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terça-feira, 24 de julho de 2018

Igreja velha de São Torcato

A actual igreja de São Torcato, nos arredores de Guimarães, é o produto de várias fases construtivas, ao longo de praticamente quatro séculos (X-XIII). O aspecto geral do templo data deste último período, mais concretamente de uma fase construtiva românica, datada ainda da primeira metade do século XII.
Sabe-se que D. Afonso Henriques doou o templo aos Cónegos de Santo Agostinho e que em 1132 a cabeceira foi sagrada pelo arcebispo de Braga, D. Paio Mendes. Esta campanha, todavia, pela sua rapidez e pela abundante reutilização de materiais pré-românicos, parece ter sido uma mera reforma do edifício anterior, que privilegiou elementos como o arco triunfal, as janelas e a linha de cornija, mas que manteve, genericamente, a estrutura do século X.
O principal interesse desta igreja é, precisamente, o espólio pré-românico que actualmente conserva. Durante muito tempo considerado como um dos mais importantes testemunhos da arte visigótica no Norte do país, a radical reavaliação dos compartimentos estilísticos altimedievais situou definitivamente o pré-românico de São Torcato no século X. A referência mais antiga ao templo data de 951, ano do testamento de Ramiro II, onde se refere a existência de uma capela do Santo, anexa à de São Torcato. 
Os mais importantes vestígios são os frisos de calcário que decoram a parte interna da capela-mor. Com uma decoração cuidada, à base de círculos tangentes e quadrifólios, eles são um dos principais elementos de caracterização da complexa realidade artística do século X.
A Capela de São Torcato está classificada como Monumento Nacional desde 1922.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70162/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=760

domingo, 6 de maio de 2018

Sé de Braga

A Sé de Braga representa a sede do bispado fundado, segundo a tradição, por São Tiago Maior que aqui terá deixado como primeiro bispo o seu discípulo, São Pedro de Rates. Devido a essa origem apostólica é considerada como Sacrossanta Basílica Primacial da Península Ibérica, e o seu Arcebispo, Primaz das Espanhas. Possui liturgia própria, a liturgia bracarense.
Considerada como um centro de irradiação episcopal e um dos mais importantes templos do românico no país, aqui encontram-se os túmulos de Henrique de Borgonha, conde de Portugal e sua esposa, Teresa de Leão, pais de D. Afonso Henriques.
Verdadeiro palimpsesto arquitectónico onde gostos diversos, do românico ao barroco, se acrescentaram ou anularam ao longo dos séculos, o vasto complexo religioso bracarense é um compêndio artístico da arte portuguesa desde o início da nacionalidade.
O edifício encontra-se sobre uma construção que tudo indica tratar-se da catedral anterior. A obra da actual Sé teve início com o bispo D. Pedro (1070-1093). Grande parte dos seus sucessores deixaram, também, a sua marca, tanto em pequenas alterações como em obras de vulto. Do edifício original pouco mais ficou do que o projecto geral e alguns pormenores decorativos, como as duas arquivoltas da primitiva porta principal românica, lavrados com cenas da gesta medieval da Canção da Raposa. No subsolo da capela-mor encontram-se os vestígios arqueológicos do templo primitivo paleocristão e altomedieval.
A Sé apresenta duas torres na fachada – que a aproximam das grandes catedrais do românico português – e é constituída, no interior, por três naves, transepto e cabeceira com cinco capelas. Ao lado da Catedral, com acesso a partir do claustro, situa-se o Tesouro da Sé. Este foi criado em 1930 e consiste numa compilação de peças de vários séculos.
Da construção destacam-se a galilé (século XV), a grade de ferro que a fecha, a grande pedra de armas do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, a edícula e o coroamento das torres (século XVIII), o revestimento azulejar da capela de São Pedro de Rates – com representações de cenas da vida do santo - , a finíssima talha dourada neoclássica da Capela do Santíssimo Sacramento, a sacristia – cuja arquitectura foi uma intensa novidade para Braga na época -, o cadeiral e os órgãos do coro alto – obras do século XIII, de concepção e execução excepcionais.

Ler mais:
http://se-braga.pt/
http://www.diocese-braga.pt/arquidiocese/221/5918
https://webraga.pt/visitar/museus/se-de-braga/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sé_de_Braga
https://maisturismo.org/a-se-catedral-de-braga/
http://www.rotadascatedrais.com/braga-evolucao-historico-artistica

sexta-feira, 30 de março de 2018

Capela de São Frutuoso de Montélios




A capela de S. Frutuoso de Montélios, situada na freguesia de Real e distando cerca de 1,5Km da cidade de Braga, é um dos mais discutidos monumentos pré-românicos da Península Ibérica.
S. Frutuoso, natural da Hungria, foi Bispo de Braga e Dume na segunda metade do século VII, tendo mandado construir um Mosteiro em Montélios, quando sentiu que o seu fim estava próximo.
Morreu em 16 de Abril de 665 e deve ter sido sepultado numa capela anexa ao mosteiro, que é, a que hoje conhecemos parcialmente. Como seria a planta original desta capela e qual o objectivo com que foi construída, são enigmas que não foram resolvidos pois, no séc. XVIII, a construção da Igreja de S. Francisco, à qual está unida, amputou-a de elementos ainda hoje desconhecidos pelos especialistas, nomeadamente a fachada principal.
A Capela de S. Frutuoso, sobretudo no exterior, inspira-se visivelmente no sepulcro bizantino de Gala Placida, em Ravena, apresenta uma planta em cruz grega, arcadas cegas decorando as paredes, corpo central saliente e de planta quadrada, telhados de duas águas nos corpos laterais, etc.. As vicissitudes históricas por que a Capela passou, sobretudo nos três primeiros séculos da sua existência, motivadas pelas destruições árabes, estão na origem da controvérsia existente entre os especialistas de história da arte.
A Capela de S. Frutuoso sofreu obras de reconstrução importantes em diversas épocas, por isso, não existe unanimidade quanto à sua planta privativa, a sua organização interna, o seu estilo artístico, a cronologia da sua construção e sucessivos restauros, enfim, a sua função primitiva.
Acesas polémicas têm dividido os defensores da tese visigótica e os da tese moçárabe, sendo possível que ambos tenham alguma razão, embora exista também uma certa tradição clássica no monumento.
Estamos certamente perante uma Capela construída no século VII, em pleno período de dominação visigótica, que deixou as suas marcas, por exemplo, em alguns capitéis e na tripla arcatura interior, que dá acesso às pequenas capelas laterais.
O monumento deve ter sido reconstruído no século IX daí lhe advindo o seu moçarabismo, patente na estrutura da abóbada, na planta das capelas laterais, na torre central e em alguns elementos decorativos (flor de lis e corda).O restauro da Capela, iniciado em 1931, prolongou-se por longos anos a acabou por não ser concluído, depois da enorme controvérsia, por não haver concordância entre os responsáveis pelo trabalho de reintegração do monumento.
Uma possível solução para os problemas existentes poderá encontrar-se através de um estudo aturado do monumento e dos relatórios dos trabalhos que nele se realizaram e ainda através de escavações arqueológicas no seu interior e no terreiro circundante.
De qualquer modo, não restam dúvidas de que a capela de São Frutuoso, bizantina, visigótica ou moçárabe, é uma das jóias mais preciosas do nosso património artístico.
                     Fonte: União das Freguesias de Real, Dume e Semelhe

Ler mais:
http://www.ufrds.pt/freguesia.real.php?pid=130
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capela_de_S%C3%A3o_Frutuoso


Catedral de Idanha-a-Velha


Idanha-a-Velha, é uma pequena vila que parece adormecida entre os olivais, mas cujo passado histórico teve uma importância testemunhada pela catedral e pelas inúmeras ruínas, transformando-a num museu ao vivo.
Elevada a cidade episcopal em 534, diz-se que foi aí que nasceu um rei visigodo, e a velha catedral, restaurada no início do século XVI, ainda conserva pedras esculpidas e inscritas do tempo dos romanos.

Em meados do século VI, terá sido construído um novo edifício de culto cristão nas proximidades daquele. A nova construção é, presumivelmente, contemporânea da elevação da cidade à dignidade episcopal, em data incerta, durante o domínio suevo. Durante o domínio muçulmano, foi construída a igreja que é a matriz arquitectónica do edifício que chegou até nós. 
O templo terá sido erguido pela comunidade moçárabe nos finais do século IX, altura em que a diocese foi momentaneamente restaurada. A configuração actual da igreja deve-se aos trabalhos de restauro promovidos pelo Prof. Dr. Fernando de Almeida, que recupera a igreja dos finais do século XVI.

Este elemento do Conjunto Monumental de Idanha-a-Velha e toda a sua envolvente foram intervencionados no âmbito do projecto das Aldeias Históricas.

Ler mais:
http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/o-que-ver/igreja-de-santa-maria-se-catedral
http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/index.php?sid=sitios.resultados&subsid=48079
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5882

Forte Jesus de Mombaça