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sábado, 3 de outubro de 2020

Museu de Etnomúsica da Bairrada

Situado na freguesia de Troviscal, e inaugurado em 2005, o Museu de Etnomúsica da Bairrada foi projectado por iniciativa da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, com o objectivo de preservar o património cultural produzido na área musical, construído e vivido ao longo de gerações por toda a comunidade bairradina, contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento sobre a música etnográfica da região.

Alberga importantes coleções ligadas à música, tais como os instrumentos musicais e um importante espólio documental, de onde se destacam importantes partituras originais e manuscritas de compositores locais e um vasto acervo fotográfico de relevante importância na compreensão da história e das tradições ligadas à musica no concelho de Oliveira do Bairro e na região da Bairrada.

O Museu de Etnomúsica é um espaço moderno, dotado de todos os serviços essenciais ao cumprimento das suas funções museológicas e que podem ser igualmente visitados, como sejam a sua importante área de Reservas e também o Laboratório de Conservação e Restauro.

Dispõe igualmente de uma sala para a realização de conferências, palestras e outros eventos, bem como de área reservada a actividades educativas, vocacionada para o público infantil.

Ler mais:
https://www.cm-olb.pt/p/museu_etnomusica
http://www.rotadabairrada.pt/experiencias/visita-ao-museu-de-etnomusica-da-bairrada_pt_1261

domingo, 9 de dezembro de 2018

Viola Braguesa

A viola de Braga, também conhecida por braguesa, existe oficialmente desde o Séc.XVII. No entanto, acredita-se que umas dezenas de anos antes já se ouvissem pelas festas e romarias minhotas violas braguesas a animar as hostes. Tocando chulas e viras, as braguesas eram também utilizadas para dar música aos cantares ao desafio, tão tradicionais da região minhota.
Nestes tempos era comum que as gentes se juntassem nas eiras, em grandes grupos, para cantar e dançar num ato de comunidade. Estes grupos de pessoas dividiam-se em dois tipos, os que tocavam e os que dançavam, sendo muito provável que a viola braguesa fosse figura central de um conjunto de instrumentos que contaria ainda com bombos, gaitas galegas, cavaquinhos e concertinas.
É uma viola de corpo cintado, com ligeiro encurvamento, medindo cerca de 90 cm, dos quais 45 cm pertencem à caixa, 23 cm ao braço e 22 cm à cabeça. Da pestana ao cavalete vão 50 cm, a ilharga com 5 cm junto ao braço e 6 cm no fundo. Boca circular ou em “boca de raia”, escala rasa ao tampo, encordoada com cinco ordens de cordas duplas, sendo 2 ou 3 pares de aço fino, e 2 ou 3 bordões acompanhados de 2 ou 3 cordas finas (cordas superiores).
Na sua construção as madeiras mais usadas são: pinho de flandres no tampo (tília ou choupo nos modelos mais modestos), pau santo para fundo e ilhargas (nogueira nos modelos mais modestos). Tanto o tampo como o fundo devem ser emendados com os veios da madeira emparelhados. A escala é de pau preto, ou de madeira pintada nos modelos mais baratos. O braço pode ser em mogno, ou em choupo, plátano e tília (modelos mais económicos). O cavalete é de pau santo ou madeira pintada. As cravelhas de pau preto, madeira pintada, mas modernamente as cravelhas são mecânicas e de metal.

Ler mais:
http://casadaguitarra.pt/produto/braguesa/
https://webraga.pt/blog/a-viola-braguesa/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Violas_portuguesas#Viola_braguesa
http://www.ofado.pt/?p=6692

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Adufes da Beira Baixa

O adufe, instrumento musical de percussão, foi introduzido na Península Ibérica entre os séculos VIII e IX, pela mão dos árabes. Trata-se de um instrumento quadrado, da família dos membranofones, de membrana dupla, que se toca na região da Beira Baixa especialmente por mulheres, a acompanhar cantigas. 
O instrumento encontra-se ligado a rituais mágico-religiosos das culturas de tipo pastoril e também associados a bailes festivos. A sua função exclusivamente rítmica parece ter contribuído, nas regiões onde subsistiu, para a conservação dos modos arcaicos dos cantares que acompanhava.
Idanha-a-Nova foi a vila portuguesa que adoptou e reivindicou o instrumento. Antigamente, qualquer pessoa fazia o seu próprio adufe, sendo muito comum a sua utilização. Com o passar dos anos tanto a produção como a utilização diminuíram. No entanto, a vila da Beira Baixa tem levado a cabo o desafio de incentivar e estimular a população a produzir adufes, de modo a fazer perdurar a tradição e cultura, o que contribui, ainda, para o turismo do concelho.

Ler mais:
http://terramater.pt/adufe/
http://media.rtp.pt/opovoqueaindacanta/episodios/adufe/
https://www.publico.pt/2017/04/29/local/noticia/adufe-o-frame-drum-portugues-1770321

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Viola campaniça

Também designada por Viola Alentejana, a Viola Campaniça era o instrumento musical usado para acompanhar os célebres cantares à desgarrada, ou ” cantes a despique”, nas festas e feiras do Baixo Alentejo. É a maior das violas portuguesas e possui 5 ordens de cordas, tocada de dedilhado apenas com o polegar, sendo que as cordas mais graves são geralmente tocadas soltas. Dependendo do construtor, pode ou não ser ornamentada na caixa. Tem uma forma que se assemelha à de um oito, com a caixa marcadamente ondulada.
Adaptada à exposição da melodia das modas e cantigas alentejanas pode possuir dois tipos de afinação: Sol Mi Dó Fá Dó, do agudo para o grave, e Mi Dó# Lá Ré Lá. Como particularidade, apesar de ser um instrumento de dez cordas, pode possuir doze afinadores o que indicia que o instrumento, que se crê que tenha evoluído a partir da “Vihuela de Mano” medieval , foi outrora dotado de uma sexta ordem de cordas duplas, mas que estas terão caído em desuso.
Pode ser tocada em rasgado, com acordes, ou como instrumento solista, usando dedilhado com o polegar e o indicador, e serve para acompanhar os passos improvisados de um baile ou os copos mandados abaixo numa taberna, sempre acompanhando uma modinha popular.
Ao contrário de outros cordofones portugueses, tão famosos que emigraram para outras coordenadas, sendo o mais óbvio o cavaquinho, mas nunca esquecendo a guitarra portuguesa que recentemente ganhou ouvintes além fronteiras com a elevação do Fado a Património Mundial da UNESCO, a viola campaniça assumiu sempre um papel low-profile, nunca passando de um alcance regional, limitado, de forma um pouco grosseira, ao espaço entre as serras que anunciam o Algarve, a sul, e as planuras que continuam para o Alentejo menos seco, a norte.

Ler mais:
http://casadaguitarra.pt/produto/campanica/
https://www.portugalnummapa.com/viola-campanica/#prettyPhoto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Violas_portuguesas#Viola_campaniça

Forte Jesus de Mombaça