terça-feira, 24 de novembro de 2020

Castelo da Dona Chica

O Castelo da Dona Chica, também referido como Castelo de Palmeira, Casa da Chica ou Palácio de Dona Chica, localiza-se na freguesia de Palmeira, concelho de Braga.
Trata-se de um edifício apalaçado, de características ecléticas sobre um estilo romântico, projetado pelo arquiteto suíço Ernesto Korrodi.
A sua construção iniciou-se em 1915, por iniciativa de Francisca Peixoto de Sousa, nascida no Brasil, que mandou vir do seu país muitas das espécies arbóreas atualmente existentes na mata envolvente.
As obras foram interrompidas em 1919, quando Francisca se separou do marido.
Ao longo de sua história mudou várias vezes de proprietário, arrastando-se as obras por décadas, só sendo concluídas em 1991, adaptado a restaurante e bar.
Foi homologado como Imóvel de Interesse Público por Despacho de 20 de fevereiro de 1985.
Atualmente o imóvel encontra-se num estado de abandono e degradação, depois de passar por uma disputa judicial quanto à sua posse, envolvendo várias entidades.

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_da_D._Chica

Casas de "Brasileiro"

Durante a segunda metade do século XIX e o primeiro quartel do século XX, achegada de inúmeros portugueses que faziam do Brasil o seu território de eleição, levou ao surgimento de inúmeras casas e mansões dispersas por Portugal, as designadas Casas de Brasileiro.
A participação dos "torna-viagem" na formação da vanguarda artística portuguesa – a que se convencionou chamar futurista ou modernista – não é evidente. Mas estes novos-ricos dos alvores do século XX sempre tiveram grande disponibilidade para a rutura, aceitando a importação do internacional como fator diferenciador e testemunha de sucesso na representação do seu regresso à terra natal.
Nas Casas de Brasileiro que construíram – não só nas principais cidades e vilas mas também nas pequenas povoações do espaço rural – adotaram soluções inovadoras e requintadas.
Muitas vezes, estas obras resultaram da intervenção de projetistas escolhidos pelo seu prestígio como construtores ou artistas capazes de responder às exigências de modernidade destes proprietários enriquecidos, conhecedores do conforto oferecido pelo mundo em transformação.
Autores como Camilo Castelo Branco ou Júlio Dinis catalogaram as casas dos brasileiros como objetos bizarros e perturbadores da ordem e simplicidade da paisagem nortenha.
Não existe um modelo tipo de Casa de Brasileiro, mas pelo contrário um conjunto de características comuns à maior parte das casas construídas pelos emigrantes. Este modelo assenta na grande assimetria e variedade presentes no conjunto
arquitetónico. É necessário salientar o grande número de elementos decorativos presentes nestas casas, que variam entre o azulejo de diferentes cores e as estátuas que rematam os telhados ou os portões. As fachadas são extremamente coloridas devido à utilização de azulejos policromos. O jardim, limitado por um gradeamento e fechado por portões de ferro forjado, assume uma grande importância, uma vez que constitui uma tentativa de recriação do ambiente exótico que encontrou no Brasil. Este mesmo jardim apresenta uma grande variedade de plantas e árvores importadas do Brasil, como é o caso das palmeiras imperiais.
As inovações arquitetónicas e decorativas da casa do Brasileiros representarão, na maior parte dos casos, uma reprodução "desfocada" de soluções formais de uma arquitetura "elegante" adotada na construção residencial brasileira a partir de meados do século XIX mercê da atividade de arquitetos e companhias de construção europeias: um modelo onde pontuam influências da casa colonial vitoriana, soluções formais afrancesadas, misturadas com algum revivalismo de cariz italiano.
Podem no entanto ser categorizadas da seguinte forma:
- Casas Verticais Urbanas
- Os Palácios
- Casas Apalaçadas e Palacetes
- As Villas

Texto retirado, com a devida vénia, de:
https://www.skyscrapercity.com/threads/casas-de-brasileiro-em-portugal-as-casas-dos-torna-viagem-ricos-emigrantes-portugueses-no-brasil.1964682/

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Igreja de Santa Maria do Castelo

Segundo consta, a Igreja de Santa Maria do Castelo terá sido construída no século XIII, pouco depois da conquista da cidade de Tavira aos mouros sob iniciativa da Ordem de Santiago (1242), por D. Paio Peres Correia, para substituir a mesquita árabe aí existente.
Construída originalmente em estilo gótico, a igreja foi fortemente abalada pelo terremoto de 1755, e prontamente mandada reconstruir pelo Bispo do Algarve, D. Francisco Gomes do Avelar. O portal principal ainda é o original gótico, com quatro arquivoltas em arco quebrado e respetivos capitéis vegetalistas, datando de uma campanha de obras de finais do século
 XIV ou inícios do século XV.
No século XVI, dando continuidade à intenção de se construírem capelas funerárias familiares em igrejas, aqui se construiu a Capela do Senhor dos Passos, mandada edificar por Lançarote de Mello, homem da Ordem de Santiago, e da qual resta a abóbada manuelina.
Mais importantes foram, contudo, as campanhas artísticas barrocas e neoclássicas. Do primeiro período data a Capela do Santíssimo, obra encomendada por D. Isabel de Almada Aragão em 1748, cujas paredes se encontram decoradas por grandes painéis de azulejos azuis e brancos realizados, muito provavelmente, na oficina lisboeta de Bartolomeu Antunes e de Nicolau de Freitas.
Nos primeiros anos da década de 90 do século XVIII, já em pleno neoclassicismo, o bispo D. Francisco Gomes do Avelar, coadjuvado pelo arquiteto Francisco Xavier Fabri, procedeu à derradeira campanha artística na igreja, conferindo-lhe então o aspeto geral que hoje ainda possui. O principal mérito desta intervenção terá sido o de harmonizar a obra nova com o que restava da velha igreja medieval. A fachada principal, com a sua organização tripartida, manteve o portal gótico inserido numa composição cenográfica mais vasta, de sabor classicista, e que revela bem a qualidade de Fabri.
A torre do relógio também pertence à construção primitiva, embora contenha elementos decorativos posteriormente acrescentados.
A igreja foi classificada como Monumento Nacional em 23 de junho de 1910.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71119
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2819
https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/7148/1/PROM04_pp377-382.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Santa_Maria_do_Castelo_(Tavira)
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/igreja-de-santa-maria-do-castelo-tavira

Percurso pedestre "Na Senda dos Pastores"

O trilho "Na Senda dos Pastores" é um percurso circular, com uma extensão aproximada de 11,8km, que decorre entre as altitudes máxima e mínima de 1772m e 1307m, respetivamente. Decorre sobre o planalto adjacente às Penhas da Saúde e constitui uma ótima abordagem à realidade da Serra da Estrela.
Ao longo do passeio, é possível observar, de forma bem marcada, as duas grandes forças modeladoras da paisagem contemporânea da Serra: por um lado os fenómenos naturais (glaciação, fenómenos periglaciários, e restantes elementos geomorfológicos, bem como a fauna e flora), e o não menos natural fenómeno humano (desde logo a pastorícia, mas também a vida rural e industrial dos vales ou até as modernas dinâmicas de saúde, lazer e turismo das Penhas).
Saindo das Penhas da Saúde sobe-se em direção à lagoa de Viriato, a qual é contornada pela sua margem sul, abandonando-a após percorrer cerca de um terço da mesma, seguindo-se então em direção ao Alto da Pedrice. Desde este ponto até quase ao final, a orientação pelo planalto é fácil, já que basta ladear as escarpas verticais que bordejam o Vale da Alforfa primeiro, e o Vale das Cortes depois. Após atingir a Malhada do Prior alcança-se um "estradão" que apenas se deixa um pouco antes de cruzar a ribeira do Vale da Areia para seguir em direção ao ponto de partida.

Ler mais:
http://www.cm-covilha.pt/?cix=924&tab=793&lang=1
http://www.cm-covilha.pt/db/documentos/924.1.1480524731.pdf
http://www.100atalhos.com/sendapastores03072011.php?dir=sendapastores03072011

domingo, 15 de novembro de 2020

Museu das Migrações e das Comunidades

O Museu das Migrações e das Comunidades foi criado em 12 de julho de 2001 por deliberação da Câmara Municipal de Fafe, como plataforma virtual, com a designação de Museu da Emigração e das Comunidades.
A partir de setembro de 2009, o museu encontra-se instalado no andar térreo da Casa Municipal da Cultura. O Museu das Migrações e das Comunidades, percursor no seu género em Portugal, funda a sua existência no estudo, preservação e comunicação das expressões materiais e simbólicas do universo migratório e, em especial, do ciclo do retorno dos emigrantes portugueses. 
Inscreve as suas finalidades na perspetiva do conhecimento dos movimentos migratórios e, em especial, da emigração portuguesa, detendo-se particularmente na emigração para o Brasil do século XIX e primeiras décadas do XX e na emigração para os países europeus da segunda metade do século XX. Assenta na descoberta dos seus efeitos, decorrentes do cruzamento de povos e culturas, na história económica, social e cultural e naquilo que concorre para a sua compreensão histórica e social.

Fonte: Câmara Municipal de Fafe
https://www.cm-fafe.pt/conteudo?item=31299

Ler mais:
http://www.portoenorte.pt/pt/o-que-fazer/museu-das-migracoes-e-das-comunidades/

Festas de Agosto em Barrancos

Conhecidas como "Fêra de Barrancos", as Festas de Agosto de Barrancos tornaram-se "famosas" pelos touros de morte, misturando celebrações religiosas e divertimentos pagãos em honra de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira daquela vila raiana do distrito de Beja. As festas decorrem na última semana de agosto, em torno do dia 28, que é o feriado municipal do concelho.
Segundo a tradição, o início da "fêra", organizada pela comissão de festas da vila, é marcado pela tradicional alvorada, animada pela Banda Filarmónica Fim de Século de Barrancos. Seguem-se as tradicionais celebrações religiosas, ou seja, uma missa na igreja Matriz de Barrancos e uma procissão pelas ruas da vila.
Após as celebrações religiosas, os divertimentos pagãos vão dominar os restantes três dias das festas, os quais vão começar sempre às 8h00 com os tradicionais encerros. Através dos encerros, os touros a lidar nas touradas de morte – o "prato forte" das festas de Barrancos e as únicas legais em Portugal, devido a um regime de exceção aprovado em 2002 – serão conduzidos até aos curros da improvisada praça de touros.
Entre quinta-feira e sábado, a partir das 18h00, as touradas de morte, oficialmente designadas "tradicionais festejos taurinos" e que atraem inúmeros forasteiros.

Fonte: 
https://observador.pt/2019/08/27/festas-de-barrancos-com-tradicao-de-touros-de-morte-comecam-na-quarta-feira/

Igreja de Campanhã

Situada no centro da freguesia portuense, a Igreja de Santa Maria de Campanhã terá sido erigida por volta de 1714 não se conhecendo, porém, qualquer fonte que possa atestar com segurança o ano exato da sua construção. As origens mais remotas poderão estar ligadas à antiquíssima "igreja Sanctae Mariae de Campanham" (séc. XIII), cuja localização se mantém incerta. 

Foi saqueada no decurso da segunda invasão francesa (março de 1809) e sofreu numerosos danos durante o cerco do Porto (1832-33). Desde então foi objeto de diversas intervenções de restauro e conservação. 
A igreja possui unia bela torre sineira e o exterior é todo revestido a azulejo azul e branco, interrompido por alguns elementos notáveis de cantaria lavrada, entre os quais se destaca o belo óculo frontal. 

No interior, a tribuna é em talha dourada e existem unia série de painéis representando cenas da vida religiosa. A Igreja de Campanhã alberga ainda a célebre imagem de Nossa Senhora de Campanhã, padroeira da freguesia, cuja fama advém das numerosas lendas e milagres a que está associada, alguns dos quais remontando aos séculos IX e X. Trata-se de uma imagem esculpida em calcário (pedra de ançã), estofada e policromada, de influência francesa e atribuída ao século XIV.

Ler mais:
https://www.campanha.net/index.php/roteiro-turistico
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=21404

sábado, 14 de novembro de 2020

Praia fluvial do Malhadal

A piscina fluvial do Malhadal fica Instalada numa represa situada no sopé da Serra de Alvéolos, na freguesia de Proença-a-Nova, a cerca de 7 km desta vila do distrito de Castelo Branco.
A praia fluvial encontra-se na Ribeira da Isna um afluente do Rio Zêzere, tem uma extensão de mais de 1 Km de água navegável e oferece um ótimo local de descanso, lazer e tranquilidade em contacto com a natureza.
Com corrente constante durante todo o verão, dispõe de caiaques e gaivotas para aluguer, piscina flutuante com espaço para crianças e o Fluvifun - Parque Aquático do Malhadal, um equipamento diferenciado composto por diversos insufláveis. Nas imediações encontra-se uma ponte filipina bem preservada e diversas azenhas. A abundância de carpas, barbos e bogas tornam o local ideal para os amantes da pesca e tem também boas condições para a organização de atividades para grupos.

Ler mais:
https://www.cm-proencanova.pt/Lazer/ContentShow.aspx?ContentId=189
https://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-do-malhadal-proenca-a-nova/
https://aldeiasdoxisto.pt/poi/2526

Papas de moado

As papas de moado são um dos mais originais e especiosos doces da cozinha popular portuguesa. Ligado ao ritual da matança do porco na região do Baixo Mondego (principalmente nos concelhos de Figueira da Foz e Montemor-o-Velho), as papas de moado necessitam para a sua confeção de: água, farinhas de trigo, sangue de porco, açúcar, especiarias - canela, cominhos e cravinho - nozes, pinhões e passas de uva. 

Dissolve-se a farinha na água, juntam-se o açúcar, as especiarias e o sangue de porco e deixa-se ferver, em lume muito brando, cerca de três horas, para apurar e engrossar. Quando o tempo de cozedura e apuro estiver quase cumprido, juntam-se os frutos secos. Depois, empratam-se em travessas ou pratos fundos, decoram-se com canela, deixam-se arrefecer "para prender" e provam-se.

Fonte: David Lopes Ramos, publico.pt
https://www.publico.pt/2008/02/03/jornal/papas-de-moado-247683

Forte de São Brás

O Forte de São Brás localiza-se na cidade de Ponta Delgada, nos Açores.
Considerado o mais importante exemplar de arquitetura militar do século XVI e a mais poderosa fortificação da ilha, foi erguido sobre uma ponta no primitivo ancoradouro de ponta Delgada, com a função de sua defesa contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do Oceano Atlântico.
Este forte é uma construção de base poligonal, projeto do italiano Tomaso Benedetti, com quatro baluartes nos ângulos, preparados para receber peças de artilharia e cortinas de muralha baixas, de grande espessura. No seu interior há uma praça de armas e, em seu redor, um conjunto de edifícios de épocas e configurações diversas.
Apresenta planta quadrangular composta por 4 baluartes poligonais irregulares e desiguais entre si, dispostos nos vértices e virados aos pontos cardeais, e cortinas retas, com escarpa exterior em talude, em alvenaria de pedra irregular e cunhais aparelhados, rematada em cordão e parapeito de merlões e canhoneiras, ampliado no século XVIII com 3 baterias - 2 poligonais desiguais, dispostas a nordeste, entre os 2 baluartes, e uma curva disposta a sudeste, entre os flancos dos baluartes -, e no século XIX com quartéis interiores e reforma da porta fortificada. 
Apresenta uma única porta, virada a terra, rasgada no flanco da primeira bateria, sensivelmente a nordeste, com portal de verga reta de moldura almofadada, encimada por cornija contracurva, sobre a qual surge silhar com brasão das armas reais
Ao longo dos séculos, foi sendo alterado com novos acrescentos e transformações. É lá que se situa o Museu Militar dos Açores.

Ler mais:
http://fortalezas.org/?ct=fortaleza&id_fortaleza=605&muda_idioma=PT
https://www.cm-pontadelgada.pt/pages/872?poi_id=2536
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_São_Brás_de_Ponta_Delgada
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=8227

Igreja matriz de São Clemente

A igreja tutelar da cidade de Loulé implantou-se sobre a antiga mesquita de al-Ulya, em plena medina islâmica, e tomou o orago de São Clemente por ter sido no dia em que se comemora a sua memória (23 de novembro) que as tropas de D. Afonso III investiram decisivamente sobre a cidade, reconquistando-a. 
No topo Norte do conjunto, subsiste ainda a velha torre-alminar da mesquita, cristianizada em torre sineira da igreja. De planta quadrangular, é uma das construções islâmicas melhor conservadas no nosso país, revelando um aparelho muito transformado.
As origens desta Igreja remontam à 2ª metade do século XIII. É provável que o responsável pela encomenda tenha sido o Arcebispo de Braga, D. João Viegas que, em 1251, incumbiu os frades domini­canos de construir vários templos no Algarve.
No dia 4 de Dezembro de 1298, a Igreja de S. Clemente passou para a Ordem Militar de São Tiago por escambo feito entre o rei D. Dinis e o mestre da referida Ordem.
De acordo com os esquemas do Gótico Meridio­nal, a planta é composta por três naves e três tramos cobertos de madeira, sem transepto e cabeceira de três capelas com abóbadas de cantaria. Os arcos são quebrados e os capitéis apresentam folhagem diversa bastante rudimentar.
No século XVI foram acrescentadas algumas capelas laterais e construídos cinco retábulos, destacando-se o da capela das Almas, cuja pintura figurativa foi contratada com Benaventura de Reis, em 1698. Todos estes exemplares foram retirados no século XVIII.
O terramoto de 1755 danificou bastante esta igreja, particularmente as abóbadas da capela-mor, de uma capela colateral, da capela de S. Brás e ainda a torre. Em 1856, um novo abalo provocou estragos na fachada, na cobertura e na sacristia da capela das Almas.
O sismo de 1969 obrigou a uma intervenção séria da Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacio­nais, que valorizou alguns elementos medievais adulterados na reconstrução oitocentista.
Vários são os motivos de interesse desta igreja, como a qualidade dos retábulos da capela-mor, da Capela de São Brás e da Capela das Almas, todos datados da primeira metade do século XVIII. Referência ainda para o conjunto de azulejos setecentistas da Capela de Nossa Senhora da Consolação e da Capela das Almas.
Foi classificada como Monumento Nacional pelo decreto n.º 9842, de 20 de junho de 1924.

Ler mais:
https://www.e-cultura.pt/patrimonio_item/6828
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70412/
http://www.cm-loule.pt/pt/146/igreja-matriz-de-sao-clemente---loule.aspx
https://www.visitalgarve.pt/pt/502/igreja-matriz-de-sao-clemente.aspx#prettyPhoto

Estação ferroviária de Lisboa-Oriente

A Estação Ferroviária de Lisboa - Oriente, ou simplesmente Gare do Oriente, é uma importante interface ferroviárias e rodoviária de Lisboa. Projetada pelo arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava, ficou concluída em 1998 para servir a Expo’98, e, posteriormente, o Parque das Nações.
O complexo inclui uma estação do Metropolitano de Lisboa (designada Oriente) no primeiro nível e um espaço comercial e uma estação rodoviária (tanto local como de médio/longo curso) nos dois níveis seguintes, sendo os dois últimos níveis ocupados pela estação ferroviária, servida pela CP com comboios suburbanos e por serviços de médio e longo curso.
Em 1994, já tinha sido lançado o concurso internacional para o projeto da Gare do Oriente, tendo sido escolhido o do arquiteto Santiago Calatrava. No seu estilo único, combina materiais como o betão, o vidro e o aço, mantendo visíveis estruturas que outros arquitetos escondem. Na Gare do Oriente criou uma estrutura de grandes dimensões com um aspeto elegante e leve, que a alguns faz lembrar um bosque de árvores metálicas e a outros as colunas e os arcos de uma catedral gótica.
A Gare foi inaugurada no dia 18 de Maio de 1998, no âmbito da Exposição Mundial de 1998.
Na altura da sua entrada em serviço, era considerada a maior estação intermodal em território nacional. Destacou-se pela sua traça arrojada e elegante, tendo recebido o Prémio Brunel de arquitetura em outubro de 1998, na categoria de grandes estações construídas de origem.

Ler mais:
https://www.jf-parquedasnacoes.pt/p/arte_urbana_estacao_do_oriente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gare_do_Oriente


sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Parque ribeirinho do Sorraia

Inaugurado a 6 de novembro de 2004, o Parque Ribeirinho de Benavente é um espaço de excelência para o lazer. 
Com uma vasta área verde propícia para caminhadas ou passeios de bicicleta ao longo das margens do rio Sorraia, está também ligado por um circuito pedonal ao Caís da Vala Nova e Parque de Merendas, através de uma ponte por cima das águas do rio, e ao Complexo Desportivo e de Lazer dos Camarinhais.
A envolvência desta zona de lazer com a vila, faz com que este seja um local muito procurado pela população para um pequeno passeio matinal ou de fim de tarde.

Fonte: Câmara Municipal de Benavente
https://www.cm-benavente.pt/visitar/patrimonio/pontos-de-interesse

Pelourinho de Chão de Couce

O Pelourinho de Chão de Couce que não corresponde ao primitivo cujo paradeiro se desconhece, situa-se a Noroeste da Igreja Paroquial, no Largo D. Elvira, espaço que mantém ainda hoje um conjunto de edifícios com certa homogeneidade e interesse arquitetónico. O atual pelourinho foi erguido em 1949 ostentando, por essa razão, uma linguagem típica do Estado Novo.
O monumento localiza-se numa plataforma calcetada sendo composto por um soco de três degraus quadrangulares lisos em esquadria sobre os quais assenta a base, também de seção quadrada e em degrau. Sobre esta base surgem três discos octogonais, dois lisos e um boleado mas com ligeiro rebaixo na zona central onde assenta a base da coluna de fuste monolítico octogonal liso com 2,50 metros de altura. No terço superior da coluna, em posição saliente, surgem as cinco quinas das armas nacionais inseridas em escudo invertido que, por sua vez, ostenta na orla uma legenda com as seguintes palavras: "VILA DESDE 12.11.1514 VILA DE COUCE.
O capitel é ligeiramente esboçado por um friso semelhante ao da base, simulando uma amarração com duas pontas caídas, enquanto que o remate é constituído por uma esfera armilar sobrepujada por uma cruz de Malta com rebaixo em cruz grega.

Fonte: DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/13315935

Igreja de São Martinho de Mouros

A Igreja Matriz de S. Martinho de Mouros é um admirável templo românico do século XII e de inícios do séc. XIII, apresentando uma estrutura peculiar, diferente das outras igrejas da época construídas em território português. 
A fachada, marcadamente defensiva, é delimitada por um torreão de largo e sólido corpo. Sobre ele eleva-se a sineira de duas ventanas em cada face, abertas em arcos plenos. O pano da fachada é rematado por uma cornija, formada por pequenas arcadas cegas que assentam em cachorrada esculpida. Ao centro da arcatura rasga-se uma fresta bem distanciada do portal.
O portal desenvolve-se em várias arquivoltas ligeiramente apontadas, em trabalho liso, envoltas por um arco ornado de motivos geométricos e sustentadas por colunelos, cujos capitéis são decorados por revolta folhagem.
No interior do templo, de nave única, sobressaem duas grossas colunas que suportam internamente a torre. A capela-mor, profunda e de planta retangular, ostenta duas tábuas quinhentistas, onde se representa S. Martinho com o pobre e a Visão de S. Martinho, e ainda um retábulo barroco de talha dourada. Cobre esta capela uma abóbada de caixotões em talha dourada e revestida por painéis pintados, igualmente setecentistas.
Na viragem para o século XVI, o interior do monumento foi enriquecido com séries de pintura mural, de que se conservam importantes vestígios a ladear o arco triunfal, concretamente a representação de São Martinho, com os seus atributos e a mão direita abençoando. Novas obras tiveram lugar nos séculos XVII e XVIII, em particular a feitura do retábulo-mor, de talha dourada com segmentação interna em colunas torsas.
No século XX, a igreja foi um dos muitos monumentos restaurados pela DGEMN. O essencial dos trabalhos ocorreu na década de 40 (com novas empreitadas nas de 60 e 70) e pautou-se pela reconstrução de inúmeros elementos, como cachorros, silhares, tetos e estruturas de acesso à torre, adulterações que correspondem, hoje, à imagem que temos do monumento: uma igreja dos séculos XII-XIII, remodelada no XX.
A igreja foi classificada como Monumento Nacional em 1922.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69846
https://www.infopedia.pt/$igreja-matriz-de-s.-martinho-de-mouros
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6533
https://cm-resende.pt/visit/visitar/igreja-de-sao-martinho-de-mouros/

Termas do Luso

O Luso é uma estância termal e de férias situada a norte de Coimbra, no concelho da Mealhada.
A tecnologia, associada à ação fisiológica da água termal, bem como os tratamentos especializados, sempre sob o acompanhamento de médicos e técnicos de saúde competentes, garantem ao aquista uma qualidade superior na prestação de todos os serviços associados ao complexo das termas.
A água termal do Luso brota na parte central do balneário, situado em pleno centro da vila, com um caudal superior a 12.000 litros/hora e com uma temperatura de 27 graus centígrados.
A água é hipossalina, mesotermal, cloretada sódica, sendo a concentração de sílica cerca de 26% do valor de mineralização total.
É utilizada pela clínica médica das termas, quer em curas de diurese, estimulando a função renal e potenciando uma ação depuradora e desintoxicante, quer no tratamento de afeções crónicas do aparelho reno-urinário (litíase renal e insuficiência renal). É utilizada ainda em doenças metabólicas-endócrinas - hipertensão arterial, hipercolesterolémia, diabetes e gota; afeções respiratórias crónicas-bronquite e asma; doenças reumáticas e musculo-esqueléticas e patologia dérmica.

Fonte:
http://www.cm-mealhada.pt/menu/345/termas-de-luso

Ler mais:
https://termasdeluso.pt/termalismo/

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Padrões do Termo de Lisboa

Construídos em 1782 por iniciativa da rainha D. Maria I, os dois obeliscos, que ainda hoje ladeiam a Estrada Nacional que liga Lisboa a Vila Franca de Xira (na localidade de Forte da Casa), foram concebidos como marcas cenográficas destinadas a assinalar o termo do território da capital.
Os obeliscos propriamente ditos são idênticos e compõem-se de três partes claramente diferenciadas: as bases são de secção quadrangular e volume cúbico, assentes sobre socos de duplo degrau, e com as face Sul decoradas por amplas legendas epigráficas comemorativas da edificação e do contexto de beneficiação da rede viária em torno de Lisboa; seguem-se os fustes, de secção piramidal progressivamente adelgaçada, sobre estruturas quadrangulares irregulares, ostentando o brasão nacional na parte inferior das faces meridionais; finalmente, os remates são em forma de fogaréu, originalmente monolíticos, mas um já restaurado, em virtude de ter caído nos anos 80 do século XX.
Um dos obeliscos contém uma inscrição de 1782, referindo que a estrada era limitada por oliveiras, cujo azeite se destinava à Casa Pia e à iluminação da cidade de Lisboa.
Estes obeliscos estão classificados como Imóvel de Interesse Público, por Dec. n.º 38 973, DG 175, de 18 de agosto de 1943.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74715
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4014
https://www.cm-vfxira.pt/pages/1241?poi_id=221

Floresta laurissilva da Madeira

Laurissilva é um tipo de floresta húmida, composta maioritariamente por árvores da família das lauráceas e endémico da Macaronésia, região formada pelos arquipélagos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde. Possui maior expressão nas terras altas da ilha da Madeira, onde se encontra a sua maior e mais bem conservada mancha, tendo sido considerada em 1999 pela UNESCO como Património da Humanidade, ocupando aí uma área de cerca de 15.000 hectares.
Na laurissilva as plantas mais comuns são as lauráceas como o loureiro (Laurus novocanariensis e Laurus azorica), o vinhático (Persea indica), o til (Ocotea foetens), e o barbusano (Apollonias barbujana). É um dos habitats, no mundo, com maior índice de diversidade de plantas por km². A palavra laurissilva deriva do latim Laurus (loureiro, lauráceas) e Silva (floresta, bosque).
A Laurissilva remonta aos períodos Miocénico e Pliocénico da Época Terciária, há 20 milhões de anos. Nessa altura a floresta ocupava toda a área da agora bacia do Mediterrâneo, Sul da Europa e Norte de África. 
Em consequência das alterações climáticas determinadas pela formação do Mediterrâneo, esta floresta acabou por ter como último refúgio as regiões insulares, onde, devido à menor flutuação climática proporcionada pelo efeito amenizador do Oceano Atlântico, conseguiu sobreviver e até mesmo prosperar.
Uma das melhores formas de ficar a conhecer esta fantástica herança ambiental é caminhando nas veredas e levadas que cruzam esta mancha verde e que permite um contacto direto com as espécies endémicas da flora e fauna da Madeira. Aí as maiores manchas florestais estão presentes nos concelhos de Calheta, Porto Moniz, Santana e São Vicente.

Ler mais:
https://ifcn.madeira.gov.pt/areas-protegidas/parque-natural-da-madeira/laurissilva-da-madeira.html
http://www.visitmadeira.pt/pt-pt/a-madeira/10-razoes-para-visitar-a-madeira/floresta-da-laurissilva---patrimonio-da-humanidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laurissilva

Castelo da Dona Chica