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sábado, 14 de novembro de 2020

Papas de moado

As papas de moado são um dos mais originais e especiosos doces da cozinha popular portuguesa. Ligado ao ritual da matança do porco na região do Baixo Mondego (principalmente nos concelhos de Figueira da Foz e Montemor-o-Velho), as papas de moado necessitam para a sua confeção de: água, farinhas de trigo, sangue de porco, açúcar, especiarias - canela, cominhos e cravinho - nozes, pinhões e passas de uva. 

Dissolve-se a farinha na água, juntam-se o açúcar, as especiarias e o sangue de porco e deixa-se ferver, em lume muito brando, cerca de três horas, para apurar e engrossar. Quando o tempo de cozedura e apuro estiver quase cumprido, juntam-se os frutos secos. Depois, empratam-se em travessas ou pratos fundos, decoram-se com canela, deixam-se arrefecer "para prender" e provam-se.

Fonte: David Lopes Ramos, publico.pt
https://www.publico.pt/2008/02/03/jornal/papas-de-moado-247683

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Casa do Paço

A Casa do Paço é um monumental edifício situado na marginal da Figueira da Foz, com a sua fachada principal virada a sul.
A sua edificação deve-se à iniciativa do Bispo-Conde de Coimbra, D. João de Mello, que pretendia dispor de uma habitação para descanso, e pode balizar-se, aproximadamente, entre 1690 e 1704, ano em que o prelado faleceu, deixando o edifício inacabado.
Desenvolve-se através de uma planta em U, com pátio interno e fachada principal paralela ao rio, e é rematada, numa das extremidades, pela imponente torre, coberta por cúpula com lanternim falso. De acordo com o projeto, uma outra torre deveria ter sido erguida do lado oposto, mas a morte de D. João de Mello impediu a concretização integral do que fora planeado. O alçado é ritmado pela abertura simétrica de portas, no piso térreo, e janelas de sacada, no andar nobre, definindo um gosto barroco, mas onde impera a sobriedade e a depuração.
Contudo, e apesar da majestosa fachada e imponência de todo o edifício, são os azulejos holandeses do seu interior que ganham um especial significado, pois constituem o maior conjunto do mundo, executado na primeira década do século XVIII. Não se sabe por que razão se encontra aqui um tão grande número destes azulejos, parte em tons de azul e outros em manganés. É possível que provenham de um navio holandês naufragado ao largo da Figueira da Foz no início do século XVIII, mas podem ser fruto de uma encomenda específica dos descendentes de D. João de Mello.
Na Casa do Paço encontramos três géneros de azulejos, uns desenhando paisagens campestres, outros cavaleiros em posições diferenciadas, e por fim representações de episódios bíblicos, estes últimos aplicados na divisão que se pensa corresponder à antiga capela. Alternam cercaduras azuis com interiores a manganés, e vice versa, denunciando uma sensibilidade decorativa (onde o pormenor do desenho se perde para favorecer o efeito de conjunto) apenas acessível aos azulejadores portugueses, com certeza, responsáveis pela sua aplicação.
O edifício está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1967.

Fonte: Rosário Carvalho, DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74203/

Ler mais:
https://www.infopedia.pt/$casa-do-paco

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Raia com molho pitau


Entre Aveiro e a Figueira da Foz, confecciona-se a Raia com Molho de Pitau, prato que já nos finais do século XIX fazia as delícias dos banhistas.
Amanha-se a raia e lava-se muito bem, reservando-se o fígado. Em seguida corta-se a raia em pencas (este é o nome que se dá na Figueira da Foz às tiras da raia cortada de alto a baixo). Temperam-se com sal e, passada 1 hora, cozem-se em água temperada com sal. À parte cozem-se as batatas com a pele e pelam-se. Entretanto, prepara-se o molho: leva-se ao lume o azeite, os dentes de alho, o louro, o colorau, o vinagre, um pouco de pimenta e um bocadinho de fígado da raia (cerca de 40 g), 3 colheres da água da cozedura da raia e vai-se esmagando tudo até engrossar. Coloca-se a raia numa travessa, contorna-se com as batatas, regando tudo com o molho.

Ler mais:
https://www.clubevinhosportugueses.pt/vinhos/sabores-de-portugal-raia-de-pitau-ou-piteu/
http://www.gastronomias.com/portugal/beira_litoral075.html
https://www.culinarias.net/raia-molho-pitau__669

sábado, 22 de setembro de 2018

Forte de Santa Catarina

A importância da defesa do porto e da baía da Figueira da Foz e de Buarcos foi ao longo dos séculos uma questão sempre presente para os habitantes da região. Como tal em Outubro de 1585 alguns homens "doutos" da Câmara da cidade de Coimbra escreveram a Filipe I pedindo a construção de um forte, a erguer à entrada da barra do Mondego, na zona de rochedos conhecida por Monte de Santa Catarina. As obras de edificação da fortaleza, que seriam custeadas pelas rendas da vila de Buarcos, da Universidade de Coimbra, do Cabido e do Mosteiro de Santa Cruz, terão sido iniciadas algum tempo depois. 
O forte de Santa Catarina apresenta uma curiosa estrutura, que contraria os tratados de arquitectura militar da época. Devido à irregularidade do terreno, a planta do forte foi desenvolvida em formato triangular, desaconselhado pelos tratadistas por originar um ângulo muito agudo nas faces do baluarte, que poderia inviabilizar a defesa. Os restantes baluartes apresentam-se com faces em forma de cauda de andorinha. Dentro da praça foram edificadas as casernas e a capela de Santa Catarina, um oratório de planta quadrangular e tipologia maneirista, edificada (ou reedificada) cerca de 1598. 
Em 1602 a região da Figueira da Foz era atacada por piratas ingleses, sendo o forte saqueado. Mais tarde, depois da restauração da independência, D. João IV e os engenheiros militares do reino delinearam um plano de reforço da defesa da costa marítima, que integrava a reconstrução de fortalezas que se mostravam obsoletas ou arruinadas e a edificação de novas fortalezas, como reforço das linhas de fogo. Assim em 1643 iniciavam-se novas obras de edificação no forte de Santa Catarina, tendo sido aumentada uma das cortinas da fortaleza para que fossem assentes 15 peças de fogo. 
No entanto, e apesar da sua importância na defesa da barra do rio Mondego, há notícia de que em 1680 o forte se encontrava em ruína, sendo então feito um orçamento para a reedificação, cuja verba que lhe estava destinada acabou por ser utilizado em despesas de guerra. 
Durante a terceira invasão dos exércitos franceses, em 1808, o forte foi ocupado pelas tropas napoleónicas, tendo sido enviado um destacamento para a defesa do forte alguns meses depois, que depois de recuperar a praça e desmantelar o armamento do exército francês, permitiu assegurar o desembarque das tropas de Wellesley na zona de Lavos. Ao longo de todo o século XIX a fortaleza foi sendo alvo de sucessivas avaliações, que referiam a necessidade de serem efectuadas obras de reparação. 
Em 1911 uma parte do espaço do forte de Santa Catarina foi cedido ao Instituto de Socorros a Náufragos, e o restante espaço foi arrendado ao Ténis Club Figueirense alguns anos mais tarde. Terá sido também nos primeiros anos do século XX que foi edificado o farol de ferro no centro da praça-forte, desactivado desde 1991.
O forte está classificado como Imóvel de Interesse Público, desde 5 de dezembro de 1961.
Fonte: Catarina Oliveira (IPPAR, 2004)
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74200/

Ler mais: http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2711
http://www.cm-figfoz.pt/index.php/onde-ir/patrimonio-arquitetonico/385-visitar/onde-ir/patrimonio-arquitetonico/patrimonio/arquitetura-militar/1025-forte-e-capela-de-santa-catarina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_Santa_Catarina

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Farol do Cabo Mondego

Situado no Parque Florestal da Serra da Boa Viagem, remonta ao século XIX (1835) a torre primitiva que serviu de farol até inícios do século XX e cuja obra foi confiada ao engenheiro Gaudêncio Fontana, que até 1847 dirigiu o serviço dos Faróis. em 1916 foi elaborada uma proposta de reforma que mereceu parecer positivo por parte do Ministério da Marinha, procedendo-se então à construção do actual farol, iniciada em 1917 e concluída em 1922.
O complexo é constituído por três edifícios que formam uma planta em H. Os volumes laterais, destinados a alojamento dos faroleiros e armazenamento de materiais, desenvolvem-se em planimetria rectangular disposta longitudinal-mente, de apenas um piso, sendo marcados pela abertura de janelas e portas a espaços regulares em todas as fachadas. Através de dois terraços laterais, que se adossam aos telhados, unem-se ao corpo central da torre, de quinze metros de altura, que se ergue em planta quadrada dividida em três registos, os dois primeiros rasgados por janelas e o superior, onde se ergue a lanterna, de planta circular.
O edifício é formado por uma torre central e dois corpos longitudinais e o projecto inicial possuía um óptico lenticular de fresnel de segunda ordem alimentado a azeite. O novo projecto dispõe de inovações técnicas, designadamente: electrificação geral e sinais sonoros (instalados em 1941, constituídos por uma trompa de ar comprimido que seria substituída em 1953 por um diafone da casa Barbier). A óptica que lhe foi instalada estivera até então no farol do Penedo da Saudade.
Este Imóvel está classificado como sendo de interesse municipal desde 2004.

Ler mais:
http://www.amn.pt/DF/Paginas/FarolCaboMondego.aspx
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/3754161
https://pt.wikipedia.org/wiki/Farol_do_Cabo_Mondego
http://www.cm-figfoz.pt/index.php/onde-ir/patrimonio-arquitetonico/389-visitar/onde-ir/patrimonio-arquitetonico/patrimonio/outros-imoveis-de-interesse/1053-farol-do-cabo-mondego

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Ecomuseu do sal

O Ecomuseu do sal situa-se na freguesia de Lavos, próxima da Figueira da Foz e junto ao estuário do Mondego.  
O Núcleo Museológico do Sal foi inaugurado a 17 de agosto de 2007 com o objetivo de interpretar, valorizar e difundir testemunhos singulares reportados à relação secular do Homem com o território das salinas do concelho da Figueira da Foz.
Situado na Salina Municipal do Corredor da Cobra, adquirida em 2000 com o intuito de promover a reactivação e manutenção contínua da actividade salineira, este complexo cultural e ambiental integra um Armazém de Sal, uma Rota Pedestre pelo salgado, homologada pela Federação Portuguesa de Campismo e Montanhismo, uma Rota Fluvial pelo estuário do Rio Mondego e ainda um observatório de aves com um leitor de paisagem do território que o abraça.
Este espaço museológico assume-se cada vez mais como um centro de informação, educação e sensibilização de diversos públicos para a necessidade de preservação de uma actividade tradicional e de um produto artesanal, contribuindo assim, de forma integrada, para a valorização deste património como factor de desenvolvimento local sustentável. 
É um centro local e nacional aberto à investigação e informação sobre a riqueza da biodiversidade do seu ecossistema-tipo e uma unidade didáctica de lazer e de interactividade. É um espaço que proporciona aos diversos públicos que o visitam experiências únicas e particulares.
O seu programa museológico foi concebido pela empresa de consultoria ambiental Mãe d’ Água, Lda., com o apoio e acompanhamento dos serviços culturais da Autarquia.
O visitante é confrontado com a explanação de cinco grandes temas: O que é o Sal; O Sal na Natureza; História do Sal em Portugal; A Tecnologia do Sal na Figueira da Foz e O Ciclo de Produção; e As Salinas e a Conservação da Natureza.
                 Fonte: Câmara Municipal da Figueira da Foz

Ler mais:
http://www.cm-figfoz.pt/index.php/cultura/2014-03-20-16-23-51/nucleos-museologicos/392-servicos2/por-temas/cultura/nucleo-museologico/705-nucleo-museologico-sal

domingo, 11 de março de 2018

Ponte Edgar Cardoso

A Ponte Edgar Cardoso foi inaugurada no ano de 1982, desenhada pelo engenheiro português Edgar Cardoso. Foi a primeira ponte atirantada construída em Portugal.

Situa-se na Figueira da Foz, no litoral centro de Portugal, estando integrada na EN109/IC1. Esta ponte beneficiou de uma reabilitação profunda durante dois anos, a qual foi dada por concluída a 28 de Julho de 2005, ocasião em que a estrutura recebeu o seu nome actual.

A Ponte da Figueira da Foz tem um desenvolvimento total de 1421 m distribuído pelo encontro esquerdo com 25 m, o viaduto da margem esquerda com 630 m, a ponte com 405 m, o viaduto da margem direita com 315 m e o encontro direito com 46 m.
O perfil transversal envolve uma plataforma com 20.00 m de largura, constituída por duas faixas de rodagem de 7.50 m cada, dois passeios de 2.00 m cada e um separador central de 1.00 m.
A ponte de tirantes tem um desenvolvimento de 405 m e está dividida em três tramos, possuindo os tramos extremos 90 m e o tramo central 225 m. O tabuleiro, misto de aço e de betão, é suportado por duas torres auto-estáveis, dois pilares de transição e 6 pares de tirantes em cada torre com continuidade sobre estas.
As duas torres são de betão armado, e elevam-se cerca de 80 m acima do nível do plano médio de água. 
Foi a primeira ponte atirantada construída em Portugal.

Fonte:
https://pontesvida.wordpress.com/2015/03/09/59-ponte-edgar-cardoso-figueira-da-foz/

Forte Jesus de Mombaça