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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Azenha quinhentista no rio Ave

Esta azenha encontra-se na margem esquerda do rio Ave, no sopé do monte de Santa Ana, e destaca-se por ter uma estrutura inspirada na arquitectura militar, assemelhando-se a um pequeno forte. As referências à sua existência datam do século XIII, mas terá sido totalmente reconstruída por volta de 1532 por D. Pedro de Menezes, marquês de Vila Real, sendo uma das poucas azenhas quinhentistas que subsistem erigidas.
De planimetria rectangular, formada por um único volume, a sua estrutura assemelha-se a um fortim, tendo sido possivelmente inspirada na arquitectura militar da época, em que as fortificações se renovavam ao nível das estruturas. 
As fachadas laterais são rasgadas por janelões, e na principal foi aberta a porta, encimada pela pedra de armas dos marqueses de Vila Real. O conjunto é rematado por uma cornija coroada por merlões com seteiras.

Fonte: Catarina Oliveira, IPPAR (2005)
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72546/

domingo, 29 de julho de 2018

Igreja matriz de Vila do Conde

A Igreja Matriz é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade e concelho de Vila do Conde. Desde o século XVI, transformou-se no maior centro de culto da paróquia de São João Baptista e, quando foi construída era a maior igreja paroquial do seu tempo, e ainda hoje é uma das maiores do país.
A decisão de se construir uma nova matriz, em 1496 – em substituição da antiga matriz que se situava no monte do mosteiro e era pequena – corresponde ao anseio de uma população, que há muito desciam as encostas do monte, para morar mais perto do porto do Ave, numa época em que Vila do Conde fervilhava com o comércio do Império Português. A matriz de Vila do Conde é um monumento às Descobertas marítimas empreendidas por Portugal.
Na primeira fase de edificação empreendeu-se a construção da cabeceira, terminada em 1506, e a abóbada da abside, colaborando na campanha o mestre Gonçalo Anes e o biscainho Rui Garcia de Penagós, que em 1509 dirigia a fábrica de obras. 
No ano de 1511 a direcção das obras era entregue ao arquitecto João de Castilho, e no ano de 1515 a estrutura estava terminada, abrindo-se ao culto três anos depois.
De planta em cruz latina, composta por três naves de diferentes alturas e cabeceira tripla, a Matriz de Vila do Conde repete o módulo das hallenkirchen manuelinas, de que fazem parte, entre outros, os templos de Freixo de Espada à Cinta, Arronches, ou Azurara. 
O grandioso portal axial trilobado, obra de João de Castilho, profusamente ornamentado, ladeado por contrafortes e pináculos com cogulhos vegetalistas, dá "um novo tom à edificação" manuelina. 
Do lado esquerdo da fachada, João Lopes o Moço ergueu em 1573 a torre sineira quadrangular, cuja maciça estrutura pouco ornamentada e excessivamente vertical sobressai no ritmo da frontaria. 
A grande torre sineira quadrangular, impõe-se à frontaria e a toda a igreja pelo volume e quase ausência de ornamentação, com excepção para o balcão de balaústres assente em mísulas. A pia baptismal é manuelina e a capela lateral está inteiramente forrada a azulejo do séc. XVII.
No interior destaca-se a cobertura da capela-mor, em abóbada de "combados" da autoria de Castilho, e as abóbadas dos absidíolos, uma com lanternim e outra decorada com baixos relevos que apresentam vestígios de policromia. As duas capelas abertas no transepto, de edificação quinhentista, possuem retábulos de talha dourada barroca e azulejos seiscentistas.
A igreja foi classificada como Monumento Nacional em 1960.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71207/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5249
http://www.vilacondense.pt/index.php/conhecer-vila-do-conde-2/patrimonio/i/igreja-matriz-de-vila-do-conde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Matriz_de_Vila_do_Conde

sábado, 14 de julho de 2018

Pastéis de Santa Clara


Os Pastéis de Santa Clara, também designados Meias-Luas, são uma especialidade do Convento de Santa Clara, em Vila do Conde. Estes pastéis são muito semelhantes, na forma e ingredientes usados, aos de Coimbra e de Portalegre.
A razão da existência em Portugal de tantos doces conventuais com o mesmo nome, oriundo de locais diferentes, como é o caso destes pastéis, decorrerá provavelmente da migração de religiosas para outros conventos da ordem existentes no país. Com as freiras iam os conhecimentos gastronómicos adquiridos no convento onde se encontravam anteriormente e era comum a transmissão oral de algumas das receitas que conheciam. É, pois, natural que essa tradição de transmissão oral de receitas, sem qualquer registo escrito, tenha originado algumas variações no receituário de cada convento, embora o nome e a base do doce permanecessem os mesmos.
Estes pastéis caracterizam-se pela sua forma de meia-lua, com um recheio cremoso e consistente – feito a partir da sábia combinação do açúcar, com os ovos e as amêndoas -, envolto numa massa externa feita com farinha, açúcar, manteiga e sal. No final, como todas as variantes dos pastéis de Santa Clara existentes no país, são polvilhado com açúcar. A massa exterior é feita com farinha de trigo, açúcar, manteiga e um pouco de sal. Para o recheio é colocado açúcar em ponto de estrada e depois adiciona-se amêndoa ralada e gemas de ovo que, ao lume, se transforma num creme. Vai a fritar e depois é polvilhado com açúcar em pó.

Fonte: docesregionais.com
http://www.docesregionais.com/pasteis-de-santa-clara-meias-luas-vila-do-conde/

domingo, 4 de março de 2018

Rendas de bilros de Vila do Conde


renda de bilros é produzida pelo cruzamento sucessivo ou entremeado de fios têxteis, executado sobre o pique e com a ajuda de alfinetes e dos bilros. O pique é um cartão, normalmente pintado da cor açafrão para facilitar a visão por parte da rendilheira, onde se decalcou um desenho, feito por especialistas.
Em Portugal a arte da renda de bilros tem especial expressão nas zonas piscatórias do litoral, com maior relevo para as regiões de Caminha, Póvoa de VarzimVila do Conde, Setúbal e Algarve.
É já muito antigo o reconhecimento da importância das rendas de bilros. Na verdade, já a Acta da sessão da Câmara Municipal de Vila do Conde, de 4 de Maio do distante ano de 1616, referia o "Mester" da Rendilheira. 
Mas é, em 1919, com a criação da Escola de Rendas, que o trabalho das nossas Rendilheiras ganha particular qualidade, especificidade e maior visibilidade. Porém, nos anos 50 e 60, com a mudança de hábitos e de estilo de vida, verificou- se um declínio desta tradição. Felizmente, a partir de 1974, graças a diversas acções desenvolvidas, nomeadamente a criação do Centro de Artesanato, bem como à abertura do Museu das Rendas, conseguiu-se uma clara inversão.

Ler mais:
http://www.viajecomigo.com/2017/01/30/museu-das-rendas-de-bilros-de-vila-do-conde/
http://www.rendasdebilros.com/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Renda_de_bilros

Forte Jesus de Mombaça