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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Castelo e cerca urbana de Borba

 O castelo de Borba foi mandado construir por D. Dinis porque anos antes, em 1297, fora assinado o Tratado de Alcanices, que ainda hoje estabelece as fronteiras entre Portugal e Espanha. Borba assumia, juntamente com outros castelos de fronteira, uma função militar importante de observação, já que das suas muralhas se avista todo o território em direção a Espanha. Em caso de invasão, constituía a última defesa antes de Estremoz e Vila Viçosa.

É constituído por uma cerca urbana de traçado retangular, com dois acessos flanqueados por torres circulares. A muralha é rematada por merlões de secção retangular, integrando no seu perímetro torre de menagem de planta quadrada e com uma altura relativamente baixa. A cerca está parcialmente oculta pelo casario adossado pelos lados interior e exterior. Os acessos intramuros são desprovidos da estrutura da porta, sendo apenas marcados pela existência das torres flanqueantes.

Fontes:
https://www.cm-borba.pt/locais/castelo-muralhas/
http://monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4776

sábado, 7 de novembro de 2020

Torre de Menagem do castelo de Estremoz

No centro da vila medieval surge a Torre de Menagem, uma das mais bem conservadas do país. 
Com cerca de 27 metros de altura, tem planta quadrangular e é coroada com merlões em forma piramidal. Típica da arquitetura militar portuguesa de finais do século XIII e inícios do século XIV, é o que resta da alcáçova primitiva, juntamente com o edifício trecentista dos Paços do Concelho. No segundo piso existe uma bela sala octogonal com colunas de capitéis de motivos animalistas e antropomórficos.
No terraço encontram-se as chamadas Três Coroas, representativas, segundo alguns autores, dos três reinados em que decorreram as obras da sua implantação.
Na face principal, no exterior, a Sul, estão representadas as armas de D. Afonso III (r. 1245-1279) com dois anjos a protegê-las.

Fonte: Câmara Municipal de Estremoz
https://www.cm-estremoz.pt/pagina/turismo/conjunto-monumental-da-alcacova-de-estremoz-castelo-de-estremoz

Porta dos Currais

Nas Guerras da Restauração houve uma necessidade óbvia de defender o Reino da ofensiva espanhola, especialmente em vilas e cidades de fronteira.
Foi neste contexto que foram construídas várias fortificações nessas localidades, nomeadamente em Estremoz. Não sendo exatamente uma vila de fronteira, funcionava como 2ª linha de defesa do território, especialmente em apoio logístico (armazém de armas, mantimentos e tropas). Foi D. João IV (r. 1640-1656), o primeiro dos Braganças a reinar em Portugal que em 1642 ordenou a João Pascácio Cosmander o desenho da futura muralha poligonal abaluartada estremocense. Esta obra protegeria a vila de hipotéticos ataques e avanços das tropas espanholas, sendo que os novos baluartes estavam adaptados para batalhas de artilharia pesada.
A porta dos Currais foi desenhada cerca de 1670 pelo sargento-mor de engenharia António Rodrigues e destaca-se pela sua monumentalidade e composição artística, com uma águia imperial e grifos a pisar peças de artilharia.

Fonte: Câmara Municipal de Estremoz
https://www.cm-estremoz.pt/pagina/turismo/fortificacao-abaluartada-de-estremoz-porta-dos-currais

Castelo de Estremoz

Erguido em posição dominante sobre uma colina, o castelo de Estremoz tinha como função primitiva a defesa da raia alentejana. Constituindo-se posteriormente em uma das mais importantes praças-fortes da região do Alentejo, Estremoz esteve ligada a diversos dos mais decisivos episódios militares da História de Portugal.
No tempo de D. Dinis já o castelo estaria definido, sendo o projeto um dos mais importantes da época. A cerca era defendida por 22 torres, e a população intramuros podia ser abastecida por cerca de 20 cisternas. A importância de Estremoz na primeira metade do século XIV é inquestionável, datando desse período um importante conjunto patrimonial que tem o castelo como denominador comum, mas que se estende a outras obras, como o Paço da Audiência ou secções consideráveis do paço real, hoje transformado em pousada. Na posse da rainha Santa Isabel, que aqui faleceu em 1336, Estremoz transformou-se num dos principais centros políticos do reino, sendo palco privilegiado da política régia durante todo o final da primeira dinastia.
O castelo medieval é genericamente pentagonal, adaptado ao maciço rochoso no qual se implanta. A secção principal localiza-se a Sul, onde avulta a imponente Torre de Menagem de planta quadrangular, com cerca de 27 metros de altura, organizada em três andares e coberta por terraço ameado.
Deste conjunto faz ainda parte a cerca poligonal que terá sido iniciada em tempo do rei D. Afonso III, aberta por duas portas principais (a do Sol, também designada por Frandina, e a de Santarém, mais tarde conhecida como Porta de Santa Ana) que rasgavam o recinto fortificado de nascente a poente. Para além disso, existiam postigos e portas secundárias que permitiam uma constante mobilidade entre o interior e o exterior das muralhas. De todas elas, a que melhor se conserva é o Arco de Santarém, vão ogival protegido por alta torre quadrada e acompanhada por legenda epigráfica testemunhando o início da edificação, no reinado de D. Afonso III. Completa a estrutura medieval a Torre das Couraças, cujo nome deriva de um elemento de arquitetura militar de origem muçulmana adaptado pelos cristãos. Possivelmente coeva da Torre de Menagem, defende um caminho muralhado que parte da cerca urbana e se estende até junto de um ponto de água, fazendo parte de uma estrutura destruída em finais do século XVII.
Nos séculos seguintes a relevância da cidade no quadro militar do país acentuou-se, determinando o total amuralhamento do burgo durante as grandes obras de meados do século XVII, dirigidas pelo jesuíta João Cosmander, nomeado responsável pelas fortificações do Alentejo por D. João IV . O projeto da segunda linha bastionada seria concluído entre 1660 e 1668, dando origem a uma fortificação edificada em torno da área urbana de Estremoz que faz a ligação entre um conjunto de baluartes, meios-baluartes e outros elementos desenvolvidos em planimetria poligonal, pentagonal e compósita, distribuídos pela zona alta e pela zona baixa da povoação. O conjunto seria terminado em c. 1670, embora as nove portas "monumentais" da cintura da fortaleza (cinco junto à cidadela do castelo medieval e quatro na praça baixa), só tenham sido concluídas entre 1676 e 1680.
Todo o conjunto foi declarado Monumento Nacional em 1972.

Fonte: Paulo Fernandes, Catarina Oliveira e Sílvia Leite, DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70461

sábado, 31 de outubro de 2020

Os chocalhos de Alcáçovas

A produção de chocalhos constitui a principal indústria da povoação de Alcáçovas que os fabrica desde o século XVIII, e cujo segredo se mantém na posse de algumas famílias que o vêm transmitindo de geração em geração.
Hoje, o fabrico destes objetos continua a processar-se exatamente do mesmo modo, e as oficinas mantém o mesmo aspeto de há 200 anos. Mas, o seu número tem vindo a diminuir drasticamente. Ainda há 40 anos havia dezasseis oficinas, das quais atualmente apenas três funcionam.
Os chocalhos eram usados para pendurar ao pescoço de alguns animais (os guias), à volta dos quais se juntavam os outros enquanto pastavam. Também serviam para indicar o paradeiro das reses mais gulosas quando estas se afastavam da manada para os campos semeados. Atualmente, o sistema de limitar as zonas destinadas à pastagem com cercas aramadas está a fazer cair em desuso a utilização dos chocalhos.
O fabrico de chocalhos em Portugal, ofício e manifestação cultural que tem no Alentejo e em Alcáçovas a sua maior expressão, foi classificado pela UNESCO como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente, por decisão tomada no dia 1 dezembro de 2015.

Ler mais:
http://www.cm-vianadoalentejo.pt/pt/site-visitar/Paginas/Artesanato.aspx
https://www.minhaterra.pt/fabrica-de-chocalhos.T12550.php
http://chocalhospardalinho.com/noticias/a-arte-dos-chocalhos-ja-e-patrimonio-imaterial-da-humanidade/#.X52FCIj7RQI

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Coelho à São Cristóvão

Situada no limite entre os concelhos de Montemor-o-Novo, a que pertence, e o de Alcácer do Sal, a freguesia de São Cristóvão e aldeia do mesmo nome é, como tantas do Alentejo interior, uma aldeia envelhecida e em vias de desertificação.
Destroço de si própria, foi como tantas outras aldeias do interior, incapaz de criar em si motivos que levassem as novas gerações a ficar. Pontuada aqui e ali por vestígios de um passado bem diferente da triste atualidade, São Cristóvão lembra o tempo em que, só na freguesia funcionavam cinco escolas primárias, minas, diversas atividades económicas e culturais e, claro, a Pensão Canejo, fechada há quase quatro décadas, onde se vinha, e de longe, para provar os petiscos de Dona Alexandrina e, dentre eles, o único prato original da aldeia, por isso chamado Coelho à São Cristóvão.
Para a sua confeção, faça-se uma massa, no almofariz, com sal grosso, alhos e um pouco de vinagre e esfregue-se com ela um coelho, por dentro e por fora. Deixe-se por 24 horas. Corte-se fatias finas de toucinho fresco, alto, e forre-se todo o bicho com este toucinho, prendendo-se as fatias ao coelho com a ajuda de palitos e ponha-se também toucinho dentro da abertura da barriga. Leve-se então a assar, devagar e em lume de carvão, até estar tostado e bem tenro. Retire-se os palitos e o toucinho, que deverá estar reduzido a um torresmo, desosse-se e desfie-se cuidadosamente a carne do coelho, para uma tigela, e também o toucinho depois de partido em pedacinhos pequenos. Tempere-se com azeite virgem finíssimo e vinagre de vinho, abundantes, bem como com coentros frescos picados grosso e dentes de alho picado fino.  Mexa-se bem e coma-se no dia seguinte, acompanhado por batatas novas, cozidas ou assadas, em ambos os casos com a casca.
Atualmente, usa-se por vezes apresentar o Coelho à São Cristóvão, já desossado, acompanhado de pão alentejano.

Ler mais:
http://comidascaseiras.blogspot.com/2008/05/coelho-so-cristvo.html
https://outrascomidas.blogspot.com/2011/10/coelho-s-cristovao.html
https://www.receitasemenus.net/coelho-a-sao-cristovao/

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Castelo de Terena

 
Edificado no topo da povoação que lhe dá nome, sobranceiro a um vale entre as ribeiras de Alcaide e de Lucefécit, o castelo de Terena é uma fortaleza cuja planta se desenvolve num pentágono irregular a que se associam quatro torres circulares, dispostas assimetricamente, das quais apenas uma protege um ângulo da muralha.

A torre de menagem, de planta quadrangular dividida em dois pisos, localiza-se a meio de um dos panos da cerca e implanta-se sobre a porta principal, protegendo-a por meio de pequena barbacã dominante dotada de adarve e terraço ameado. A entrada principal, em cotovelo, é acedida por dois amplos arcos de volta perfeita, com impostas marcadas e decoradas com bolas e entrelaçados. No lado oposto à entrada situa-se a Porta do Campo, também designada por Porta do Sol, que, apesar de ter sido entaipada no século XVII, mantém a estrutura original de arco apontado, ladeada por dois torreões circulares, numa estrutura simétrica de gosto gótico.
Embora se desconheça a data precisa da edificação do castelo, existem duas hipóteses para a sua origem:
- uma defende que remonta à Baixa Idade Média, concretamente ao século XIII, altura em que o Alto Guadiana era território de fronteira, e dado o interesse manifestado por Dinis I de Portugal (1279-1325) na consolidação desta linha lindeira, em natural articulação com os castelos de Elvas, Juromenha e Alandroal.
- outra situa a sua edificação apenas no século XV, por iniciativa de João I de Portugal (1385-1433), tendo como fundamento a doação da vila à Ordem de São Bento de Avis.
Entretanto, embora este segundo momento possa ter representado uma renovação de uma estrutura anterior, não é suficiente para que se atribua ao século XV a totalidade do monumento. De fato, sob o reinado de D. Fernando I (1367-1387) encontram-se referidos o castelo e a sua barbacã (1380), o que denota que os trabalhos de fortificação encontravam-se então em progresso.
D. João I (1385-1433) fez a doação dos domínios da vila à Ordem de Avis, o que alguns autores, portanto, compreendem como um indicativo de obras de recuperação e modernização da sua defesa.

No contexto da Guerra da Restauração (1640-1668), a posição defensiva do castelo foi preterida em detrimento da fortificação da Praça-forte de Elvas, que concentrou os esforços dos arquitetos militares a serviço de Portugal. Por essa razão não conheceu grandes obras de modernização no período.
No século XVIII, a vila e o seu castelo sofreram extensos danos causados pelo terramoto de 1755.
A Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) a partir de 1937 encetou campanhas de obras de consolidação e restauro, que incluíram a reconstrução de um pano de muralha e a reinvenção de ameias. Uma nova campanha foi empreendida na década de 1980 destacando-se trabalhos na torre de menagem, entre os quais se destacam a reconstrução de abóbadas. Alguns críticos observam que nestas campanhas foram adulterados elementos arquitetónicos originais, vindo assim a descaracterizar o monumento.
O castelo encontra-se classificado como Monumento Nacional pelo Decreto n.º 35.443, publicado no Diário do Governo, I Série, n.º 1, de janeiro de 1946.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70190/
http://www.monumentos.gov.pt/site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4432
http://fortalezas.org/index.php?ct=fortaleza&id_fortaleza=1972&muda_idioma=PT
https://www.portugaldenorteasul.pt/10649/castelo-de-terena-alentejo

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Tapetes de Arraiolos

O bordado a que no nosso país chamamos de Arraiolos – feito com o ponto cruzado oblíquo - tem uma origem muito remota e terá sido trazido para Portugal através da influência árabe. Foi aqui sabiamente aproveitado – com algumas variantes no uso da técnica – para a produção de tapetes cuja decoração, em muitos casos, reflecte uma inspiração que os aproxima de exemplares vindos do Oriente.
Com uma origem atribuída ao século XVII, este tapete é considerado dos mais antigos, dentro deste género, que se produziram entre nós. É inteiramente bordado a lã, previamente tingida de várias cores, sobre suporte de linho, tendo a particularidade de apresentar o desenho que forma a sua decoração contornado a ponto pé–de–flor e toda a restante superfície coberta a ponto de Arraiolos, sendo este, neste caso, executado em várias direcções, acompanhando o movimento do desenho.
O Bordado de Arraiolos tem a característica de dar à tapeçaria a resistência e consistência que permitem a reprodução fiel de todos os desenhos geométricos e da maior parte dos desenhos artísticos.
A decoração dos tapetes compõe-se de um centro, ou campo, cujo desenho pode ser de motivos diversos, rodeado por uma barra decorativa a toda a volta, com largura variável, rematada por uma franja pregada de 4 cm de largura.
A base do bordado era trama de canhamaço de estopa faita ao tear pelas próprias bordadeiras durante os serões de inverno. De igual preparo doméstico era a lã de bordar que, depois de tosquiada, lavada, cardada, fiada, era tingida com as cores pretendidas e adequadas ao desenho.
Uma bordadeira desembaraçada e com prática, precisa de quinze dias de oito horas de trabalho para bordar 1 m2.


Ler mais:
http://www.museusoaresdosreis.gov.pt/pt-PT/coleccao/texteis/pecasdestaquetex/ContentDetail.aspx?id=201
"À Descoberta de Portugal" (1982) - Selecções do Reader's Digest
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tapete_de_Arraiolos

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Convento de Nossa Senhora da Saudação

O Convento de Nossa Senhora da Saudação, em Montemor-o-Novo, é o monumento de maior valor artístico do concelho. 
A origem do edifício remonta a 1502, tendo sido alvo de transformações e acrescentos até ao século XIX. A frontaria principal do edifício, conserva alguns elementos arquitectónicos característicos da época de fundação. Na entrada da Portaria-Mor (antiga entrada principal do Convento) pode ainda observar-se uma esfera armilar, característica da arte manuelina. Também a chamada "Porta das Freiras" na igreja conventual é encimada por esfera armilar em alto relevo.
Na década de sessenta do século XVI foi construído o dormitório. Da segunda metade desse século são também a Igreja. o Coro Alto e o Coro Baixo. O Claustro Conventual data do reinado de D. João III. Na última década do século XVI foram construídas as enfermarias monásticas que ligaram o corpo principal do mosteiro às muralhas da vila.
A portaria é revestida por azulejos polícromos datados de 1651. O claustro, renascença, de dois andares, tem colunata toscana. A sala do capítulo e o refeitório, do século XVI, conservam restos de composições a fresco. A igreja, da mesma época, está recoberta de azulejos de vários padrões, polícromos de 1650-1673.
O Convento, pertencente à Ordem Dominicana, foi sempre habitado por um grande número de religiosas. No século XVIII chegou a ser habitado por 65 freiras. Com a extinção dos conventos em 1834, e a morte da última prioresa, em 1874, o edifício foi ocupado pelo Estado e, em 1876, ali instalado o Asilo de Infância Desvalida, que ocupou o edifício até aos anos 60 do século XX.
Actualmente, e depois de obras de recuperação levadas a cabo pela Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, funcionam no convento algumas instituições ligadas à divulgação das artes.

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=7992
https://pt.wikipedia.org/wiki/Convento_de_Nossa_Senhora_da_Saudação
http://www.ufvilabisposilveiras.pt/patrimonio/Convento-da-Saudacao-em-Montemor-o-Novo/4

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Pelourinho de Estremoz


Construído em inícios do séc. XVI, no reinado de D. Manuel I (r. 1495-1521), em 1698 foi removido da frente do antigo Paço Real de D. Dinis (actual Pousada da Rainha Santa Isabel) para o terreiro de Santo André, defronte aos Paços do Concelho da época.
Entre 1867 e 1871 foi arriado deste local e disperso em local desconhecido, tendo sido reconstruído, em 1916, por Saavedra Machado e Luís Chaves e colocado no local onde hoje se encontra. Mantém originais o fuste, o capitel e o coruchéu de remate, todos estes elementos de estilo manuelino.

Fonte: http://www.cm-estremoz.pt/pagina/turismo/pelourinho-de-estremoz

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Chafariz Real de Vendas Novas


O Chafariz Real foi construído para bebedouro de trabalhadores e animais que participaram na construção do Palácio Real em 1728. É composto por dois alongados reservatórios de alvenaria, os quais também já serviram de lavadouro público, e tem ao longo dos anos sofrido diversas intervenções.
Situa-se atrás do actual mercado municipal, numa zona de acesso pedonal.

Fonte: Câmara Municipal de Vendas Novas
http://www.cm-vendasnovas.pt/pt/site-visitar/conhecer/monumentos/Paginas/chafariz.aspx

sábado, 24 de novembro de 2018

Paço Ducal de Vila Viçosa

Enquadrando o vasto terreiro onde se ergue a estátua equestre de D. João IV, o O Paço Ducal de Vila Viçosa testemunha com rigor não só a evolução da Arte em Portugal, mas também a actividade cultural desenvolvida pela família dos duques de Bragança. 
A sua edificação iniciou-se em 1501 por ordem de D. Jaime, quarto duque de Bragança, mas as obras que lhe conferiram a grandeza e características que hoje conhecemos prolongaram-se pelos séculos XVI e XVII. Resta da primitiva traça o claustro manuelino e as dependências térreas, cujos vestígios mais importantes são as abóbadas e as portas, em arco de ferradura.
Os 110 metros de comprimento da fachada de estilo maneirista, totalmente revestida a mármore da região, fazem deste magnífico palácio real um exemplar único na arquitectura civil portuguesa, onde pernoitaram personalidades de grande projecção nacional e internacional.
De residência permanente da primeira família da nobreza nacional, o Paço Ducal passou, com a ascensão em 1640 da Casa de Bragança ao trono de Portugal, a ser apenas mais uma das habitações espalhadas pelo reino. Nos reinados de D. Luís e D. Carlos as visitas frequentes ao Paço Ducal são retomadas, assistindo-se, ao longo do século XIX, a obras de requalificação que visavam oferecer maior conforto à família real durante as excursões venatórias anuais.
A implantação da República em 1910 levou ao encerramento do Paço Ducal de Vila Viçosa que, por vontade expressa em testamento por D. Manuel II, reabre portas nos anos 40 do século XX, após a criação da Fundação da Casa de Bragança.
Ao longo de toda a visita ao Palácio predominam os frescos e azulejos seiscentistas, os tectos em caixotões e pintados e as lareiras em mármore que distinguem as diversas salas que acolhem importantes colecções de pintura, escultura, mobiliário, tapeçarias, cerâmica e ourivesaria.
Assim, o fundo museográfico do palácio, hoje património da Fundação da Casa de Bragança, é formado por um conjunto de peças antigas, de valor artístico desigual, todavia embelezado pela decoração monumental do interior, antecedido pela escadaria monumental, de alçados recobertos por frescos quinhentistas representando a tomada de Azamor, em 1513, pelo duque D. Jaime.
Na biblioteca, onde se reúnem cerca de 50 000 volumes, incluem-se espécies raras, coleccionadas pelo último rei de Portugal, D. Manuel II.

Ler mais:
http://www.fcbraganca.pt/paco/paco.html
http://www.cm-vilavicosa.pt/pt/site-visitar/oquevisitar/Paginas/Palacio.aspx
https://guiastecnicos.turismodeportugal.pt/pt/museus-monumentos/ver/Paco-Ducal-Fundacao-da-Casa-de-Braganca
"Tesouros Artísticos de Portugal" (1976) - Selecções do Reader's Digest

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Aldeia da Luz

Luz (também conhecida por Aldeia da Luz) é uma freguesia portuguesa do concelho de Mourão, no Alentejo. A (nova) aldeia da Luz, a cerca de dois quilómetros da antiga, é considerada uma das aldeias mais carismáticas do País, devido ao facto de ter sofrido as consequências mais directas​ com a construção da barragem do Alqueva.
Grande parte do território desta freguesia foi então submerso pelas águas da albufeira da Barragem de Alqueva, a partir de 2002. A questão do realojamento dos habitantes da aldeia da Luz iniciou-se em 1981. Foram consideradas 3 hipóteses: indemnizar dos habitantes, transferi-los para uma povoação vizinha ou construir uma aldeia semelhante. Esta ultima alternativa foi a escolhida, sendo a preferida pela população.
As obras iniciaram-se em 1998 e terminaram em 2002. A nova aldeia foi construída de forma a manter no essencial as características da aldeia antiga. Porém, a transferência da população para a nova aldeia não teve os resultados esperados. Em 2002 foram transferidos para as novas casas 423 habitantes. Em 2012 eram 297 os moradores e cerca de cem casas estavam desocupadas.
Na escola que, na altura da sua inauguração, tinha 28 crianças, em 2012 havia só oito e em 2015 apenas 1.
A nova aldeia para os habitantes é um objecto extravagante que foi desenhado sem ter havido um prévio e aprofundado conhecimento das necessidades e hábitos da população residente.
A transladação dos corpos do cemitério da velha Luz para o cemitério da nova Luz, foi o episódio mais intimista e com o qual a população da Luz mais sofreu.

Ler mais:
http://www.roteirodoalqueva.com/aldeias-ribeirinhas/luz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Luz_(Mourão)
https://7maravilhas.pt/portfolio-items/aldeia-da-luz/

domingo, 28 de outubro de 2018

Igreja do Convento de São Francisco


A Igreja conventual de São Francisco, que pertencia à Ordem dos Frades Menores, situa-se na freguesia de Santo André, no concelho de Estremoz.
O convento foi fundado em 1239, sobre a ermida de São Bento do Mato, doada aos franciscanos pelos freires de Avis. A igreja foi levantada por ordem de D. Afonso III e de sua mulher D. Beatriz.
A igreja gótica, do século XIII, apresenta uma fachada rococó muito posterior e um interior de três naves com cinco secções e arcos ogivais.
No interior desta monumental igreja poderás contemplar um curioso retábulo do século XVI, com uma talha dourada da Árvore do Jessé.
A capela-mor está revestida de azulejos polícromos do século XVII. No subcoro, embutido na parede, existe um sarcófago gótico, com estátua jacente, que data do século Xv e que será o túmulo de Vasco Esteves Gatuz. Este túmulo está classificado como monumento nacional, desde 1922.
Nesta igreja estão sepultadas algumas figuras ilustres da História Portuguesa, como sejam D. Fradique de Portugal; Vasco Pereira, irmão de D. Nuno Álvares Pereira, morto à traição no castelo de Vila Viçosa; o desembargador do paço António Henriques da Silveira. Segundo a crónica de Fernão Lopes, em Estremoz morreu também o rei D. Pedro I (r. 1357-1367), julgando-se que terá perecido concretamente neste convento.

Ler mais:
http://www.cm-estremoz.pt/pagina/turismo/convento-de-sao-francisco-igreja-com-o-tumulo-de-vasco-esteves-gatus-iin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_São_Francisco_(Estremoz)
https://www.feriasemportugal.com/convento-de-sao-francisco-estremoz
https://digitarq.arquivos.pt/details?id=1379961

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Festas populares de Redondo

De dois em dois anos, Redondo, no distrito de Évora, fica mais florido. Uma tradição que remonta ao século XIX e que enfeita as ruas da vila com milhares de flores elaboradas em papel colorido. 
Trinta e três ruas da vila alentejana recuperam assim uma tradição que teve origem em 1838 com as festas dedicadas à Nossa Senhora de ao Pé da Cruz — a partir de 1976, no rescaldo do 25 de Abril, e por iniciativa do Grupo Pró-Amigos do Redondo, a festa autonomizou-se da celebração religiosa.
As festas realizam-se anualmente, em julho ou agosto, mas a tradição das "Ruas Floridas" só acontece de dois em dois anos, nos anos ímpares. Trata-se então de um evento bienal de base popular, cuja tradição remonta ao século XIX e que consiste na decoração das ruas da vila de Redondo com flores e outros objectos elaborados em papel colorido. Os residentes de cada rua organizam-se e escolhem um tema, cabendo a coordenação geral ao Município de Redondo.
Os registos escritos mais antigos que dão conta da ornamentação das festas organizadas pelos populares redondenses, remontam a 1838. Há todavia, na tradição oral, relatos passados de geração em geração, que sustentam a feitura de alguns enfeites de papel por moradores, como complemento ornamental às festas de Agosto, consagradas inicialmente à N. Sra. de Ao Pé da Cruz.
Durante décadas, os adornos de papel terão acompanhado as festividades, resultando mais da espontaneidade do que de uma norma instituída socialmente. Por conseguinte, essas práticas evoluíram para a afirmação enquanto elementos culturais cuja presença nas festas é incontornável, já desde esses tempos.
A preparação das Ruas Floridas tem normalmente o seu início em Novembro, Dezembro, altura em que os moradores de cada rua decidem o tema em plenário. A temática escolhida será mantida em estrito sigilo até ao dia em que se dá início à decoração das ruas, se erguem pilares e se montam estruturas de madeira. Antes também era assim e apesar de já não subsistir a competição premiada entre ruas, como no final da década de 70, a manutenção deste segredo inviolável revela aspectos curiosos de um desafio sadio.

Ler mais:
https://autocaravanista.blogs.sapo.pt/redondo-alentejo-1179749
https://tvguadiana.pt/2018/08/03/redondo-inauguracao-da-oficina-das-ruas-floridas-e-abertura-das-festas-populares-encontrarte/
http://www.lazer.publico.pt/festasefeiras/290771_ruas-floridas-do-redondo

sábado, 22 de setembro de 2018

Templo romano de Évora

O Templo Romano de Évora, o ex-libris da cidade, é um dos mais grandiosos e mais bem preservados templos romanos de toda a Península Ibérica, tendo sido considerado Património Mundial pela UNESCO em 1986. o templo romano foi construído no início do século I d.C., e fica situado no centro histórico da cidade, mais precisamente, no Largo Conde de Vila Flor, próximo da Sé Catedral.
Embora o templo romano de Évora seja frequentemente chamado de Templo de Diana, sabe-se que a associação com a deusa romana da caça originou-se de uma fantasia criada no século XVIII pelo padre Manuel Fialho. Na realidade, o templo foi provavelmente construído em homenagem ao imperador Augusto, que era venerado como um Deus durante e após o seu reinado. O templo foi bastante danificado no século IV, durante as perseguições religiosas levadas a cabo no tempo do imperador Honório.
Posteriormente à sua vandalização, deve ter sido integrado nas fortificações de Évora, nos períodos visigótico, muçulmano e primeiras centúrias do Portugal Independente, sendo depois transformado num açougue público, por alvará da rainha D. Beatriz de Castela, esposa de D. Afonso IV. Durante a crise de 1383-85, o templo foi também palco de escaramuças entre os partidários do mestre de Avis e os aliados de D. Leonor Teles, o que terá contribuído para uma ainda maior degradação da sua estrutura.
No ano de 1870, o monumento foi desobstruído, reintegrando, tanto quanto possível, as suas linhas originais.
De linhas assumidamente clássicas, pertencente a uma tipologia que assistiu ao seu desenvolvimento especialmente no território da Península Ibérica, esta estrutura demonstra uma convivência plenamente harmoniosa entre materiais de construção tão diferentes, como o mármore e o granito. 
De todo o complexo, chegaram até aos nossos dias o podium, quase completo, onde é ainda bem visível a escadaria, apesar do seu desmoronamento. O podium, propriamente dito, encontra-se estruturado numa área de c. de 25 m de comprimento, 15 m de largura e 3,5 m de altura, em cantaria granítica de aspecto irregular, o denominado opus incertum
Quanto às colunas, este Templo - um dos mais bem conservados da Península Ibérica -, apresenta a colunata intacta, composta de 6 colunas, arquitrave e fragmentos do friso no seu topo norte, enquanto do seu lado oeste surgem apenas 3 colunas inteiras - uma das quais sem capitel e base -, fragmentos da arquitrave e um dos frisos. No respeitante à tipologia, são colunas coríntias com fustes vincadamente canelados, constituídas por 7 tambores de tamanho irregular. As colunas assentam em bases circulares de mármore branco de Estremoz. Em relação aos capitéis, eles apresentam-se lavrados no mesmo mármore, com decoração estruturada em 3 ordens de acantos e ábacos, ornamentados de florões e flores, como malmequeres, girassóis e rosas.
Está classificado como Monumento Nacional desde junho de 1910.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70489
http://www.visitevora.net/templo-romano-evora-diana/
http://www.portugalnotavel.com/templo-de-diana-evora/
http://www.roteirodoalqueva.com/patrimonio/templo-romano-de-evora
https://pt.wikipedia.org/wiki/Templo_romano_de_Évora


segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Enoteca da Fundação Eugénio de Almeida - Vinhos da Cartuxa


Personalidade de fortes convicções cristãs e humanistas, vocacionada para a filantropia e o mecenato, sensível às preocupações educativas e sociais, Vasco Maria Eugénio de Almeida cedo colocou a sua fortuna ao serviço das pessoas de Évora e da sua região.
De entre as inúmeras obras que realizou destacam-se, pela sua importância e impacto, a reconstrução e recriação do Convento da Cartuxa e a criação do ISESE - Instituto Superior Económico e Social de Évora, precursor da restauração do ensino universitário nesta cidade. Apoiou também a criação do Hospital do Patrocínio, de um bairro social, do aeródromo municipal, e diversas instituições de cariz assistencial em Évora.
No início da década de 60 do século passado, Vasco Maria Eugénio de Almeida transforma um projecto pessoal de serviço aos outros num projecto institucional perene, e cria a Fundação Eugénio de Almeida, à qual deixa um legado de valores, uma missão e os meios para a realizar em plenitude.
A partir da década de 80 do século XX, após a devolução dos bens expropriados no período da Reforma Agrária, a Fundação iniciou uma fase de relançamento patrimonial e criou uma exploração agropecuária e industrial de referência que visa garantir a auto-sustentabilidade económica da Instituição e a prossecução dos seus fins, contribuindo ainda para a promoção do desenvolvimento económico e social da região. Neste projecto destaca-se a vitivinicultura e a oleicultura, actividades das quais resultam os vinhos produzidos na Adega Cartuxa, entre os quais os emblemáticos Pêra-Manca e Cartuxa, e os azeites produzidos no Lagar Cartuxa.
Mais de meio século após a sua criação, a Fundação dá seguimento à obra do seu Instituidor, constituindo-se como um elemento proactivo de convergência e congregação de esforços para o desenvolvimento da região de Évora.
Em 2016, no centro de Évora, património da Humanidade, abriu as portas a Enoteca Cartuxa, mesmo ao lado da Fundação Eugénio de Almeida, do Templo de Diana e dos principais monumentos desta cidade
Recorrendo aos mais tradicionais ingredientes regionais, a Enoteca Cartuxa tem como atrativo o facto de servir a copo todos os vinhos produzidos pela Fundação Eugénio de Almeida, dos entrada de gama Vinea e EA, bem como o Foral de Évora, o Cartuxa, e ainda o Scala Coeli e o famoso Pêra-Manca. A Enoteca Cartuxa tem ainda uma loja onde pode encontrar queijos, mel, enchidos e ervas de cheiro, além dos vinhos e azeites produzidos na Adega.

Ler mais:
http://www.cartuxa.pt/
http://www.cartuxa.pt/pt/base/3/20
http://www.fea.pt/10-fundador
https://boacamaboamesa.expresso.sapo.pt/boa-mesa/2016-07-03-A-nova-Enoteca-Cartuxa-com-Vitor-Sobral

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Igreja matriz de Viana do Alentejo


A Igreja Matriz de Viana do Alentejo é um monumento religioso, em estilo manuelino, que se localiza dentro do Castelo de Viana do Alentejo, sendo uma das suas paredes adjacente à muralha do mesmo.
Sabe-se que a igreja já existia no tempo de D. Dinis, mas D. Manuel ordenou a sua reconstrução, substituindo-se então o edifício medieval por um dos mais belos templos manuelinos do sul do país.
A actual igreja está atribuída a Diogo de Arruda, que em 1521 era primeiro mestre das obras do Alentejo. Está localizada dentro do recinto do castelo, tendo o paramento sul e a cabeceira, a nascente, encostadas aos respectivos panos de muralha. A fachada distribui-se em três corpos, denunciando as três naves do interior, cuja marcação surge reforçada por vários elementos arquitectónicos. Assim, o corpo central, mais elevado, é flanqueado por dois contrafortes de secção quadrada, sobre os quais assenta um grande arco de descarga, redondo, correspondente à nave central, enquanto os laterais, com coroamento de merlões chanfrados, tal como todo o edifício, possuem gigantes dispostos em ângulo. Sobre o arco de descarga eleva-se a sineira, com frontão triangular agudo, enquanto por baixo do mesmo se rasga um janelão, e o magnífico portal principal, a eixo. No alçado Norte rasga-se uma segunda porta, mais simples. O coroamento de merlões, os contrafortes cilíndricos e pináculos cónicos que ritmam os alçados, e os originais arcobotantes de tijolo, denunciam a influencia da linguagem mudéjar, ainda presente em alguns revestimentos de azulejaria de factura sevilhana no interior. 
O portal, em mármore, constitui um dos mais marcantes e feéricos exemplares do manuelino. Trata-se de um largo vão circular, envolvido por moldura torsa em arco conopial, sob o qual se recortam dois vãos geminados, com mainel. O pórtico é flanqueado por dois pilares que se prolongam até ao fecho do arco conopial, rematado em cogulho. Entre a profusa decoração do conjunto destacam-se as habituais representações heráldicas, nomeadamente o escudo de armas régias, no espaço entre o arco conopial e o extradorso do arco envolvente, a cruz da Ordem de Cristo, inscrita em moldura circular no tímpano, e duas esferas armilares, elevando-se a partir da torsade do arco conopial. 
O interior tem três naves de cinco tramos, com abóbadas de cruzaria de ogivas. Da estrutura, destacam-se os grossos pilares octogonais das naves, cuja tipologia foi antecedida, entre outros, pelos pilares da igreja do Mosteiro dos Jerónimos.
O templo quinhentista recebeu muitas intervenções ao longo do séculos, que se traduziram no acrescentamento de capelas e dependências anexas, bem como no acervo artístico conservado, entre silhares de azulejos, talha, e imaginária diversa. Da época da construção destacam-se ainda dois vitrais, os únicos conservados, de qualidade excepcional, representando São Pedro e São João Baptista.
A igreja está classificada como Monumento Nacional desde 1910.

Fonte: Sílvia Leite, DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70378/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1190

Forte Jesus de Mombaça