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quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Recinto muralhado do Chão do Galego

 O recinto muralhado do Chão do Galego é uma construção monumental situada no ponto mais elevado da Serra das Talhadas, conhecida popularmente como Estrada dos Mouros. É formada por duas muralhas com cerca de 400 m de comprimento, as quais, em associação com duas cristas rochosas paralelas, fecham um espaço com cerca de 20 hectares de superfície. Atendendo à sua posição e características estruturais admite-se que corresponda ao início do 1º milénio a.C. (final da Idade do Bronze). Uma das hipóteses avançadas para a sua função é a de ter sido um povoado refúgio durante um período de instabilidade e conflitualidade à escala regional consequente ao estabelecimento de feitorias fenícias nas costas da Península Ibérica.

O recinto muralhado de Chão de Galego localiza-se junto do lugar de Chão de Galego, na freguesia de Montes da Senhora, concelho de Proença-a-Nova.

Fonte:
https://www.cm-proencanova.pt/974/recinto-mulharado

Para saber mais:
FÉLIX, P. et al. - O recinto muralhado de Chão de Galego (Montes da Senhora, Proença-a-Nova): contextualização e problemática. Arkeos 41, 77-91.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Percurso pedestre "Na Senda dos Pastores"

O trilho "Na Senda dos Pastores" é um percurso circular, com uma extensão aproximada de 11,8km, que decorre entre as altitudes máxima e mínima de 1772m e 1307m, respetivamente. Decorre sobre o planalto adjacente às Penhas da Saúde e constitui uma ótima abordagem à realidade da Serra da Estrela.
Ao longo do passeio, é possível observar, de forma bem marcada, as duas grandes forças modeladoras da paisagem contemporânea da Serra: por um lado os fenómenos naturais (glaciação, fenómenos periglaciários, e restantes elementos geomorfológicos, bem como a fauna e flora), e o não menos natural fenómeno humano (desde logo a pastorícia, mas também a vida rural e industrial dos vales ou até as modernas dinâmicas de saúde, lazer e turismo das Penhas).
Saindo das Penhas da Saúde sobe-se em direção à lagoa de Viriato, a qual é contornada pela sua margem sul, abandonando-a após percorrer cerca de um terço da mesma, seguindo-se então em direção ao Alto da Pedrice. Desde este ponto até quase ao final, a orientação pelo planalto é fácil, já que basta ladear as escarpas verticais que bordejam o Vale da Alforfa primeiro, e o Vale das Cortes depois. Após atingir a Malhada do Prior alcança-se um "estradão" que apenas se deixa um pouco antes de cruzar a ribeira do Vale da Areia para seguir em direção ao ponto de partida.

Ler mais:
http://www.cm-covilha.pt/?cix=924&tab=793&lang=1
http://www.cm-covilha.pt/db/documentos/924.1.1480524731.pdf
http://www.100atalhos.com/sendapastores03072011.php?dir=sendapastores03072011

sábado, 14 de novembro de 2020

Praia fluvial do Malhadal

A piscina fluvial do Malhadal fica Instalada numa represa situada no sopé da Serra de Alvéolos, na freguesia de Proença-a-Nova, a cerca de 7 km desta vila do distrito de Castelo Branco.
A praia fluvial encontra-se na Ribeira da Isna um afluente do Rio Zêzere, tem uma extensão de mais de 1 Km de água navegável e oferece um ótimo local de descanso, lazer e tranquilidade em contacto com a natureza.
Com corrente constante durante todo o verão, dispõe de caiaques e gaivotas para aluguer, piscina flutuante com espaço para crianças e o Fluvifun - Parque Aquático do Malhadal, um equipamento diferenciado composto por diversos insufláveis. Nas imediações encontra-se uma ponte filipina bem preservada e diversas azenhas. A abundância de carpas, barbos e bogas tornam o local ideal para os amantes da pesca e tem também boas condições para a organização de atividades para grupos.

Ler mais:
https://www.cm-proencanova.pt/Lazer/ContentShow.aspx?ContentId=189
https://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-do-malhadal-proenca-a-nova/
https://aldeiasdoxisto.pt/poi/2526

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Centro de Cultura Contemporânea

O Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), tutelado pela Câmara Municipal, pretende promover e divulgar a cultura contemporânea, estimular a criação artística, trabalhar a criação e formação de novos públicos.
O CCCCB está instalado num edifício da autoria do arquiteto catalão Josep Lluis Mateo, em colaboração com o arquiteto português Carlos Reis de Figueiredo, e localiza-se no Campo Mártires da Pátria (Devesa), o centro da cidade, local de encontro e lazer, nas imediações de outros equipamentos culturais, como o Cineteatro Avenida e a Biblioteca Municipal.
Com uma forte presença arquitetónica, é um edifício vazado, com uma área de cerca de 1570m2, revestido a metal e madeira, com 4 pisos (Piso -1 Entrada / Receção / Área Expositiva / Serviços de Apoio), (Piso 0 Pista de Patinagem Gelo Sintético), (Piso 1 Área Expositiva / Auditório Música de Câmara), (Piso 2 Área Expositiva /Auditório Música Câmara / Cafetaria).
O Centro disponibiliza visitas guiadas.

Fonte:
https://www.cm-castelobranco.pt/visitante/cultura-contempor%C3%A2nea-no-centro/

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Agência do Banco de Portugal em Castelo Branco


Projeto com traço do arquiteto Salles Viana (1891-1973), a agência do Banco de Portugal foi inaugurada em 1930. 
Exemplo arquitetónico de uma época de produção indefinida apresenta características do classicismo, do barroco e do gótico.

domingo, 4 de outubro de 2020

Pelourinho de São Vicente da Beira

 

São Vicente da Beira teve foral em 1195, dado pelo rei D. Sancho I, e tornando-se a partir de então um dos mais importantes concelhos de Portugal medieval. D. João II confirmou a carta de foral em 1469. No reinado de D. Manuel, com a reforma dos forais em 1512, teve nova carta de foral; nesta época terá sido edificado o pelourinho da vila.
O pelourinho de São Vicente da Beira assenta num conjunto de três degraus circulares. O fuste, de secção octogonal e despojado de decoração, está colocado sobre uma base circular e é encimado por um capitel quadrangular. O remate do conjunto apresenta uma forma de pirâmide, ornamentado com a cruz de Avis, o escudo nacional, um pelicano e uma nau com dois corvos, símbolo do padroeiro da vila, São Vicente. Na parte superior do remate foram dispostos quatro motivos boleados. O conjunto é rematado por uma grimpa de ferro com catavento encimado por uma cruz.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.
Fonte: Catarina Oliveira, DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73969
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=839

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Termas de Monfortinho

Situadas junto à encosta da serra da Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, as Termas de Monfortinho beneficiam de uma das mais antigas fontes termais do nosso país. Graças ao poder terapêutico das suas águas mas, também, pela natureza quase intacta que rodeia a região, as Termas de Monfortinho são local de visita obrigatória para quem quer cuidar do corpo e da mente.
Embora não exista qualquer prova que sustente esta teoria, a tradição admite a exploração do manancial da Fonte Santa de Monfortinho, como é designado, desde o período romano. Certo é que já no século XVIII Francisco da Fonseca Henriques, médico de D. João V, no seu Aquilégio Medicinal, fala-nos destas caldas e dos seus efeitos milagrosos na cura de males articulares, da pele, do sistema digestivo e hepático, do sistema reprodutor feminino e do foro psiquiátrico.
Durante séculos, este manancial de água num local desértico foi livremente utilizado por gentes de ambos os lados da fronteira para a cura de diversos males, embora as infra-estruturas existentes fossem muito deficitárias. Para os banhos era utilizada uma pequena casa erigida em granito, intitulada de Casa do Banho Público, de muito débeis e arcaicas condições. Esta seria demolida já durante o inicio do século XX, aquando das obras de remodelação levadas a cabo pela Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho, que obteria a exploração destas termas.
A Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho seria fundada em 1907 por 32 sócios, sendo seu grande impulsionador José Gardete Martins, médico e director clínico vitalício daquele estabelecimento termal. Com esta fundação, terminava o livre acesso da população a este manancial, ocorrido durante séculos, iniciando-se a empresarialização da sua exploração. Durante o período da I Guerra Mundial, as Caldas de Monfortinho conheceram um período de grave crise compensado,contudo, durante os anos da Guerra Civil Espanhola e da II Guerra Mundial, período durante o qual se observou um grande incremento do número de banhistas.
O grande problema que, contudo, inviabilizou um maior desenvolvimento destas termas foi a sua interioridade e a falta de vias de comunicação de qualidade. Ainda em 1970 não havia sido construída a estrada de ligação entre Monfortinho e Penha Garcia, essencial para uma pretensão antiga da população: uma ligação rodoviária transfronteiriça. Tal ligação só seria uma realidade em 1993, com a construção da ponte internacional que liga as termas de Monfortinho à província espanhola de Cáceres.
Em 1989 são reconhecidas por despacho da direcção geral de saúde as propriedades terapêuticas das águas termais.
As águas da "Fonte Santa de Monfortinho" são hipomineralizadas, bicabornatadas, sódicas, cálcicas e magnésicas, possuindo um dos maiores teores de sílica entre as águas termais portuguesas. A temperatura na nascente é de 29° C. Apresentam um pH de 5,45 e têm um elevado potencial redox. O caudal da nascente atinge os 36.000 litros/hora.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Termas_de_Monfortinho
http://www.termasdeportugal.pt/estanciastermais/Termas-de-Monfortinho
https://www.termasdemonfortinho.com/
http://www.centerofportugal.com/pt/termas-de-monfortinho-1/
http://www.saudevivamais.pt/termas-de-monfortinho/

domingo, 9 de dezembro de 2018

Barragem do Fratel

A Barragem de Fratel está localizada no distrito de Portalegre, no limite com o distrito de Castelo Branco, na bacia hidrográfica do Tejo, no rio Tejo, em Portugal. A construção foi finalizada em 1973.
Possui uma altura de 43 m acima do terreno natural e uma cota de coroamento de 87 m. A capacidade instalada de produção de energia eléctrica é de 130 MW.
A albufeira da barragem submergiu uma boa parte dos núcleos de gravuras rupestres do Tejo e um troço do antigo muro de sirga do Tejo.
Na sua albufeira é permitido fazer-se esqui aquático, pesca, natação, vela, windsurf, jet ski / mota de água e mergulho.
A barragem é servida pela estrada EN359 e pelo Itinerário principal 2 (IP2).

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Barragem_de_Fratel
https://lifecooler.com/artigo/atividades/barragem-do-fratel/352850

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Museu de Arte Sacra da Covilhã

O Museu de Arte Sacra é a mais recente unidade museológica do Município da Covilhã, inaugurada em 20 de outubro de 2011.
Instalado na casa doada por Maria José Alçada - um edifício de 1921, projectado pelo arquitecto Raul Lino – situado em pleno centro da cidade, junto ao Jardim Público, este museu resulta dum protocolo de cooperação entre a Câmara Municipal e a Diocese da Guarda, tendo as paróquias que integram o concelho da Covilhã cedido, para exposição, vário património sacro que não se encontrava ao culto.
Numa área de exposição de 850 m2, o património museológico está repartido por dois edifícios, cujo percurso tem como pedra basilar os 7 sacramentos propostos pela igreja católica – baptismo, confirmação, matrimónio, ordem, penitência, eucaristia e unção dos enfermos.
Abrangendo um período que vai desde o século XII ao século XX, o acervo actual, com mais de 600 peças, é composto por imagens sacras, retábulos, relicários, altares, crucifixos, livros e documentos raros, ourivesaria, mobiliário, telas, objectos religiosos e paramentos litúrgicos. Um dos aspectos relevantes são as grandes dimensões de certas peças, pouco comuns em museus europeus, e que se distinguem como ícones do Museu de Arte Sacra. A título de exemplo, na escadaria central encontra-se uma escultura de Cristo crucificado, do século XVIII, em madeira policromada, com 2,20m x 1,85m. 
Além das salas de exposição permanente, o Museu de Arte Sacra da Covilhã tem uma sala de exposições temporárias, um jardim interior e uma loja de venda ao público. É de destacar, pela sua curiosidade, a existência de uma capela dentro da área do Museu, que recria o ambiente religioso comum a este tipo de estruturas. Uma oliveira, plantada simbolicamente à entrada do espaço, marca o início do percurso do Museu de Arte Sacra da Covilhã.

Ler mais:
http://www.e-cultura.pt/patrimonio_item/13803
http://visitavirtual.cm-covilha.pt/index.php
https://www.visitcovilha.com/destinations/museu-de-arte-sacra/
http://download.cm-covilha.pt/museu_arte_sacra/

domingo, 25 de novembro de 2018

Festival Gastronómico do Achigã

O achigã é um peixe muito apreciado em várias regiões de Portugal. Trata-se de um peixe de água doce, magro, de sabor suave e com pouquíssimas espinhas.
É principalmente na bacia hidrográfica do Tejo que é mais apreciado e consumido, havendo numerosos restaurantes especializados na sua confecção.
Organizado pela Câmara Municipal de Vila de Rei, o Festival Gastronómico do Achigã convida os restaurantes aderentes a deliciarem os visitantes com os sabores e aromas tradicionais, inerentes à culinária daquele peixe
Dar a conhecer a gastronomia do concelho e fazer do achigã um produto turístico de Vila de Rei são os principais objectivos deste evento que todos os anos leva milhares de visitantes aos restaurantes vilarregenses.
O Festival ocorre anualmente, em torno da primeira semana de outubro.

Ler mais:
http://www.cm-viladerei.pt/index.php/pt/listaeventos/319-12-festival-gastronomico-do-achiga

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Adufes da Beira Baixa

O adufe, instrumento musical de percussão, foi introduzido na Península Ibérica entre os séculos VIII e IX, pela mão dos árabes. Trata-se de um instrumento quadrado, da família dos membranofones, de membrana dupla, que se toca na região da Beira Baixa especialmente por mulheres, a acompanhar cantigas. 
O instrumento encontra-se ligado a rituais mágico-religiosos das culturas de tipo pastoril e também associados a bailes festivos. A sua função exclusivamente rítmica parece ter contribuído, nas regiões onde subsistiu, para a conservação dos modos arcaicos dos cantares que acompanhava.
Idanha-a-Nova foi a vila portuguesa que adoptou e reivindicou o instrumento. Antigamente, qualquer pessoa fazia o seu próprio adufe, sendo muito comum a sua utilização. Com o passar dos anos tanto a produção como a utilização diminuíram. No entanto, a vila da Beira Baixa tem levado a cabo o desafio de incentivar e estimular a população a produzir adufes, de modo a fazer perdurar a tradição e cultura, o que contribui, ainda, para o turismo do concelho.

Ler mais:
http://terramater.pt/adufe/
http://media.rtp.pt/opovoqueaindacanta/episodios/adufe/
https://www.publico.pt/2017/04/29/local/noticia/adufe-o-frame-drum-portugues-1770321

sábado, 3 de novembro de 2018

Cascata e Praia fluvial do Penedo Furado


As características do maciço rochoso fazem da Praia Fluvial do Penedo Furado, bastante arborizada, um autêntico paraíso, oferecendo um conjunto de pequenas quedas de água, visíveis a escassos metros, que podem ser apreciadas ao percorrer um estreito caminho talhado na rocha.
Esta é a estância balnear mais procurada do concelho de Vila de Rei, não só pela sua água límpida e cristalina que lentamente vai correndo pelo leito, através de uma passagem natural na rocha, mas também pelas infra-estruturas.
Este local é indicado para programas de família, pois a água tem pouca profundidade. A praia é também bastante procurada por campistas.
O local permite a realização de diversas actividades desportivas, tais como pedestrianismo, escalada, rappel, slide, ou canoagem, sendo um espaço polivalente de recreio e lazer. A água desta praia é classificada nos últimos anos como "Boa" e/ou "Excelente".
Na zona mais elevada, existe um rochedo gigantesco com uma enorme abertura de feitio afunilado, que dá nome à praia, onde foi criado o Miradouro do Penedo Furado, de onde é possível admirar a magnífica paisagem de serras e montes revestidos de pinhais, a ribeira do Codes, a albufeira da Barragem do Castelo do Bode e algumas casas das povoações envolventes.
Do lado direito do miradouro, existe um nicho com a imagem de Nossa Senhora dos Caminhos, após a qual existe um trilho lateral que permite passar à zona mais baixa do penedo, e descer até à praia fluvial, passando pela denominada “Bicha Pintada”.
A “Bicha Pintada”, localizada na margem direita da Ribeira do Codes, abaixo do miradouro do Penedo Furado, é um fóssil que, segundo alguns estudiosos, se crê que tenha mais de 480 milhões de anos, inserido no topo de uma camada de quartzito cinzento-escuro, com 30 cm de espessura.
O incêndio que deflagrou na zona centro de Portugal a 13 de Agosto de 2017, em torno de Vila de Rei, destruiu a beleza deste local bem como o espaço de lazer da praia fluvial.

Fonte: https://aldeiasdoxisto.pt/poi/4085

Ler mais:
http://www.mediotejo.net/vila-de-rei-a-praia-fluvial-que-e-uma-das-maravilhas-de-portugal/
http://www.praiafluvial.pt/praia-fluvial-do-penedo-furado/

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Ponte da Carvalha

A Ponte da Carvalha fica situada ao fundo da Alameda da Carvalha, sobre a Ribeira da Sertã. As várias designações pelas quais é conhecida testemunham boa parte da sua história. Assim, a antiguidade do monumento justificou a denominação de Ponte Velha; a sua localização, em campina frequentemente alagada, a de Ponte da Várzea; e a sua feição maciça, sobre arcos redondos, a de Ponte Romana. Na verdade, a Ponte da Carvalha foi construída durante o domínio filipino, no início do século XVII, ainda que possa ter substituído uma ponte anterior, eventualmente romana. 
A ponte sempre assumiu uma importância fundamental e estratégica, sendo uma das portas de entrada na vila. Aliás, durante as invasões francesas, foi um dos locais utilizados pelos sertaginenses para se defenderem da entrada das tropas inimigas.
A ponte, com cerca de 64 metros de comprimento, assenta sobre seis arcos redondos de alvenaria de pedra, sendo o terceiro (a contar da povoação) o mais elevado, e possuindo os dois exteriores um vão ligeiramente maior. O tabuleiro desenvolve-se em cavalete pouco pronunciado, quase horizontal. O sistema de reforço é composto por cinco talhamares triangulares a jusante, sendo três (nas extremas) mais baixos e largos, e dois (centrais) mais altos e delgados.
Esta ponte está classificada como Monumento de Interesse Público, por portaria publicada em 13 de maio de 2013.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/155890
http://turismo.cm-serta.pt/turismopt/património-cultural/monumentos/sertã/ponte-filipina-sertã
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_da_Carvalha


domingo, 23 de setembro de 2018

Antiga Casa da Câmara de Penamacor


Edificada no século XVI, a antiga Casa da Câmara de Penamacor é um exemplo perfeito de localização da casa da câmara sobre as portas da vila. Encontra-se no alinhamento da muralha e assenta sobre a primitiva porta da vila, a cujo portal românico se justapôs o portal gótico, originando uma entrada em túnel. Por simples observação depreende-se que o edifício actual resulta de várias intervenções ao longo dos últimos séculos. No interior encontram-se dois compartimentos: o mais pequeno servia para o escrivão da Câmara, no mais amplo realizavam-se as sessões. Aqui reuniram e deliberaram os vereadores do concelho até aos anos 1800, altura em que a Câmara transitou para a actual localização, junto ao Terreiro de Santo António. 
Despojado das suas antigas funções, o edifício viria a servir de paiol da guarnição militar, e, já em 1949, foi sede do núcleo embrionário do Museu Municipal. Entre 2005 e 2010 acolheu o Posto de Turismo. Hoje exibe um conjunto de documentos e objectos relacionados com o exercício da administração local nos períodos medieval e moderno, bem como alguns vídeos reveladores do património natural e etnográfico do concelho.

Fonte: Câmara Municipal de Penamacor
http://www.cm-penamacor.pt/cmp/index.php/servicos/cultura/museus/antiga-ccamara
http://www.cm-penamacor.pt/cmp/index.php/conhecer/patrimonio/edificado

sábado, 15 de setembro de 2018

Pelourinho de Salvaterra do Extremo

O Pelourinho de Salvaterra do Extremo localiza-se no Largo da Praça, fronteiro à Casa da Câmara, na freguesia de Salvaterra do Extremo, no concelho de Idanha-a-Nova.
O concelho de Salvaterra foi criado em 1229, por D. Sancho II, e o seu castelo terá sido erguido no reinado de D. Afonso III, e muito intervencionado por acção de D. Dinis, em 1290. A vila recebeu foral novo de D. Manuel, em 1510, com a designação de Salvaterra da Beira. O concelho foi extinto em 1855, e integrado em Idanha-a-Nova, do qual é actual freguesia. Conserva o pelourinho quinhentista, erguido na praça central da povoação, junto de uma torre sineira e da antiga Casa da Câmara, ambas de raiz igualmente quinhentista. Assenta em plataforma de factura recente, datada de uma intervenção de meados do século XX. 
Sobre soco moderno, de três degraus quadangulares de aresta, assenta o conjunto da base, coluna, capitel e remate, de clara tipologia manuelina. A base da coluna é oitavada, de faces ligeiramente côncavas, e decoradas com pequena rosetas. Nela encaixa o fuste, liso e de secção octogonal, encimado por capitel oitavado, molduras salientes na zona inferior e no topo. As faces do capitel são decoradas com rosetas e botões lisos. O remate é constituído por um prisma oitavado de boas dimensões, cujas faces alternadas apresentam relevos heráldicos, nomeadamente um escudo nacional coroado, uma esfera armilar, uma cruz da Ordem de Cristo, e possivelmente uma cruz da Ordem de Aviz. O pelourinho é finalmente coroado por pirâmide oitavada de topo truncado, com faces ornadas de séries verticais de três botões, de tamanhos decrescentes. 
De realçar a presença do conjunto da heráldica manuelina tradicional, nomeadamente o escudo das quinas, a esfera armilar, símbolo pessoal de D. Manuel, a cruz da Ordem de Cristo, da qual Salvaterra do Extremo foi comenda. Por curiosidade, apontamos ainda a tradição local que afirma ter sido este monumento inspirado no ceptro do monarca.
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933. 

Fonte: DGPC

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74950
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelourinho_de_Salvaterra_do_Extremo



quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Judiaria de Belmonte

Belmonte é, talvez, a terra portuguesa onde a presença dos judeus é mais forte, destacando-se por ter sido um caso singular, no território peninsular, de permanência da cultura e da tradição hebraicas desde o início do século XVI até aos dias de hoje. A comunidade judaica está aí estabelecida desde a Idade Média. Em 1297 terá sido inaugurada a primeira sinagoga da vila, que posteriormente foi adaptada ao culto cristão. Com o édito de expulsão de D. Manuel, manteve-se em Belmonte um grupo de criptojudeus que subsiste até à actualidade.
Apesar das perseguições de que, não poucas vezes, eram alvo, estes Filhos de Israel mantiveram os costumes básicos do Judaísmo até ao presente, subsistindo numa comunidade fechada, onde as tradições eram passadas oralmente de pais para filhos. O isolamento levou a que esta comunidade perdesse o uso comum do hebraico e muitos dos ritos religiosos, mas permitiu que a base religiosa do judaísmo fosse mantida. Somente em 1989 os sefarditas belmontenses regressaram de forma efectiva ao Judaísmo, fundando oficialmente a Comunidade Judaica de Belmonte.
Findas as perseguições da Inquisição e terminados os processos de integração católica que diluíram a totalidade das muitas comunidades existentes, veio a descobrir-se que nesta vila estavam vivas as tradições, a organização e a estrutura religiosa dos últimos judeus secretos de Portugal. Belmonte é, no limiar do século XXI, a última comunidade peninsular de origem Cripto-Judaica a sobreviver enquanto tal. São cerca de 200 pessoas, quase 10% dos habitantes da vila.
A antiga judiaria de Belmonte, situar-se-ia em torno da actual Rua Direita e Rua Fonte da Rosa (esta primitiva Rua da Judiaria). Ao cimo da Rua Direita, a norte, existe ainda uma praça, esta das mais antigas de Belmonte, que conserva muito da sua arquitectura primitiva. Nela podem observar-se pequenas casas de granito, térreas, com pequenas aberturas e com cruzes nas ombreiras.
Ao entrar em Belmonte, suba ao castelo e, a partir do largo, desça a Calçada Romana para entrar na antiga judiaria. Percorra as casas das ruas Direita e Fonte da Rosa, onde pode ver nos umbrais das pequenas casas de granito marcas na pedra, testemunho da história destes judeus obrigados a viver em segredo. Dirija-se até à Sinagoga Bet Eliahu, edificada sobre um promontório num extremo da vila que abre para o vale, projectada pelo Arquitecto Neves Dias e dedicada em 1996. Na Rua da Portela pode ainda visitar o Museu Judaico de Belmonte, que no seu espaço dá a conhecer a história dos judeus portugueses, a sua integração na sociedade medieval portuguesa, os rituais e costumes públicos e privados das comunidades, e a história, perseguição e persistência dos cristãos-novos.

Ler mais:
http://www.redejudiariasportugal.com/index.php/pt/cidades/belmonte
http://www.centerofportugal.com/pt/o-judaismo-portugues-hoje-belmonte-a-nacao-judaica/
https://beira.pt/turismo/judiarias/judiaria-de-belmonte/
http://questomjudaica.blogspot.com/2013/12/belmonte.html

domingo, 26 de agosto de 2018

Ulmeiro de Sobreira Formosa

Sobreira Formosa é uma vila do concelho de Proença-a-Nova, constituída por um amontoado de casas que se tocam e confundem, debruçadas sobre ruas estreitas e sinuosas, igualmente antigas.
Na pequena Praça do Comércio, existe um ulmeiro (Ulmus minor), plantado há cerca de 145 anos por João Luís Grilo junto à antiga Casa da Câmara desta vila. “É uma árvore notável, usada em Portugal como ornamental e de sombra, destacando-se pela sua copa armada em forma de caramachão. O local é ponto de encontro e de lazer”, revela o Centro de Ciência Viva da Floresta sobre este ulmeiro que é actualmente um dos pontos de visita obrigatórios para quem se desloca a vila.
Este ulmeiro encontra-se referenciado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas como "Árvore Monumental".


Ler mais:
https://www.cm-proencanova.pt/Municipality/ContentHighlightShow.aspx?ContentName=arvores-de-interesse-publico-do-concelho-visitadas-no-dia-da-%E2%80%9Cfloresta-senior%E2%80%9D&ContentId=3686&
http://www2.icnf.pt/portal/florestas/aip/aip-monum-pt

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Museu Judaico de Belmonte

O Museu Judaico de Belmonte é um museu localizado em Belmonte que retrata a longa história da comunidade judaica na região, que resistiu a longos anos e séculos de perseguição religiosa. É o primeiro museu deste género em Portugal, localizado no último reduto da comunidade criptojudaica aí instalada por volta do século XV.
Trata-se de um museu que pretende retratar a História dos Judeus no nosso país, a sua integração na sociedade portuguesa e o seu valioso contributo ao nível da cultura, da arte, da literatura e do comércio.
O museu, inaugurado em abril de 2005, complementa-se também com a sinagoga existente na vila e com os próprios judeus de Belmonte, actualmente mais abertos ao exterior, mas que durante décadas se “fecharam” nos seus rituais religiosos.
O Museu Judaico tem mais de 30 mil visitantes por ano. Os conteúdos têm sido constantemente mudados e aprofundados, numa dinâmica rigorosa e muito interessante e que faz do museu um dos melhores do género em toda a Península Ibérica.
Aliás, o reconhecimento internacional tem sido notório. Os elogios são muitos, tal como as distinções. Uma das últimas veio do jornal britânico Telegraph, que colocou o museu na lista dos 50 melhores pequenos museus da Europa.

Ler mais:
https://cm-belmonte.pt/diretorio/museu-judaico/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Judaico_de_Belmonte
https://www.publico.pt/2017/07/31/local/noticia/museu-judaico-de-belmonte-renovado-e-com-maior-aposta-na-comunidade-judaica-local-1780890

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Ermida de Nossa Senhora de Mércoles

O culto a Nossa Senhora de Mércoles é um misto de lenda, de culto pagão e cristão e, talvez por isso, a Ermida que lhe é consagrada apresente diversos estilos e sobreposições.
Numa pequena elevação coberta por oliveiras e azinheiras, o cabeço de Mércoles, a 3 Km de Castelo Branco, para noroeste, foi construída uma ermida, que sofreu várias alterações desde a existência, no local, de um templo pagão. A sua fundação é atribuída aos Templários em finais do séc.XII.
O seu estilo é de transição de românico para o gótico. O portal da entrada e dois portais laterais são ogivais. O pavimento da capela está em plano inferior ao do terreno, sendo, por isso, necessário cinco degraus para se descer.
Não há um exacto conhecimento sobre a origem do termo mércoles, mas aceita-se que no local teria havido um templo dedicado ao deus pagão Mercúrio e haveria também, todas as primaveras, um culto a ele dedicado - a Mercurália. Na verdade mércoles significa dia de Mercúrio e num processo de aculturação, o cristianismo teria absorvido e reformulado o culto pagão no culto à Virgem Maria, sob a invocação de Mércoles. Convém notar que quarta-feira em língua galega é mércores, e miércoles em castelhano.
A igreja actual apresenta numerosas características da época moderna, sintoma das várias campanhas artísticas que se sucederam no espaço do santuário. De inícios do século XVII data o revestimento azulejar do interior e parte da decoração retabular. Sensivelmente um século depois foi efectuada a reforma da fachada principal, a que se adossaram dois torreões de planta quadrangular, responsáveis pela sensação de rigorosa simetria que caracteriza este elemento. Ainda da época barroca data a monumental escadaria de acesso ao adro do templo, bem como diversas outras obras de melhoramentos do local.
Nos últimos dois séculos o edifício foi objecto de campanhas restauradoras parcelares, que alteraram, em alguma medida, o produto gótico-barroco do século XVIII.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74250
https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-santuario-de-nossa-senhora-de-mercoles-20439
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ermida_da_Nossa_Senhora_de_Mércoles

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