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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Cavacas do Freixinho

Na margem da albufeira de Vilar, a aldeia do Freixinho tem a graça de se mirar num permanente espelho de água. Dir-se-ia pairar também na atmosfera a recordação das monjas do Convento de Nossa Senhora do Carmo e das donzelas ali guardadas. Foi das mãos e do engenho das monjas que saíram as cavacas do Freixinho, esse delicioso pão de trigo tremês amassado com ovos e, depois de cozido, embebido em açúcar.
Usa farinha fina de trigo tremês, muito azeite, ovos e açúcar fervido “até ganhar aquele ponto”. São cerca de duas horas a amassar e mais ou menos uma hora no forno. Apesar da forma característica — como uma casca arrancada a uma árvore —, estes doces não são enformados. A massa faz a própria forma, se o forno não estiver demasiado quente nem demasiado frio.
Durante muito tempo as Cavacas de Freixinho eram preparadas para servir de oferta «serrana» às pessoas importantes a quem se queria fazer uma oferta de distinção.

Ler mais:
https://tradicional.dgadr.gov.pt/pt/cat/doces-e-produtos-de-pastelaria/746-cavacas-do-freixinho
http://sernancelhe-vila.planetaclix.pt/CAVACAS-Concelho_SERNANCELHE.htm
https://www.publico.pt/2017/11/11/fugas/reportagem/as-cavacas-e-o-elixir-da-juventude-1791929

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Igreja matriz de Sernancelhe

Embora se desconheça a data de construção desta singular igreja românica, o ano de 1172 surge como provável aproximação, uma vez que constitui a única referência documental da vila nesse período. O templo é um característico monumento de estilo românico, cuja cabeceira parece ser a parcela mais antiga.
O portal principal, cuja composição se instituiu como a imagem de marca do monumento, é mais tardio, atribuindo alguns autores a sua feitura ao século XIV. É uma ampla entrada, de arco de volta perfeita assente sobre três arquivoltas, a média decorada com uma sequência ímpar de dez anjos de asas abertas. O tímpano é ainda mais original, embora corresponda a uma beneficiação de época moderna - é de arco trilobado irregular e apresenta motivos geométricos e vegetalistas, a ladear um óculo central. De ambos os lados do portal, coroando (e controlando simbolicamente) a entrada, situam-se dois grupos escultóricos inscritos em nichos - um de cada lado -, representando São Pedro, São Paulo e os Evangelistas. A restante frontaria é moderna, de 1636 (torre sineira) e, eventualmente, já do século XVIII (registo superior da fachada principal).
No interior destacam-se duas pinturas murais que ladeiam o apontado arco triunfal, uma das quais revelando duas fases pictóricas alusivas ao mesmo tema. Ainda no conjunto importa referir a presença de um arcossólio gótico, preenchido com túmulo decorado com inscrição alusiva certamente ao tumulado.
A Matriz de Sernancelhe é um monumento ainda relativamente mal estuado, mas cuja relevância na História da Arte da Beira Alta se impõe, não apenas no período românico, cuja originalidade é evidente, mas também na Baixa Idade Média, em que se instituiu como local de sepultura privilegiado para nobres da região.
Fonte: DGPC
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74897/
https://lifecooler.com/artigo/atividades/igreja-de-sao-joao-baptista-matriz-de-sernancelhe/351101

Forte Jesus de Mombaça