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domingo, 26 de janeiro de 2025

Torre do Relógio em Celorico da Beira

 

A Torre do Relógio, localiza-se em pleno centro histórico de Celorico da Beira, junto à Praça 5 de Outubro e nas proximidades da Igreja de Santa Maria.

A cronologia de construção e a sua funcionalidade colocam dúvidas, dado que os autores que já se debruçaram sobre o assunto não são unânimes quanto a cronologia da sua construção e qual o verdadeiro objetivo da sua construção.


Para alguns autores este edifício terá sido construído nos séculos XIV/XV, encontrando-se associado a uma barbacã, que juntamente com esta constituiria a primeira linha de defesa do Castelo de Celorico. Contudo, outros autores defendem que a cronologia de construção deste edifício é bem mais tardia, tendo ocorrido nos séculos XVI/XVII, com a função de receber um relógio público numa época onde a instalação destes equipamentos se verifica em diversas localidades de norte a sul do País.

Durante as últimas décadas assistiu-se a uma progressiva degradação do edifício, até que finalmente a autarquia procedeu à requalificação deste espaço, tendo por objetivo a recuperação do relógio e tornar a Torre do Relógio um espaço cultural.


Fonte:
Câmara Municipal de Celorico da Beira
https://www.cm-celoricodabeira.pt/conhecer-celorico-da-beira/espacos-culturais/torre-do-relogio-celorico-da-beira/

sábado, 7 de novembro de 2020

Torre de Menagem do castelo de Estremoz

No centro da vila medieval surge a Torre de Menagem, uma das mais bem conservadas do país. 
Com cerca de 27 metros de altura, tem planta quadrangular e é coroada com merlões em forma piramidal. Típica da arquitetura militar portuguesa de finais do século XIII e inícios do século XIV, é o que resta da alcáçova primitiva, juntamente com o edifício trecentista dos Paços do Concelho. No segundo piso existe uma bela sala octogonal com colunas de capitéis de motivos animalistas e antropomórficos.
No terraço encontram-se as chamadas Três Coroas, representativas, segundo alguns autores, dos três reinados em que decorreram as obras da sua implantação.
Na face principal, no exterior, a Sul, estão representadas as armas de D. Afonso III (r. 1245-1279) com dois anjos a protegê-las.

Fonte: Câmara Municipal de Estremoz
https://www.cm-estremoz.pt/pagina/turismo/conjunto-monumental-da-alcacova-de-estremoz-castelo-de-estremoz

Porta dos Currais

Nas Guerras da Restauração houve uma necessidade óbvia de defender o Reino da ofensiva espanhola, especialmente em vilas e cidades de fronteira.
Foi neste contexto que foram construídas várias fortificações nessas localidades, nomeadamente em Estremoz. Não sendo exatamente uma vila de fronteira, funcionava como 2ª linha de defesa do território, especialmente em apoio logístico (armazém de armas, mantimentos e tropas). Foi D. João IV (r. 1640-1656), o primeiro dos Braganças a reinar em Portugal que em 1642 ordenou a João Pascácio Cosmander o desenho da futura muralha poligonal abaluartada estremocense. Esta obra protegeria a vila de hipotéticos ataques e avanços das tropas espanholas, sendo que os novos baluartes estavam adaptados para batalhas de artilharia pesada.
A porta dos Currais foi desenhada cerca de 1670 pelo sargento-mor de engenharia António Rodrigues e destaca-se pela sua monumentalidade e composição artística, com uma águia imperial e grifos a pisar peças de artilharia.

Fonte: Câmara Municipal de Estremoz
https://www.cm-estremoz.pt/pagina/turismo/fortificacao-abaluartada-de-estremoz-porta-dos-currais

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Porta da Barbacã e Arco e Torre de Almedina


O Arco e a Torre de Almedina são na verdade os únicos vestígios de uma cerca que defendia a malha urbana de Coimbra, sendo esta uma das entradas que atualmente é a entrada para a histórica Alta de Coimbra. A sua volumetria aparenta diversas épocas de construção, sendo inicialmente uma obra muçulmana com arcos semicirculares ultrapassados e que foram, posteriormente, modificados, e estava ainda protegida por dois avançados cubelos defensivos. 
Arco e Torre de Almedina

Assente na parte mais baixa da cerca medieval, a sua edificação poderá remontar à época do conde Sesnando Davides, que conquistou Coimbra em 1064, tendo sido ao longo dos séculos por diversas vezes reformada e remodelada. Esta porta era defendida, primitivamente, por dois cubelos avançados que, mais tarde, foram ligados por meio de um arco fundo, por sobre o qual foi levantado o forte torreão. O seu aspeto atual poderá ser resultante de uma reforma no início do século XVI, por determinação de D. Manuel I.
O acesso ao arco faz-se, ainda hoje, pela Porta da Barbacã, edificada no período manuelino para reforçar a cerca. Neste trecho mais vulnerável da cerca, foi necessário reforçar a defesa, erguendo-se uma segunda cintura muralhada - a Barbacã. A sua porta, em arco quebrado, típica das fortificações do período manuelino, também chegou aos nossos dias, sendo confundida com a própria porta da Almedina que, na realidade, antecede.
Porta da Barbacã
Os arcos medievais da entrada, com as suas aduelas irregulares e a abóbada interna, deverão ser obra do românico condal dos inícios do século XII. Até 1836 existiam os batentes e as grandes portas chapeadas a ferro da entrada da cidade, retiradas nessa mesma altura.
Com a expansão do perímetro urbano, e a consequente perda das suas características defensivas, o Arco de Almedina e a sua torre foram reutilizados, desempenhando novas funções. Nos últimos anos do século XIX, funcionou no torreão a Escola Livre das Artes do Desenho. Depois, o espaço recebeu o Arquivo Histórico Municipal. Atualmente, a torre alberga o Núcleo da Cidade Muralhada e Centro Interpretativo, onde se expõe a história da cidade e da sua muralha durante a Idade Média.
O conjunto do que resta a cerca, a Torre e Arco de Almedina, estão classificados como Monumento Nacional, desde 1910.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70484
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2632
https://www.infopedia.pt/$torre-de-almedina
https://www.visitarportugal.pt/coimbra/coimbra/coimbra/arco-torre-almedina

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Torre e Casa de Gomariz

Localizado no lugar do Castelo, em Cervães, o conjunto da Torre e Casa de Gomariz designa uma unidade constituída por uma casa-torre, um bloco edificado de planta retangular, composto por um torreão quadrangular e um espaço habitacional retangular, adossado à direita. O complexo integra-se numa quinta com capela, uma eira com sequeiro, terrenos agrícolas e uma mata.
A propriedade de Gomariz aparece mencionada pela primeira vez em 1296, ano em que foi adquirida pelo Cónego da Sé de Braga e contador do rei D. Dinis, Estêvão Durão Esteves. O edifício é datado da primeira metade do século XVI, mas a torre da Casa de Gomariz revela uma tipologia de habitação nobre característica do final da Idade Média.
A torre divide-se em quatro pisos diferenciados exteriormente por vãos, totalizando cerca de 12 metros de altura, com o coroamento em cornija sobre o qual assenta um balcão de ameias composto por merlões pontiagudos. Nos ângulos foram colocados matacães, ladeados por gárgulas zoomórficas e em forma de canhão.
O alçado principal apresenta uma porta retangular central, encimada por duas janelas com guarda de ferro, a superior ladeada por duas pedras de armas. No último registo abre-se uma janela de mainel. A fachada lateral esquerda exibe uma composição de fenestrações igual ao do frontispício, não existindo nenhuma porta de entrada. As duas restantes fachadas laterais, por estarem adossadas ao edifício habitacional, mostram apenas a janela de mainel superior.
O edifício retangular que se adossa à direita divide-se em dois registos, exibindo na fachada principal um terraço com escada ao centro que percorre todo o piso superior, assente sobre o piso térreo, mais destacado, com portas de entrada precedidas por reentrâncias.
Ambos os espaços, nomeadamente no que concerne à distribuição interior, foram profundamente alterados por recentes obras de reabilitação, no sentido de transformara propriedade num empreendimento turístico designado por "Torre de Gomariz - Wine & Spa Hotel".
Está classificado como Monumento de Interesse Público desde 2019.

Ler mais:
https://www.torredegomariz.com/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70760
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1134

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Torre do Relógio

Torre principal das muralhas medievais de Caminha, dá acesso ao Centro Histórico Medieval da vila. 
Esta grande cerca foi erigida por ordem de D. Afonso III para proteger a povoação fronteiriça que se implantava junto à foz do rio Minho, comportando originalmente 13 torres, que correspondiam a igual número de portas. Crê-se que a estrutura amuralhada estaria concluída no ano de 1260. Esta torre de menagem, que correspondia ao torreão mais alto da fortificação, avançando para o exterior da muralha, era então designada como Porta de Viana, a porta principal da vila, por dar acesso à estrada medieval que conduzia a Viana da Foz do Lima (a atual Viana do Castelo).
De planta quadrada, é constituída por dois pisos, e é atualmente o único torreão remanescente do castelo de Caminha. Em 1673 no cimo da torre foi colocado o relógio que lhe viria a dar o nome. É Monumento Nacional desde 1951.
Em 2008, foi alvo de requalificação e valorização, onde surgiu o Núcleo Museológico do Centro Histórico de Caminha, colocando o edifício da Torre do Relógio, ao serviço da cultura e do turismo, onde a História de Caminha e a sua evolução urbana desde as origens até aos nossos dias, assumem o papel principal.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70681
https://www.cm-caminha.pt/pages/1243?poi_id=219
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_do_Relógio_(Caminha)

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Portas da Cidade

Portas da Cidade - Silves
A medina de qualquer cidade muçulmana é um dos dois pólos fundamentais da organização urbana, desenvolvendo-se sob a protecção da alcáçova, mas ligando-se a ela através de, pelo menos, uma porta. É isso que pode ver em Silves, a antiga Al-Shilb.
Estas muralhas eram rasgadas por três portas, das quais apenas a Porta de Loulé chegou até nós. Esta porta apresenta um passadiço duplo, com arcos de volta perfeita, protegido por uma torre albarrã. À porta, protegida por um cotovelo que tinha como objetivo dificultar o acesso (característica da tradição almóada), sobrepõe-se a torre que outrora funcionou como Casa da Câmara. Esta torre tem no seu interior duas salas e anexos onde, durante séculos, esteve instalada a Câmara Municipal e, desde 1983, os serviços da Biblioteca Municipal. É acedida por uma escada exterior, construída posteriormente, e pelos dois passadiços originais, no topo. Junto a ela foram encontrados os vestígios do chamado "Palácio das Varandas".

Ler mais:

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Arco da Porta Nova


O Arco da Rua do Souto foi aberto na muralha que circundava a cidade de Braga no início do século XVI, por iniciativa do então Bispo D. Diogo de Sousa, responsável pelo grande impulso de desenvolvimento que fez crescer a localidade, não apenas em termos urbanos, mas também culturais.
A sua actual feição data de 1772, por iniciativa do arcebispo D. Gaspar de Bragança, com projecto do arquitecto bracarense André Soares, num momento histórico em que a cidade rompia as antigas muralhas, expandindo-se.
O Arco, de volta perfeita, é enquadrado por duas pilastras de cada lado, que suportam um frontão interrompido, com pináculos laterais. Ao centro encontra-se o brasão do arcebispo D. Gaspar de Bragança, a imagem alegórica de Braga (c. 1715) e as armas de Portugal, que mantêm uma linguagem rococó. Na face oposta, o monumento apresenta apenas uma pilastra de cada lado, e os elementos que o compõem denotam um maior movimento, próprio das obras de Soares realizadas em meados do século. Se a obra de André Soares imprimiu a Braga uma importante marca tardo-barroca e rococó, o Arco da Rua Nova tem de ser entendido enquanto uma das suas mais significativas intervenções urbanas. 
Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde junho de 1910.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70320/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_da_Porta_Nova
https://conhecerportugal.com/arco-porta-nova

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Torre e Solar de Azevedos


Situado na freguesia de Lama, outrora denominada Azevedo, no concelho de Barcelos, o Solar de Azevedos é considerada uma das mais monumentais casas solarengas do norte do País.
O núcleo primitivo do solar corresponde ao maciço torreão lateral, edificado no início do século XVI. Esta torre é exemplo de um modelo de residência senhorial quinhentista, designada por casa-torre , muito comum no Alto Minho. Esta tipologia retomou a estrutura do torreão de defesa muito utilizado na arquitectura militar medieval, utilizando-o não para fins defensivos mas como símbolo de nobreza de linhagem. Conserva uma das principais características da arquitectura medieval - coroamento de ameias chanfradas e janela renascença - na fachada exterior. Numa das faces da torre lê-se uma inscrição, datada de 1536, que se refere a Martim Lopes de Azevedo, que reivindicou a posse do edifício como chefe de linhagem.
A estrutura da casa seria alterada no século XVIII, com a construção de um corpo residencial anexo à torre. De feições barrocas, este novo edifício desenvolve-se longitudinalmente dividido por dois pisos. Na fachada principal foi edificada, no andar nobre, uma grande varanda com colunata, recuperando o modelo da loggia quinhentista, que abre para o jardim da casa. 
Na época da reforma da casa, o salão nobre da torre quinhentista foi decorado com painéis de azulejos com cenas relativas à história da família Azevedo, e o tecto de madeira que cobre o espaço foi dourado e policromado. 
A capela privativa, dedicada a Nossa Senhora do Leite, contem os túmulos dos primeiros condes de Azevedo.
O conjunto está classificado como Monumento de Interesse Público desde 1989.


Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71286/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=47
"Tesouros Artísticos de Portugal" (1976) - Selecções do Reader's Digest

domingo, 11 de novembro de 2018

Casa, Torre e Quinta de Aguiã

A actual configuração da Quinta de Aguiã constitui um dos melhores exemplos de reutilização residencial ao longo dos séculos de uma primitiva estrutura baixo-medieval. Ao que tudo indica, a propriedade esteve sempre na posse de importantes famílias nobres da região, facto que contribuiu para a qualidade e requinte das múltiplas transformações operadas no espaço privado.
Na origem, a casa foi uma domus fortis, uma tipologia de casa tardo-medieval relativamente modesta, mas que teve amplo sucesso na nossa nobreza fundiária, pela imagem de solidez e de reduto defensivo-militar que as paredes de granito e o coroamento de ameias proporcionava. Subsistem ainda algumas dúvidas sobre a cronologia correcta a atribuir a esta edificação, longamente considerada do século XIV, mas que poderá já corresponder ao século seguinte ou, mesmo, às primeiras décadas do século XVI, altura em que se verificou uma reminiscência de antigos formulários medievais como forma de prestígio e de afirmação de algumas linhagens. Uma indicação neste sentido é dada pela própria denominação da propriedade - Aguiã -, ao que parece, resultado da posse pela família Aguiã, documentalmente relacionada com o local a partir de meados do século XV.
Da torre de planta quadrangular, só a parte superior é visível, elevando-se acima dos telhados do solar barroco. Não possui qualquer vão de iluminação (provável sinal da sua perda de função residencial aquando das grandes obras do século XVIII) e é rematada, a todo o redor do edifício, por uma linha de ameias piramidais, elemento de cariz militar por excelência, aqui integrado como marca de prestígio.
Casa nobre gótica, barroca e neoclássica, integrada em quinta agrícola constituída por capela separada, portal armoriado, casa dos caseiros e solar do tipo casa-torre, englobando uma torre medieval quadrangular, em alvenaria de granito, ameada, à qual foram acrescentados corpos barrocos formando planta em L, ficando a torre no centro do conjunto. Fachadas dos corpos setecentistas rebocadas e pintadas de branco, contrastando com os elementos de granito, como o embasamento, cunhais apilastrados, molduras dos vãos e cornijas de remate. Fachada principal simétrica marcada por ampla loggia assente em arcaria plena, ladeada por escadarias de acesso ao piso nobre. Interior do solar com primeiro piso destinado a dependências agrícolas, adegas e arrumos e o segundo à zona da habitação. No primeiro piso os pavimentos são em terra batida e calçada e os tectos com o travejamento de madeira à vista, de suporte do soalho do piso superior. O segundo piso organiza-se por salas intercomunicantes com tectos de masseira de madeira, corredores de distribuição, alcovas e cozinha com lareira com chaminé tronco-piramidal assente em colunas chanfradas e paredes rasgadas por pilheiras. 
Capela barroca, de nave única, com sacristia adossada. Fachada principal com portal ladeado frestas, todos emoldurados, encimado por grande pedra de armas. Interior com cobertura em abóbada de berço de madeira, tribuna com acesso exterior e retábulo de talha policroma neoclássico. A ladear a capela, voltada para o exterior, encontra-se portal monumental com grande pedra de armas, ligado ao volume da casa dos caseiros, cuja fachada junto a este recebeu um tratamento especial de modo ser simétrico em relação à fachada da capela. É um dos exemplos mais notáveis no Alto Minho de solar barroco com torre integrada ao centro. A sua notabilidade, deve-se também, não só à simetria da planta, como à elegância do frontispício, que explora o efeito teatral criado pelo emprego de dupla arcada sobreposta e dupla escadaria lateral, desenvolvendo-se assim em comprimento e não em altura para exibir a torre.
Obtido a partir das vinhas da secular Quinta de Aguiã, produz-se o vinho Aguião, procurando-se, nesse processo, revitalizar alguns costumes da região que estavam em acentuado processo de desuso.

Fontes:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73736
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3613
http://vinhos.arcosdevaldevez.pt/?page_id=315

domingo, 14 de outubro de 2018

Torre de Penegate

A Torre de Penegate, ou Torre de D. Egas Pais, localiza-se na freguesia de São Miguel de Carreiras, no concelho de Vila Verde.
A primeira referência ao topónimo Penegate aparece em 1064, por substituição de uma anterior designação, Penela. Por este facto, pressupõe-se que, desde o início, o topónimo esteve associado a um monte dominante, onde, mais tarde, se implantou a torre gótica que conhecemos. Permanecem dúvidas, todavia, sobre uma eventual torre românica, ou proto-românica, atribuída à iniciativa de D. Egas Pais de Penegate, valido do Conde D. Henrique, defendida por alguns autores, mas de que não restam, hoje, vestígios aparentes.
A actual torre, construída em 1360 por Mem Rodrigues de Vasconcelos, é um curioso exemplar de arquitectura medieval. Decorada de merlões, tem planta quadrangular e três pavimentos. Conserva frestas, janelas ogivais e de balcão. A porta de entrada, também ogival, está a um nível bastante elevado, fazendo-se o acesso, provavelmente, por uma escada móvel.
Em princípios do século XVII o então proprietário Miguel Valadares, cónego de Guimarães e desembargador em Braga, fez erguer a Capela de Nossa Senhora da Pena para sua sepultura, conforme inscrição epigráfica na fachada principal. A capela, de pequenas dimensões, em estilo barroco, conserva o retábulo-mor contemporâneo, em estrutura tripartida, com a imagem de Nossa Senhora ao centro, e as de São João e Santo António, em painéis pintados, de ambos os lados.
No início do século XX, em 1907, a torre passou para a família dos actuais proprietários, tendo tido lugar, em décadas posteriores, obras de consolidação e restauro. Entre elas, foram colocadas ameias em 1939, o que lhe descaracterizou a feição original, sendo edificado um segundo corpo, de carácter residencial.
Em 5 de Abril de 2013 foi classificada como monumento de interesse público.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71729/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1135
"Tesouros artísticos de Portugal" - Selecções do Reader's Digest, 1976
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Penegate

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Torre de Alcofra

As torres medievais existentes no concelho de Vouzela fazem parte de um fenómeno que se estendeu, de forma mais ou menos linear e sincrónica, por toda a Europa. Em Portugal teve maior incidência a Norte e na Beira.
Inspirada na torre de menagem, esta construção fortificada surge entre o séc. XII e XIII, sendo adoptada como residência pela pequena e média nobreza. Sinal de autoridade local e de ostentação apresenta um modelo rígido composto geralmente por três ou quatro pisos sobradados (rés do chão, primeiro, segundo e terceiro pisos). O rés-do-chão, divisão térrea, era destinado a arrumos. A entrada dava acesso directo ao primeiro piso, onde o senhor recebia os que o visitavam. O último piso, de carácter mais íntimo, acolhia os aposentos dos que aí moravam.
A Torre de Alcofra localiza-se na povoação de Cabo de Vila, freguesia de Alcofra, concelho de Vouzela.
Em posição dominante na vertente oeste da serra do Caramulo, esta é uma das três torres senhoriais ainda existentes no concelho, e a que se encontra em melhor estado de conservação.
Calcula-se que esta torre tenha sido erguida no final do século XIV ou princípio do século XV.
A torre apresenta planta quadrangular, dividida internamente em dois pavimentos. O primeiro, é acedido através de uma porta de arco redondo. O segundo, apresenta em cada alçado uma janela de arco quebrado.

Ler mais:
http://www.guildasaureas.com/torre-medieval-de-alcofra
http://www.cm-vouzela.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=161&Itemid=381
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Alcofra

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Paço de Giela

O Paço de Giela é um exemplar notável de arquitetura civil privada medieval e moderna, considerado um dos mais importantes Monumentos Nacionais, quando assim foi classificado em 1910.
O aspecto actual do conjunto é o resultado de duas grandes fases construtivas: uma plenamente baixo-medieval e outra de inícios do século XVI.
A sua origem está profundamente ligada à formação da importante “Terra de Valdevez”. A edificação da “casa-torre” de Giela marca um novo momento de protecção e domínio senhorial e régio sobre a região, destacando o edifício pela sua profunda originalidade e importância. Actualmente é visível a torre medieval bem como o corpo residencial, com janelas “manuelinas” e entrada fortificada, maioritariamente edificado no século XVI. A torre terá sido construída em meados do século XIV, substituindo uma pequena torre abandonada no século XI, e correspondendo a uma fase de ocupação de forte influência medieval e de vigor dos castelos.
A torre é uma estrutura típica de fortis domus, de planta quadrangular regular, com acesso principal no alçado nascente, ao nível do segundo piso. Uma das suas características mais marcantes é o facto de não possuir quaisquer aberturas, à excepção de uma janela que encima o portal e uma fresta do lado Norte, circunstância que lhe confere "uma solidez militar verdadeiramente impressionante.
No reinado de D. Manuel, a velha fortis domus foi incorporada num grande paço senhorial, esteticamente actualizado em relação à época. O paço manuelino integrou a torre na nova estrutura, mas reservou-lhe um carácter meramente simbólico, na medida em que nenhuma passagem foi aberta entre ela o novo corpo habitacional. 
A fachada principal está voltada a poente, nela se inserindo o portal, de arco quebrado encimado por um brasão dos Lima e resguardado por um corpo saliente onde se integra um balcão no piso superior. Na fachada lateral Sul, abre-se a mais decorada janela, de quádruplo arco quebrado e emoldurada por uma solução rectangular torsa, em cujo eixo superior se situa mais um brasão dos Lima.
O Paço de Giela foi um edifício privado durante séculos, mas foi adquirido pelo Município de Arcos de Valdevez em 1999. Abriu totalmente recuperado e reabilitado após um projecto de intervenção, amplo e multidisciplinar, com um investimento de 1,2 milhões de euros, financiado por Fundos Estruturais da Comunidade Europeia e do Município arcoense.
Segundo aquela autarquia, o monumento recebeu mais de 30 mil visitantes durante o ano de 2016. aquele número de visitantes resultou de visitas guiadas ao monumento e presenças registadas em vários eventos promovidos no imóvel desde espectáculos musicais, apresentações de livros, exposições, ‘workshops’, desfiles de moda criativa, sessões fotográficas, programas educativos e programas para famílias, entre outros.

Ler mais:
http://pacodegiela.cmav.pt/pt/o-paco.html?hrc=2
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70543/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3605
http://pacodegiela.cmav.pt/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paço_da_Giela
https://ominho.pt/paco-de-giela-em-arcos-de-valdevez-recebeu-mais-de-30-mil-visitantes-em-2016/

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Ponte e Torre de Ucanha


A ponte-torre de Ucanha, localizada nas proximidades de Tarouca, é um monumento que une as duas margens do rio Varosa e que está construído numa das antigas vias romanas do interior beirão. 
Até ao século XVI, a sua história está ligada aos monges cistercienses do Mosteiro de Salzedas, já que se localizava nos seus coutos monásticos, situação que mudou através do foral concedido a esta terra pelo rei D.Manuel I. 
A sua função consistia no cobrar de portagem às pessoas e veículos que cruzassem esta via de comunicação, pois esta estrutura localizava-se na mais importante via de acesso à cidade de Lamego. Também servia de defesa da entrada das antigas terras dos coutos de Salzedas.
A primeira configuração deste monumento único deve ter ocorrido na segunda metade do século XII, altura em que esta parcela do território estava vinculada ao Couto do Mosteiro de Salzedas. A ponte encontrava-se à entrada dessa circunscrição e o aglomerado urbano formado em torno dela aparece denominado como Vila da Ponte. O conjunto patrimonial que hoje vemos, todavia, data de época posterior, eventualmente do século XIV, época em que se reconstruiu a ponte e a torre que a tutela.
A ponte é em duplo cavalete, como foi normal na pontística medieval, e encontra-se suportada por cinco arcos apontados, sendo o central de vão muito maior, vencendo a largura do leito do rio Varosa. Os pés direitos deste arco médio são os únicos a possuir reforço por talhamares.
Mas a maior originalidade deste monumento é a associação de uma torre à ponte, como forma de protecção e de controlo de pessoas e bens. Num mundo feudal, em que as passagens sobre os rios eram poucas, a cobrança de portagem constituía um rendimento adicional (em alguns casos de extrema importância), e é precisamente à luz desse imposto que se deve entender a existência desta torre. Implanta-se do lado do mosteiro de Tarouca e é de planta quadrangular com três pisos, dispondo de dispositivos militares nas quatro faces, concretamente balcões de matacães axiais ao nível do derradeiro andar, complementados por escassas seteiras.
Ao longo do século XIV foram várias as tentativas para isentar grupos de moradores do pagamento de portagem, todas votadas ao insucesso por imposição dos monges de Salzedas.
A partir de 1504 a portagem foi extinta e o monumento perdeu grande parte da sua função inicial. O tabuleiro continuou a ser o meio privilegiado de passagem na zona, mas a torre entrou em decadência, permanecendo apenas como armazém de produtos. Esta tendência degenerativa só foi invertida na década de 30 do século XX, altura em que a DGEMN empreendeu o restauro do conjunto.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70487
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3805
http://www.portugalnotavel.com/torre-ponte-ucanha-tarouca/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Ucanha
http://www.valedovarosa.gov.pt/ponte-fortificada-de-ucanha-1/
https://www.infopedia.pt/$ponte-torre-de-ucanha

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Porta de Santiago


Dando cumprimento às ordens régias de D. Manuel I (1495-1521), Albuquerque iniciou a construção de uma fortificação em posição dominante no alto de um monte, local onde antes se erguia a mesquita da cidade, empregando pedra retirada deste e de outros edifícios religiosos, bem como dos túmulos dos antigos sultões, além de pedra importada de zonas vizinhas, uma vez que em Malaca ela não existia.
A "Fermosa" ou "Famosa", como é designada em alguns textos do primeiro quartel do século XVI, foi erguida por Tomás Fernandes, e constituía-se primitivamente em uma torre assobradada de quatro pavimentos, servindo de residência ao capitão da praça, envolvida por um muro.
Esta estrutura resistiu aos ataques e cercos de Malaios, Achéns e Bugis em 1551, 1568, 1575 e 1586. Entretanto, como as demais fortificações em estilo manuelino no Oriente, revelou-se ineficaz ante a artilharia de origem turca que o Sultanato de Achém, principal rival dos portugueses na região, passou a empregar a partir da década de 1560. Por essa razão, uma nova cerca, em pedra, começou a ser erguida envolvendo a cidade, a partir de 1564. Em 1568, data de um dos raros desenhos quinhentistas de Malaca que chegaram até nós, não estava ainda concluída, sendo parte de sua extensão ainda em madeira. "A Famosa" passou então a ser designada como "Fortaleza Velha", constituindo uma cidadela intramuros da cidade.
A praça-forte caiu em janeiro de 1641, no contexto da Guerra Luso-Holandesa, deixando de fazer parte do Império português.
Desse período restou apenas a Porta de Santiago que se localiza junto a Jalan Kota, e que por isso é designada em malaio por "Kota A Famosa".



Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=24604
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fortaleza_de_Malaca#A_fortificação_portuguesa

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Torre das Águias

A Torre das Águias localiza-se na antiga povoação de Águias, na freguesia de Brotas. Erguida a partir de 1520 por D. Nuno Manuel, guarda-mor do rei D. Manuel I, possivelmente sobre uma estrutura anterior, era utilizada para repouso dos fidalgos nas caçadas de grande montaria. Também se conjectura sobre a eventual ligação da edificação da torre ao culto de Nossa Senhora de Brotas.
Edifício de estilo manuelino, apresenta planta com formato quadrado de aproximadamente 18 metros de lado por cerca de 20 de altura, em alvenaria, silharia e cantaria de granito. Está dividido internamente em quatro pavimentos, nos quais se rasgam janelas também quadradas. O pavimento térreo é constituído por um amplo salão, coberto por abóbada de ogivas nervuradas; o segundo pavimento divide-se em salão nobre com um vasto fogo de chão e divisões contíguas; o terceiro e quatro pavimentos não apresentam divisões e têm a cobertura em abóbadas de cúpula abatida.
Classificada como Monumento Nacional em 1910, resistiu em tempos ao terramoto de 1755 e começou a degradar-se já no século XIX. Em 1946 sofreu intervenções de restauro, a cargo da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), tendo sido novamente intervencionada em 1978 com obras de consolidação e reconstrução de interiores.
Actualmente em avançado estado de degradação, carecendo de conservação urgente, encontra-se em mãos de particulares.
                                           Fonte: Câmara Municipal de Mora
Ler mais:
http://www.cm-mora.pt/pt/site-visitar/brotas/Paginas/Torre-Aguias.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_das_Águias
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70383/
http://lugaresesquecidos.com/forum/viewtopic.php?t=1092

quinta-feira, 29 de março de 2018

Torre de Belém


Inscrita na lista do Património Mundial da UNESCO, a Torre de Belém (ou Torre de S. Vicente a par de Belém) é um ex-libris do património cultural português projetado em todo o mundo e um dos elementos arquitetónicos que pontua a paisagem ribeirinha na zona monumental Ajuda-Belém. Construída em homenagem ao Santo Patrono de Lisboa, S. Vicente, a Torre de Belém fazia parte de um sistema de defesa tripartida entre o baluarte de Cascais e a fortaleza de S. Sebastião da Caparica, na margem oposta do rio. 
A decoração da Torre ostenta a simbologia própria do manuelino – cordas que envolvem o edifício rematando em elegantes nós, esferas armilares, cruzes da Ordem Militar de Cristo e elementos naturalistas.

Construída estrategicamente na margem norte do rio Tejo entre 1514 e 1520, sob orientação de Francisco de Arruda, a Torre de Belém é uma das jóias da arquitetura do reinado de D. Manuel I. O monumento faz uma síntese entre a torre de menagem de tradição medieval e o baluarte, mais largo, com a sua casamata onde se dispunham os primeiros dispositivos aptos para resistir ao fogo de artilharia. Ao longo do tempo a Torre de Belém foi perdendo a sua função de defesa da barra do Tejo e, a partir da ocupação filipina, os antigos paióis deram lugar a masmorras. 

Nos quatro pisos da torre, mantêm-se a Sala do Governador, a Sala dos Reis, a Sala de Audiências e, finalmente, a Capela com as suas características abóbadas quinhentistas.
                            Fonte: DGPC

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/museus-e-monumentos/dgpc/m/torre-de-belem/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Bel%C3%A9m

Forte Jesus de Mombaça