Mostrar mensagens com a etiqueta Concelho de Idanha-a-Nova. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Concelho de Idanha-a-Nova. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Termas de Monfortinho

Situadas junto à encosta da serra da Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, as Termas de Monfortinho beneficiam de uma das mais antigas fontes termais do nosso país. Graças ao poder terapêutico das suas águas mas, também, pela natureza quase intacta que rodeia a região, as Termas de Monfortinho são local de visita obrigatória para quem quer cuidar do corpo e da mente.
Embora não exista qualquer prova que sustente esta teoria, a tradição admite a exploração do manancial da Fonte Santa de Monfortinho, como é designado, desde o período romano. Certo é que já no século XVIII Francisco da Fonseca Henriques, médico de D. João V, no seu Aquilégio Medicinal, fala-nos destas caldas e dos seus efeitos milagrosos na cura de males articulares, da pele, do sistema digestivo e hepático, do sistema reprodutor feminino e do foro psiquiátrico.
Durante séculos, este manancial de água num local desértico foi livremente utilizado por gentes de ambos os lados da fronteira para a cura de diversos males, embora as infra-estruturas existentes fossem muito deficitárias. Para os banhos era utilizada uma pequena casa erigida em granito, intitulada de Casa do Banho Público, de muito débeis e arcaicas condições. Esta seria demolida já durante o inicio do século XX, aquando das obras de remodelação levadas a cabo pela Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho, que obteria a exploração destas termas.
A Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho seria fundada em 1907 por 32 sócios, sendo seu grande impulsionador José Gardete Martins, médico e director clínico vitalício daquele estabelecimento termal. Com esta fundação, terminava o livre acesso da população a este manancial, ocorrido durante séculos, iniciando-se a empresarialização da sua exploração. Durante o período da I Guerra Mundial, as Caldas de Monfortinho conheceram um período de grave crise compensado,contudo, durante os anos da Guerra Civil Espanhola e da II Guerra Mundial, período durante o qual se observou um grande incremento do número de banhistas.
O grande problema que, contudo, inviabilizou um maior desenvolvimento destas termas foi a sua interioridade e a falta de vias de comunicação de qualidade. Ainda em 1970 não havia sido construída a estrada de ligação entre Monfortinho e Penha Garcia, essencial para uma pretensão antiga da população: uma ligação rodoviária transfronteiriça. Tal ligação só seria uma realidade em 1993, com a construção da ponte internacional que liga as termas de Monfortinho à província espanhola de Cáceres.
Em 1989 são reconhecidas por despacho da direcção geral de saúde as propriedades terapêuticas das águas termais.
As águas da "Fonte Santa de Monfortinho" são hipomineralizadas, bicabornatadas, sódicas, cálcicas e magnésicas, possuindo um dos maiores teores de sílica entre as águas termais portuguesas. A temperatura na nascente é de 29° C. Apresentam um pH de 5,45 e têm um elevado potencial redox. O caudal da nascente atinge os 36.000 litros/hora.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Termas_de_Monfortinho
http://www.termasdeportugal.pt/estanciastermais/Termas-de-Monfortinho
https://www.termasdemonfortinho.com/
http://www.centerofportugal.com/pt/termas-de-monfortinho-1/
http://www.saudevivamais.pt/termas-de-monfortinho/

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Adufes da Beira Baixa

O adufe, instrumento musical de percussão, foi introduzido na Península Ibérica entre os séculos VIII e IX, pela mão dos árabes. Trata-se de um instrumento quadrado, da família dos membranofones, de membrana dupla, que se toca na região da Beira Baixa especialmente por mulheres, a acompanhar cantigas. 
O instrumento encontra-se ligado a rituais mágico-religiosos das culturas de tipo pastoril e também associados a bailes festivos. A sua função exclusivamente rítmica parece ter contribuído, nas regiões onde subsistiu, para a conservação dos modos arcaicos dos cantares que acompanhava.
Idanha-a-Nova foi a vila portuguesa que adoptou e reivindicou o instrumento. Antigamente, qualquer pessoa fazia o seu próprio adufe, sendo muito comum a sua utilização. Com o passar dos anos tanto a produção como a utilização diminuíram. No entanto, a vila da Beira Baixa tem levado a cabo o desafio de incentivar e estimular a população a produzir adufes, de modo a fazer perdurar a tradição e cultura, o que contribui, ainda, para o turismo do concelho.

Ler mais:
http://terramater.pt/adufe/
http://media.rtp.pt/opovoqueaindacanta/episodios/adufe/
https://www.publico.pt/2017/04/29/local/noticia/adufe-o-frame-drum-portugues-1770321

sábado, 15 de setembro de 2018

Pelourinho de Salvaterra do Extremo

O Pelourinho de Salvaterra do Extremo localiza-se no Largo da Praça, fronteiro à Casa da Câmara, na freguesia de Salvaterra do Extremo, no concelho de Idanha-a-Nova.
O concelho de Salvaterra foi criado em 1229, por D. Sancho II, e o seu castelo terá sido erguido no reinado de D. Afonso III, e muito intervencionado por acção de D. Dinis, em 1290. A vila recebeu foral novo de D. Manuel, em 1510, com a designação de Salvaterra da Beira. O concelho foi extinto em 1855, e integrado em Idanha-a-Nova, do qual é actual freguesia. Conserva o pelourinho quinhentista, erguido na praça central da povoação, junto de uma torre sineira e da antiga Casa da Câmara, ambas de raiz igualmente quinhentista. Assenta em plataforma de factura recente, datada de uma intervenção de meados do século XX. 
Sobre soco moderno, de três degraus quadangulares de aresta, assenta o conjunto da base, coluna, capitel e remate, de clara tipologia manuelina. A base da coluna é oitavada, de faces ligeiramente côncavas, e decoradas com pequena rosetas. Nela encaixa o fuste, liso e de secção octogonal, encimado por capitel oitavado, molduras salientes na zona inferior e no topo. As faces do capitel são decoradas com rosetas e botões lisos. O remate é constituído por um prisma oitavado de boas dimensões, cujas faces alternadas apresentam relevos heráldicos, nomeadamente um escudo nacional coroado, uma esfera armilar, uma cruz da Ordem de Cristo, e possivelmente uma cruz da Ordem de Aviz. O pelourinho é finalmente coroado por pirâmide oitavada de topo truncado, com faces ornadas de séries verticais de três botões, de tamanhos decrescentes. 
De realçar a presença do conjunto da heráldica manuelina tradicional, nomeadamente o escudo das quinas, a esfera armilar, símbolo pessoal de D. Manuel, a cruz da Ordem de Cristo, da qual Salvaterra do Extremo foi comenda. Por curiosidade, apontamos ainda a tradição local que afirma ter sido este monumento inspirado no ceptro do monarca.
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933. 

Fonte: DGPC

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74950
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelourinho_de_Salvaterra_do_Extremo



segunda-feira, 30 de julho de 2018

Pelourinho de Segura


Em Segura, no concelho de Idanha-a-Nova, existe uma antiga fortaleza fronteiriça situada no alto de um cabeço granítico e, segundo alguns historiadores, Segura constituiu dote de casamento da Rainha Santa Isabel, tornando-se vila portuguesa a partir de 1282. Separada de Espanha pelo rio Erges mas, ligada a esta pela ponte romana (posteriormente reconstruída em várias épocas), Segura foi um dos lugares e castelo da Beira em foco durante as guerras entre Portugal e Castela no reinado de D. Fernando. Foi vila e sede de concelho entre 1510 e 1836, quando foi anexada ao município de Salvaterra do Extremo.
Construído na época da doação do foral manuelino, o pelourinho de Segura levanta-se sobre um soco de dois degraus quadrados assente numa plataforma circular, semi-embebida no pavimento desnivelado. A base da coluna é igualmente circular, sendo o fuste oitavado, com faces lisas. O capitel, sobre anel oitavado, tem as faces côncavas, e é decorado com pérolas. Sustenta um prisma oitavado com decoração heráldica, nomeadamente quatro escudos ligados por cordas, com símbolo tradicionais nas representações manuelinas: o escudo das armas régias, a Cruz de Cristo, e uma esfera armilar (truncada), emblema do Venturoso. Um quatro escudo está ilegível, sendo provável que apresentasse simbólica concelhia. Este bloco é rematado por uma pirâmide de base oitavada e topo truncado, com pérolas nas faces. A tipologia deste pelourinho é bastante semelhante à de outros no concelho e mesmo no distrito, salientando-se o de Salvaterra do Extremo.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73368
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=836
http://www.memoriaportuguesa.pt/segura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelourinho_de_Segura

domingo, 8 de julho de 2018

Aldeia histórica de Monsanto

A aldeia histórica de Monsanto está localizada a 25km da sede de concelho, Idanha-a-Nova. Está integrada na rede de Aldeias Históricas de Portugal e foi distinguida como uma das 30 aldeias mais bonitas da Europa pelas agências de viagem japonesas.
Em 1938, ganhou o título de "Aldeia mais portuguesa de Portugal", exibindo o Galo de Prata, troféu da autoria de Abel Pereira da Silva, cuja réplica permanece até hoje no cimo da Torre do Relógio ou de Lucano.
Monsanto situa-se a nordeste das Terras de Idanha, aninhada na encosta de uma elevação escarpada - o cabeço de Monsanto (Mons Sanctus) - que irrompe abruptamente na campina e que, no seu ponto mais elevado, atinge 758 metros. Pelas várias vertentes da encosta e no sopé do monte, existem lugarejos dispersos, atestando a deslocação populacional em direcção à planície.
Trata-se de um local muito antigo, onde se regista a presença humana desde o paleolítico. Vestígios arqueológicos dão conta de um castro lusitano e da ocupação romana no denominado campo de S. Lourenço, no sopé do monte. Vestígios da permanência visigótica e árabe foram também encontrados.
D. Afonso Henriques conquista Monsanto aos Mouros e em 1165 faz a sua doação à Ordem dos Templários, que sob as ordens de D. Gualdim Pais, mandou edificar o Castelo. O primeiro Foral foi concedido por este rei em 1174, sucessivamente confirmado por D. Sancho I (1190) e D. Afonso II (1217). El-Rei D. Manuel I outorgou-lhe Foral Novo em 1510 e deu-lhe a categoria de vila. 
Em 1758, Monsanto era sede de concelho, privilégio que manteve até 1853. No século XIX, o imponente Castelo medieval de Monsanto foi parcialmente destruído pela explosão acidental do paiol de munições.
A partir daí, Monsanto perdeu grande parte da sua importância e da sua população, o que contribuiu para preservar o seu lado mais típico que está bem patente nas construções que usam os penedos graníticos como paredes ou até telhados.

Ler mais:
http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/monsanto
https://www.almadeviajante.com/monsanto-aldeia-historica-portugal/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monsanto_(Idanha-a-Nova)
https://www.voltaaomundo.pt/2016/04/26/aldeia-portuguesa-esta-entre-as-mais-bonitas-da-europa/

sexta-feira, 30 de março de 2018

Catedral de Idanha-a-Velha


Idanha-a-Velha, é uma pequena vila que parece adormecida entre os olivais, mas cujo passado histórico teve uma importância testemunhada pela catedral e pelas inúmeras ruínas, transformando-a num museu ao vivo.
Elevada a cidade episcopal em 534, diz-se que foi aí que nasceu um rei visigodo, e a velha catedral, restaurada no início do século XVI, ainda conserva pedras esculpidas e inscritas do tempo dos romanos.

Em meados do século VI, terá sido construído um novo edifício de culto cristão nas proximidades daquele. A nova construção é, presumivelmente, contemporânea da elevação da cidade à dignidade episcopal, em data incerta, durante o domínio suevo. Durante o domínio muçulmano, foi construída a igreja que é a matriz arquitectónica do edifício que chegou até nós. 
O templo terá sido erguido pela comunidade moçárabe nos finais do século IX, altura em que a diocese foi momentaneamente restaurada. A configuração actual da igreja deve-se aos trabalhos de restauro promovidos pelo Prof. Dr. Fernando de Almeida, que recupera a igreja dos finais do século XVI.

Este elemento do Conjunto Monumental de Idanha-a-Velha e toda a sua envolvente foram intervencionados no âmbito do projecto das Aldeias Históricas.

Ler mais:
http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/o-que-ver/igreja-de-santa-maria-se-catedral
http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/index.php?sid=sitios.resultados&subsid=48079
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5882

sábado, 10 de março de 2018

Ruínas de Alares


Hoje os Alares são ruínas no campo aberto da raia. Invasões francesas e o Maneta, uma utopia popular, um suposto intrujão, uma guerra entre povos, processos na justiça, expropriações – ingredientes de uma estória que as pedras ainda querem lembrar.

A antiga aldeia de Alares, na zona do Tejo Internacional, teve a sua génese no inicio de 1800, pela mão dos povos de Malpica do Tejo e de Monforte da Beira. Numa tentativa de defenderem o produto das suas searas, das mãos impiedosas dos Invasores Franceses aquartelados em Castelo Branco, estes aldeões colonizadores começaram a cultivar, às escondidas, a região fértil e inculta compreendida entre o Rio Aravil e o Rio Tejo, já no limiar do Rosmaninhal. À custa de muito e suado trabalho obtiveram boas culturas. Os habitantes destes montes viviam em casas baixas construídas em xisto, com poucas janelas, sendo a porta de entrada a principal fonte de luz natural. Por dentro era habitual o uso do barro e das prateleiras de xisto para fazer armários, ainda hoje visíveis.

Em 1865, foi acolhido pelo humilde povo da Cobeira um foragido político - Visconde Morão, que apercebendo-se da inexistência de qualquer titulo de registo de propriedade ou aluguer da terra por parte daqueles gentios ignorantes, tomou toda aquela vasta área como sua, englobando Alares e outras duas aldeias (Cobeira e Cegonhas Velhas) numa propriedade única, sem qualquer protesto ou desafio por parte dos seus habitantes, que cedo se apressaram a pagar o foro anual ao seu novo proprietário.
Em 1920, começaram os problemas que iriam ser a génese da Guerra dos Montes e que culminaram com a destruição e abandono destas três aldeias. 

Os habitantes dos Alares acabaram por fixar-se na actual aldeia de Soalheiras, alguns quilómetros a norte.


Ler mais:
http://vilaforte.blogs.sapo.pt/264765.html
https://www.almadeviajante.com/caminhada-no-tejo-internacional/
http://www.urbi.ubi.pt/pag/12572

Forte Jesus de Mombaça