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domingo, 15 de novembro de 2020

Igreja de Campanhã

Situada no centro da freguesia portuense, a Igreja de Santa Maria de Campanhã terá sido erigida por volta de 1714 não se conhecendo, porém, qualquer fonte que possa atestar com segurança o ano exato da sua construção. As origens mais remotas poderão estar ligadas à antiquíssima "igreja Sanctae Mariae de Campanham" (séc. XIII), cuja localização se mantém incerta. 

Foi saqueada no decurso da segunda invasão francesa (março de 1809) e sofreu numerosos danos durante o cerco do Porto (1832-33). Desde então foi objeto de diversas intervenções de restauro e conservação. 
A igreja possui unia bela torre sineira e o exterior é todo revestido a azulejo azul e branco, interrompido por alguns elementos notáveis de cantaria lavrada, entre os quais se destaca o belo óculo frontal. 

No interior, a tribuna é em talha dourada e existem unia série de painéis representando cenas da vida religiosa. A Igreja de Campanhã alberga ainda a célebre imagem de Nossa Senhora de Campanhã, padroeira da freguesia, cuja fama advém das numerosas lendas e milagres a que está associada, alguns dos quais remontando aos séculos IX e X. Trata-se de uma imagem esculpida em calcário (pedra de ançã), estofada e policromada, de influência francesa e atribuída ao século XIV.

Ler mais:
https://www.campanha.net/index.php/roteiro-turistico
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=21404

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Percurso pedestre "Caminhos de Sobrosa"

O percurso pedestre "Caminhos de Sobrosa" é um trilho circular de pequena rota, com uma extensão aproximada de 6km e que tem como local de partida e de chegada o Jardim de Soverosa (na foto acima), na freguesia de Sobrosa.

Este percurso dá a conhecer alguns dos lugares e recantos mais curiosos de Sobrosa. No decurso deste trajeto passa-se por campos verdejantes de cultivo agrícola, onde se pode ver e conhecer palheiros e espigueiros tradicionais. Ao nível patrimonial destacam-se algumas das casas mais emblemáticas da freguesia como é caso da casa da Portela (foto ao lado) ou da casa de Rial.
Ler mais:
https://www.cm-paredes.pt/pages/1140
http://www.walkingportugal.com/z_distritos_portugal/Porto/Paredes/PRD_PR3_Caminhos_de_Sobrosa.html
http://www.walkingportugal.com/z_distritos_portugal/Porto/Paredes/PRD_pr3_caminhos_de_sobrosa_folheto.pdf

domingo, 8 de novembro de 2020

Jardim da Arca d'Água

O Jardim de Arca d'Água é um espaço público ajardinado, situado na Praça 9 de Abril, na freguesia de Paranhos, cidade do Porto.
Inaugurado em 1928, foi projetado por Jerónimo Monteiro da Costa. Nos seus 22.000 m2 encontram-se diversas árvores frondosas, destacando-se um magnífico conjunto de magnólias que envolvem um coreto.
O jardim deve o seu nome aos reservatórios das águas de Paranhos (Arca d'Água), ainda hoje visitáveis. Foi em 1597, durante o reinado de Filipe I, que se iniciou o encanamento do manancial de Paranhos, para o aproveitamento das três nascentes que ali se encontravam. A obra ficou concluída em 1607 e passou a permitir o transporte da água até à cidade, alimentando várias fontes e chafarizes ao longo do seu percurso.
A estrutura subterrânea sobre a qual se encontra o Jardim, remonta ao início do século XVII. O crescimento da população do Porto, e a sua consequente concentração, agravaram os problemas de abastecimento de água à cidade, sendo necessário aproveitar o manancial de Paranhos - para tal foi construída a Arca d'Água. Foi em 1597, durante o reinado de Filipe I, que se iniciou o encanamento do manancial de Paranhos, para o aproveitamento das três nascentes que ali se encontravam. A obra ficou concluída em 1607 e passou a permitir o transporte da água até à cidade, alimentando várias fontes e chafarizes ao longo do seu percurso.
O jardim possui uma escultura da autoria de Cherters de Almeida, inaugurada em 1972 e intitulada "A família".

Ler mais:
http://www.porto.pt/noticias/historias-da-cidade-as-fontes-subterraneas-que-dao-nome-a-arca-dagua
https://www.cm-porto.pt/jardins-e-parques/jardim-de-arca-dagua

domingo, 1 de novembro de 2020

Igreja paroquial de Santa Maria

A Igreja de Santa Maria é uma das obras mais ilustres da era moderna, de reconhecido valor internacional em Marco de Canaveses. O projeto é do conhecido arquiteto Álvaro Siza Vieira e ilustra de uma forma diferente a construção de um lugar sagrado onde tudo foi pensado de acordo com o Evangelho e a importância que os traços e objetos devem ter em toda a conjuntura da religião católica.
Como acontece com a maioria das igrejas antigas de Portugal, muros de contenção e grandes escadarias são projetados ao redor do edifício para ajudar a manter sua distância ao entorno imediato. Esta estratégia também é encontrada na Igreja Santa Maria, onde Álvaro Siza faz uso do terreno inclinado e sobrelevado.
O programa para este núcleo incluía, para além da igreja e capela funerária anexa, um auditório, uma escola de catequese e uma habitação para o pároco. Siza implantou estes edifícios em torno de um espaço central de carácter cerimonial, um adro no sentido tradicional, elevado em relação à via tangencial. A composição volumétrica, extremamente atenta aos valores dissonantes e aos alinhamentos apontados pelas construções envolventes, procura consolidar e equilibrar o tecido urbano e em simultâneo criar uma presença física e visual bastante forte no contexto do aglomerado.
A materialidade é a imagem do trabalho de Siza, as paredes externas brancas são construídas em betão, enquanto que as paredes internas e tetos são revestidos por estuque, que é coberto por peças de mármore ou pela água que corre. Os pavimentos são de madeira, granito e mármore; e a cobertura é criada com lâminas de zinco.
A conjugação de entendimento entre a porta, a nave, o sacrário, a simples cadeira, a imagem, a grande curva, o diálogo entre a Cruz e o seu efeito são elementos antigos e que marcam a Casa de Deus e dos Homens. A fachada virada para a entrada da cidade cria uma espécie de enigma que quase obriga o viajante a satisfazer a curiosidade de saber o que representa aquele enorme e indecifrável edifício, sem uma Cruz ou sinal que deixe expressar a informação que se trata de uma Igreja.
Pelo seu caráter emblemático para a arquitetura portuguesa e por ser um projeto marcante da obra de um arquiteto de exceção, a Igreja de Santa Maria e o Complexo Paroquial foram classificados pelo Governo, em 2013, como “Monumento de Interesse Público”.

Ler mais:
https://www.igrejasantamaria.pt/
https://www.archdaily.com.br/br/01-56992/classicos-da-arquitetura-igreja-de-santa-maria-alvaro-siza
https://www.infopedia.pt/$igreja-do-marco-de-canaveses
http://www.baixotamega.pt/pages/285/?geo_article_id=1027

sábado, 31 de outubro de 2020

Mosteiro do Salvador de Travanca

A tradição atribui a fundação do Mosteiro do Salvador de Travanca a Garcia Moniz, filho de Moninho Viegas, o Gasco, na segunda metade do século XI. 
Ao longo da Idade Média, Travanca mostrará uma influência relevante no controlo económico, político e religioso da região, fosse por doações ou pela zelosa administração dos seus bens. O instituto integrava então a Terra de Sousa, tendo permanecido no concelho de Ribatâmega, apesar de ter sido coutado por Dona Teresa em 1120.
Este Mosteiro esteve sob a gestão de abades trienais beneditinos até finais do século XV ficando, a partir de então, sujeito aos abades comendatários cujas comendas terminaram no ano de 1565. Após este período, o Mosteiro volta à gestão de abades nomeados trienalmente pela comunidade, coincidindo com intensas atividades construtivas e reconstrutivas até à extinção das ordens religiosas em 1834.
Após esta data, o Mosteiro cai na escuridão do esquecimento, voltando a viver para a comunidade nos inícios do século XX, através das obras de restauro da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e a instalação de uma dependência hospitalar nos seus espaços. Já nos inícios do século XXI adquiriu novas funções, desta vez, para educar "os homens e mulheres d’amanhã".
Apesar das dependências monacais remontarem ao século XI, a sua Igreja é do século XIII, notabilizando-se no contexto do património românico português pelas excêntricas dimensões e pela importância da sua ornamentação escultórica dos capitéis.
De aludir, também, à extraordinária torre que ladeia a Igreja. Na Idade Média a torre era entendida como símbolo de segurança e, na ausência de castelos, a Igreja era a melhor fortaleza. Independentemente da função a que se destinava, a natureza religiosa e uma pretensa vontade militar são, nestes casos, indissociáveis. É, ainda, por esta razão que a torre de Travanca tem de ser entendida enquanto elemento de afirmação senhorial, ou seja, do poder de uma família sobre uma região.
A 17 de janeiro de 1916 o conjunto monástico é classificado como Monumento Nacional, reconhecendo-se o valor patrimonial e histórico deste Mosteiro para Portugal.

Fonte: Associação de Municípios do Baixo Tâmega - turismo
http://www.baixotamega.pt/frontoffice/pages/302?geo_article_id=400

Ler mais:
https://www.rotadoromanico.com/pt/monumentos/mosteiro-do-salvador-de-travanca/
https://www.cm-amarante.pt/pt/mosteiro-do-salvador-de-travanca
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69880
http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=3954
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_Travanca

domingo, 25 de outubro de 2020

Estátua equestre de D. Pedro IV

A estátua equestre de D. Pedro IV situa-se na Praça da Liberdade, na cidade do Porto e tem a autoria do escultor francês Célestin-Anatole Calmels.
Foto: DGPC

O monumento, com cerca de dez metros de altura, é uma autêntica elegia pétrea à personalidade e vida do regente, apresenta-se constituído por uma base sobre a qual assenta um pedestal executado em pedra lioz. 
Originalmente realizados em mármore branco de Carrara, os dois relevos presentes nas faces laterais foram, por questões de conservação, substituídos por outros de bronze. Neles, observam-se cenas evocativas da relação do soberano com a cidade do Porto, da entrega do seu coração (inserido numa pequena urna à urbe e do desembarque no Mindelo, oferecendo a bandeira bordada pelas damas do Faial ao comandante do batalhão de voluntários da Rainha. E, quanto às faces frontal e posterior, elas ostentam as armas dos Braganças e da cidade do Porto, circundadas por folhas de carvalho e louro.
Foto: DGPC
Quanto à estátua, propriamente dita (fundida na Bélgica), D. Pedro IV surge-nos representado a cavalo, vestindo o uniforme do Regimento de Caçadores n.º 5, sobre o qual enverga uma polaca, exibindo chapéu bicónico. E enquanto segura as rédeas do cavalo com a mão esquerda, D. Pedro oferece a Carta Constitucional à cidade, com a direita.
Executado entre 1862 e 1866, o monumento assumiu um estatuto de homenagem pública e oficial da cidade do Porto àquele que também ficaria conhecido como "Rei Liberal", num ato inaugural ocorrido a 19 de Outubro de 1866, com a presença de D. Fernando (1816-1885) e D. Luís I (1838-1889).

Fonte: A. Martins, DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73484/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5572

sábado, 24 de outubro de 2020

Igreja de São Vicente de Sousa

A Igreja de São Vicente de Sousa, classificada como Monumento Nacional desde 1977, integra o percurso turístico-cultural da Rota do Românico.
Esta Igreja conserva duas inscrições da época românica. A inscrição comemorativa da Dedicação da Igreja está gravada na face externa da parede da nave, à direita do portal lateral norte. Assegura que a Igreja foi sagrada em 1214. A outra inscrição data de 1162. É uma inscrição funerária ou comemorativa da construção de um arcossólio, aberto na face exterior da parede sul da capela-mor.
O templo apresenta planta simples com corpo composto de nave única separada da capela-mor por grande arco triunfal com retábulo de talha dourada e teto de caixotões pintados, como de madeira policromada é a cobertura da restante igreja, onde se erguem dois outros retábulos, maioritariamente resultantes das intervenções seiscentistas e barrocas de setecentos.
Da Época Moderna salienta-se o conjunto de talha e pintura, com temas alusivos à vida de São Vicente, de São José e aos Mistérios do Rosário. As pinturas do teto da capela-mor foram efetuadas, em 1693, por Manuel Freitas Padrão, um dos fundadores da Irmandade de São Lucas de Guimarães.
Exteriormente, a igreja apresenta torre sineira adossada à fachada lateral, correspondente à capela-mor, culminando em empena o alçado principal com pórtico de quatro arquivoltas perfeitas assentes em colunas com bases e capitéis profusamente decorados com motivos geométricos e fitomórficos, ostentando o tímpano Cruz de Malta esculpida, sobrepujado por rosácea formada por círculos polilobados.
O portal principal, a ocidente, é saliente em relação à fachada, com quatro arquivoltas em arcos de volta perfeita sobre três colunas cujos fustes são alternadamente prismáticos e cilíndricos. Os plintos são decorados, tal como os capitéis e impostas com motivos vegetalistas ou geométricos.
O portal é encimado por um óculo no tímpano e uma cruz por cima.

Ler mais:
https://www.rotadoromanico.com/pt/monumentos/igreja-de-sao-vicente-de-sousa/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71124
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4857
https://www.visitarportugal.pt/porto/felgueiras/torrados-sousa/igreja-sao-vicente

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Tasquinha do Fumo

Localizado no lugar de Almofrela, concelho de Baião, o restaurante Tasquinha do Fumo proporciona iguarias da gastronomia regional, confecionadas em potes de barro e panelas de ferro. Nesta casa rústica, onde a simplicidade e a genuinidade são servidas em doses generosas, o melhor é ligar antes para confirmar o horário e encomendar o repasto. Anho e galo assados no forno a lenha, vitela arouquesa ou bacalhau na brasa com batata a murro são algumas das especialidades. No inverno, surgem o cozido à portuguesa e os rojões com castanhas.

Cozinhar no fogo, com tempo e respeito pelos ingredientes, faz parte da matriz desta casa onde tudo é caseiro e genuíno. 

As abundantes doses são preparadas na fogueira ou no forno a lenha, em potes de ferro que são "porto seguro para transformar ingredientes frescos, caseiros e locais em refeições com o sabor de genuíno do que é feito com saber e sem pressas".

Ler mais:
https://boacamaboamesa.expresso.pt/boa-mesa/2019-12-02-Tasquinha-do-Fumo-Cozinhar-ao-lume-como-antigamente
http://www.agrupamento-vale-ovil.edu.pt/turismo/Do_silencio_aos_sabores_da_Terra/Tasquinha.html
https://www.allaboutportugal.pt/pt/baiao/restaurantes/tasquinha-do-fumo
https://www.visitbaiao.pt/ponto-de-interesse/tasquinha-do-fumo/


terça-feira, 20 de outubro de 2020

Casa-museu Teixeira Lopes

António Teixeira Lopes (1866-1942) figura entre os maiores escultures portugueses de todos os tempos e foi em pleno centro de Vila Nova de Gaia que o seu irmão, José Teixeira Lopes, projetou o edifício oitocentista para local de habitação e atelier do Mestre. 
O edifício oitocentista de aspeto regional, inaugurado em 1895, envolve um pátio povoado de obras de arte. Uma ampla escadaria dá acesso ao andar superior.
A Casa-Museu reúne hoje uma coleção notável de obras de escultura monumental, tumular, arquitetónica, de vulto e de caráter religioso da autoria de Teixeira Lopes, bem como o espólio riquíssimo da sua coleção particular de artes decorativas e pintura portuguesa, contanto com obras de nomes como Alfredo Keil, António Carneiro, António Ramalho, Aurélia de Sousa, Domingos Sequeira, Henrique Pousão, João Vaz, José Malhoa, Silva Porto, Sousa Pinto, Vieira Lusitano, Vieira Portuense, entre outros. 
Inauguradas em 1975, as Galerias Diogo de Macedo constituem um segundo momento da visita à Casa-Museu e têm patente a obra do escritor homónimo (1889-1959), a par da sua significativa coleção de arte, da qual o núcleo de pintura modernista reúne obras de Amadeu Sousa Cardoso, Almada Negreiros, Dórdio Gomes, Júlio Pomar, citando apenas alguns, assim como o singular núcleo de Arte Negra e a respetiva coleção de artes decorativas, com peças indo-portuguesas, porcelanas Qing e figuras de presépio de Machado de Castro.
Fontes:
https://www.cm-gaia.pt/pt/cidade/cultura/equipamentos-municipais/casa-museu-teixeira-lopes-galerias-diogo-de-macedo/
http://pin.amp.pt/recurso/216
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/museus-e-monumentos/rede-portuguesa/m/casa-museu-teixeira-lopes/

sábado, 17 de outubro de 2020

Pelourinho da Póvoa de Varzim

O primeiro foral das terras de Varzim foi concedido por D. Dinis, em 1308, determinando a constituição de uma pobra (póvoa) que funcionava como concelho independente. D. Manuel concedeu foral novo aos seus moradores no ano de 1514, em resposta às constantes reclamações contra a jurisdição do Mosteiro de Vila do Conde, que detinha direitos sobre o concelho desde 1318. Cerca de duas décadas depois do foral manuelino, em 1537, a Póvoa é incorporada na Coroa, e anexada à comarca do Porto, estabelecendo-se a sua autonomia plena.
O seu pelourinho foi construído na sequência do foral quinhentista, e esteve levantado na cidade, em implantação desconhecida, até 1854. Nesta data, a câmara determinou a sua destruição, por causar dificuldades à circulação automóvel. A coluna foi levada para uma casa particular, e o seu paradeiro é atualmente desconhecido. A esfera armilar do remate conservou-se, estando integrada no atual pelourinho, erguido em finais do século XIX na Praça do Almada, nas imediações dos Paços do Concelho oitocentistas. É a este último monumento que corresponde a classificação.
O atual pelourinho da Póvoa de Varzim assenta num soco de quatro largos degraus quadrangulares, de parapeito boleado, onde assenta um parapelepípedo com faces almofadadas, rematado superiormente por molduras crescentes, e ligando-se ao último degrau por meio de um largo enbasamento. Sobre este plinto repousa o conjunto da base, coluna, capitel e remate. A base da coluna é constituída por três molduras quadrangulares escalonadas, e o fuste é cilíndrico e esguio, sendo lisa a metade inferior, e canelada a superior. É diretamente encimada pelo remate, composto por uma peça semelhante a um peão de xadrez, com base formada por três molduras lisas escalonadas e corpo em pináculo liso, encimado por dois aneletes circulares, onde assenta a esfera. Esta é supostamente herdada do pelourinho manuelino, conforme referido. 
Está classificado como Monumento Nacional desde junho de 1910.

Fonte: SML, DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70621/

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Igreja de Santo Ildefonso

A Igreja de Santo Ildefonso está localizada na Praça da Batalha, freguesia de Santo Ildefonso, no centro da cidade do Porto.
A igreja foi reconstruída a partir de 1730, por se encontrar em ruínas a primeira igreja, e ficou concluída em 1739, sendo dedicada a Santo Ildefonso de Toledo.
Antecedida por uma escadaria de dimensões consideráveis, a fachada denuncia uma tipologia barroca de grande austeridade a que já fizemos referência. O corpo central surge um pouco avançado em relação aos laterais, rematados por torres sineiras. Sobre a porta principal, o frontão triangular exibe tímpano com a inscrição "Ildefonse per te vivit domina mea 1730". Sobre o entablamento denticulado, o nicho acolhe a figura do orago da igreja. O revestimento azulejar, da autoria de Jorge Colaço data já do século XX, nomeadamente de 1932, e apresenta painéis figurativos onde se representam cenas da vida de Santo Ildefonso e alegorias à Eucaristia.
No interior, perde-se a noção longitudinal que o exterior aparentava. A nave octogonal configura um espaço centralizado, animado por pilastras que conferem ritmo ao conjunto. A capela-mor, ampliada no decorrer da campanha de obras de meados do século XIX, apresenta retábulo em talha executado por Miguel Francisco da Silva em 1745, mas sob risco de Nicolau Nasoni. Aquele entalhador lisboeta seria, mais tarde, responsável pelo grande retábulo da igreja de São Francisco do Porto. Em Santo Ildefonso o desenho atribuído a Nasoni valoriza motivos decorativos - flores, grinaldas, festões, anjos - em detrimento dos motivos arquitectónicos, antecedendo, de alguma forma, a exuberância da talha e das igrejas forradas a ouro que caracterizaram a cidade no decorrer do século XVIII.


Fonte: Rosário Carvalho, DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73487
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5464

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Estação ferroviária de Livração

 

A estação de caminho de ferro de Livração está situada na freguesia de Toutosa, na parte norte do concelho de Marco de Canaveses. 
Esta estação situa-se na Linha do Douro, no lanço entre Caíde e Juncal, que foi aberto à exploração no dia 15 de Setembro de 1878.
Em 1887, foi estudada uma linha de via larga entre Livração e Vidago, onde entroncaria com a também planeada linha da Régua a Chaves. Em finais de 1899, o engenheiro Cachapuz, em representação de uma sociedade de financeiros italianos, pediu autorização ao estado para construir várias linhas férreas em Portugal, incluindo uma de Livração a Chaves. Em 15 de Fevereiro de 1900, foi decretado o Plano da Rede Complementar ao Norte do Mondego, que classificou a Linha do Vale do Tâmega, de via estreita, com origem em Livração. Uma portaria de 9 de Março de 1903 ordenou a elaboração do projeto para a linha de Livração a Vidago, tendo os estudos sido concluídos no ano seguinte. Esta linha começou a ser construída ainda na década de 1900, por conta do governo, tendo o primeiro lanço, de Livração a Amarante, entrado ao serviço em 21 de Março de 1909. Nesse ano, foi autorizada a instalação de uma oficina de montagem e reparação de material circulante em Livração.
Em 15 de Janeiro de 1949, ficou completa a Linha do Tâmega, ligando Livração a Arco de Baúlhe, tendo sido organizados dois comboios especiais para a cerimónia de inauguração: um de Porto - São Bento a Livração, e outro até Arco de Baúlhe. No mesmo dia, fez-se o primeiro comboio regular até Arco de Baúlhe, que partiu de Livração.
Entretanto, o troço entre Arco de Baúlhe e Amarante foi encerrado ao serviço em 1 de Janeiro de 1990, devido à reduzida procura. Porém, a estação de Livração manteve-se como um entroncamento entre a Linha do Douro e o troço da antiga Linha do Tâmega que segue até Amarante.

Ler mais:
https://www.cm-marco-canaveses.pt/viver/transportes/caminho-de-ferro/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estação_Ferroviária_de_Livração

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Quinta da Aveleda

Entre altos muros de granito, nos arrabaldes de Penafiel, encontra-se uma das mais belas quintas do país, prestes a completar 150 anos na produção de vinho.
A Quinta da Aveleda é um lugar de encantos, a começar desde logo pelos seus magníficos jardins ao estilo vitoriano, que vale percorrer a passo lento. Ali, convivem árvores centenárias e espécies exóticas, um vale de fetos, uma alameda com mais de 90 espécies de camélias e construções que parecem saídas de um filme de fantasia. É exemplo a Torre das Cabras, onde se encontram as ditas, a pitoresca casa de chá rodeada pelo lago, e a janela manuelina do séc. XVI, que Manuel Pedro Guedes da Silva da Fonseca – primeira geração da família ao comando da Aveleda – terá colocado no jardim, rodeado hoje por mais de 100 hectares de vinhas, não fosse afinal uma quinta vinhateira. 
 Uma visita à propriedade não fica completa sem uma passagem pela Adega Velha, imponente, onde envelhece a aguardente da casa, à qual dá o nome. A partir de 2020, vai estar disponível um novo programa de visita desenhado em especial para os apreciadores do destilado, que permite ver o alambique a trabalhar – só funciona de novembro a março -, provar a aguardente diretamente da barrica, e seguir para uma prova comentada por um enólogo.

Ler mais:
https://www.aveleda.com/pt/enoturismo/espacos
https://www.evasoes.pt/o-que-fazer/quinta-da-aveleda-uma-adega-velha-num-jardim-magico/830899/
Fotos: Pedro Granadeiro e Artur Machado, GI, "Evasões"

sábado, 26 de setembro de 2020

Igreja de Santa Maria de Meinedo

 

Consagrada em 1262, a Igreja Matriz de Meinedo é dedicada a Santa Maria desde a sua fundação, integrando atualmente a Rota do Românico do Vale do Sousa. Segundo a tradição, este edifício românico substituiu outro templo, fundado antes da ocupação árabe da península, onde teriam sido depositadas as relíquias de Santo Tirso. Apresenta planta retangular composta por nave, capela-mor, capela lateral e sacristia seiscentistas adossadas à fachada lateral esquerda e torre sineira, também seiscentista, no lado direito. Possui coberturas diferenciadas em falsas abóbadas de berço, a da nave recente e rebocada e pintada e a da capela-mor barroca, em caixotões pintados, escassamente iluminada por festas e janelas.  
Do lado direito foi edificada, no século XVIII, a torre sineira, rematada com coruchéu. 
A escultura de Nossa Senhora de Meinedo ou de Nossa Senhora das Neves, em calcário policromado, trata-se de uma obra de estilo gótico.
A Igreja de Santa Maria de Meinedo está classificada Imóvel de Interesse Público desde 1945.





Ler mais:
https://www.rotadoromanico.com/pt/monumentos/igreja-de-santa-maria-de-meinedo/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73629
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1096
https://www.visitarportugal.pt/porto/lousada/meinedo/igreja-santa-maria

sábado, 22 de dezembro de 2018

Igreja da Lapa

Em 1754, o fundador da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa pregava pelo Porto, com a intenção de construir uma capela em honra de Nossa Senhora da Lapa. Em 1755, fruto das esmolas, construiu-se a Capela de Nossa Senhora da Lapa das Confissões.
A primeira pedra da igreja foi lançada em 17 de julho de 1756 e, embora tenha sido consagrada em 1779, a construção só foi concluída em 1863. O primeiro projecto da igreja foi encomendado ao arquitecto João Glama Ströberle. Em 1756 foi encomendado em novo desenho ao arquitecto Figueiredo Seixas, que dirigiu as obras até à data da sua morte em 1773. A construção da igreja arrastou-se por mais de 100 anos. A marca deste último arquitecto está bem presente no interior, de gosto claramente neoclássico. Por fim, resta referir José Luís Nogueira Júnior, responsável pela obra na fase do levantamento das torres, muito elevadas em relação à fachada. Erguida ao longo de mais de um século a igreja da Lapa não poderia deixar de exprimir os vários gostos das diferentes épocas, equilibrando-se entre o rococó e o neoclassicismo, que apear das muitas e variadas intervenções, logrou alcançar um equilíbrio formal quer no exterior quer no interior.
A Igreja da Lapa faz parte de um conjunto edificado que inclui o cemitério da Lapa, a escola primária da Irmandade e o Hospital da Irmandade da Lapa. Desde 1835, a Igreja acolhe o coração de D. Pedro IV, doado em testamento à irmandade, albergado num monumento localizado na capela-mor.
A fachada, de dois registos, é seccionada por pilastras que definem cinco panos abertos por vãos diversos. No inferior, rasgam-se três portas, sendo que as laterais conduzem a longos corredores de acesso à sacristia ou á Casa da Irmandade. O segundo registo, mais neoclássico, antecede o frontão triangular que remata o alçado e sobre o qual se elevam as esculturas representando Raquel, Judite, Ester e Sara.
No interior da igreja há obras de arte que saltam à vista: desde a tela de 20 metros do pintor portuense Joaquim Rafael que se destaca no altar, encimado por uma estátua central de Nossa Senhora da Lapa, até aos vitrais no extremo oposto da nave da igreja, concebidos pelo artista italiano Ricardo Leone, que envolvem o monumental órgão de tubos.O maior instrumento deste tipo em Portugal impressiona desde logo pelas cerca de 32 toneladas, 15 metros de altura, 10 de largura e 5 de profundidade, dispondo de 64 registos, 256 combinações, 4 teclados e 4500 tubos capazes de produzir um som único que pode ser fruído pelo público nas missas de domingo.
A Igreja da Lapa está classificada Imóvel de Interesse Público desde 2013.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/5975244/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=34498
https://www.dn.pt/artes/interior/lapa-um-pedaco-da-historia-de-portugal-para-conhecer-no-porto-5021241.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Lapa_(Porto)
https://invictadeazulebranco.pt/igreja-da-lapa-porto/

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Cruzeiro do Senhor do Padrão

Implantado no bairro do Carvalhido, frente à Praça do Exército Libertador, no espaço de confluência das ruas 9 de Julho e Oliveira Monteiro, o Cruzeiro do Senhor do Padrão data da primeira metade do século XVIII, marcando o caminho primitivo que saía da cidade em direcção a norte.
A estrutura é composta por três peças, dispostas na vertical: a base retangular de quatro faces, numa das quais se inscreve a legenda "Louvado seja os tempos de valores virtude lisura ozias. MDCCXXXVIII", inserida num medalhão delimitado por enrolamentos, sobre a qual assenta a coluna cilíndrica com capitel vegetalista, decorado com folhas de acanto, e, por fim, o coroamento, com uma representação de Cristo na Cruz.
O Cruzeiro do Senhor do Padrão foi erigido em 1738, assinalando a antiga estrutura viária desta zona da cidade do Porto, por onde passava o caminho que se dirigia ao norte da Península, nomeadamente a Santiago de Compostela. O cruzeiro testemunha, também, um tipo característico de religiosidade de caminhos, uma vez que, na sua aparente ingenuidade, simboliza um dos valores religiosos mais importantes da vivência religiosa exterior da época barroca.
Quando o espaço abrangente se urbanizou, com a construção de habitações e a abertura dos eixos viários que confluem para a Praça do Exército Libertador, o cruzeiro foi rodeado e protegido por uma estrutura quadrangular, com faces azulejadas e portão de acesso ao recinto.
No ano de 1993 o Cruzeiro do Senhor do Padrão foi classificado como de interesse municipal, e em 2000 a autarquia portuense restaurou a estrutura e devolveu-lhe a feição primitiva, colocando na base da mesma uma placa comemorativa que assinala a intervenção.

Fonte: Catarina Oliveira (DGPC, 2018)
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71035

Forte Jesus de Mombaça