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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Jardim do Tabolado

Foi no local onde, durante década esteve instalado o matadouro e a feira do gado que, no início da década de 1960, se construiu um dos mais importantes espaços verdes da cidade de Chaves. Está situado ao longo da margem do rio Tâmega, entre o centro da cidade e as termas de Chaves.


Trata-se de um amplo espaço, relvado e arborizado, com caminhos pedestres por onde pode passear e bancos de jardim para descansar.

domingo, 8 de novembro de 2020

Igreja paroquial de Possacos

Também conhecida como Igreja de Nossa Senhora das Neves, foi construída no século XVII.
De planta retangular de uma só nave, a fachada principal mostra um portal rematado por frontão curvo interrompido e encimado por um nicho. No topo da fachada ao centro tem um campanário com dois sinos, rematado por dois pináculos que ladeiam um fogaréu.
No interior, o destaque vai para o teto da capela-mor em caixotões com pinturas e talha dourada do altar-mor e dos laterais.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público.

Ler mais:
https://www.visitarportugal.pt/vila-real/valpacos/possacos/igreja-matriz
https://valpacos.pt/pages/631?poi_id=142&locale=pt
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5733

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Escola primária de Faiões

Considerada quase unanimemente como a mais bela escola primária de Portugal, a Escola Primária de Faiões é construída totalmente em granito, facto que lhe confere um ar monumental.
Foi inaugurada na década de 1930, tendo sido obra do esforço conjunto da população da freguesia e do benemérito António Luís Morais Sarmento, natural de Faiões e antigo reitor da Universidade de Coimbra. Talvez por esse motivo, os traços arquitetónicos da construção fazem uma clara alusão ao Paço das Escolas da Universidade de Coimbra.
O seu benemérito ofereceu apenas todo o material necessário à sua construção, tendo sido os homens da aldeia que se encarregaram de a construir voluntariamente. Sem receber qualquer vencimento, ninguém se recusou a trabalhar nas obras da escola.
Depois de funcionar como Escola Primária, chegou a estar em atividade como jardim de infância. No entanto, este belo edifício encontra-se atualmente sem ocupação reconhecida.

Ver mais:
https://www.facebook.com/watch/?v=444269439093335
https://www.facebook.com/watch/?v=444068852446727

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Abrigo rupestre da Pala Pinta

O abrigo rupestre, situado em pleno vale do Tua, no concelho de Alijó, distrito de Vila Real, constitui, de acordo com a portaria do DR nº104/2014, “um dos exemplos mais notáveis de abrigos com pintura esquemática existentes nesta região transmontana”. Aquela portaria classifica o Abrigo rupestre da Pala Pinta como Sítio de Interesse Público.
Segundo a mesma portaria, esta classificação deve-se ao interesse do bem como “testemunho simbólico ou religioso, ao seu valor estético e material intrínseco, à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva, e à sua importância do ponto de vista da investigação histórica e científica”.
Referenciado desde, pelo menos, 1922, o abrigo, em forma de "pala", possui aproximadamente doze metros de comprimento e uma altura que não ultrapassará os dois e meio. É no seu interior que observamos algumas pinturas executadas realizadas em painéis verticais (decerto resultantes de fraturas ocorridas na própria rocha), o primeiro dos quais (localizado no lado direito da entrada) apresenta a maior concentração de figurações cromáticas de todo o Abrigo. Entretanto, a investigação conduzida em meados dos anos oitenta sob direção de Orlando Sousa permitiu confirmar a utilização monocromática do vermelho na realização das pinturas, para além da inexistência de possíveis sobreposições (o que apontará para uma só fase da sua execução) e a probabilidade da superfície do segundo painel ter sido aplainada pelo método de fricção.
Quanto aos motivos representados, parecem denunciar uma considerável diversidade, como testemunham as linhas quase paralelas, os pontilhados, os círculos concêntricos (alguns dos quais raiados), uma figura composta de sete "anéis" interligados, para além de outra "arboriforme" (de índole antropomórfica) e de figuras esteliformes que, no conjunto, parecem remeter para uma forte simbologia solar, representando, nalguns casos, o "astro-rei".
Situadas na vizinhança de achados da Idade do Ferro e da Idade do Bronze, as gravuras rupestres da Pala Pinta, que provavelmente datam do Calcolítico, “poderão representar os mais antigos vestígios da presença humana na região”.

Ler mais:
https://nationalgeographic.sapo.pt/historia/grandes-reportagens/210-abrigo-da-pala-pinta
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70439
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5708
https://dre.pt/application/dir/pdf2sdip/2014/02/030000000/0426504265.pdf

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Casal dos Capelinhos - Quinta Nova


O Casal dos Capelinhos – Quinta Nova é um local de Turismo em Espaço Rural dedicado ao alojamento de excelência, ao Enoturismo e aos produtos regionais. A casa data de meados do século passado (1930), foi totalmente restaurada, mantendo a sua traça original. Está dividida na Casa da Quinta (a casa principal), na Casa dos Caseiros e na Adega dos Lagares, onde antigamente se pisavam as uvas ao pé e é hoje um moderno e confortável espaço dedicado à recepção dos hóspedes, onde se localiza a loja da quinta e um local ideal para a realização de workshops, provas de vinhos e eventos relacionados com a atividade.

A sua localização (3 km do centro da Régua e 2,5 km do centro de Santa Marta de Penaguião) faz com que seja um excelente ponto de partida para quem quer conhecer a Região Demarcada do Douro, inscrita na lista do Património Mundial da UNESCO.

Fonte: Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião
https://www.cm-smpenaguiao.pt/visitar/casal-dos-capelinhos/
https://www.casaldoscapelinhos.pt/

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Percurso pedestre "Levada de Piscaredo"

 


O PR2 "Levada de Piscaredo" é um percurso linear que se inicia junto à confluência do rio Cabrão com o rio Cabril, no lugar das Mestras, na freguesia de Vilar de Ferreiros. 
Nas Mestras, há um açude onde se inicia a levada de Piscaredo, um antigo moinho e mais duas ou três casas. Para se atingir facilmente o açude atravessa-se o rio Cabril nas poldras - forma de atravessamento deixada pelos romanos - sendo estas constituídas por vinte blocos tendo um deles inscrita a data de 1890. Atravessado o rio, depara-se o caminhante, de imediato, com uma levada que corre para montante do rio Cabril, até ao açude onde se inicia a levada de Piscaredo. Trata-se de um “transvase”, que traz a água do rio Cabrão a partir de um outro açude situado a 340 metros a montante. É uma levada muito bem construída, em placas de granito ligadas por argamassa. Tem 45 cm de largura e 30 de profundidade. Um pequeno passeio ao longo desta, até ao açude, é fácil e vale a pena. Visitados os dois açudes – o das Mestras e o do rio Cabrão – inicia-se a marcha de regresso a Mondim de Basto, ao longo de Levada de Piscaredo. Esta é uma levada maior que a anterior – inicialmente com 70 cm de largura e 40 de profundidade, chega a ter um metro de largo – muito bem construída pela curva de nível; atravessa uma trincheira, algumas ribeiras e um pequeno túnel antes de entregar as águas do Cabril e do Cabrão aos moinhos de Piscaredo, agora em ruínas, onde termina.

Ler mais:
http://www.walkingportugal.com/z_distritos_portugal/Vila_Real/Mondim_de_Basto/MDB_PR2_Levada_de_Piscaredo.html
https://municipio.mondimdebasto.pt/images/stories/02_turismo/percursos/PR2-LEVADA-PISCAREDO-PT.pdf







segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Trilho "Rota do Volfrâmio - Souto Maior"

O percurso pedestre de Souto Maior “Rota do Volfrâmio” tem cerca de 9 km e é considerado um percurso de pequena rota (PR).
De tipologia circular, este circuito inicia-se e termina no Parque de Lazer de Nossa Senhora de Fátima, seguindo em caminho empedrado até ao centro da pequena aldeia de Souto Maior. Aqui, são ainda visíveis algumas casas de pedra em ruínas, cuja construção marcou o início da povoação que se viria a estender ao longo dos anos, até ao que conhecemos hoje em dia.
Descendo, através de vinhas e olivais, por um caminho rural que desemboca precisamente na frente de uma das minas de volfrâmio mais sui generis de toda a região. Ainda pelo caminho, o horizonte leva-nos para além das encostas verdejantes ou douradas, de acordo com a estação do ano em questão. Nesta zona podemos encontrar ainda mais duas minas.
O percurso mostra-nos agora uma outra faceta, fazendo-nos sentir o ar puro da serra, com visões de paisagem montanhosa virada para o Douro.

Fonte:
https://www.sabrosa.pt/pages/467

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Caminho de Santiago - Rota da Terra Fria

Os caminhos de Santiago são um dos denominadores comuns da cultura europeia. Estes itinerários, que são espaços públicos de convergência e de harmonia, devem ser respeitados e promovidos. Neles, qualquer caminhante se sente um cidadão do mundo, o que lhe dá a oportunidade de perspectivar as suas convicções num sentido ecuménico de abertura e de tolerância.
É nesta rede intrincada de itinerários jacobeus provenientes de todos os cantos da Europa, que se enlaçam os que têm origem em Portugal ou os que utilizam o nosso país como encurtamento de distâncias. Na Terra Fria do Nordeste Transmontano os percursos utilizados respigam-se de vagos testemunhos documentais e reconstroem-se com base na tradição oral que evoca ainda muitas histórias, mais ou menos coerentes, que animam o imaginário popular.
Estes percursos ou, pelo menos, alguns deles, podem considerar-se braços de um itinerário geralmente designado por Via de La Plata, com origem em Sevilha e escala em Zamora e Astorga, onde se articula com o conhecido Caminho Francês de Santiago.
A partir de Zamora havia de facto a possibilidade de reduzir a distância a Santiago e evitar a travessia da Sanabria rumando através de Portugal, por Bragança, Vinhais e Chaves até Ourense. Este trajecto foi sinalizado com setas amarelas pela Associação “Amigos del Camiño de Santiago de Zamora”, que o designa “Caminho Português da Via de la Plata”.
No território da TFT e proveniente de Zamora e Alcanices, entra em Quintanilha e passa em Réfega, Palácios, Babe, Gimonde, Bragança, Castro de Avelãs, Lagomar, Portela, Castrelos, Soeira, Vila Verde, Vinhais, Soutelo, Sobreiro, Aboa, Candedo, Edral e Sandim, entrando novamente em Espanha nas proximidades de Verín.
Para além das referências às localidades que integram a Rota da TFT que atrás se apresentaram, merecem destaque a arquitectura popular em Réfega, a ponte medieval sobre o rio Onor em Gimonde, o mosteiro de Castro de Avelãs, o percurso de Lagomar à Portela entre castanheiros centenários, a ponte romana sobre o rio Baceiro em Castrelos e a ponte medieval sobre o rio Tuela na proximidade de Soeira, o vale do rio Tuela no percurso para Vinhais, a vista do Parque Natural de Montesinho a partir do Monte da Forca, a descida ao Rio Rabaçal e a subida até Edral, porventura o troço mais árduo deste caminho.

Fonte: Rota da Terra Fria Transmontana
http://www.rotaterrafria.com/pages/135

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Casa de Diogo Cão

A designada Casa de Diogo Cão terá sido construída na segunda metade do século XV, já que segundo a tradição foi neste local que nasceu o famoso navegador transmontano que em 1482 descobriu a foz do rio Zaire. Possui uma traça que se enquadra na arquitectura civil edificada na vila na segunda metade do século XV e primeira metade do século XVI.
Com três registos, o primeiro apresenta uma portal em arco pleno, dando acesso ao piso térreo da casa, que serviria de armazém. Um arco de volta perfeita abre para a escadaria que dá acesso ao segundo registo, assentando em capitéis adossados às paredes laterais, o da direita com dois homens que seguram uma cartela, o da esquerda com um florão e boleados. À direita foram abertas duas janelas de sacada, com molduras de volta perfeita e varandim de madeira tipo rótula. O último registo do edifício é divido por três janelas de sacada, também com varandim igual ao do registo anterior, mas de moldura rectangular. Entre a janela da esquerda e as restantes foi aberto um postigo quadrado. O edifício é rematado por um friso. Um arco abatido, adossado ao nível do segundo registo, une o imóvel ao edifício contíguo. Lateralmente, ao nível do primeiro registo, a casa possui portais de volta perfeita de moldura simples. No segundo registo foram abertas diversas janelas com moldura rectangular encimada por arco contracurvado. No último registo foram abertas janelas de moldura rectangular simples.
O actual edifício encontra-se muito desvirtuado da sua traça original, não só pelas campanhas de obras quinhentistas e seiscentistas, que tiveram como objectivo o enobrecimento do edifício, mas também pelas campanhas de restauro realizadas no século XX, que alteraram muito a estrutura existente. A primeira destas foi realizada nos anos 30 pelo então proprietário do imóvel, o Dr. Sebastião Claro da Fonseca, depois de a casa ter sofrido um incêndio que destruiu as paredes interiores. Em meados da década de 40 a casa volta a sofrer um novo incêndio, desta vez no terceiro registo, o que levou à segunda campanha de restauro.

Fonte: Catarina Oliveira (IPPAR)
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74850

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Ponte de Arame de Santo Aleixo


No vale do Tâmega existe uma ponte pênsil pedonal que é em Ribeira de Pena conhecida como "Ponte de Arame". A travessia que liga Ribeira a Santo Aleixo de Além-Tâmega existe desde os primórdios do século XX.
A ponte tem mais de 20 metros de comprimento e está suspensa em mais de 100 cabos de arame torcido. É umas das principais fontes de atracção ao concelho de Ribeira de Pena, mas tem os dias contados, pelo menos, no local onde foi implantada. 
É que a construção da barragem de Daivões e a consequente subida das águas no rio Tâmega vai atingir a centenária ponte.
Reza a História que, durante muitos anos, a aldeia de Santo Aleixo de Além Tâmega ficou isolada de Salvador, sede da freguesia, pela subida das águas do Tâmega. O problema de comunicação só foi resolvido com a construção, em 1913, da Ponte de Arame, desactivada a partir de 1963 e hoje um dos pontos de atracção turística de visita obrigatória. Além da estrutura engenhosa e original, exemplar único no país, toda a envolvente é deslumbrante.
Ler mais:
https://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=104159
https://portugaldelesales.pt/6-objetos-historia-ribeira-pena/
http://www.aldeiasportugal.pt/sobre/36/#.XAWrLGj7RQI

domingo, 25 de novembro de 2018

Antigo couto mineiro de Vale das Gatas


O extinto couto mineiro de Vale das Gatas, localiza-se nas freguesias de São Lourenço de Ribapinhão e Souto Maior, concelho de Sabrosa. A exploração destas minas iniciou-se no período romano onde era extraída cassiterite, um minério de estanho. No entanto, foi em 1883 que se reiniciaram propriamente os trabalhos mineiros.
Nesta mina, o minério mais extraído era o volfrâmio (produção de filamentos para lâmpadas e material bélico). Assim, a produção da mina ficou condicionada aos conflitos que foram ocorrendo ao longo do séc. XX. Os maiores picos de exploração e laboração corresponderam precisamente à primeira guerra mundial (1914-1918) depois à segunda (1939-1945) e ainda ao conflito da Coreia (anos 50).
Tendo uma extracção muito variável, devido aos factores mencionados, a sua cotação no mercado internacional, também o era e consequentemente gerava muita instabilidade económica. Assim, entre 1980 e 1990 a sua produção foi decaindo, até que em 1994, por despacho governamental foram extintas as 16 concessões do Vale das Gatas.
Desde o encerramento, acentuaram-se os problemas ambientais inerentes a uma exploração mineira deste tipo: as águas provenientes das minas e da lixiviação das escombreiras, a contaminação dos solos envolventes com metais pesados e o colapso das galerias mais superficiais, o que provocou depressões topográficas, são algumas das situações mais graves. Espera-se uma urgente intervenção, no âmbito da recuperação ambiental, que permita brevemente o usufruto de uma região muito importante para a arqueologia mineira e para o respectivo turismo especializado.

Ler mais:
http://comabrisadamontanha.blogspot.com/2011/05/redescobrindo-torga-vale-das-gatas-o.html
https://www.utad.pt/museu-de-geologia/wp-content/uploads/sites/34/2017/02/Not%C3%ADcia-5.pdf

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Pelourinho de Mesão Frio


Das estruturas erguidas em Mesão Frio ao longo dos tempos, destaca-se o pelourinho, situado no centro da povoação. 
Talhado em granito, uma das matérias-primas mais abundantes na região, o pelourinho é formado por plataforma composta de três degraus octogonais, como octogonal é a base sobre a qual assenta directamente o fuste cilíndrico (com dois estrangulamentos bastante acentuados) da coluna, cujo capitel configura anel saliente encimado por bloco cilíndrico suportando tabuleiro quadrangular lavrado no topo, de entre os quais arrancam quatro elementos férreos de imagética zoomórfica.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73984

domingo, 28 de outubro de 2018

Folar de Valpaços

Considerado o pão da Páscoa, o Folar de Valpaços é uma das tradições gastronómicas daquela quadra festiva. É particularmente típico da região nordeste do distrito de Vila Real.
O termo folar, muitas vezes associado a presente e/ou dádiva exprime ”o que há de melhor”. O folar era tradicionalmente confeccionado na época da Páscoa onde o Clero recolhia o folar das famílias no Domingo de Páscoa, no denominado “Compasso ou visita Pascal” e era constituído pelos mais finos produtos do que a terra e as gentes produziam.
O chamado folar de Valpaços é confeccionado à base de massa de pão, lêveda e fofa, sendo recheado com carne de porco, presunto, salpicão, linguiça, entre outros ingredientes possíveis. Na sua confecção, são ainda usados ovos, banha e azeite.
Em 2017 a Comissão Europeia aprovou o pedido português de inclusão do “Folar de Valpaços”, no registo das indicações geográficas protegidas (IGP).

Ler mais:
https://valpacos.pt/pages/561
https://pt.wikipedia.org/wiki/Folar
http://vozdocampo.pt/2017/04/27/valpacos-folar-indicacao-geografica-protegida/
http://media.rtp.pt/praca/rubricas/folar-valpacos-culinaria/

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Ecomuseu de Ribeira de Pena


Ribeira de Pena é um concelho de fronteira entre o Minho e Trás-os-Montes, onde se encontram o Alvão, o Barroso e o próspero vale do Tâmega. Fruto desta situação, possui um património rico e peculiar, de contrastes e simbioses que estão na origem de uma identidade muito própria caracterizadora da sua comunidade. O Ecomuseu de Ribeira de Pena pretende preservar e divulgar o património cultural da comunidade ribeirapenense, assim como promover e dinamizar a acção cultural na sua região de implantação.
O Ecomuseu integra os vários museus do município instalados em estruturas de grande significado para a comunidade que tem um papel fundamental na identificação e valorização do seu património. São diferentes os seus núcleos como são diferentes as vertentes do património da sua intervenção, criando uma rede de museus interligada e um roteiro cultural na região.
Trata-se de um museu polinucleado composto pelo: Museu da Venda Nova; Casa de Camilo; Casa da Cultura-Museu da Escola; Centro de Interpretação-Museu do Linho; Centro de Estudos Regionais; Espaço Santa Marinha; Casa do Minério-Museu do Volfrâmio; Centro dos Vinhos Verdes.
Os Serviços Educativos do Ecomuseu disponibilizam um conjunto de actividades de exploração das exposições e do património ribeirapenense, orientadas para diferentes tipos de público, tendo particular destaque a oferta para o público escolar. Além de ateliês, percursos pedestres e jogos educativos, são ainda disponibilizadas visitas guiadas aos roteiros culturais existentes no concelho, nomeadamente o Roteiro Tesouros de Ribeira de Pena e o Roteiro Camiliano. A oferta educativa pode ser consultada na página online do Ecomuseu onde se encontram disponíveis os contactos para informações e marcações.

Ler mais:
http://www.ecomuseu-rpena.pt/
http://www.cm-rpena.pt/cultura/?id=8
http://ecomuseuribeiradepena.blogspot.com/
https://eulacmuseums.net/index.php/component/fabrik/details/5/25

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Casa da Calçada

A Casa da Calçada foi construída nos últimos anos do século XVII, substituindo a antiga casa de família do desembargador Jerónimo da Cunha Pimentel, que patrocinou a sua edificação, "provavelmente para adequar a casa à sua grande fortuna baseada em propriedades de Norte a Sul do País que tornavam a família numa das mais importantes da província", e também instituiu o vínculo da Calçada. 
O solar insere-se na tipologia designada por "casa comprida", com a fachada principal desenvolvendo-se em comprimento, numa estrutura simétrica marcada pela disposição das portas, no piso térreo, e das janelas de sacada com frontão e varandim de ferro, no andar nobre. 
Na extremidade da fachada foi edificada a capela - de invocação a São Jerónimo -, com fachada de gosto tardo-maneirista, com motivos de inspiração flamenga, colocados sobre o portal e fazendo o enquadramento do brasão de armas dos proprietários. 
O conjunto da casa senhorial é completado pelas dependências agrícolas, dispostas de modo que formam, em articulação com o solar, um pátio com portal. É Manuel Villas-Boas quem nos abre o portão que dá passagem para um conjunto de antigos edifícios agrícolas, alvos recentes de uma profunda e cuidada reabilitação, que deram origem a uma bonita unidade de enoturismo. No total são oito quartos e piscina, onde o bom gosto se alia à tradição com um ligeiro e necessário toque de modernidade.
Nesta Casa existe um motivo de grande originalidade e curiosidade; na Capela, encontra-se um menino embalsamado com mais de 200 anos, que não era filho dos proprietários, mas de uma criada.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/5093440
http://www.morgadiodacalcada.com/#
https://www.sabrosa.pt/frontoffice/pages/461?poi_id=63
https://copod3.blogspot.com/2014/06/morgadio-da-calcada-de-provesende-para.html

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

EN 2 - Troço Vila Real - Lamego



Crescida num planalto situado na confluência dos rios Corgo e Cabril, a cidade está enquadrada numa bela paisagem natural (Escarpas do Corgo), tendo como pano de fundo as serras do Alvão e, mais distante, do Marão. Com mais de setecentos anos de existência, Vila Real foi outrora conhecida como a “Corte de Trás-os-Montes”, devido ao elevado número de casas brasonadas que então tinha.
Este troço da estrada nacional nº 2 começa à saída de Vila Real, precedendo as inúmeras curvas que acompanham o apertado vale do Corgo, o rio que passa naquela cidade e que, mais à frente irá desaguar no Douro. A passagem pelo concelho de Santa Marta de Penaguião marca a entrada no Alto Douro Vinhateiro, declarado pela UNESCO como património mundial da Humanidade. A estrada desenha-se em contornos retorcidos, por entre a complexidade da paisagem modelada pelo homem ao longo dos anos. Entra-se em pleno pelos socalcos do Douro, que iluminam o dia, e cujo percurso proporciona quilómetros de um magnífico desfile panorâmico.
Foi no concelho de Santa Marta de Penaguião, mais precisamente no km 81, que foi assinado, em novembro de 2015, um protocolo de intenções que dê início ao estabelecimento de uma "Rota Turística da Estrada Nacional 2".
A paisagem vinhateira prossegue até ao Peso da Régua. Aqui foi criada a Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro (actual sede do Museu do Douro) em 1756 pelo Marquês de Pombal, tendo este mandado delimitar as vinhas do Vale do Douro com marcos de granito (Marcos de Feitoria), criando a primeira região demarcada e regulamentada do mundo no Douro. Nesta cidade também se localiza a Casa do Douro criada em 1932 como entidade reguladora dos vinhos da região onde, no seu interior, se pode admirar um tríptico de vitrais da autoria do mestre Lino António que retratam a labuta diária da vinha na região duriense.
Da riqueza patrimonial do concelho destacam-se as muitas casas senhoriais, pequenos palacetes e grandes quintas rurais dos “senhores do vinho”, muitas delas abertas ao público, demonstrando a riqueza que esta produção trouxe à terra, mas também outros monumentos, como a Igreja Matriz de S. Faustino, construída no local onde outrora existiu a capela do Espírito Santo, a Capela do Senhor do Cruzeiro do século XVIII, a Igreja do Asilo Vasques Osório, as Capelas do Espírito Santo, a de Nossa Senhora do Desterro, a de São João ou a de Nossa Senhora da Boa Morte, entre tantos outros.
Atravessa-se a ponte pela Estrada N2, de olhos na sua imponente e moderna vizinha inserida no traçado da auto estrada A24. A partir daí é a subida para Lamego, acompanhada ainda pelos socalcos das vinhas do Douro Sul. O km 100 da EN-2 atinge-se na localidade de Sande, quase às portas de Lamego.
A entrada em Lamego faz-se pela Avenida Dom Afonso Henriques até ao largo da Sé e a saída pela Rua Alexandre Herculano, para se retomar a EN-2 seguindo as indicações de “Mata dos Remédios”.

Ler mais:
http://www.cm-smpenaguiao.pt/wp-content/uploads/2016/11/2016-ilovepdf-compressed-1.pdf
http://amantesdeviagens.com/conhecer-portugal/estrada-nacional-n2-portugal/
https://quilometroinfinito.com/rota-patrimonio-da-estrada-n2/
http://estradanacional2chavesfaro.blogspot.com/2012/02/en-2-1-etapa-chaves-peso-da-regua.html

terça-feira, 14 de agosto de 2018

EN 2 - Troço Chaves - Vila Real


A EN 2 (ou simplesmente N2) é uma estrada nacional que integra a rede nacional de estradas de Portugal, ligando Faro a Chaves. atravessa Portugal de Norte a Sul e é a estrada de maior extensão do país, tendo o seu início em Chaves (Km 0) e terminando ao Km 738,5 em Faro (originalmente tinha um total de 739,260 Km), passando por onze distritos (Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Santarém, Portalegre, Évora, Setúbal, Beja e Faro), oito províncias (Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Alta, Beira Litoral, Beira Baixa, Ribatejo, Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Algarve), 4 serras, 11 rios e 32 concelhos.
Um dos grandes projectos do Estado Novo era a criação de uma estrada que ligasse o país de lés a lés pelo centro, e a partir de 1930 começaram a ser alcatroados os troços de pedra e de terra e construídas as ligações necessárias, até que em 1945 é classificada a Estrada Nacional nº 2 através do Decreto Lei 34:593 de 11 de Maio de 1945. Hoje, esta estrada é, por si só, uma mítica viagem.


O quilómetro zero desta viagem está marcado em Chaves, cidade transmontana bem perto da fronteira com Espanha. Por terras de Trás-os-Montes são as montanhas que mais marcam a paisagem e a estrada vai serpenteando por estas.
A primeira paragem obrigatória fica ainda no concelho de Chaves. Trata-se de Vidago, onde é imperativa uma visita ao parque e ao hotel das termas. Segue-se outra estância termal, Pedras Salgadas, famosa pelas suas águas e onde passa pela antiga estação ferroviária, situada à beira da estrada.

Alminhas e espigueiro em Vilarinho de Samardã
A viagem prossegue entre a aspereza da serra e suaves montes verdejantes. Passa-se por Vila Pouca de Aguiar, Vilarinho de Samardã e Escariz, antes de se chegar à cidade de Vila Real. Crescida num planalto situado na confluência dos rios Corgo e Cabril, a cidade está enquadrada numa bela paisagem natural (Escarpas do Corgo), tendo como pano de fundo as serras do Alvão e, mais distante, do Marão. Com mais de setecentos anos de existência, Vila Real foi outrora conhecida como a "Corte de Trás-os-Montes", devido ao elevado número de casas brasonadas que então tinha.


Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/EN2
https://ncultura.pt/a-mitica-estrada-nacional-2/
https://quilometroinfinito.com/rota-patrimonio-da-estrada-n2/

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Vinho moscatel de Favaios

Favaios é uma aldeia pacata pulsante de História, no coração do Douro. Localizada na Serra de Vilarelho, no concelho de Alijó, faz parte do distrito de Vila Real.
A História da aldeia é antiga e remonta à Idade do Ferro. Com efeito, os historiadores afirmam que o nome Favaios vem de “Flávias”, nome da segunda dinastia do Império Romano que, à data, governava a região. Mas foi em 1211, pela mão de D. Afonso III, que a aldeia recebeu o seu primeiro foral. Hoje em dia, Favaios é conhecida por ser uma aldeia vinhateira.
É em Alijó que é produzido o famoso Vinho Moscatel Galego Branco, um dos mais famosos néctares portugueses. As vinhas, situadas nos mais bonitos planaltos do Douro, dão origem a castas de sabor apurado e maravilhoso. De notar que, todas as vinhas que, posteriormente, dão origem a este vinho se situam acima dos 600 metros de altitude. A combinação de zonas planas, com apenas alguns declives, e o clima fresco, são os responsáveis por um sabor tão especial e peculiar.
O Moscatel do Douro (usado também para intensificar o aroma de Portos brancos) é capaz de fazer vinhos Moscatel fortificados particularmente interessantes e complexos. O Moscatel de Favaios deve conter um mínimo de 85% de Moscatel e, pelo menos, 16,5º de álcool. Estes vinhos tendem a ter bom equilíbrio de acidez, aromas florais, cítricos e sabor de casca de laranja ou tangerina, damasco e manteiga, adquirindo intensos traços de aroma de frutos secos mediante quanto tempo permanecem a envelhecer na madeira. O tempo mínimo na madeira é de 18 meses, mas a maioria fica um pouco mais, enquanto alguns Moscatéis do Douro são envelhecidos por 10 ou 20 anos, sendo ocasionalmente engarrafados como “Colheita”, com a respectiva safra indicada na garrafa.

Ler mais:
https://abrigodasletras.blogs.sapo.pt/moscatel-de-favaios-143108
http://www.cruzeiros-douro.pt/pt/douro-blog/20152/favaios-uma-aldeia-vinhateira/
https://www.douro.com.pt/blog/regiao-do-douro/desvendando-misterios-favaios
http://www.winesofportugal.info/pagina.php?codNode=116963&market=1

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