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sábado, 10 de outubro de 2020

Papas de São Miguel

Há muitos anos era uso e costume os caseiros pagarem a renda ao Patrono no dia 29 de Setembro, dia do padroeiro de Oliveira de Azeméis, São Miguel. Conta a história que nesse dia se comiam Papas de Vinha d'Alho, as quais eram confecionadas com a primeira farinha de milho novo, feijão branco e nabiças, que nessa altura também são novas e, evidentemente, as carnes marinadas em vinha d'alho. Esta tradição gastronómica prevalece há mais de 200 anos, não se sabendo exatamente a data de início deste costume. 

Em 29 de Setembro de 2006 foi fundada a Confraria das Papas de São Miguel com o objetivo de promover a valorização e prestígio das Papas de São Miguel como símbolo gastronómico oliveirense. 

Fonte:
Confraria das Papas de S. Miguel

Ler mais (confeção):
http://www.gastronomias.com/portugal/beira_litoral074.html

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Sopa de feijão com catacuzes

Os catacuzes ou labaças ou erva azeda ou espinafre-limão ou Rumex crispus L. são conhecidos há tanto tempo que foram umas das plantas classificadas pelo pai da Taxonomia, Lineu. Já os árabes as comiam em sopas com grão. 
No concelho de Alvito, e principalmente na freguesia de Vila Nova da Baronia, os catacuzes são utilizados para mais enriquecer a gastronomia alentejana. 
A riqueza nutricional e a forma de os cozinhar são muito semelhantes ao espinafre, mas o sabor é muitas vezes mais interessante. Uma das possíveis maneiras de os confeccionar é em sopas  de grão ou de feijão.
A sopa de feijão com catacuzes leva feijão manteiga (ou encarnado), com o respectivo caldo da cozedura, azeite, cebola picada, um molho de catacuzes, alho, sal, coentros e chouriço.

Ler mais:
https://comopaoparalaranjas.blogspot.com/2015/12/feijao-com-catacuzes-selvagens-e.html
http://olhapim.blogspot.com/2012/03/sopa-de-favas-com-catacuzes-poejos-e.html
http://vilanovadabaronia.freguesias.pt/

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Posta Mirandesa

A “Carne Mirandesa” é o expoente máximo da produção da Raça Bovina Mirandesa, que em harmonia com as condições edafo-climáticas, aliado ao saber fazer de quem a produz, resulta num produto de referência nacional e internacional.
A Raça Bovina Mirandesa possui características genéticas próprias que associadas a um sistema de alimentação natural conferem à carne qualidades organolépticas ímpares. Destaca-se, a excepcional tenrura e suculência, aromas e sabores que a diferenciam de qualquer outra carne de bovino. A “carne Mirandesa” deu origem a um prato que é um dos ex-líbris da gastronomia portuguesa, em particular da transmontana, a famosa “Posta Mirandesa”.
A receita teve origem nas feiras de gado que se realizavam por todo o distrito de Bragança, sendo inicialmente temperada só com sal grosso que era lançado sobre os nacos de carne, dispostos sobre uma grelha bem quente. A posta de carne era depois servida sobre um pedaço de pão caseiro, sendo saboreada com o molho que ia libertando no pão.
Hoje, nos restaurantes, é servida acompanhada de batatas assadas (ou castanhas) e grelos ou salada. Tradicionalmente, a carne é servida mal passada para melhorar conservar as suas propriedades.

Ler mais:
http://www.mirandesa.pt/conteudo.php?idm=9
http://www.cozinhatradicional.com/posta-mirandesa-tras-os-montes-e-alto-douro/
https://ncultura.pt/posta-a-mirandesa-origem-receita-original/

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Raia com molho pitau


Entre Aveiro e a Figueira da Foz, confecciona-se a Raia com Molho de Pitau, prato que já nos finais do século XIX fazia as delícias dos banhistas.
Amanha-se a raia e lava-se muito bem, reservando-se o fígado. Em seguida corta-se a raia em pencas (este é o nome que se dá na Figueira da Foz às tiras da raia cortada de alto a baixo). Temperam-se com sal e, passada 1 hora, cozem-se em água temperada com sal. À parte cozem-se as batatas com a pele e pelam-se. Entretanto, prepara-se o molho: leva-se ao lume o azeite, os dentes de alho, o louro, o colorau, o vinagre, um pouco de pimenta e um bocadinho de fígado da raia (cerca de 40 g), 3 colheres da água da cozedura da raia e vai-se esmagando tudo até engrossar. Coloca-se a raia numa travessa, contorna-se com as batatas, regando tudo com o molho.

Ler mais:
https://www.clubevinhosportugueses.pt/vinhos/sabores-de-portugal-raia-de-pitau-ou-piteu/
http://www.gastronomias.com/portugal/beira_litoral075.html
https://www.culinarias.net/raia-molho-pitau__669

domingo, 28 de outubro de 2018

Folar de Valpaços

Considerado o pão da Páscoa, o Folar de Valpaços é uma das tradições gastronómicas daquela quadra festiva. É particularmente típico da região nordeste do distrito de Vila Real.
O termo folar, muitas vezes associado a presente e/ou dádiva exprime ”o que há de melhor”. O folar era tradicionalmente confeccionado na época da Páscoa onde o Clero recolhia o folar das famílias no Domingo de Páscoa, no denominado “Compasso ou visita Pascal” e era constituído pelos mais finos produtos do que a terra e as gentes produziam.
O chamado folar de Valpaços é confeccionado à base de massa de pão, lêveda e fofa, sendo recheado com carne de porco, presunto, salpicão, linguiça, entre outros ingredientes possíveis. Na sua confecção, são ainda usados ovos, banha e azeite.
Em 2017 a Comissão Europeia aprovou o pedido português de inclusão do “Folar de Valpaços”, no registo das indicações geográficas protegidas (IGP).

Ler mais:
https://valpacos.pt/pages/561
https://pt.wikipedia.org/wiki/Folar
http://vozdocampo.pt/2017/04/27/valpacos-folar-indicacao-geografica-protegida/
http://media.rtp.pt/praca/rubricas/folar-valpacos-culinaria/

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Rojões com castanhas

Como terra de lavradores, a Maia tornou-se um concelho fornecedor dos produtos frescos para a velha urbe portuense. Desses tempos ficou uma rica gastronomia feita de saberes e sabores ancestrais alicerçados na elevada qualidade dos produtos cultivados. Talvez por isso, a Maia seja hoje conhecida pela excelência dos seus restaurantes, autênticos templos gastronómicos. Conservando produtos, técnicas e sabores antigos influenciados pela cultura do Douro Litoral. Aqui pode-se degustar diversas especialidades gastronómicas, tais como os célebres "Rojões com castanhas".
Os rojões são preparados a partir de pedaços de carne de porco, designados nesta região for fêveras.
O modo de preparação é o seguinte:
Tempera-se a carne partida aos pedaços, não muito pequenos, com as cebolas cortadas em rodelas finas, os dentes de alho esmagados, a banha, a salsa, o louro, sal, pimenta, colorau e o vinho.
Esta marinada deve repousar 24h, mexendo de vez em quando.
Coloca-se a banha de porco num tacho, e quando estiver bem quente deitam-se os rojões, até que este fiquem alourados.
De seguida, acrescenta-se um pouco da marinada. Deixa-se cozer em lume moderado, com o tacho bem tapado, agitando de vez em quando.
À parte cozem-se as castanhas golpeadas em água temperada com sal. Descascam-se e juntam-se aos rojões, pouco antes de ser servido.

Ler mais:
http://www.visitmaia.pt/uploads/writer_file/document/91/Maia_Saberes_Sabores_2011.pdf
http://www.visitmaia.pt/frontoffice/pages/194?geo_article_id=773

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Bucho recheado de Pedrógão Grande

É considerado historicamente um prato típico do Carnaval, a época festiva que sucedia ao Natal, altura em que acontecia a matança do porco.Para facilitar a conservação eram salgadas as carnes, e feitos os enchidos, fumados à lareira. Por altura do Carnaval utilizavam-se os enchidos fumados e dessalgavam-se as carnes que, em conjunto com outras carnes de produção caseira, eram confeccionadas e serviam para rechear o bucho do animal, previamente lavado e fumado no caniço.
Apesar de ser reconhecido como elemento essencial da gastronomia beirã, não foram encontrados registos históricos escritos do Bucho Recheado de Pedrógão Grande. Sabe-se, pela análise em retrospectiva das entrevistas realizadas aquando da criação desta Confraria que, já no século XIX, era confeccionado pelas gentes do concelho, podendo, no entanto, a sua origem ser anterior à data apontada. Actualmente é reconhecido como um enchido tradicional inconfundível, representativo da identidade gastronómica da região e revelador da história das gentes que lhe deram origem.
O Bucho pode servir-se como prato quente ou frio, como refeição principal ou como entrada.
A sua confecção envolve várias fases. Lava-se o bucho com sal e limão e limpam-se as peles do seu interior. Cozem-se, em água e sal, o entrecosto e o toucinho. Faz-se um refogado com azeite, alho, cebola, louro, tomate, pimentão-doce e piripiri e adicionam-se as restantes carnes de produção caseira (e.g. porco, galinha, cabrito, vaca, coelho). Deixa-se estufar por bastante tempo, até as carnes estarem bem cozinhadas e poderem ser desfiadas facilmente à mão. Numa taça juntam-se as carnes, o chouriço picado,o presunto desfiado, a salsa picada, o sumo de limão e os ovos, para ligar. Incorpora-se o pão, partido em pedaços e amolecido no molho do refogado das carnes, até ficar uma massa de consistência média. Recheia-se o bucho e cosem-se as aberturas com agulha e linha. Unta-se o bucho com banha e pica-se com uma agulha. Vai ao forno a 200ºC até estar assado.
Confraria do Bucho Recheado
Em 17 de Maio de 2016 foi criada a Confraria do Bucho Recheado de Pedrógão Grande, a qual tem por objecto a promoção, divulgação, certificação, valorização e defesa cultural e gastronómica deste produto culinário regional.


Fonte: Confraria do Bucho Recheado de Pedrógão Grande

http://www.buchorecheadopedrogaogrande.com/

sábado, 25 de agosto de 2018

Chanfana à moda de Poiares

A chanfana é um prato tradicional, à base de carne de cabra assada em vinho tinto, característico de alguns concelhos do distrito de Coimbra. Num deles, Vila Nova de Poiares, tornou-se mesmo num símbolo de tradição gastronómica, estando na origem de uma Confraria da Chanfana e de uma Semana Gastronómica da Chanfana e até do epíteto de Capital Universal da Chanfana.
Confeccionado com carne de cabra velha, assada em fornos de lenha, nos afamados caçoilos de barro preto do Olho Marinho, este prato tradicional é, cada vez mais, um excelente cartão de visita turístico desta região. A carne de cabra é temperada com vinho tinto, banha de porco, alho, louro, sal, pimenta e colorau, ficando assim a marinar durante algum tempo. Depois é introduzida no forno de lenha, onde fica durante três horas para ficar tenra e suculenta.

Ler mais: 
http://www.confrariadachanfana.pt/


sábado, 11 de agosto de 2018

Sopa Caramela

A origem desta sopa é atribuída às populações rurais que vinham da Beira Litoral em busca de trabalho, sobretudo para a zona do Pinhal Novo, a quem se dava o nome de “caramelos”. 
Ainda no século XX, até à construção da primeira ponte sobre o Tejo, a Península de Setúbal era um território semi-despovoado. A maioria do trabalho era assegurada por movimentos migratórios sazonais de trabalhadores rurais oriundos da Beira Litoral que eram alcunhados de “caramelos de ir e vir”. A partir de certa altura, os “caramelos de ir e vir” passaram a “caramelos de ficar”, tendo-se tornado rendeiros com casa e horta e fixado, sobretudo, na zona do Pinhal Novo, onde introduziram novos hábitos alimentares trazidos dos seus locais de origem. 
Vivendo com dificuldades económicas, a alimentação destas populações, embora consistente, baseava-se, sobretudo, em sopa feita com os produtos colhidos na horta – feijão, batata e couve – e, quem os tinha, com enchidos e carne da matança. Assim nasceu a Sopa Caramela, em homenagem a esses trabalhadores.
Inicialmente, era semelhante às sopas nortenhas de unto, mas, com o tempo e com um maior desafogo económico, esta sopa foi sendo enriquecida com mais ingredientes, tendo-se tornado num prato substancial, símbolo de uma comunidade que preserva as suas tradições e uma das principais referências gastronómicas da região.
Hoje em dia, na sua confecção, utiliza-se o feijão, os legumes, as carnes e os enchidos, procedendo-se do seguinte modo:
Coze-se o feijão com as carnes e os enchidos previamente cortados, em lume brando. Cortam-se grosseiramente os nabos e as couves. Pica-se a cebola e o alho, lamina-se a cenoura em “meia-lua”, corta-se a batata em cubos pequenos e junta-se tudo ao feijão com a massa, a folha de louro e o azeite. Deixa-se apurar durante mais 30 minutos. Mexe-se vigorosa¬mente no final para libertar o amido da batata e da massa, de forma a homogeneizar o caldo cremoso que envolve os ingredientes. Guarnece-se com os coentros, caso se deseje.

Ler mais:
http://jornalsabores.com/sopa-caramela/
https://www.facebook.com/pg/Confraria-da-Sopa-Caramela-Pinhal-Novo-452961258223816/posts/?ref=page_internal

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Bacalhau à São Teotónio


Há séculos que por Valença se apuram os sabores e a arte de apresentar as receitas de bacalhau. O bacalhau é um produto, há muito presente na gastronomia valenciana e que atrai visitantes de toda a Península Ibérica para saborear as múltiplas formas de o confeccionar.

O bacalhau, o produto mais celebre da gastronomia valenciana, está sempre presente, a diário, em todos os restaurantes locais, confeccionado e apresentado em prato ou em tapas das mais diversas e ousadas formas.
O bacalhau à São Teotónio é um dos protagonistas, um prato de sabor inigualável, com nome de santo, em homenagem ao primeiro santo português, natural de Valença.
Para preparar este prato, deve-se fritar levemente a posta de bacalhau em azeite. Em seguida, preparar um pequeno refogado de tomate, cebola e alho; temperar com sal e pimenta; refrescar com vinho verde branco; cobrir a posta de bacalhau com a cebolada e um pouco de maionese; levar ao forno a gratinar. Acompanha-se com puré de batata e decora-se com gomo de tomate e ovo cozido, azeitonas pretas e pimento morrone.
Ler mais:
http://www.cm-valenca.pt/index.php?oid=4539&op=all
https://bloguedominho.blogs.sapo.pt/valenca-da-a-provar-bacalhau-a-sao-5083684

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Cozido à portuguesa

O Cozido à Portuguesa é, possivelmente, o prato tradicional português mais famoso. É composto por um conjunto de diferentes tipos de carne, vegetais e enchidos cozidos.
A sua origem está envolta em alguma controvérsia. Há quem diga que este prato surgiu como consequência das necessidades económicas da população. Como não havia muitos meios de subsistência, a solução para muitas refeições era aproveitar as sobras das anteriores. Essas sobras eram colocadas em panelas de ferro, a cozer na lareira, até se apurar uma refeição energética e capaz de aquecer nos dias frios de inverno.
A receita desta iguaria portuguesa varia consoante a região do país. Relativamente aos vegetais cozidos, podem ser usados batata, couve, cenoura, nabo, feijão ou grão e arroz; quanto às carnes podem ser utilizadas orelha e chispe de porco, carne de bovino, toucinho, entrecosto e entremeada de porco e frango; quanto aos enchidos podem ser incluídos chouriço de carne e de sangue, morcela, farinheira, salpicão...
Apesar da variedade de opções usadas nas diferentes regiões do país, tornou-se famoso, nas últimas décadas, o cozido à portuguesa do Canal Caveira, no concelho de Grândola. Antes da construção da A2 (Auto-estrada do Sul), este local era ponto de paragem obrigatório para experimentar o saboroso cozido do Canal Caveira.
Os restaurantes do Canal Caveira têm sofrido os efeitos da crise, mas é o cozido à portuguesa que continua a levar ali pessoas de todo o país. Elas bem sabem ao que vão. Nos restaurantes do Canal Caveira, os clientes não se perdem na ementa: ali, os pedidos vão todos dar ao mesmo, ao cozido.
A fama deste cozido à portuguesa vem do tempo em que uma viagem de Lisboa até ao Algarve demorava cinco horas.
Agora, há quem venha de longe e há quem poupe nas portagens da auto-estrada para gastar no almoço. Fica a ganhar esta pequena aldeia de Grândola, que se resume a uma rua e muitos restaurantes e que se tornou a capital do cozido à portuguesa.

Ler mais:
https://asenhoradomonte.com/2016/07/15/historia-do-cozido-a-portuguesa/
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/videos/canal-caveira-e-capital-do-cozido-a-portuguesa

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Tripas à moda do Porto

As tripas à moda do Porto são um prato tradicional, típico da cidade do Porto (como o próprio nome indica) e que é confeccionado com vários tipos de carne, tripas, enchidos e feijão branco.
Reza a lenda que a receita das tripas à moda do Porto remonta ao período dos Descobrimentos. Por essa altura os barcos e naus que levaram os portugueses à conquista de Ceuta e, mais tarde, à epopeia dos Descobrimentos eram construídos nas margens do rio Douro.
Ora, diz a lenda que o Infante D. Henrique precisava de abastecer as naus para partir para a tomada de Ceuta, com a expedição militar comandada pelo Rei D. João I em 1415, e que, por isso, pediu aos habitantes do Porto para ceder todo o tipo de alimentos o que, de resto, aconteceu. As carnes foram limpas, salgadas e acomodadas nas embarcações. Para a população ficaram apenas e só as tripas.
Perante isto, os habitantes tiveram que fazer uso da criatividade e inventar novos pratos, entre eles as tripas à moda do Porto, um prato que ficou desde então e que se perpetuou até aos dias de hoje sendo mesmo considerada uma das iguarias mais apreciadas da gastronomia portuguesa e que valeu (e vale ainda hoje) a alcunha de “tripeiros” aos habitantes da cidade invicta.
O prato é confeccionado com vários tipos de carne (dobrada, enchidos...) e feijão branco.

Ler mais:
https://asenhoradomonte.com/2014/03/30/tripas-a-moda-do-porto/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tripas_%C3%A0_moda_do_Porto
http://www.vidaativa.pt/a/tripas-a-moda-do-porto/
https://www.mulherportuguesa.com/receita/dobrada-a-portuguesa/

sábado, 30 de junho de 2018

Sopa da Pedra



A Sopa da Pedra é uma sopa tradicional da cozinha portuguesa, originária de Almeirim, no Ribatejo.
Trata-se de uma sopa consistente e rica, feita à base de carne, enchidos, feijão, couve, batatas e cenoura. Tradicionalmente, e seguindo a lenda da história que lhe deu origem, coloca-se a pedra, bem lavada, no fundo da terrina e, depois de comida a sopa, guarda-se a pedra para a próxima vez que for confeccionada.
Estátua, em Almeirim, do frade da sopa da pedra

A designação desta sopa encontra-se em muitas culturas ocidentais e tem como base um conto tradicional que nos diz ter sido um frade lambareiro e espertalhão o primeiro homem a confeccioná-la. 
Sendo um dos pratos típicos da região ribatejana e um dos ícones da cozinha tradicional, a sopa da pedra foi um dos pratos finalistas no concurso das "7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa".


Fonte (com a dvida vénia): "Cozinha Tradicional" (http://www.cozinhatradicional.com/sopa-da-pedra-almeirim/)

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sopa_da_pedra
https://asenhoradomonte.com/2012/09/05/sopa-da-pedra/

terça-feira, 15 de maio de 2018

Alheiras de Mirandela

A alheira é um enchido tradicional fumado, cujos principais ingredientes são a carne e gordura de porco, a carne de aves (galinha e/ou peru) e pão de trigo, o azeite e a banha, condimentados com sal, alho e colorau doce e/ou picante. Podem ainda ser usados como ingredientes a carne de animais de caça, a carne de vaca e o salpicão e/ou o presunto envelhecidos.
É um enchido com formato de ferradura, cilíndrico, sendo o interior constituído por uma pasta fina na qual se apercebem pedaços de carne desfiadas e cujo invólucro é constituído por tripa natural, de vaca ou de porco. 
Pensa-se que a origem da alheira remonta aos fins do século XV e princípios do século XVI, estando associada à presença de judeus em Trás-os-Montes. Por estes não comerem carne de porco, não faziam nem fumavam os habituais enchidos. Então, usavam outros tipos de carnes que envolviam numa massa de pão e alho para criar a alheira. A receita acabou por se popularizar entre os cristãos que, por fim, lhe acrescentaram a carne de porco.
Outros defendem que o aparecimento da alheira esteja ligado ao próprio ciclo de produção de fumeiros caseiros, ou simplesmente à necessidade de conservação das carnes dos diversos animais criados e para consumo próprio.
Actualmente a produção de alheiras é um negócio maioritariamente Industrial, mantendo-se, no entanto, a elevada qualidade no processo de produção. Quem quiser provar alheiras mais próximas do seu estado "original" e da sua essência, terá de recorrer à produção artesanal, designadamente nas aldeias do concelho de Mirandela. As alheiras extrapolam actualmente o território transmontano e produzem-se em muito mais regiões do país, ainda que sem a qualidade do local de origem.
O uso da menção Produto Específico obriga a que o enchido seja produzido de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente, o processo de produção.
Na região de origem a norte de Portugal (Trás-os-Montes) a alheira é consumida grelhada, ou assada em lume brando, acompanhada por batata cozida com um fio de azeite, e legumes da época variados. Mais a sul o mais natural é encontrar os menus com a alheira frita, batatas fritas, ovo estrelado e saladas de alface e tomate. Por vezes, é também acompanhada por grelos de couve ou de nabiça. É uma presença habitual nas ementas dos restaurantes de todo o país.
Em setembro de 2011, as Alheiras de Mirandela ganharam honras de fazer parte da declaração oficial das 7 Maravilhas da Gastronomia portuguesa.

Ler mais:
http://www.gastronomias.com/enchidos/alheira.htm
https://asenhoradomonte.com/2016/02/05/historia-e-receita-das-alheiras-de-mirandela/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sete_maravilhas_da_gastronomia


sexta-feira, 20 de abril de 2018

Maranhos da Beira Baixa


Os maranhos, também conhecidos como borlhões ou burunhões, são uma especialidade da cozinha tradicional portuguesa, mais concretamente da região da Beira Baixa.
O primeiro registo escrito desta iguaria data de 1858 e está na 6.ª edição do Diccionário de Língua Portuguesa, de António da Silva Morais. Na época a receita continha “arroz, pedaços de galinha e miúdos de carneiro condimentados com hortelã”.
Os ingredientes foram variando ao longo do tempo, mas o sucesso é transversal aos mais de duzentos anos de história e de reconhecimento. 
Nos dias de hoje, o maranho consiste num pequeno saco feito de estômago de cabra, recheado com carne de cabra, cebola, presunto, arroz e hortelã. 
Como forma de celebrar esta iguaria tão característica daquela zona realiza-se, anualmente, o Festival de Gastronomia do Maranho na Sertã.

Ler mais:
http://www.portugalnummapa.com/maranho/
http://www.mediotejo.net/dom-maranho-da-serta-e-duas-estrelas-no-great-taste-awards/
http://turismo.cm-serta.pt/turismopt/gastronomia/pratos-t%C3%ADpicos/maranhos

sábado, 7 de abril de 2018

Caldudo de castanhas

Esta sopa era muito usada antigamente, porque as castanhas eram a base da alimentação, antes da divulgação do milho e da batata, resolviam o problema da falta de alimentos, para além disso era um alimento muito versátil, podia ser usado de vários modos, cozidas, assadas...
Para as conservar durante mais tempo, eram secas e a secagem era normalmente feita no caniço, uma estrutura feita de pequenas tábuas ou varas pregadas em barrotes por cima da pedra do lar, onde diariamente se acendia o lume.
O calor do lume, passando pelos espaços entre as varas é que as secava. E eram estas castanhas secas, depois de piladas que serviam para fazer o caldudo.

Para se fazer um bom caldudo, as castanhas têm que estar bem secas.
Põem-se de molho de um dia para o outro, depois tiram-se algumas peles que ainda tenham, coloca-se água num tacho com um pouco de sal, deitam-se as castanhas lá para dentro e deixam-se cozer.
Com uma colher e um garfo, vemos se já se esmagam. Quando se esmagarem, estão cozidas.
Havia quem gostasse de esmagar as castanhas todas; a tua avó deixava sempre algumas inteiras…
Despejamos a água que ainda se encontra no tacho e colocamos o leite juntamente com o açúcar. Deixamos ferver lentamente e vamos provando.
Quando punha o leite e o açúcar, gostava de deitar um pouco de canela e uma casquinha de limão. Ficava mais saboroso.
      Fonte: J.M.S.     http://dosenxidros.blogspot.pt/2017/02/o-caldudo.html    (com a devida vénia)

Esta famosa sobremesa foi, durante séculos, prato quase diário das populações da beira.

Ler mais:
http://dosenxidros.blogspot.pt/2017/02/o-caldudo.html
http://artes-viagens-sabores.blogspot.pt/2012/02/caldudo.html

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Leitão à Bairrada



O leitão da Bairrada é uma das mais conhecidas iguarias da gastronomia portuguesa, e com maior incidência no centro do país. É, aliás, uma das 7 Maravilhas Gastronómicas e normalmente é consumida em dias de festa, mas os restaurantes estão cheios diariamente com quem por ali passa e também com muitos turistas.

Para ser um leitão bom e devidamente degustado, deve seguir-se os seguintes procedimentos:
 – O peso ideal do animal deve ser entre 7 a 8 Kg;
– O tempero do leitão tem alho, pimenta, sal, salsa, manteiga de porco e loureiro;
– O leitão deve ser assado num pau de aço inox ou com pau de loureiro; 
– O sabor é diferente (e melhor) se for assado num típico forno a lenha bairradino, usado para cozer também pão e broa;
– O leitão demora cerca de duas horas até ficar assado devidamente – vai sendo virado para ficar assado de forma uniforme e com a pele crocante q.b.;
– O empratamento é feito com a pele virada para cima, sem sobrepor os pedaços;
– O leitão pode ser comido frio (até numa sande com o pão da Melhada), mas estará melhor quando é quente ou morno, acabado de sair do forno;
– Acompanhamentos: apesar de a maior parte dos restaurantes servir batata frita com o leitão, a forma tradicional serve batata cozida com casca. Explicando melhor, o leitão já tem gordura suficiente, daí servir-se só e simplesmente com batata cozida, laranja às rodelas e salada de alface. São os melhores acompanhamentos para provar da melhor forma o leitão e cortar a gordura inerente do prato;
– Vem com um molho picante à parte para quem quiser (ainda) mais picante.
Fonte: http://www.viajecomigo.com/2016/11/05/comer-leitao-da-bairrada/

Leia mais: 

http://www.leitaobairrada.com/pagina_leitao.php?id=5

sábado, 31 de março de 2018

Papas de sarrabulho


Ao longo de cinco séculos, a cultura do milho marcou de tal forma os hábitos e a paisagem rural do Minho que se tornou indissociável da cultura regional. Desde os característicos espigueiros ao folclore e à culinária, o milho está sempre presente na cultura tradicional minhota.
Tal como outrora sucedia noutras terras em redor, também em Ponte de Lima o sarrabulho era servido com farinha de milho, formando as afamadas "papas de sarrabulho".
As papas de sarrabulho são confeccionadas com diferentes tipos de carnes (frango, enchidos e febras de porco), com a farinha de milho, sangue cozido e especiarias.
São servidas como sopa ou como acompanhamento dos rojões à moda do Minho.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Papas_de_sarrabulho

sábado, 10 de março de 2018

Cabrito estonado à moda de Oleiros


De entre as várias receitas de cabrito no forno há uma que se destaca pela sua originalidade. Trata-se do cabrito estonado, que hoje já poucos fazem ou sabem fazer, mas que continua a considerar-se um dos pratos emblemáticas de Oleiros.
As populações que ao longo dos séculos se fixaram na região da Beira Interior, em grande parte dominada por zonas de montanha e de floresta, pouco propícias à agricultura, perceberam desde cedo a importância da criação de gado caprino e ovino para o seu equilíbrio alimentar.
Este cabrito tem a particularidade de não ser esfolado, mas sim estonado. Ou seja, logo após ter sido abatido, é rapidamente escaldado em água a ferver e depois retiram-se-lhe os pêlos, deixando a pele totalmente limpa e lisa. Diz-se estonado porque se lhe extrai o que está à tona, à superfície.
Mantendo a pele, que fica estaladiça, o cabrito não perde gordura, ganhando a sua carne em suculência e sabor.

Ler mais:
http://www.memoriamedia.net/index.php/cabrito-de-oleiros
https://pt.wikibooks.org/wiki/Livro_de_receitas/Cabrito_estonado_%C3%A0_moda_de_Oleiros
https://outrascomidas.blogspot.pt/2013/12/cabrito-estonado-como-se-faz-em-oleiros.html


Forte Jesus de Mombaça