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domingo, 4 de outubro de 2020

Parque Natural da Arrábida

Assente na cadeia montanhosa da Arrábida e área marítima adjacente, o Parque Natural da Arrábida (PNArr), ocupa uma superfície de aproximadamente 17 mil ha, dos quais mais de 5 mil são de superfície marinha, abrangendo território pertencente aos concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal.
Com a publicação do Decreto-Lei nº 622/76, foi criado o Parque Natural da Arrábida. Esta classificação visou proteger os valores geológicos, florísticos, faunísticos e paisagísticos locais, bem como testemunhos materiais de ordem cultural e histórica. A publicação do Decreto Regulamentar nº 23/98 efetuou a reclassificação do Parque Natural da Arrábida, ampliando a sua delimitação com a criação de uma área marinha Arrábida-Espichel, completando no meio marinho os objetivos de conservação da natureza subjacentes ao Parque. O valor da fauna e flora marinhas da costa da Arrábida foi assim abrangido por um Parque Marinho contíguo à área terrestre anteriormente classificada. Na zona do cabo Espichel a proteção visa as arribas marinhas, espécies vegetais endémicas, a nidificação de aves e a preservação de icnofósseis.
A cadeia montanhosa da Arrábida, e a área de planície que a circunscreve, tem uma grande diversidade de solos, devido à multivariada constituição dos materiais rochosos que constituem a rocha mãe. A grande maioria dos solos é de origem sedimentar aparecendo, no entanto, algumas intrusões eruptivas. Todo o modelado hoje visível na Arrábida depende não só de aspetos ligados à tectónica e à erosão mas também daqueles que se prendem com a geologia da área constituída em grande parte por rochas calcárias e dolomíticas ou detríticas. O litoral é bastante rochoso, recortado por pequenas baías com praias de areia branca (como a do Portinho da Arrábida) e geralmente encimadas por escarpas que apresentam alturas consideráveis.





O símbolo do PNArr representa uma guarita do Convento Velho da Arrábida, tendo como pano de fundo a serra. A imagem sugere uma estreita aliança entre o património natural e o património cultural bem ilustrada aliás pela inserção do próprio convento nas faldas da serra.
Fonte: ICNF

Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnar
http://www2.icnf.pt/portal/ap/p-nat/pnar/class-carac
https://natural.pt/protected-areas/parque-natural-arrabida?locale=pt


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Sobreiro "Assobiador" de Águas de Moura


O Sobreiro "Assobiador" deve o nome ao som originado pelas inúmeras aves que pousam nos seus ramos ao fim do dia. 
Plantado em 1783 em Águas de Moura, no concelho de Palmela, este sobreiro já foi descortiçado mais de vinte vezes desde 1820. A extracção de cortiça realizada em 1991 obteve 1.200 kg, produzindo cortiça suficiente para o fabrico de mais de cem mil rolhas.
Com 234 anos, o Assobiador está classificado como “Árvore de Interesse Público” desde 1988 e, com os seus 16,4  metros de altura, inscrito no Livro de Recordes do Guinness como "o maior sobreiro do mundo"! 
No início de 2017, o Município de Palmela concluiu uma obra de requalificação do espaço envolvente, que veio proteger, valorizar e dar visibilidade a este importante espécime, criando, em simultâneo, melhores condições para a sua contemplação e fruição. Foi criada uma plataforma em madeira para acesso e usufruto sem dano, e instaladas placas interpretativas e sinalética. Junto do espaço de jogo e recreio contíguo, foi, também, criada uma zona de ginásio de ar livre, numa lógica de associação de valências que se complementam, para garantir uma oferta de qualidade a quem vive na aldeia de Águas de Moura e atrair visitantes à localidade.
O sobreiro ‘assobiador’ de Águas de Moura venceu, em 2018, o concurso da Árvore Europeia do Ano, com 26.606 votos, num concurso organizado pelo Parlamento Europeu.

Ler mais:
https://www.cm-palmela.pt/pages/1717?news_id=4569
http://ecoliveiras.blogspot.com/2018/02/arvores-com-historia.html
https://www.publico.pt/2018/03/21/ciencia/noticia/a-arvore-europeia-de-2018-e-um-sobreiro-assobiador-portugues-1807535

sábado, 20 de outubro de 2018

Grutas Artificiais da Quinta do Anjo


As quatro grutas artificiais da Quinta do Anjo são monumentos funerários de características únicas, integráveis no Neolítico Final (há cerca de 4500 anos) e que continuaram a ser utilizadas como locais de enterramento colectivo durante a Idade do Cobre. Foram escavadas na rocha formando compartimentos de tendência circular, aos quais se acede por um corredor e por uma antecâmara.
O monumento funerário foi identificado, no último quartel do século XIX, circunstancialmente, durante a extracção de calcário no local, acção que provocou a destruição parcial da necrópole, com maior incisão nas grutas 3 e 4.
As primeiras escavações nas Grutas Artificiais de Quinta do Anjo, foram feitas por Carlos Ribeiro e António Mendes, decorria o ano 1876. As descobertas revelaram na altura, importantes achados, contudo, 110 anos depois e através de António Inácio Marques da Costa, as grutas voltam a revelar novos motivos de interesse histórico e arqueológico.
Destinado a inumação colectiva, o monumento é composto por quatro grutas artificiais, escavadas no calcário brando da Arrábida, e utilizadas como necrópole entre o Neolítico final e o Bronze Inicial.
Arquitectonicamente, as grutas ou hipogeus apresentam topo aplanado, câmara subcircular dotada de abóbada com clarabóia superior central, antecâmara de planta ovalada e corredor estreito com sentido descendente para a entrada da câmara.
Durante cerca de 1 500 anos estas estruturas serviram de local de enterramento e de rituais funerários a uma população de pastores e agricultores que habitava os povoados circundantes. 
Do vasto e notável conjunto de mobiliário funerário exumado destacam-se as grandes lâminas (sílex), pontas de seta, machados e enxós (pedra polida), diversas cerâmicas lisas (taças de calote e esféricos), cerâmica campaniforme (Grupo Internacional; Grupo Inciso e Grupo Palmela), objectos de adorno, ídolos cilíndricos e os ídolos placa (placas de xisto decoradas), os recipientes em calcário e com especial referência, as taças campaniformes e pontas de cobre “tipo Palmela”, identificadas pela primeira vez nestas grutas e que alcançaram uma extensa dispersão geográfica através de contactos comerciais com vários pontos do mundo mediterrânico.
O local está classificado como Monumento Nacional desde 1934 (Decreto-Lei de 5 de Abril de 1934).

Ler mais:
https://www.cm-palmela.pt/pages/1438
http://jpnovo.pt/2017/07/28/o-culto-da-morte-nas-grutas-artificiais-de-quinta-do-anjo/
http://turismo.cm-palmela.pt/patrimonio-cultural/grutas-artificiais-de-quinta-do-anjo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grutas_da_Quinta_do_Anjo
https://amateriadotempo.blogspot.com/2014/09/as-grutas-artificiais-da-quinta-do-anjo.html

domingo, 26 de agosto de 2018

Palácio de Rio Frio




O Palácio de Rio Frio, casa de Turismo de Habitação, está localizado em Rio Frio, no concelho de Palmela.
Outrora, a propriedade com cerca de 17 mil hectares foi considerada uma das maiores herdades do país produzindo essencialmente vinho. Nas gerações seguintes, a herdade foi deixada em herança a um sobrinho de José Maria dos Santos, Alfredo Santos Jorge, que manda construir o Palácio de Rio Frio.
O palácio, projecto do arquitecto José Ribeiro Júnior, encontra-se decorado com azulejos de Jorge Colaço, inspirados em temas agrícolas e vitivinícolas da herdade.


Ler mais:
https://pt.reserving.com/hoteis/europa/portugal/setubal/rio-frio/palacio-de-rio-frio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Herdade_e_Palácio_de_Rio_Frio

sábado, 11 de agosto de 2018

Sopa Caramela

A origem desta sopa é atribuída às populações rurais que vinham da Beira Litoral em busca de trabalho, sobretudo para a zona do Pinhal Novo, a quem se dava o nome de “caramelos”. 
Ainda no século XX, até à construção da primeira ponte sobre o Tejo, a Península de Setúbal era um território semi-despovoado. A maioria do trabalho era assegurada por movimentos migratórios sazonais de trabalhadores rurais oriundos da Beira Litoral que eram alcunhados de “caramelos de ir e vir”. A partir de certa altura, os “caramelos de ir e vir” passaram a “caramelos de ficar”, tendo-se tornado rendeiros com casa e horta e fixado, sobretudo, na zona do Pinhal Novo, onde introduziram novos hábitos alimentares trazidos dos seus locais de origem. 
Vivendo com dificuldades económicas, a alimentação destas populações, embora consistente, baseava-se, sobretudo, em sopa feita com os produtos colhidos na horta – feijão, batata e couve – e, quem os tinha, com enchidos e carne da matança. Assim nasceu a Sopa Caramela, em homenagem a esses trabalhadores.
Inicialmente, era semelhante às sopas nortenhas de unto, mas, com o tempo e com um maior desafogo económico, esta sopa foi sendo enriquecida com mais ingredientes, tendo-se tornado num prato substancial, símbolo de uma comunidade que preserva as suas tradições e uma das principais referências gastronómicas da região.
Hoje em dia, na sua confecção, utiliza-se o feijão, os legumes, as carnes e os enchidos, procedendo-se do seguinte modo:
Coze-se o feijão com as carnes e os enchidos previamente cortados, em lume brando. Cortam-se grosseiramente os nabos e as couves. Pica-se a cebola e o alho, lamina-se a cenoura em “meia-lua”, corta-se a batata em cubos pequenos e junta-se tudo ao feijão com a massa, a folha de louro e o azeite. Deixa-se apurar durante mais 30 minutos. Mexe-se vigorosa¬mente no final para libertar o amido da batata e da massa, de forma a homogeneizar o caldo cremoso que envolve os ingredientes. Guarnece-se com os coentros, caso se deseje.

Ler mais:
http://jornalsabores.com/sopa-caramela/
https://www.facebook.com/pg/Confraria-da-Sopa-Caramela-Pinhal-Novo-452961258223816/posts/?ref=page_internal

domingo, 15 de julho de 2018

Reserva Natural do Estuário do Sado

A Reserva Natural do Estuário do Sado (RNES) abrange o essencial do estuário do Sado, e estende-se por território pertencente aos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Palmela e Setúbal.
A Reserva Natural do Estuário do Sado foi criada em 1980, visando fundamentalmente assegurar a manutenção da vocação natural do estuário, o desenvolvimento de actividades compatíveis com o equilíbrio do ecossistema estuarino, a correta exploração dos recursos, a defesa de valores de ordem cultural ou científica, bem como a promoção do recreio ao ar livre.
A RNES tem um reconhecível valor científico que ultrapassa as fronteiras do nosso país tendo sido classificada internacionalmente como Zona de Protecção Especial para as Aves.
Neste local existe o registo de 221 espécies de aves. É um local de nidificação, repouso ou invernada para diversas aves com destaque para a Águia-sapeira (Circus aeruginosus), o Alfaiate (Recurvirostra avosetta), o Flamingo (Phoenicopterus roseus), o Merganso-de-poupa (Mergus serrator), o Maçarico-real (Numenius arquata), o Milherango (Limosa limosa), o Ostraceiro (Haematopus ostralegus), o Pato-trombeteiro (Anas clypeata), o Pernilongo (Himantopus himantopus), o Pilrito-de-peito-preto (Calidris alpina) e a Tarambola cinzenta (Pluvialis squatarola). Importante, igualmente, para a desova, desenvolvimento e crescimento de vários peixes e do roaz-corvineiro.
Apesar do escasso povoamento em parte importante da sua orla, a Reserva Natural guarda inúmeros testemunhos da presença humana no passado - fornos romanos localizados na herdade do Pinheiro e a feitoria fenícia de Abul a que se pode acrescentar o complexo de salga romana situado nas imediações de Tróia.
Actualmente ainda predominam as actividades agrícolas, maioritariamente associadas com a cultura do arroz e com algumas salinas, nas zonas mais junto ao rio e seus afluentes, e com a floresta e a pastorícia em zonas mais elevadas e não sujeitas às marés.
A pesca tradicional e a apanha de mariscos são também actividades que aqui se desenvolvem e que estão centralizadas em alguns pequenos núcleos piscatórios.
Trata-se de um conjunto de actividades perfeitamente integradas e compatíveis com o meio ambiente e com a importância natural de todo este território.

Ler mais:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/r-nat/rnes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reserva_Natural_do_Estuário_do_Sado
http://www.rotasdosal.pt/pt/reserva-natural-sado/
http://www.cm-alcacerdosal.pt/pt/turismo/o-que-fazer/itinerarios-turisticos/descoberta-da-reserva-natural-do-estuario-do-sado/

sábado, 23 de junho de 2018

Estação ferroviária de Pinhal Novo


A Estação Ferroviária de Pinhal Novo é uma gare ferroviária da Linha do Alentejo, que funciona como interface com a Linha do Sul, e que serve a localidade de Pinhal Novo, no Concelho de Palmela.
Sendo o edifico original da década de 30, procedeu-se à sua remodelação preservando-se o conjunto de interessantes painéis de azulejos de 1938 e a torre de controle, considerada um notável edifício funcionalista da autoria do arquitecto Cottinelli Telmo.
A torre de sinalização e manobra ferroviária da estação foi um projecto da autoria do mesmo arquitecto  desenvolvido entre Maio a Setembro de 1936, e foi inaugurada em Outubro de 1938, por encomenda da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, e elaborado na Divisão de Via e Obras C.P..
O edifício existente está em vias de classificação pelo IGESPAR. Apesar das intenções da REFER de a demolir, um movimento local de protecção do património — que contou com o apoio da Ordem dos Arquitectos — conseguiu garantir a sua permanência no local original. Não há ainda uma clara definição da viabilidade de se tornar um espaço musealizado, como era intenção da câmara municipal.
A Câmara de Palmela classificou-a como imóvel de interesse municipal.
Perante a polémica, e no decurso da remodelação da estação de comboios, as linhas ferroviárias foram construídas com curvas para contornar a torre.
Esta estação de gestão da REFER, conta com espaços comerciais e pontos de venda da Fertagus e CP. Actualmente, a estação é servida por comboios de serviço alfa, regional, suburbano, inter-regional e intercidades.

Ler mais:
https://www.fertagus.pt/pt/pinhal-novo
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/4980645/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estação_Ferroviária_de_Pinhal_Novo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_da_Estação_Ferroviária_de_Pinhal_Novo
http://www.refer.pt/centro-de-imprensa/antiga-estacao-de-pinhal-novo-vai-ter-nucleo-museologico-dedicado-ferrovia

domingo, 1 de abril de 2018

Castelo de Palmela


Com ocupação islâmica entre os séculos VIII-XII, o Castelo de Palmela foi conquistado por D. Afonso Henriques, em 1147 e definitivamente recuperado por D. Sancho I. Sede definitiva da Ordem de Santiago, de 1443 até à sua extinção, em 1834, a fortificação é Monumento Nacional desde 1910. 
A posição geográfica do castelo permite um domínio estratégico de parte do estuário sadino, de uma vertente da cordilheira da Arrábida e das planícies envolventes que a separam do Tejo. Esta situação, noutros tempos, revestia-se da maior importância pelas ligações e possibilidades de comunicação que se estabeleciam com os castelos circundantes das linhas do Tejo e do Sado.
Ao longo da Baixa Idade Média, o conjunto teve várias obras, entre as quais se contam a reconstrução / reformulação santiaguista (provavelmente na viragem para o século XIII), em que se incluirão algumas torres. Posteriormente, provavelmente em época dionisina, ter-se-á construído a torre de menagem, vincadamente gótica e protegendo a entrada principal no reduto. No século XV, a instalação definitiva da Ordem em Palmela motivou grandes obras, em particular no sector ocidental, onde se construíram a Igreja de Santiago e o convento. Este último espaço, foi transformado, na década de 70 do século XX, em pousada e mais recentemente, ao abrigo do projecto de animação e dinamização do castelo de Palmela, iniciaram-se as escavações arqueológicas e transformaram-se alguns espaços em salas museológicas e áreas de serviço e de comércio.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70171
https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-castelo-de-palmela-13983
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Palmela
http://turismo.cm-palmela.pt/castelo-de-palmela

Forte Jesus de Mombaça