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sábado, 31 de outubro de 2020

Caldeirinha de Pêro Botelho

A Caldeirinha Pêro Botelho, ou Algar dos Diabretes, trata-se de um cone vulcânico, em forma de funil, situado no flanco noroeste do maciço da Serra Branca, na ilha da Graciosa.
No cimo, a cratera apresenta-se com forma perfeitamente circular e o declive interior é bastante acentuado e com pouca vegetação, só permitindo a descida a pé pelo flanco oposto àquele onde está instalado o marco geodésico, e apenas até certa altura. Daí para baixo, entra-se na parte cilíndrica do funil, a pique, com cerca de 35m de altura. No fundo, a cratera já não tem a forma circular, e está quase toda coberta de vegetação e inundada por carcaças de animais que lá caíram, ou para lá foram arremessados, a SW abre-se um furna, com alguma dimensão, mas sem continuação.
Esta furna tem 22 metros de boca e 41 metros na sua máxima largura, e no meio dela empilham-se inúmeras pedras provenientes de desabamento do teto.
De entre todas as grutas da ilha Graciosa, é atualmente a única que necessita de equipamento de escalada e de pessoal habilitado para se poder aceder ao seu interior.
Uma caminhada à volta da cratera, e uma paragem no miradouro existente, permitem desfrutar de diversas perspetivas desta depressão e, ainda, contemplar a paisagem envolvente a este cone vulcânico, nomeadamente a Plataforma Noroeste da ilha, de natureza basáltica e que integra cerca de 55 cones de escórias. A Caldeirinha de Pêro Botelho é um geossítio prioritário de Geoparque Açores, de relevância regional e interesse científico, educacional e geoturístico.

Ler mais:
https://www.azoresgeopark.com/geoparque_acores/geossitios.php?id_geositio=17
http://rgraciosa.blogspot.com/2012/02/caldeirinha-de-pero-botelho.html

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Arribas do Penedo da Saudade

As arribas rochosas, onde se destaca o lendário Penedo da Saudade, conferem características peculiares às praias situadas entre a Praia Velha e São Pedro de Moel. Aqui se observam vários penedos de diferentes envergaduras, formando no seu conjunto uma planície de abrasão marítima (com 30 a 40m acima do nível do mar) que protege as áreas mais elevadas, dissipando a energia criada pelas ondas e tempestades. 
O acesso à praia, impossível em época de marés vivas, torna-se em períodos de marés baixas ou durante o verão, num passeio obrigatório para aqueles a quem a beleza natural e o antagonismo de uma mesma paisagem não é indiferente. É nestas alturas – quando o oceano o permite – que se pode contemplar uma magnífica variedade de fauna e flora marinhas, típicas de praias rochosas, dispostas em andares específicos. Os mexilhões, os bancos de percebes e as lapas, situam-se na região entre marés. 
Na secção inferior desta zona, e frequentemente associadas a poças de maré, observam-se frequentemente caranguejos, ouriços, estrelas-do-mar, gastrópodes, entre uma grande variedade de algas castanhas e vermelhas que não resistem a elevados níveis de dessecação.

Fonte: Câmara Municipal da Marinha Grande
https://www.cm-mgrande.pt/cmmgrande/uploads/document/file/1909/GUIATURISTICO_MG_PT_web.pdf
 



quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Desfiladeiro de Cabril do Ceira

O Cabril do Ceira é um longo e alto desfiladeiro é atravessado pelo rio Ceira que termina num um pequeno açude que ajuda a formar uma piscina natural, num cenário de rara beleza.
O rio corre calmamente, num curso muito estreito e são poucas as pessoas que frequentam este lugar, muito pouco conhecido, embora seja do domínio público há alguns anos. 
Forma um espelho de água que reflete as paredes quartzíticas das encostas como se tivessem sido cortadas a direito. Em alguns pontos atingem mais de uma centena de metros de altura.
Nas imediações surge um estranho túnel, talvez com uma dezena de metros de profundidade, que fazia parte do projeto de uma ligação ferroviária entre a Lousã e Arganil e que acabou por nunca ser concretizado.
No alto da encosta há a capela da Senhora da Candosa e um caminho que nos leva pelo meio do canhão rochoso.
As encostas rochosas e íngremes são utilizadas para a prática de desportos radicais e o cerro está ainda associado à lenda da Senhora da Candosa. Do alto da Candosa, onde está a capela, pouco se vê o curso do rio no desfiladeiro devido à profundidade e ao corte vertical das paredes quartzíticas.

Ler mais:
https://whotrips.com/2019/07/03/o-desconhecido-e-fascinante-desfiladeiro-do-cabril/
https://necadrifil.wordpress.com/2015/11/17/cabril-do-ceira/

domingo, 4 de outubro de 2020

Parque Natural da Arrábida

Assente na cadeia montanhosa da Arrábida e área marítima adjacente, o Parque Natural da Arrábida (PNArr), ocupa uma superfície de aproximadamente 17 mil ha, dos quais mais de 5 mil são de superfície marinha, abrangendo território pertencente aos concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal.
Com a publicação do Decreto-Lei nº 622/76, foi criado o Parque Natural da Arrábida. Esta classificação visou proteger os valores geológicos, florísticos, faunísticos e paisagísticos locais, bem como testemunhos materiais de ordem cultural e histórica. A publicação do Decreto Regulamentar nº 23/98 efetuou a reclassificação do Parque Natural da Arrábida, ampliando a sua delimitação com a criação de uma área marinha Arrábida-Espichel, completando no meio marinho os objetivos de conservação da natureza subjacentes ao Parque. O valor da fauna e flora marinhas da costa da Arrábida foi assim abrangido por um Parque Marinho contíguo à área terrestre anteriormente classificada. Na zona do cabo Espichel a proteção visa as arribas marinhas, espécies vegetais endémicas, a nidificação de aves e a preservação de icnofósseis.
A cadeia montanhosa da Arrábida, e a área de planície que a circunscreve, tem uma grande diversidade de solos, devido à multivariada constituição dos materiais rochosos que constituem a rocha mãe. A grande maioria dos solos é de origem sedimentar aparecendo, no entanto, algumas intrusões eruptivas. Todo o modelado hoje visível na Arrábida depende não só de aspetos ligados à tectónica e à erosão mas também daqueles que se prendem com a geologia da área constituída em grande parte por rochas calcárias e dolomíticas ou detríticas. O litoral é bastante rochoso, recortado por pequenas baías com praias de areia branca (como a do Portinho da Arrábida) e geralmente encimadas por escarpas que apresentam alturas consideráveis.





O símbolo do PNArr representa uma guarita do Convento Velho da Arrábida, tendo como pano de fundo a serra. A imagem sugere uma estreita aliança entre o património natural e o património cultural bem ilustrada aliás pela inserção do próprio convento nas faldas da serra.
Fonte: ICNF

Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnar
http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnar/class-carac
https://natural.pt/protected-areas/parque-natural-arrabida?locale=pt


terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Dolina de Covão do Feto


Na base do reverso da Costa de Minde e a menos de 2 km a norte do acidente geológico que corresponde ao cavalgamento do Maciço Calcário Estremenho sobre a bacia terciária do Tejo (cavalgamento do Arrife), no bordo sul do planalto de Santo António, o Covão do Feto é uma depressão cársica fechada, de forma aproximadamente circular e com fundo aplanado coberto de sedimentos argilosos, com potencialidade agrícola e pastorícia. Num dos bordos da depressão desenvolve-se a povoação com o mesmo nome.
Com uma profundidade de aproximadamente 40 m em relação ao topo das vertentes suaves, a depressão tem cerca de 1,2 km de comprimento por 1 km de largura, parecendo denunciar um controlo estrutural seguindo a orientação das grandes falhas existentes na região com orientação paralela à falha do Arrife.
A sua origem poderá estar associada a um vale normal de uma linha de água que servia de coletor principal à drenagem do sector oriental do planalto que escoava para a bacia do Tejo na região do Covão e que terá evoluído para um vale cego quando o maciço se elevou. Na sequência da sua evolução, a linha de água ter-se-á infiltrado em profundidade, mas a proximidade com a zona de saturação cársica terá condicionado o aparecimento da depressão, onde se verificariam inundações periódicas responsáveis pela aplanação do fundo.

Fonte:
http://www.natural.pt/portal/pt/Geossitio/Item/64

sábado, 3 de novembro de 2018

Cascata e Praia fluvial do Penedo Furado


As características do maciço rochoso fazem da Praia Fluvial do Penedo Furado, bastante arborizada, um autêntico paraíso, oferecendo um conjunto de pequenas quedas de água, visíveis a escassos metros, que podem ser apreciadas ao percorrer um estreito caminho talhado na rocha.
Esta é a estância balnear mais procurada do concelho de Vila de Rei, não só pela sua água límpida e cristalina que lentamente vai correndo pelo leito, através de uma passagem natural na rocha, mas também pelas infra-estruturas.
Este local é indicado para programas de família, pois a água tem pouca profundidade. A praia é também bastante procurada por campistas.
O local permite a realização de diversas actividades desportivas, tais como pedestrianismo, escalada, rappel, slide, ou canoagem, sendo um espaço polivalente de recreio e lazer. A água desta praia é classificada nos últimos anos como "Boa" e/ou "Excelente".
Na zona mais elevada, existe um rochedo gigantesco com uma enorme abertura de feitio afunilado, que dá nome à praia, onde foi criado o Miradouro do Penedo Furado, de onde é possível admirar a magnífica paisagem de serras e montes revestidos de pinhais, a ribeira do Codes, a albufeira da Barragem do Castelo do Bode e algumas casas das povoações envolventes.
Do lado direito do miradouro, existe um nicho com a imagem de Nossa Senhora dos Caminhos, após a qual existe um trilho lateral que permite passar à zona mais baixa do penedo, e descer até à praia fluvial, passando pela denominada “Bicha Pintada”.
A “Bicha Pintada”, localizada na margem direita da Ribeira do Codes, abaixo do miradouro do Penedo Furado, é um fóssil que, segundo alguns estudiosos, se crê que tenha mais de 480 milhões de anos, inserido no topo de uma camada de quartzito cinzento-escuro, com 30 cm de espessura.
O incêndio que deflagrou na zona centro de Portugal a 13 de Agosto de 2017, em torno de Vila de Rei, destruiu a beleza deste local bem como o espaço de lazer da praia fluvial.

Fonte: https://aldeiasdoxisto.pt/poi/4085

Ler mais:
http://www.mediotejo.net/vila-de-rei-a-praia-fluvial-que-e-uma-das-maravilhas-de-portugal/
http://www.praiafluvial.pt/praia-fluvial-do-penedo-furado/

Canhão Cársico da Ota

O Canhão Cársico da Ota é um vale muito encaixado do rio da Ota, a ocidente da aldeia da Ota, no concelho de Alenquer.
O canhão resulta do encaixe por epigenia do curso do rio da Ota no maciço calcário que deu origem à serra da Ota. Na extremidade jusante do canhão, nos Olhos de Água da Ota, fica situada uma captação de água da EPAL, que se encontra ligada ao aqueduto do Alviela.
Este vale escarpado, resultado da acção erosiva do rio no calcário do Jurássico Superior, encontra-se localizado ao longo do traçado do Rio de Ota, entre as localidades de Atouguia das Cabras e Ota, terminando na zona de nascentes denominada “Olhos d’Água”, o Canhão Cársico de Ota é considerado um dos mais valiosos tesouros do Património Natural, Histórico e Cultural do concelho de Alenquer. 
Classificado pela Estrutura Metropolitana de Valorização e Protecção Ambiental do PROT- AML como “Área Nuclear para a Conservação da Natureza, única na Região de Lisboa, devendo ver assegurada a sua protecção”, apresenta diversos locais com grande interesse nas áreas da Geologia e Geomorfologia; grande variedade de espécies nas áreas da Flora, Vegetação e Fauna, algumas delas consideradas raras, endémicas, localizadas, ameaçadas ou em perigo de extinção; aquíferos importantes no que se refere à Hidrologia; e também nas áreas do Património Histórico, Arqueológico e Cultural, existem dois sítios arqueológicos referenciados (um outro possível) e 10 locais com ocorrências de interesse arqueológico, tendo sido encontrados vestígios arqueológicos com perto de mil e setecentos materiais classificáveis identificados, datados desde o período paleolítico até ao período Islâmico.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Canhão_cársico_da_Ota
http://www.viveralenquer.pt/fazer.php?id1=9&id2=45

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Monte de São Gens de Cidai


No extremo Oeste da freguesia de Santiago de Bougado eleva-se, a uma altitude de 189 metros, o Monte de São Gens de Cidai na orla do Vale de Bougado, donde se avista uma parte considerável do Baixo Ave, em especial fragmentos dos concelhos da Trofa, Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso, assim como o mar e as áreas interiores dos municípios de Vila do Conde e Póvoa de Varzim. No local encontra-se um escadório com via-sacra e a Capela de São Gens, outrora ermida abandonada, que foi reedificada no séc. XX. 
Refira-se ainda a particularidade de se encontrar no local um afloramento de rochas ftaníticas, motivo de interesse, estudo e visita para os interessados da geologia. Estas rochas são sedimentares, siliciosas, resultantes de precipitação química, tendo incorporada alguma matéria orgânica e possuem fósseis de pequenas dimensões. Estes ftanitos tiveram origem numa zona mais profunda de uma bacia marinha, onde a circulação de água seria praticamente inexistente tal como a presença de oxigénio, ou seja, formaram-se num ambiente de águas estagnadas. 
No Monte de São Gens a rocha está muito deformada, encontrando-se dobrada e em camadas muito finas, apresentando uma coloração cinza clara. A visualização destas rochas é rara em Portugal e no Mundo não são muitos os locais onde são visíveis.


Ler mais:
http://www.mun-trofa.pt/
http://www.portoenorte.pt/pt/o-que-fazer/miradouro-de-s-gens/
https://www.onoticiasdatrofa.pt/rochas-com-400-milhoes-de-anos-resistem-em-s-gens/
https://www.geocaching.com/geocache/GC3BCT3_rochas-ftaniticas-no-monte-s-gens

Serra das Mesas

A Serra das Mesas localiza-se na área sudeste do Concelho do Sabugal, concretamente na freguesia de Fóios. A Serra das Mesas, constituindo um batólito, isto é, de natureza granítica, é parte integrante do sector terminal, ocidental, da Cordilheira Central espanhola, que penetra no território português através de um conjunto de elevações usualmente designado por Serra da Malcata, mas que as designações locais de toponímia diferenciam como é exemplo a Serra das Mesas.
A Serra das Mesas destaca-se do conjunto de elevações onde está inserida, unidade geomorfológica da Serra da Malcata, por duas razões, em primeiro lugar, pela altitude, possuindo o ponto onde ocorre a maior altitude da unidade, atingindo os 1256m, e em segundo lugar, pelo facto de ser a única serra deste conjunto onde domina a litologia granítica.
Em relação à litologia a Serra das Mesas apresenta um granito porfiróide de duas micas e grão médio a fino. A Serra das Mesas é uma área intrigante e rica ao nível do modelado granítico, sendo possível observar na paisagem o granito esculpido com arte e mestria pela natureza e pela passagem do tempo. A área apresenta uma morfologia desconcertante tanto pela riqueza, como p ela quantidade e originalidade de modelado que conserva e que resultou numa diversidade exuberante de formas.
Este tipo de modelado resulta da meteorização esferoidal do granito, também 
designada por meteorização em “casca de cebola”, que consiste no processo de formação de “conchas” concêntricas que envolvem completamente o núcleo de um bloco.O processo de meteorização em “casca de cebola” está ligado ao desencadear da descompressão nos blocos de granito a partir de um ponto central provocando assim um desequilíbrio na estabilidade do bloco que evolui para o destacamento de placas por inteiro que envolvem o núcleo da rocha, podendo mesmo afectar conjuntos de blocos que apesar de sobrepostos não impedem a continuidade do processo de disjunção esferoidal de placas em redor de um bloco central, ou seja, ocorre um lajeamento concêntrico em consequência do alívio da pressão pois os materiais suprajacentes vão sendo alterados e removidos.
A morfologia designada por mesas tem claramente a sua génese no sistema de fracturas ortogonais, sendo a partir desta associação relativamente complexa de diáclases que se interseccionam formando ângulos rectos entre si, que se justifica a forma cúbica que apresentam as mesas, ou seja, blocos perfeitamente cúbicos, quase sempre ultrapassando a dimensão métrica.

Fonte: Vítor Clamote, sítio da Junta de Freguesia de Fóios
http://www.foios.sabugal.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=268&Itemid=1

Ler mais:
http://historiasdaraia.blogspot.com/2012/10/fronteiras-serra-das-mesas-nascente-do.html

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Cabo Carvoeiro

O Cabo Carvoeiro é um cabo que se situa no extremo da Península de Peniche, sobre o Oceano Atlântico, no concelho de Peniche, É um local de grande valor patrimonial (geológico e paisagístico), com grande variedade de falésias calcárias fortemente erodidas e campos de lapiás.
É o cabo mais ocidental da costa continental portuguesa a norte do Cabo da Roca. A oeste pode avistar-se o pequeno arquipélago das Berlengas, integrado numa reserva natural terrestre e marinha.
Neste local foi erguido o farol do Cabo Carvoeiro, de 25 m de altura, devido aos inúmeros naufrágios ocorridos nesse trecho do litoral.
A pequena Capela de Nossa Senhora dos Remédios, cerca do cabo, é o destino de uma concorrida romaria. Tem o interior revestido por valiosos azulejos do século XVIII, da oficina do mestre António de Oliveira Bernardes.
As arribas costeiras da península de Peniche, inseridas no Sítio Rede Natura 2000 Peniche/Santa Cruz, integram a chamada Orla Meso-Cenozóica Ocidental, assentando sobre rochas carbonatadas do Jurássico Inferior, que correspondem ao testemunho da fase inicial de enchimento da Bacia Lusitânica. Vários são os locais de interesse geológico inventariados pela comunidade científica nacional e internacional, sendo de destacar: a Papoa, a Praia do Portinho de Areia Norte, a Ponta do Trovão e Praia do Abalo, do Cerro do Cão ao Cabo Carvoeiro e a Gruta da Furninha. Do miradouro dos Remédios ao Cabo Carvoeiro, estende-se uma paisagem cársica de rara beleza, formada por lapiás de várias dimensões e que não raras vezes é local de paragem para turistas. Esta porção de costa da península de Peniche é detentora de elevado valor patrimonial, nomeadamente alto valor cénico e geomorfológico. 
Acresce o facto do alto valor didáctico, que permite interpretações paleoambientais de forma muito intuitiva. São notáveis a grande diversidade de conteúdo paleontológico.
Este local é muito apreciado também pelos amantes de aves onde poderão observar diversas aves marinhas em pleno voo, ou nas falésias adjacentes.

Ler mais:
http://www.cm-peniche.pt/CustomPages/setemaravilhas_cabocarvoeiro10
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_Carvoeiro
https://www.feriasemportugal.com/cabo-carvoeiro

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Gruta - Algar do Pena


Descoberto em 1985, pelo Sr. Joaquim Pena (daí o nome do algar), na sequência do desmonte de uma bancada de calcário para produção de pedra para calçada, o Algar do Pena é uma cavidade muito interessante do ponto de vista patrimonial, integrando a maior sala subterrânea conhecida em Portugal (125.000 m3 de volume). Do cimo de perto de 40 m de desnível, abre-se ao olhar de quem a visita, uma magnífica paisagem subterrânea cujo aspecto estético assume uma dimensão pouco vulgar, através de uma enorme profusão de espeleotemas.

Dadas as suas características biofísicas e localização geográfica, foi seleccionada para aí se instalar o 1º Centro de Interpretação Subterrâneo em Portugal. Após 3 anos de estudos foi inaugurado a 5 de junho de 1997. Acessível ao público (dispõe de um edifício de apoio técnico, elevador, auditório ao ar livre e de um espeleódromo), representa uma experiência única de descida às profundidades, aliando a importância científica a aspectos didácticos e turísticos de elevado interesse.
Em agosto de 2018, a Gruta-Algar do Pena foi palco de um encontro de trabalho no âmbito da 24.ª Conferência Internacional de Biologia Subterrânea.

Ler mais:
http://natural.pt/portal/pt/Infraestrutura/Item/174

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Miradouro da Santa

Para encontrar este miradouro basta percorrer a ER101 que faz a ligação entre o Porto Moniz e a Santa do Porto Moniz. É dos miradouros mais iconográficos e com muita afluência devido à sua localização junto o principal acesso à vila do Porto Moniz.
Aqui encontrará uma figura religiosa da Nossa Senhora dos Caminhos reflexo da fé local. A partir do Miradouro ponto de paragem obrigatório para o visitante terá uma vista panorâmica única sobre o centro da vila do Porto Moniz, Ilhéu Mole, Piscinas Naturais e toda a linha em que o mar encontra a terra.
Para além do interesse paisagístico, o Miradouro é também um geossítio que possibilita a observação de fenómenos geológicos que estiveram na origem da formação da ilha da Madeira. De facto, este geossítio apresenta diversos aspectos de elevado interesse geomorfológico e vulcanológico, nomeadamente um delta de lava basáltica, que forma a plataforma litoral do Porto Moniz (fajã), resultado de uma erupção havaiana/estromboliana.
A sudoeste do Porto Moniz, descendo a antiga arriba litoral (paleoarriba), observa-se os derrames lávicos que deram origem ao referido delta. É possível observar também o ilhéu Mole, um cone surtseiano parcialmente destruído pela erosão marinha, que resultou de uma erupção submarina posterior aos derrames que formaram o delta lávico. A noroeste da fajã do Porto Moniz é observável a cratera de outro cone surtseiano que está praticamente ao nível do mar, que aflora durante a maré baixa sob a forma de baixios.

Ler mais:
https://www.portomoniz.pt/pt/visitantes/pontos-de-interesse/miradouros
https://geodiversidade.madeira.gov.pt/geossitios/madeira/porto-moniz/pm01-vila-do-porto-moniz.html
http://www.visitmadeira.pt/pt-pt/explorar/detalhe/miradouro-da-santa

sábado, 18 de agosto de 2018

Passeio Geológico da Foz do Douro


Situado na faixa litoral da cidade do Porto, o Complexo Metamórfico da Foz do Douro (CMFD) é exemplo de um magnífico conjunto litológico constituído por gnaisses, metassedimentos e anfibolitos recortados por granitos variscos. Estes conjuntos litológicos serão, provavelmente, das rochas mais antigas existentes em Portugal e apresentam-se excelentemente preservados e expostos ao longo da orla marítima, compreendida entre o Forte S. Francisco Xavier (vulgo Castelo do Queijo) e o Molhe de Felgueiras.
Em Abril de 2005 foi criado um percurso temático para divulgação deste património designado por "Passeio Geológico da Foz do Douro", sinalizado com nove painéis de informação dirigida ao público em geral. Assim, os visitantes podem observar a diversidade geológica e usufruir da riqueza científica e pedagógica que constitui o CMFD. 
A criação do “Passeio Geológico da Foz do Douro” tem permitido consciencializar o público para a geoconservação da zona litoral da cidade do Porto. Considerando os diferentes tipos de saberes escolares e com o intuito de promover práticas significativas, no âmbito da Geologia, aos visitantes, foi criado em 2008 um Centro Interpretativo e desenvolvidos alguns materiais didácticos. O investimento neste projecto tem-se mostrado frutífero.
Para além de um laboratório das Ciências da Terra facilmente acessível, é um local onde se pode observar a interacção entre a base de toda a vida e a fauna e flora que por ali encontramos. É, também, um espaço de interacção entre o mundo natural e os cidadãos.
A classificação como Património Natural Municipal veio contribuir para a consciencialização dos cidadãos sobre a importância de tal património. Os afloramentos da Foz passaram, assim, de simples pedras sem significado para fonte de conhecimento e de histórias.

Ler mais:
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/53070/2/49395.pdf
http://www.roteirodeminas.pt/local.aspx?v=9e03600c-d51d-4b0f-b55c-f35e9972101c
http://www.geopor.pt/GPresum/ensi/silva.html
http://www.cm-porto.pt/patrimonios/complexo-metamorfico-da-foz-do-douro

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Buracas do Casmilo



As buracas de Casmilo são uma curiosa formação rochosa existente na freguesia do Zambujal,concelho de Condeixa-a-Nova, em plena serra de Sicó. A paisagem cársica da zona é percorrida por correntes subterrâneas que deram origem canhões e grutas. Com o desmoronamento das suas paredes, ficaram várias cavidades nas paredes do monte, que criam uma paisagem muito curiosa e interessante.
As buracas podem apresentar forma elíptica ou circular e as suas dimensões são muito variáveis. As buracas mais pequenas apresentam cerca de 2 a 3 metros de largura e 1 a 2 metros de profundidade. Estas pequenas buracas quase passam despercebidas, já que as grandes buracas captam verdadeiramente a atenção do visitante. Os melhores exemplares desta morfologia podem apresentar mais de 10 metros de diâmetro e 5 a 7 metros de profundidade.
As Buracas do Casmilo e toda a sua zona envolvente são muito procuradas para a realização de actividades de ar livre, designadamente, escalada, montanhismo, orientação, rappel e acampamentos.

Ler mais:
https://ncultura.pt/vale-das-buracas-do-casmilo/
https://www.viajarentreviagens.pt/portugal/vale-das-buracas-um-segredo-escondido-no-macico-de-sico/
https://darasola.blogs.sapo.pt/buracas-do-casmilo-condeixa-a-nova-67179

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Monumento Natural da Pedra da Mua

Nas arribas do cabo Espichel, sob a Ermida de N. Sra. da Memória, até 1428 conhecida por Santa Maria da Pedra da Mua, junto ao Santuário da Sra. do Cabo, o Monumento Natural da Pedra da Mua é porventura a mais espectacular das jazidas de pegadas de dinossáurios situadas na zona do cabo Espichel, devido ao sítio privilegiado em que se situa e pela excelente conservação das impressões. 
Em vastas lajes calcárias com inclinações de 30 a 40º, datadas do Jurássico Superior, estão inscritas pegadas de terópodes (dinossáurios bípedes carnívoros) e de saurópodes (herbívoros) de grandes e pequenas dimensões que por ali passaram há cerca de 145 milhões de anos.
As pistas de dinossáurios conservadas nesta jazida portuguesa contribuem para o conhecimento, a nivel mundial, dos saurópodes e dos terópodes do Jurássico, pois revelam pormenores da anatomia das mãos e dos pés destes animais e permitem estudar a sua locomoção e comportamento social.
A jazida da Pedra da Mua revela, pois, pistas de saurópodes e de terópodes, que ali passaram há cerca de 145 milhões de anos, do Jurássico superior. Conhecem-se 38 pistas de saurópodes e duas de terópodes. Numa das camadas há sete pistas paralelas de pequenos saurópodes que testemunham a passagem de uma manada de herbívoros. Atrás deste grupo sabe-se que passaram três grandes saurópodes, porque há evidências de sobreposição das suas pegadas às dos mais pequenos.
As pistas paralelas de saurópodes que apresenta são consideradas a primeira evidência de comportamento gregário entre saurópodes reconhecida na Europa, bem como o melhor exemplo deste comportamento entre animais juvenis. As marcas de pés de saurópodes e de terópodes, aqui conservadas, são bem reveladoras da anatomia dos pés destes animais.
Num contexto bem diverso, um destes trilhos associa-se à lenda de Nossa Senhora da Pedra da Mua em que uma mula gigante transportou a Virgem do nível do mar até ao cimo do Espichel, tornando-o, a partir de então, local sagrado.

Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/nac/monumento-natural-da-pedra-da-mua
http://www.natural.pt/portal/pt/AreaProtegida/Item/30

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Grutas das minas de Queiriga


As minas de Queiriga situam-se no concelho de Vila Nova de Paiva e são um autêntico tesouro por descobrir.
As minas da Queiriga, ou minas de Lagares, foram uma exploração mineira na década de 40 chegando a empregar 500 operários, entre os quais várias dezenas de técnicos estrangeiros, principalmente britânicos, que na época era essenciais já que em Portugal escasseava a mão de obra qualificada nesta área.
Os principais minérios extraídos eram a cassiterite (óxido de estanho) e a volframite (minério de volfrâmio). Estas minas são particularmente interessantes pela forma pouco habitual de desmonte da rocha: não sendo a céu aberto, também não são em galerias. O desmonte foi feito criando grandes espaços sustentados por colunas naturais.
Actualmente desactivadas, estão a ser objecto de um estudo de exploração turística por parte da Câmara de Vila Nova de Paiva e da empresa concessionária. 




Ler mais:
https://www.vortexmag.net/queiriga-uma-gruta-secreta-com-uma-lagoa-azul-em-portugal/
https://filipemiguel.blog/2018/02/07/queiriga-uma-gruta-secreta-com-uma-lagoa-azul-em-portugal/
http://www.mytop.fm/queiriga-gruta-secreta-portugal-lagoa-incrivelmente-azul/

Forte Jesus de Mombaça