e no segundo, uma janela quadrangular com mainel de mármore, cujo capitel é decorado por motivos vegetalistas, e lintel decorado por motivos fitomórficos. A torre situada à direita tem no primeiro registo o portal principal do solar, com arco de volta perfeita sem decoração. No segundo registo destaca-se uma janela de ângulo de lintel recto e mainel de fuste canelado. As fachadas laterais apresentam, cada uma, dois corpos, um correspondente à torre e outro, de cércea mais baixa, que corresponde a dependências da casa. Os das torres são divididos em três registos, os restantes em dois. Todos têm janelas de moldura rectangular, algumas delas com mainel semelhante às da fachada principal. No alçado lateral esquerdo, existe ainda um portal, de acesso ao pátio interno da casa, e o edifício da capela. 
Com invocação de Nossa Senhora da Esperança, o templo privativo do solar possui planta quadrada e portal de arco pleno, sem decoração, tendo o seu interior sido despojado de todos os elementos decorativos. O interior do solar encontra-se actualmente muito degradado. Dividido em três pisos, possui no centro do piso térreo um átrio com lanço de escadas, três compartimentos e pavimento lajeado. O segundo piso não tem pavimento nem cobertura, restando vestígios da existência de seis compartimentos. O piso superior perdeu o pavimento e a maior parte da cobertura.
Apesar da sua sobriedade e da ruína, é um dos mais belos paços portugueses da centúria de quinhentos.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1943.


Fontes: AZEVEDO, Carlos de (1988) - "Solares portugueses" 
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73389

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2932
http://cidadeinfinita.blogspot.com/2017/09/solar-dos-tavoras-souro-pires.html
http://www.portugalnotavel.com/solar-dos-tavoras-em-souro-pires-pinhel/

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Largo do Toural

O Largo do Toural é uma das praça mais centrais e importantes de Guimarães. Considerado hoje como o coração da cidade, era no século XVII um largo extramuros junto à principal porta da vila, onde se realizava a feira de gado bovino e outras de diversos produtos. 
Em 1791 a Câmara aforou o terreno junto à muralha para edificação de prédios, que foram feitos mais tarde segundo planta vinda possivelmente de Lisboa, e determina-se assim, o início da lenta transformação do Toural. Na segunda metade do século é construído o Jardim Público, rodeado por um gradeamento de ferro, que abre em 1878. Para este espaço é criado um mobiliário urbano enquadrado na nova arquitectura do ferro: coreto, mictório, bancos e candeeiros. 
Com a implantação da República o Jardim Público é transferido para outro local, sendo então colocada no centro do Toural a estátua de D. Afonso Henriques. Alguns anos depois esta vai para o Parque do Castelo e é substituída por uma vistosa Fonte Artística. Actualmente, resultado da intervenção realizada em 2011, regressou ao largo o Chafariz renascentista de três taças, originalmente colocado no Toural em 1583, e depois transferido para o Largo Martins Sarmento entre 1873 e 2011.
Está rodeado por alguns dos espaços mais emblemáticos da cidade, passados de geração em geração, e de novos conceitos que pretendem trazer inovação à praça, sem nunca perder as marcas da história que se prendem nos edifícios. Aqui, novas ofertas hoteleiras e concept stores tecem uma malha urbana com lojas tradicionais e referências da confeitaria e gastronomia da região, numa dinâmica que enriquece tanto o Largo do Toural como a cidade de Guimarães.

Ler mais:
https://www.guimaraesturismo.com/pages/153?geo_article_id=107
https://pt.wikipedia.org/wiki/Largo_do_Toural
https://www.evasoes.pt/ar-livre/toural-um-largo-a-nao-perder-em-guimaraes/

Parque Municipal José Afonso

Situado na Baixa da Banheira, no concelho da Moita, o Parque José Afonso, estende-se ao longo de 2 km pela margem sul do Tejo. 
Inclui vastas zonas de utilização polivalente e um grande número de equipamentos desportivos, pedagógicos e de recreio. Actualmente com uma área construída de cerca de 40 ha, o parque no futuro terá mais de 60 ha. A ideia principal que presidiu à concepção do parque foi a da recuperação desta zona à beira Tejo para o recreio urbano e para a contemplação e observação da natureza. Estes conceitos genéricos foram traduzidos no traçado do parque que procura fazer a integração multifuncional dos elementos que o compõem, sem os concentrar numa só área. 
Além de espaço de recreio, activo ou passivo, o parque apresenta-se também como espaço pedagógico e educativo, pela diversidade dos equipamentos. As piscinas com escorregas e um restaurante formam um complexo de equipamentos de lazer, integrado numa das áreas de maior impacto social, a Praça da Música ou do Coreto, em anfiteatro sobre o rio.
A forma do terreno onde veio a ser implantado o parque, com penetrações no tecido urbano, foi determinante na estruturação das diversas áreas. Os eixos de penetração urbana, traduzidos em alamedas, evidenciam a preocupação de reforçar a relação do tecido urbano com o rio. As praças de entrada no parque situam-se, assim, nos enfiamentos do tecido urbano envolvente. A hierarquia dos percursos, bem como a marcação da tipologia dos pavimentos permite uma fácil orientação. Os caminhos principais têm um traçado naturalista, sinuoso, contrastando com estrutura geométrica dos caminhos secundários.
A ausência de relevo levou à criação de pontos de vista, as torres miradouro, a partir das quais se pode desfrutar de amplas paisagens sobre o parque e sobre o estuário do Tejo.
As construções industriais que se avistam, marcando igualmente a paisagem, serviram de inspiração para a estrutura destas torres e de todo o mobiliário do parque, conferindo-lhe uma imagem própria.

Fonte (com a devida vénia): Vítor Oliveira
https://www.flickr.com/photos/vitor107/6882413039

Igreja de São João Baptista


As provas documentais da sua existência remontam ao ano de 1176, contudo a sua dimensão inicial não ultrapassaria o espaço da actual nave central. 
A primitiva igreja de São João Baptista de Abrantes foi fundada pela Rainha Santa Isabel em 1300, em memória da celebração de paz entre D. Dinis e o infante D. Afonso, tornando-se sede de paróquia no ano de 1326. Em 1588 Filipe I mandou fazer o templo de raiz, uma vez que este se encontrava arruinado, começando as obras no ano seguinte, a expensas dos moradores e das Confrarias da igreja. A construção deste segundo templo arrastou-se até 1633, havendo uma nova campanha de obras entre 1660 e 1674, para a edificação dos retábulos das capelas das naves. Apesar de em 1680 o coro ter sido concluído, a igreja ficou inacabada, uma vez que as torres da fachada nunca foram terminadas.
A fachada do templo, que denuncia influências da arquitectura de São Vicente de Fora, é dividida em três registos, de três panos, separados entre si por pilastras emparelhadas. No primeiro, ao centro, foi rasgado o pórtico, rematado por frontão triangular e delineado lateralmente por pilastras almofadadas. Os panos laterais possuem janelas rectangulares. Um friso separa este registo do superior. No segundo registo foram abertas diversas fenestrações rectangulares, as do pano murário central encimadas por frontão curvo, ladeando um nicho, a do pano murário direito com frontão triangular. À esquerda foi rasgado uma arco volta perfeita que serve de sineira. No último registo foi colocada uma sineira.
No actual templo, merecem também destaque os caixotões em pedra da capela-mor (da segunda renascença), o retábulo em talha dourada polícroma, uma imagem que representa o Baptismo de Cristo (no nicho central) e os azulejos do século XVI que revestem a capela-mor, entre outros elementos.
Esta igreja está classificada como Monumento Nacional desde 1948.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70286
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3380
https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-santarem/c-abrantes/abrantes/igreja-sao-joao-baptista
https://lifecooler.com/artigo/atividades/igreja-de-sao-joao-baptista/350333

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Aerogare civil das Lajes


O Aeroporto Internacional das Lajes localiza-se na freguesia das Lajes, concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira.
Constitui-se numa infraestrutura aeroportuária que, para além de servir a Terceira, é ponto de acesso ao exterior da rede interna de transportes aéreos dos Açores. Partilha a pista e as estruturas de controlo e de apoio (com excepção do terminal de passageiros e da placa) com a Base Aérea das Lajes.
É o aeroporto com a pista mais extensa de entre os aeroportos dos Açores, que mede cerca de 4.000 metros de extensão.
A Aerogare Civil das Lajes tem capacidade para 750.000 passageiros/ano e 360 passageiros/hora depois das últimas obras de requalificação.

Ler mais:
http://aerogarelajes.azores.gov.pt/Default.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_das_Lajes

Igreja de São Gião


A Igreja de São Gião localiza-se na freguesia de Famalicão, a 5 km a sul da Nazaré, no distrito de Leiria, em Portugal. Foi descoberta na Quinta de São Gião, junto às dunas, a 500 metros do mar, por Eduíno Borges Garcia, em 1961.
Desde a sua descoberta que a pequena igreja da orla costeira da Nazaré tem sido catalogada como visigótica; porém, os trabalhos mais recentes de escavação e, principalmente, de Arqueologia da Arquitectura trouxeram novos dados para a caracterização do monumento, que invariavelmente contrariam a atribuição tradicional. 
Estes estudos recentes têm colocar o monumento numa cronologia mais tardia. De facto, as próprias características arquitectónicas do conjunto afastam-no do universo visigótico e aproximam-no extraordinariamente do restrito número de templos asturianos, provavelmente do século X, conforme se comprova pela existência de tribuna ocidental e câmara supra-absidal. A juntar a estas evidências, há que aprofundar o estudo estilístico dos capitéis da eikonosthasis, cujo vegetalismo e organização em andares aponta também, ainda que com tratamento menos saliente do campo escultórico, para os característicos capitéis vegetalistas asturianos.
Não obstante a falta de consenso quanto à sua origem, a Igreja de Sao Gião constitui, sem dúvida, um dos mais antigos edifícios de rito cristão antigo existentes em território nacional. A igreja esteve aberta ao culto de São Gião até à segunda metade do século XVII, época em que começou a cair em ruína e em 1702 já servia de curral de gado, após o que foi abandonada. A frontaria conserva uma pequena porta com lintel e arco de descarga. O interior é de uma só nave, ao fundo outra nave transversal, separada da primeira pela “iconostase” ou anteparo (isolando o altar e o coro, pois só a nave era destinada aos fiéis; sendo este o único no país), erguido até ao tecto e rasgado por uma porta central e duas aberturas laterais em janela, todas rematadas por arcos peraltados. De ambos os lados, existem portas em arco assentes em capitéis e colunas.
A decoração de características singulares está esculpida nas impostas, nos capitéis e nos ábacos através de folhas de acanto; “esses” encadeados; nervuras oblíquas em dentes de serra; quadrifólios e pentafólios; losangos arqueados inscritos em círculos; arquinhos ultrapassados; espinhas de peixe; palmas e palmetas, estas últimas de inspiração bizantina.
O templo foi recentemente objecto de recuperação e valorização. Está classificado como Monumento Nacional desde 1986.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70376/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3275
http://www.cm-nazare.pt/pt/igreja-de-s-giao
https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-leiria/c-nazare/famalicao/igreja-sao-giao
https://regiaodanazare.com/leia-o-artigo-igreja-de-s-giao-vai-ser-restaurada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_São_Gião

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Ponte de São João

A Ponte de São João é uma infraestrutura ferroviária que transporta a Linha do Norte sobre o Rio Douro, junto à cidade do Porto. Construída para substituir a já centenária Ponte D. Maria Pia, entrou ao serviço em 24 de Junho de 1991. Localizada a 180m a montante da ponte Maria Pia, é a obra de arte mais significativa do novo traçado, em via dupla, inaugurado na mesma data, entre as estações das Devesas em Vila Nova de Gaia e Porto-Campanhã. 
Inaugurada no dia e com o nome do santo popular do Porto, a Ponte São João, projectada por Edgar Cardoso como alternativa ferroviária à congénere Maria Pia, mantém-se hoje uma obra arrojada que poucos ousariam fazer.
Construída em pórtico múltiplo contínuo de betão armado pré-esforçado, de pilares laterais, com três vãos (dois laterais de 125 metros e um vão central de 250 metros, na época um recorde mundial para pontes deste tipo), a ponte tem um comprimento total de 1.140 metros. É constituída por uma só peça contínua, de grandes dimensões, construída em betão armado e pré-esforçado; os viadutos de acesso foram ligados de forma monolítica à ponte em si, formando, assim, uma continuidade natural.
O então inovador sistema construtivo de cofragem deslizante adoptado na ponte é actualmente um sistema padrão da construção mundial e destaca-se por, em caso de acidente, impossibilitar que as carruagens do comboio se encavalitem umas em cima das outras, deslizando antes pela ponte fora.



Ler mais:
http://www.porto.pt/noticias/ponte-de-sao-joao-foi-inaugurada-ha-25-anos-
http://www.ordemengenheiros.pt/pt/agenda/20-anos-da-ponte-ferroviaria-de-s-joao/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_de_São_João
https://www.portopatrimoniomundial.com/ponte-s-joao.html

domingo, 25 de novembro de 2018

Antigo couto mineiro de Vale das Gatas


O extinto couto mineiro de Vale das Gatas, localiza-se nas freguesias de São Lourenço de Ribapinhão e Souto Maior, concelho de Sabrosa. A exploração destas minas iniciou-se no período romano onde era extraída cassiterite, um minério de estanho. No entanto, foi em 1883 que se reiniciaram propriamente os trabalhos mineiros.
Nesta mina, o minério mais extraído era o volfrâmio (produção de filamentos para lâmpadas e material bélico). Assim, a produção da mina ficou condicionada aos conflitos que foram ocorrendo ao longo do séc. XX. Os maiores picos de exploração e laboração corresponderam precisamente à primeira guerra mundial (1914-1918) depois à segunda (1939-1945) e ainda ao conflito da Coreia (anos 50).
Tendo uma extracção muito variável, devido aos factores mencionados, a sua cotação no mercado internacional, também o era e consequentemente gerava muita instabilidade económica. Assim, entre 1980 e 1990 a sua produção foi decaindo, até que em 1994, por despacho governamental foram extintas as 16 concessões do Vale das Gatas.
Desde o encerramento, acentuaram-se os problemas ambientais inerentes a uma exploração mineira deste tipo: as águas provenientes das minas e da lixiviação das escombreiras, a contaminação dos solos envolventes com metais pesados e o colapso das galerias mais superficiais, o que provocou depressões topográficas, são algumas das situações mais graves. Espera-se uma urgente intervenção, no âmbito da recuperação ambiental, que permita brevemente o usufruto de uma região muito importante para a arqueologia mineira e para o respectivo turismo especializado.

Ler mais:
http://comabrisadamontanha.blogspot.com/2011/05/redescobrindo-torga-vale-das-gatas-o.html
https://www.utad.pt/museu-de-geologia/wp-content/uploads/sites/34/2017/02/Not%C3%ADcia-5.pdf

Praia da Areia Branca


A Praia da Areia Branca é uma praia oceânica situada na freguesia e concelho da Lourinhã.
Ponto de referência no turismo da região, possui todas as condições necessárias para proporcionar longos momentos de lazer. Com um leque variado de opções que vão desde minigolfe a aulas de surf e bodyboard, é o local ideal para quem procura animação e divertimento. Restaurantes, bares e esplanadas complementam a oferta turística.
Situada junto à praia, existe uma das mais antigas Pousadas da Juventude do país.

Ler mais:
http://www.cm-lourinha.pt/catalogs/listentities.aspx?category=29
https://pt.wikipedia.org/wiki/Praia_da_Areia_Branca

Festival Gastronómico do Achigã

O achigã é um peixe muito apreciado em várias regiões de Portugal. Trata-se de um peixe de água doce, magro, de sabor suave e com pouquíssimas espinhas.
É principalmente na bacia hidrográfica do Tejo que é mais apreciado e consumido, havendo numerosos restaurantes especializados na sua confecção.
Organizado pela Câmara Municipal de Vila de Rei, o Festival Gastronómico do Achigã convida os restaurantes aderentes a deliciarem os visitantes com os sabores e aromas tradicionais, inerentes à culinária daquele peixe
Dar a conhecer a gastronomia do concelho e fazer do achigã um produto turístico de Vila de Rei são os principais objectivos deste evento que todos os anos leva milhares de visitantes aos restaurantes vilarregenses.
O Festival ocorre anualmente, em torno da primeira semana de outubro.

Ler mais:
http://www.cm-viladerei.pt/index.php/pt/listaeventos/319-12-festival-gastronomico-do-achiga

Aldeia abandonada do Gavião


Trata-se de uma aldeia de provável construção baixo-medieval. O caminho que de Seixo de Manhoses dá acesso à aldeia é marcado, numa encruzilhada próxima, por um cruzeiro, erguido sobre um soco quadrangular com alminhas do purgatório pintadas, na face virada a norte, e constituído por uma cruz latina com imagem de Cristo. 
A aldeia desenvolve-se para oriente do cruzeiro. As construções são em alvenaria de granito e, em alguns casos, em silhares de granito. Na sua maioria mantêm o pé-direito, correspondendo a um registo ou dois, mas apenas com vestígios de coberturas, sobrados e caixilharias. A este do aglomerado, estende-se uma extensa eira de muito bom labor em silhares de granito bem aparelhados. É também um excelente miradouro.

Fonte: Câmara Municipal de Vila Flor
https://www.cm-vilaflor.pt/frontoffice/pages/294?poi_id=43

Quinta do Chantre

A Casa e Quinta do Chantre devem a sua designação ao cónego da Sé do Porto, Fernando Barbosa de Albuquerque, que sucedeu como Chantre da referida Sé ao seu tio Manuel Barbosa, em 1736.
A Quinta do Chantre é um edifício solarengo do tipo rural, de meados do século XVIII, situado na freguesia de Leça do Balio.
É constituído por um grande bloco rectangular de dois pisos de onde emerge uma torre brasonada. A frontaria da capela anexa, os chafarizes do terreiro e as estátuas decorativas da alameda, denunciam o traço de um grande arquitecto. Efectivamente, o seu projecto é atribuído a Nicolau Nasoni, cerca de 1743-1746.
Este solar setecentista apresenta as características dos edifícios civis dessa época, isto é, o desenvolvimento horizontal. A entrada nobre e o papel primacial da escadaria valorizam a fachada.
No conjunto de casas de campo desenhadas por Nasoni nos arredores do Porto, a Casa do Chantre ganha maior destaque por ser considerada uma das obras fundamentais na carreira do arquitecto. É, não apenas o maior solar de tipologia comum desenhado por Nasoni, mas principalmente aquele em que se percebe o gosto pelas grandes alamedas, enquanto elementos de dinamização do espaço. Contudo, e tal como acontece na Quinta de Ramalde, a vasta alameda da Quinta do Chantre traça uma linha directa entre a casa do portão, mas sem se impor efectivamente na organização da paisagem. À semelhança do que acontece um pouco por toda a Quinta, também no portão se concentram alusões heráldicas à família - os dois leões são símbolo dos Barbosa e as flores-de-lis dos Albuquerque.
De um dos lados da fachada e formando um ângulo recto com esta, situa-se a capela, rematada por frontão contra-curvado encimado por pináculos de dimensões consideráveis.
Destaca-se o portão em ferro da entrada principal da quinta, através do qual não só se pode admirar a fachada principal do edifício, mas também uma alameda de acesso e os jardins e motivos escultóricos circundantes, reforçando assim o estilo barroco paisagístico das obras de Nasoni.
Está classificado Imóvel de Interesse Público desde 2009.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73844
"Tesouros Artísticos de Portugal" (1976) - Selecções do Reader's Digest
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4970

Castelo da Dona Chica