Mostrar mensagens com a etiqueta Concelho de Barrancos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Concelho de Barrancos. Mostrar todas as mensagens

domingo, 15 de novembro de 2020

Festas de Agosto em Barrancos

Conhecidas como "Fêra de Barrancos", as Festas de Agosto de Barrancos tornaram-se "famosas" pelos touros de morte, misturando celebrações religiosas e divertimentos pagãos em honra de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira daquela vila raiana do distrito de Beja. As festas decorrem na última semana de agosto, em torno do dia 28, que é o feriado municipal do concelho.
Segundo a tradição, o início da "fêra", organizada pela comissão de festas da vila, é marcado pela tradicional alvorada, animada pela Banda Filarmónica Fim de Século de Barrancos. Seguem-se as tradicionais celebrações religiosas, ou seja, uma missa na igreja Matriz de Barrancos e uma procissão pelas ruas da vila.
Após as celebrações religiosas, os divertimentos pagãos vão dominar os restantes três dias das festas, os quais vão começar sempre às 8h00 com os tradicionais encerros. Através dos encerros, os touros a lidar nas touradas de morte – o "prato forte" das festas de Barrancos e as únicas legais em Portugal, devido a um regime de exceção aprovado em 2002 – serão conduzidos até aos curros da improvisada praça de touros.
Entre quinta-feira e sábado, a partir das 18h00, as touradas de morte, oficialmente designadas "tradicionais festejos taurinos" e que atraem inúmeros forasteiros.

Fonte: 
https://observador.pt/2019/08/27/festas-de-barrancos-com-tradicao-de-touros-de-morte-comecam-na-quarta-feira/

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Ruínas do Castelo e povoação de Noudar

O Castelo de Noudar, no Alentejo, localiza-se na antiga vila de mesmo nome, no concelho de Barrancos. A sua situação geográfica, situada estrategicamente junto à raia Espanhola, associada a um cenário paisagístico profundamente impressivo e impactante, fazem deste recanto um dos mais encantados monumentos de Portugal.
De acordo com os testemunhos arqueológicos as primeiras incursões humanas no local remontam à pré-história, sendo um território depois sucessivamente ocupado por Romanos, Visigodos e Muçulmanos.
Foram estes últimos os responsáveis pela primitiva fortificação no local, por volta do século X ou XI, quando terá sido edificada uma pequena torre ou castelo em taipa, com a função de controlar o caminho que fazia ligação a Beja.
A actual configuração da fortaleza deve-se à nova ordem cristã implantada nesta região ao longo do século XIII. No entanto, não é certo que imediatamente após a reconquista do território se tenham realizado obras no reduto militar, não obstante a sua óbvia posição de fronteira. Em 1253, a povoação recebeu foral de Afonso X de Castela, juntamente com outras localidades do Além-Guadiana, entre as quais Moura e Serpa. Ela haveria de passar para a posse portuguesa cerca de meio século depois, pelo tratado de paz entre D. Dinis e Fernando IV, celebrado em 1295. É só a partir dessa data que encontramos as primeiras referências à vontade régia de erguer aqui um reduto militar relevante. Em Dezembro desse mesmo ano, D. Dinis passou carta de foral à vila e, oito anos depois, o monarca entregou-a à Ordem de Avis.
À época de D. Manuel I (1495-1521), regista-se a existência de barbacãs circundando o castelo, ou seja, uma estrutura característica da arquitectura militar do século XV. A vila viria a receber do soberano, neste mesmo período, o seu Foral Novo (1513).
Como fortaleza de fronteira, foram muitas as ocasiões em que passou de Portugal a Castela, e vice-versa, tendo sido o século XIV particularmente fértil. Quando Duarte d'Armas a desenhou, em 1509, não parece que tivessem existido assinaláveis obras de reconfiguração, à excepção, talvez, das barbacãs que circundavam o castelo, estruturas defensivas mais características do século XV. De novo na posse de espanhóis em 1644 e em 1707, a sua vulnerabilidade não foi suficiente para que se empreendessem obras de abaluartamento, ao contrário do que sucedeu, por exemplo, em Elvas, facto que consolidou a imagem medieval do conjunto. Em 1774 Barrancos partilha com Noudar a sede de concelho mas, em 1836, o concelho de Noudar deixa de existir.
A partir do século XVIII, a história deste castelo é a de um abandono progressivo, consumado em 1893 com a sua venda a um privado, João Barroso Domingues, importante proprietário de Barrancos. Só em 1997, mais de um século depois, a autarquia conseguiu adquirir o conjunto, desenvolvendo-se, a partir de então, um projecto de investigação arqueológica sistemática que, para já, revelou alguns níveis da presença islâmica no local.

Ler mais:
http://www.amigosdoscastelos.org.pt/tabid/72/ctl/Details/mid/473/monumentID/59/Default.aspx
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70654/
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=898
http://www.parquenoudar.com/pt/patrimonio-cultural/castelo-de-noudar/
https://cascalenses.blogs.sapo.pt/o-castelo-de-noudar-em-barrancos-69311
https://www.portugalnummapa.com/castelo-de-noudar/

Forte Jesus de Mombaça