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domingo, 9 de setembro de 2018

Ponte da Cava da Velha (Ponte Nova)


A ponte da Cava da Velha é uma das três pontes de origem romana que, juntamente com as da Dorna e da Assureira, pontuam, actualmente, a estrada municipal 1160, ao longo do Rio de Castro Laboreiro. Ela ligava inicialmente a via romana que, da Portela do Homem, se dirigia a Laboreiro, e a sua existência justificou-se, ainda, pela proximidade em relação a uma fortaleza castreja, situada nas imediações, como forma de garantir o processo de romanização.
A ponte destaca-se pela originalidade das suas características arquitectónicas e por um notável enquadramento paisagístico.
Na actualidade, a ponte compõe-se de dois arcos de volta perfeita, de largura desigual entre si, sendo o maior de 10,60m e o menor de apenas 1,70m. Uma tal discrepância atribui-se a uma segunda fase de obras por que o imóvel passou, pelos séculos XII ou XIII, campanha que conferiu o aspecto geral que a ponte hoje ostenta.

Com efeito, e à semelhança de uma grande maioria de pontes romanas, também esta foi alvo de uma reformulação na Baixa Idade Média, cujos elementos são bem visíveis. Enquanto que as partes baixas da estrutura e a curvatura do arco são executadas em silhares bem aparelhados e com aduelas almofadadas, características da cronologia romana da obra, o tabuleiro, com lajeado irregular e com guardas de cantaria menos cuidada, revela essa reforma medieval. E o tabuleiro, ao organizar-se em cavalete de dupla rampa, é o mais claro indicador dessa campanha dos séculos XII-XIII.

Exemplo importante de sobreposição (reutilização) de duas técnicas distintas de construção de pontes (a romana e a medieval), a Ponte da Cava da Velha ocupa um lugar de destaque no panorama destas estruturas no nosso país, integrando-se num núcleo regional bastante homogéneo e com personalidade própria, fruto do uso exclusivamente rural e agrícola com que as populações locais a utilizaram.

O acesso faz-se a pé percorrendo cerca de 120 metros por um antigo caminho lajeado, partindo da estrada CM1160 que liga Castro Laboreiro a Ribeiro de Baixo, 75 metros a Sul da capela de São Brás.
Esta ponte está classificada como Monumento Nacional desde 1986.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69849/
http://www.cm-melgaco.pt/visitar/o-que-fazer/pontos-de-interesse/ponte-da-cava-da-velha/#toggle-id-1

sábado, 24 de março de 2018

Pelourinho de Castro Laboreiro


Castro Laboreiro teve primeiro foral dado por D. Afonso III, em 1271, que a elevava a vila, com a designação de Leboreiro . Foi comenda da Ordem de Cristo, e pertenceu à Casa de Bragança. Recebeu foral novo de D. Manuel, em 1513. A extinção do concelho, em 1855, determinou a sua integração em Melgaço, do qual é actual freguesia. Conserva um pelourinho, datado de 1560. 
O pelourinho chegou a ser desmontado em 1860, mas foi reconstruído e remontado no seu local original, diante do antigo edifício da Casa da Câmara. Levanta-se sobre plataforma de três degraus quadrangulares de aresta, de pedra aparelhada, não originais. 
coluna assenta em base tronco-piramidal lisa, de topo truncado, com estrias horizontais marcadas numa das faces, supostamente destinadas a medição das meadas de linho. O fuste têm secção octogonal com uma inscrição junto do topo onde se pode ler a data de 1560. Não existe propriamente capitel, mas sim um ábaco ou tabuleiro saliente, grosso e quadrangular, encimado pelo remate.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
               Fonte: Direcção-Geral do Património Cultural

Forte Jesus de Mombaça