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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Mosteiro de Vilar de Frades (dos Lóios)

O conjunto arquitetónico da Igreja e Convento de São Salvador de Vilar de Frades (ou dos Lóios), situa-se na freguesia de Areias de Vilar, próximo da cidade de Barcelos.
O mosteiro beneditino de Vilar de Frades terá sido fundado em 566 pelo bispo S. Martinho de Dume. A sua total ruína, na sequência das invasões muçulmanas, levou a uma completa reconstrução românica do cenóbio quinhentos anos mais tarde, em 1070, por encomenda de D. Godinho Viegas. Logo no início do século XIV a propriedade encontra-se despovoada, e em 1425 é entregue a uma nova congregação, dirigida por Mestre João Vicente, futuro bispo de Lamego e Viseu, os Cónegos de S. Salvador de Vilar de Frades, conhecidos por Lóios por lhes ter sido doada a Igreja de Santo Elói, em Lisboa, designação que perdurou mesmo quando o nome da congregação foi alterado.
Da primitiva construção resta apenas o portal, com três arquivoltas ricamente ornamentadas de seres fabulosos e elementos naturalistas e geométricos, assentes em colunelos com capitéis historiados representando um bestiário típico do românico. A partir do século XVI várias obras de ampliação e remodelação começam a alterar substancialmente a feição do antigo mosteiro românico e de toda a cerca conventual, datando de meados de quinhentos uma segunda torre, a norte, os dormitórios, o refeitório, a cozinha, a biblioteca e o claustro, ao centro do qual se erigiu um chafariz de mármore. Quinhentistas são ainda o cadeiral do coro, o órgão da igreja e o retábulo do altar-mor, pertencendo já a finais do século o retábulo do Espírito Santo. Mas as obras manuelinas estão entre as mais impressionantes, conservando-se o portal principal em asa de cesto e terminação conupial, integrado em alfiz, e enquadrado por dois grandes colunelos ao modo de troncos podados, ao qual se acede por um alpendre saliente, e no interior a elegante e complexa abóbada nervurada cobrindo a nave única desta igreja-salão, com vasta capela-mor (concluída apenas em meados do século XVII). De salientar ainda a abóbada do braço sul do transepto, muito ornamentada. A autoria destas obras foi recentemente atribuída a João Lopes o Velho, famoso arquiteto dividido entre a Galiza e o Norte de Portugal.

Fonte: Catarina Oliveira, DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70698/

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Vilar_de_Frades
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1053
https://www.culturanorte.gov.pt/patrimonio/convento-de-sao-salvador-de-vilar-de-frades/

sábado, 31 de outubro de 2020

Mosteiro do Salvador de Travanca

A tradição atribui a fundação do Mosteiro do Salvador de Travanca a Garcia Moniz, filho de Moninho Viegas, o Gasco, na segunda metade do século XI. 
Ao longo da Idade Média, Travanca mostrará uma influência relevante no controlo económico, político e religioso da região, fosse por doações ou pela zelosa administração dos seus bens. O instituto integrava então a Terra de Sousa, tendo permanecido no concelho de Ribatâmega, apesar de ter sido coutado por Dona Teresa em 1120.
Este Mosteiro esteve sob a gestão de abades trienais beneditinos até finais do século XV ficando, a partir de então, sujeito aos abades comendatários cujas comendas terminaram no ano de 1565. Após este período, o Mosteiro volta à gestão de abades nomeados trienalmente pela comunidade, coincidindo com intensas atividades construtivas e reconstrutivas até à extinção das ordens religiosas em 1834.
Após esta data, o Mosteiro cai na escuridão do esquecimento, voltando a viver para a comunidade nos inícios do século XX, através das obras de restauro da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e a instalação de uma dependência hospitalar nos seus espaços. Já nos inícios do século XXI adquiriu novas funções, desta vez, para educar "os homens e mulheres d’amanhã".
Apesar das dependências monacais remontarem ao século XI, a sua Igreja é do século XIII, notabilizando-se no contexto do património românico português pelas excêntricas dimensões e pela importância da sua ornamentação escultórica dos capitéis.
De aludir, também, à extraordinária torre que ladeia a Igreja. Na Idade Média a torre era entendida como símbolo de segurança e, na ausência de castelos, a Igreja era a melhor fortaleza. Independentemente da função a que se destinava, a natureza religiosa e uma pretensa vontade militar são, nestes casos, indissociáveis. É, ainda, por esta razão que a torre de Travanca tem de ser entendida enquanto elemento de afirmação senhorial, ou seja, do poder de uma família sobre uma região.
A 17 de janeiro de 1916 o conjunto monástico é classificado como Monumento Nacional, reconhecendo-se o valor patrimonial e histórico deste Mosteiro para Portugal.

Fonte: Associação de Municípios do Baixo Tâmega - turismo
http://www.baixotamega.pt/frontoffice/pages/302?geo_article_id=400

Ler mais:
https://www.rotadoromanico.com/pt/monumentos/mosteiro-do-salvador-de-travanca/
https://www.cm-amarante.pt/pt/mosteiro-do-salvador-de-travanca
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69880
http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=3954
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_Travanca

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Mosteiro de São João de Tarouca

Ao que tudo indica, os primeiros monges cistercienses fixaram-se neste ponto do rio Varosa por 1140, ano em que D. Afonso Henriques passou carta de couto a uma comunidade observante da regra de São Bento. O ritmo da construção do edifício (ou, pelo menos, da sua igreja) foi bastante rápido, sabendo-se que a primeira pedra do atual edifício terá sido lançada em 1154 e que este foi dedicado em 1169, pelo arcebispo de Braga, D. João Peculiar. 
Ao longo da Baixa Idade Média, Tarouca foi um dos mais importantes estabelecimentos monacais nacionais. Aqui se fez sepultar o Conde de Barcelos, D. Pedro, filho bastardo de D. Dinis, num monumental túmulo de granito, decorado com cenas de caça nos faciais, tema característico de uma nobreza fundiária em busca de prestígio social e legitimação.
As grandes transformações aconteceram nos séculos XVII e XVIII, períodos em que se desenvolveram grandes programas de atualização estética e funcional do conjunto. À fachada principal foi acrescentado o atual portal, maneirista, encimado por nicho com a imagem de São João, e os dois janelões barrocos. No interior, destaca-se o retábulo-mor de talha dourada, datado de 1702, e o órgão de tubos, de meados do século. Destes períodos é igualmente a reforma do claustro e das alas monacais.
O ano de 1834 viria a ditar a sucessiva decadência do edificado, consequência direta do decreto da extinção das Ordens Religiosas. A igreja foi convertida em igreja paroquial e as dependências monásticas foram vendidas em hasta pública e os seus edifícios explorados como pedreira até aos inícios do século XX.
Classificado como Monumento Nacional, o complexo monástico integra desde 2009, juntamente com mais dois monumentos (Mosteiro de Santa Maria de Salzedas e Convento de Santo António de Ferreirim) o Projeto Vale do Varosa, que já permitiu a requalificação da Igreja do Mosteiro e, desde 2013, a musealização das ruínas, resultado de uma exaustiva escavação arqueológica que decorreu entre 1998 e 2007.
Na Casa da Tulha, antigo celeiro monástico, o visitante pode ver a reconstituição tridimensional do Mosteiro, sendo este o espaço que acolhe o centro interpretativo do sítio. O Mosteiro de São João de Tarouca é um dos lugares mais procurados por quem visita a região do Douro e do Varosa.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70414
https://www.culturanorte.gov.pt/patrimonio/mosteiro-de-sao-joao-de-tarouca/
https://www.valedovarosa.gov.pt/monumentos/mosteiro-de-sao-joao-de-tarouca/

sábado, 15 de dezembro de 2018

Convento de São Francisco


O Convento de São Francisco de Beja remonta aos finais do reinado de D. Afonso III, mais propriamente ao ano de 1268. As obras então iniciadas, com o apoio da nobreza local e do rei D. Dinis arrastaram-se por muito tempo, quase um século, pois em 1348 ainda se laborava no estaleiro. Da primitiva construção gótica, que devia seguir o modelo mendicante do templo de São Francisco de Estremoz, nenhum elemento resta, devido à grande campanha de obras empreendidas pela comunidade nos reinados de D. Pedro e de D. João V.
A Capela dos Túmulos, mandada construir por D. Dinis, apresenta-se, porém, intacta. Elegante na sua sobriedade, com altas pilastras onde assentam os arcos cruzados da abóbada, conserva uma janela de estilo gótico. Assim denominada por ter albergado três túmulos profanados e retirados em 1847, pertence à arquitectura gótica do século XIV. 
Já no séc. XIX, com a extinção das Ordens Religiosas, o conjunto eclesiástico não escapou à fúria destruidora de então, tendo o convento sido transformado em quartel militar. Coube à igreja várias funções, como uma barbearia, um celeiro, e com os túmulos ali existentes a servir de bebedouros para os animais.

Actualmente o convento está convertido numa pousada, em que tiveram o cuidado em restaurar a sala dos túmulos, aproveitando aqueles que restaram, assim como o restante recheio. As obras de reabilitação e adaptação a Pousada foram efectuadas entre 1993 e 1995 sendo nomeadamente eliminada a laje de betão armado que dividia a igreja e realizadas obras de restauro dos frescos das abóbadas da Sala do Capítulo e da Sala dos Túmulos na Capela. O espaço ajardinado exterior é da autoria do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles.

Este convento está situado fora das muralhas medievais, junto da via que ligava Beja a Mértola.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1939.




Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/336566/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=904
"Tesouros Artísticos de Portugal" (1976)- Selecções do Reader's Digest
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pousada_de_São_Francisco

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Igreja e Mosteiro de Leça do Balio


O Mosteiro de Leça do Balio, onde se inscreve a Igreja de Santa Maria de Leça do Balio, localiza-se freguesia de Leça do Balio, no concelho de Matosinhos.

O mosteiro de Leça do Bailio representa a primeira sede da Ordem do Hospital em Portugal, e, em conjunto com a igreja, constitui uma das primeiras construções góticas do país de grande qualidade e monumentalidade.

Situado no lugar de Recarei, junto ao Rio Leça e a pouca distância da antiga estrada romana que, cruzando o Rio Leça na Ponte da Pedra, unia o Porto a Braga, o Mosteiro de Leça do Balio já existia no séc. X. Em 1021 foi doado ao Mosteiro da Vacariça (próximo da actual Mealhada), mas logo em seguida a Rainha D. Teresa ofereceu-o aos freires hospitalários, ficando a ser a sua casa-mãe em Portugal até 1312. Foi durante o priorado de Frei Estêvão Vasques Pimentel, que exerceu o cargo durante três décadas até à sua morte em 1374, que se construiu a igreja anexa a uma possante torre afonsina. O actual templo, síntese do estilo românico e gótico, remonta a uma grande campanha construtiva iniciada por aquele prior, entre 1330 e 1336, quando foram renovados ainda os edifícios monacais e o claustro, dos quais vários elementos chegaram até aos nossos dias.

São duas as correntes artísticas dominantes neste monumento, aparentemente em contradição estética e funcional entre si, mas, um tanto paradoxalmente, aqui integradas de forma harmoniosa. De um lado, o esquema palnimétrico e volumétrico mendicante aplicado às igrejas. De outro, a máscara de fortificação e de poder que caracteriza exteriormente o edifício.
Em planta, o modelo mendicante é claro: três naves, organizadas em cinco tramos, sendo o último uma espécie de transepto inscrito, marcado apenas em altura; a divisão do espaço é feita através de grossos pilares, de perfil cruciforme pelo adossamento de colunas nas suas quatro faces; a cabeceira é tripla, com uma capela-mor mais profunda que os absidíolos, e de secção nascente poligonal. Se a estas características se juntar a cobertura em madeira das naves e o abobadamento em cruzaria de ogivas da cabeceira, temos um conjunto de indicadores que remetem para aquele modelo mendicante, que gozou de enorme sucesso na nossa arquitectura gótica, desde a igreja de Santa Maria do Olival, em Tomar, até praticamente ao século XVI.
Exteriormente, contudo, é uma outra linguagem estético-artística que vinga. A existência de merlões a toda a roda do edifício, de um caminho de ronda, de um balcão defensivo sobre o portal principal, ameado e dotado de matacães, e, principalmente, de uma robusta e grandiosa torre a ladear a fachada principal, pelo lado Sul, conferem a este monumento um estatuto ímpar na arquitectura religiosa gótica no nosso país, e colocam-no como principal exemplo do núcleo de igrejas-fortificadas então construídas.
Muito se tem já escrito sobre este carácter militar do templo de Leça do Bailio, discutindo-se, especialmente, se se trata de uma igreja-fortificada, se de uma igreja-fortaleza. O que parece claro é que a Ordem dos Hospitalários, em pleno século XIV, optou por um modelo construtivo religioso, de forte carácter militar, numa época em que a linha de fronteira que alimentava o antagonismo reconquistador estava bastante afastado.
Os Hospitalários conservaram a sua posse até começos do século XVI. D. Manuel I concedeu foral a Leça do Balio em 1519. Na sequência do triunfo liberal no país, o mosteiro de Leça do Balio assistiu à extinção das ordens religiosas (1834), perdendo os seus privilégios e direitos que a ordem ainda possuía sobre a freguesia, sendo integrada no concelho de Bouças (actual Matosinhos), em 1835.
O Mosteiro de Leça do Balio é agora propriedade de uma empresa privada que permite a sua visitação. No passado desempenhou um importante papel na assistência aos peregrinos que demandavam o túmulo do apóstolo Santiago em Compostela. Já a igreja permanece propriedade da paróquia de Leça do Balio.

O conjunto encontra-se classificado como Monumento Nacional por decreto publicado em 23 de Junho de 1910. 

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70703/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4968
http://www.cm-matosinhos.pt/pages/426?poi_id=57
http://www.culturanorte.pt/pt/patrimonio/igreja-do-mosteiro-de-leca-do-balio/
https://jpn.up.pt/2016/03/28/que-futuro-para-o-mosteiro-de-leca-do-balio/

sábado, 21 de abril de 2018

Mosteiro de Santa Maria das Júnias


Foi provavelmente na década de 40 do século XII que deve ter acontecido a sagração do templo de Santa Maria das Júnias, situado nos arredores da freguesia de Pitões das Júnias, no concelho de Montalegre.

Desse primeiro período conservam-se importantes vestígios românicos, em particular na nave rectangular, que é decorada interiormente por frisos com figurações em pontas de lança. No exterior, as peças mais importantes desta fase são os dois portais (axial e laterais), cuja ornamentação obedece às determinantes artísticas experimentadas em torno da Sé de Braga ainda na primeira metade do século XII. O portal ocidental é de arco de volta perfeita, de duas arquivoltas (a exterior ornamentada com o tema das pontas de lança e realçada por moldura) que repousam em impostas decoradas com motivos geométricos, do tipo de corações invertidos.
Algum tempo depois de terminada a igreja, deve-se ter edificado o claustro, o qual revela já tendências góticas, embora socorrendo-se ainda de arcos de volta perfeita. 
O que resta do conjunto claustral (apenas o ângulo Nordeste) é insuficiente para uma mais rigorosa catalogação desta parcela, mas é de supor que tenha sido edificado na primeira metade do século XIII, recorrendo a uma decoração já essencialmente vegetalista.
No início do século XIV, conheceu obras de manutenção e melhoramento em que se destaca a construção do claustro e a ampliação da capela-mor.
No início da Idade Moderna foram realizadas obras de elevação de algumas dependências do convento e da capela-mor do templo, entretanto destruídas pelo assoreamento provocado pelo ribeiro que corre junto à cabeceira do mesmo. Na primeira metade do século XVIII, a igreja foi restaurada, a nível do madeiramento e do lajeamento, e redecorada com retábulos em talha dourada. A partir de meados desse século, entretanto, começou a entrar em decadência e acabou por perder monges e rendimentos. Com a extinção das ordens religiosas masculinas (1834) o seu último monge passou a exercer a função de pároco de Pitões. Na segunda metade do século XIX, um devastador incêndio levou à ruína muitas das dependências conventuais.
O Mosteiro de Santa Maria das Júnias encontra-se classificado como Monumento Nacional pelo Decreto nº 37.728 de 5 de Janeiro de 1950. Em 1986 a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais levou a efeito obras de recuperação e melhoramento.

Ler mais:
http://www2.fcsh.unl.pt/iem/medievalista/MEDIEVALISTA4/medievalista-espada.htm
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70493/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_Santa_Maria_das_J%C3%BAnias
https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-mosteiro-de-pitoes-das-junias-15827

Forte Jesus de Mombaça