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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Anta das Pedras Grandes

No atual território do concelho de Odivelas foram detetados vários vestígios arqueológicos ao longo dos anos, incluindo vários monumentos funerários megalíticos do tipo anta.
As antas deste território foram identificadas sobretudo nos finais do Século XIX e primeira metade do Século XX. Infelizmente, das antas de Trigache, Batalhas e Pedras Grandes, apenas, subsiste esta última, classificada como Monumento Nacional desde 1944.
A anta de Pedras Grandes, localizada em Caneças, atualmente no Bairro do Casal Novo, foi apresentada à comunidade científica pelo arqueólogo Carlos Ribeiro em 1880.
Embora o eminente colaborador dos referenciais Serviços Geológicos (constituídos em meados dos anos cinquenta no âmbito do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria) encontrasse este monumento funerário megalítico já bastante arruinado, em consequência, quer dos sucessivos trabalhos agrícolas desenvolvidos ao longo dos tempos na sua área envolvente, quer da reutilização permanente das lajes que ostentaria primitivamente para as mais diversas construções domésticas e económicas, ainda é possível visualizar, nos nossos dias, alguns dos seus elementos constituintes.
Com câmara sepulcral de planta poligonal composta, a anta ostenta, de forma intacta, ainda que tombados, dois dos oito esteios que a formariam inicialmente. Apresenta, para além disso, um esteio de cada lado do corredor primevo, bem como vestígios da estrutura original da mamoa, destinada a cobrir por completo o monumento com material terroso que, neste caso específico, se revela predominantemente argiloso.
A Anta das Pedras Grandes agora é a peça central de um pequeno parque urbano, que foi inaugurado oficialmente no final de 2018. As pedras restantes, todas caídas, foram levantadas, para fornecer uma impressão mais clara da arquitetura original do megálito.

Ler mais:
https://www.cm-odivelas.pt/autarquia/contactos/espacos-de-cultura-e-desporto/poi/nucleo-museologico-da-anta-das-pedras-grandes-98
http://patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70248
http://monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6515
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anta_das_Pedras_Grandes

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Memorial de Odivelas

Situado nas imediações do Mosteiro de São Dinis, no cimo do outeiro de Odivelas, ergue-se o Cruzeiro como é de todos conhecido. São ainda muitas as dúvidas acerca da cronologia e da funcionalidade exactas do Memorial de Odivelas. Estas questões, todavia, não impedem que seja considerado uma das obras mais interessantes dos anos do Gótico, no nosso país, e mesmo o símbolo por excelência do novíssimo concelho de Odivelas.
Até ao momento, foram três as propostas cronológicas avançadas para datar este insólito monumento, todas elas conotadas com patrocínios régios: D. Dinis, D. Afonso IV e D. João I. A hipótese mais consensual é a que situa a sua construção no tempo do primeiro destes três soberanos, perspectiva que encontra melhores argumentos de sustentação. Foi este monarca que permitiu a construção do mosteiro cisterciense de Odivelas, local que o próprio escolheu para sua última morada. Por outro lado, a tradição aponta o memorial como um dos locais onde o seu corpo permaneceu, durante o cortejo fúnebre que o levou de Santarém a Odivelas.
As características estilísticas do monumento confirmam a sua datação na primeira metade do século XIV, embora coexistam outros elementos de épocas mais recentes. Compõe-se de três partes essenciais (base, dupla arcaria sobreposta, e coroamento), organizadas em duas faces dominadas pela verticalidade. A base é rectangular e ligeiramente saliente no soco inferior, e ostentava, até há poucos anos, a inscrição 1721, gravada na face voltada a Lisboa, indicadora, talvez, de uma provável campanha de obras. A primeira arcaria liga-se à base através de uma elegante cornija e contempla três arcos em série, trilobados e com aduelas de toro saliente, que assentam em capitéis vegetalistas, os das extremidades apresentando crochets. Sobrepõe-se-lhe um arco quebrado único, de aduelas igualmente trabalhadas, que enquadra a parte central da obra, onde o túmulo deveria ter repousado. O coroamento, em forma de gablete moldurado ladeado por colunelos embebidos à maneira dos portais de igrejas, é encimado axialmente por uma cruz da Ordem de Avis.
Em local dominante sobre o mosteiro cisterciense de Odivelas, o memorial impõe-se, ainda hoje, na malha urbana antiga da cidade. Foi classificado como Monumento Nacional por decreto de 16 de junho de 1910.

Fonte: DGPC

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70249
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4813
http://odivelas.com/2010/01/16/cruzeiro-ou-memorial-de-odivelas/

Forte Jesus de Mombaça