Mostrar mensagens com a etiqueta Mosteiros renascentistas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Mosteiros renascentistas. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Convento de Nossa Senhora da Saudação

O Convento de Nossa Senhora da Saudação, em Montemor-o-Novo, é o monumento de maior valor artístico do concelho. 
A origem do edifício remonta a 1502, tendo sido alvo de transformações e acrescentos até ao século XIX. A frontaria principal do edifício, conserva alguns elementos arquitectónicos característicos da época de fundação. Na entrada da Portaria-Mor (antiga entrada principal do Convento) pode ainda observar-se uma esfera armilar, característica da arte manuelina. Também a chamada "Porta das Freiras" na igreja conventual é encimada por esfera armilar em alto relevo.
Na década de sessenta do século XVI foi construído o dormitório. Da segunda metade desse século são também a Igreja. o Coro Alto e o Coro Baixo. O Claustro Conventual data do reinado de D. João III. Na última década do século XVI foram construídas as enfermarias monásticas que ligaram o corpo principal do mosteiro às muralhas da vila.
A portaria é revestida por azulejos polícromos datados de 1651. O claustro, renascença, de dois andares, tem colunata toscana. A sala do capítulo e o refeitório, do século XVI, conservam restos de composições a fresco. A igreja, da mesma época, está recoberta de azulejos de vários padrões, polícromos de 1650-1673.
O Convento, pertencente à Ordem Dominicana, foi sempre habitado por um grande número de religiosas. No século XVIII chegou a ser habitado por 65 freiras. Com a extinção dos conventos em 1834, e a morte da última prioresa, em 1874, o edifício foi ocupado pelo Estado e, em 1876, ali instalado o Asilo de Infância Desvalida, que ocupou o edifício até aos anos 60 do século XX.
Actualmente, e depois de obras de recuperação levadas a cabo pela Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, funcionam no convento algumas instituições ligadas à divulgação das artes.

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=7992
https://pt.wikipedia.org/wiki/Convento_de_Nossa_Senhora_da_Saudação
http://www.ufvilabisposilveiras.pt/patrimonio/Convento-da-Saudacao-em-Montemor-o-Novo/4

sábado, 21 de julho de 2018

Igreja e Convento de São Gonçalo

A implantação da igreja do Convento de São Gonçalo, no local da ermida onde se julga estar sepultado São Gonçalo, impõe o carácter religioso à cidade, fundido na riqueza e diversidade de elementos arquitectónicos que testemunham as diversas etapas da sua construção, iniciada em 1540, por ordem de D. João III, atravessando vários reinados e colhido influências renascentistas, maneiristas, barrocas e oitocentistas.
O convento dominicano de São Gonçalo de Amarante foi então construído no local onde se erguia uma pequena ermida medieval dedicada ao santo eremita.
Em 1586 foi realizada uma vistoria nas obras do cenóbio, levada a cabo por Gonçalo Lopes, que substituía nessa tarefa o seu irmão, o arquitecto Mateus Lopes. Nesta primeira vistoria verifica-se que estava praticamente concluída a capela-mor da igreja, faltando fechar a abóbada, bem como o primeiro piso do portal lateral e as paredes do templo. O lanço do dormitório, a sacristia, o refeitório e as suas dependências anexas estavam também edificados à data. A estrutura do Convento de São Gonçalo apresenta evidentes semelhanças com os templos edificados pelos arquitectos Lopes tanto no Minho como na Galiza. 
O convento é composto por igreja de planta longitudinal, nave única, com capelas laterais profundas, intercomunicantes, transepto inscrito, cabeceira tripartida, com capela-mor profunda, torre sineira quadrangular, e dependências conventuais adossadas lateralmente à igreja, em eixo, de dois claustros, estando o segundo dividido em duas alas por corpo de construção recente. Igreja com fachada principal sóbria, de gosto filipino, com exonártex. A fachada lateral, virada ao rio, é a mais exuberante com portal-retábulo, a toda a altura da fachada, de três registos, o primeiro de influência renascentista, o segundo maneirista e o último barroco. O convento apresenta assim uma riqueza e conjugação de diversos elementos arquitectónicos que representam o que melhor se fazia ao nível do gosto artístico da época, contrastando com as restantes edificações mais depuradas daquela região.
A fachada principal da igreja, a mais simples, virada à encosta, contrasta com a lateral, mais exuberante, ornamentada com um magnífico portal-retábulo e uma loggia com arcaria de volta perfeita intercalada com as estátuas dos reis patrocinadores da construção do convento. O portal lateral, devido à sua demorada construção apresenta uma conjugação de vários estilos, resultando numa composição equilibrada e sumptuosa, talvez até um dos exemplos mais relevantes de um portal-retábulo, no norte do país.
O interior da igreja apresenta diversas pinturas de composição vegetalista sobre a cantaria de granito. A ladear o arco triunfal encontram-se duas possantes colunas de granito policromado, encimadas por estatuária.
A forma de cruz latina resume o traçado da igreja, partindo do nártex, encimado pelo coro, seguido do corpo da igreja e do transepto com o zimbório, culminando na capela-mor, de estilo barroco joanino.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70623/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=4820
http://www.cm-amarante.pt/pt/igreja-de-sao-goncalo
http://www.baixotamega.pt/frontoffice/pages/302?geo_article_id=94
http://lazer.publico.pt/monumentos/6453_convento-de-sao-goncalo-de-amarante

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora

A Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora constituem um dos edifícios históricos mais belos da cidade de Lisboa. Este monumento localiza-se no bairro de Alfama e teve origem num mosteiro erguido em 1147, por D. Afonso Henriques em honra de São Vicente, padroeiro de Lisboa. A expressão de fora resulta do templo ficar no exterior da muralha, que então servia para proteger a cidade. Foi renovada em 1527, no reinado de D. João III, mas só com D. Filipe I é que se procedeu a uma refundação da igreja e do seu mosteiro, assim como do panteão real.
De planta longitudinal, o templo vicentino possui nave única, com transepto, capela-mor bastante profunda e retrocoro. Nas paredes laterais da nave destaca-se a sequência rítmica de pilastras emparelhadas, entre as quais foram rasgadas, em 1608 pequenas capelas, comunicantes entre si. O espaço, cuja iluminação é feita através de janelas termais que se distribuem pelo topo da cabeceira e do transepto, é coberto por abóbada de berço de caixotões, estando estes decorados com diferentes relevos. O cruzeiro da igreja era originalmente rematado por uma cúpula, que ficou totalmente destruída durante o terramoto de 1755.
No corpo da igreja desenham-se três capelas laterais, forradas em mármore cor-de-rosa e molduras de embrechados. As invocações das capelas laterais têm sido alteradas no decurso da história do templo; a capela de Nossa Senhora do Pilar, situada do lado da Epístola, impõe-se com altar de mármore embrechado e retábulo de talha dourada, do lado oposto encontra-se uma outra conhecida como do Santíssimo Sacramento, que já aí não se encontra e que se apresenta fechada por uma grade de ferro trabalhado de finais do séc. XVII.
A fachada apresenta uma composição muito original, de linhas sóbrias e depuradas mas repleta de monumentalidade, como convinha a uma igreja designada panteão-real, na qual se destaca a disposição das duas torres. Estas não são simplesmente justapostas como dois blocos adossados ao frontispício, mas antes plenamente integradas na estrutura, numa tipologia que recria, à luz da tratadística renascentista, a arquitectura medieval portuguesa, alcançando um equilíbrio perfeito entre a tensão horizontal de um alçado de cinco tramos e a verticalidade sugerida pelos volumes torreados.
O antigo mosteiro agostiniano adjacente, com acesso pela nave, conserva a sua cisterna do século XVI e vestígios do antigo claustro. Destaca-se ainda pelos seus painéis de azulejos do século XVIII: à entrada, junto ao primeiro claustro, estão representadas cenas do ataques de D. Afonso Henriques a Lisboa e Santarém da autoria de Manuel dos Santos. Em volta dos claustros, 38 painéis de azulejos com cenas rurais, rodeados por desenhos florais e querubins, ilustram as fábulas de La Fontaine.
Nas dependências da Igreja estão localizado o Panteão Real dos Braganças (que inclui o túmulo de Catarina de Bragança, a princesa portuguesa que se tornou rainha de Inglaterra ao casar-se com Carlos II em 1662) e o Panteão dos Patriarcas de Lisboa.
O conjunto está classificado como Monumento Nacional desde 1910.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71213/
https://www.lisbonlux.com/lisbon/mosteiro-sao-vicente-de-fora.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_São_Vicente_de_Fora
http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/museu-de-sao-vicente-de-fora
http://www.lisbonne-idee.pt/p3135-mosteiro-sao-vicente-fora-uma-das-belas-atracoes-lisboa.html
https://www.patriarcado-lisboa.pt/site/index.php?cont_=47&tem=356

terça-feira, 10 de julho de 2018

Convento dos Capuchos

A última vontade de um nobre, de ilustre ascendência e brilhante carreira militar no Oriente, promoveu a construção de um convento franciscano situado em plena serra de Sintra, em contacto directo com a natureza e de acordo com uma filosofia de extremo despojamento arquitectónico e decorativo.
O Convento dos Capuchos, também conhecido como “Convento da Cortiça”, foi fundado em 1560 por D. Álvaro de Castro, conselheiro de Estado do rei D. Sebastião, com o nome de Convento de Santa Cruz da Serra de Sintra, e entregue a frades arrábidos franciscanos, em resultado do cumprimento de um voto de seu pai, D. João de Castro, quarto vice-rei da Índia.
Os primeiros franciscanos capuchos que aqui habitaram, em número de oito, vieram do convento da Arrábida, trazendo consigo toda uma espiritualidade que privilegiava a pobreza e a ascese, e que se traduziu na arquitectura totalmente depurada que, desde então, acolheu os diversos religiosos que viveram nestas celas de dimensões reduzidas, escavadas na rocha.
Acompanhando o declive do terreno, a planta do complexo conventual é, naturalmente, irregular e antecedida por um terreiro com uma fonte, que marca a passagem de um mundo de luz natural para um outro, as celas (e demais dependências, algumas das quais forradas a cortiça, e articuladas entre si através de escadas e corredores talhados na rocha) e a igreja, onde impera a penumbra. A vida contemplativa abraçada pelos frades capuchos assim o impunha. A igreja, integrada no conjunto, é de uma só nave, destacando-se o retábulo-mor de mármore e o altar de embutidos, por constituírem os elementos de maior vanguarda (devem ter sido executados entre o final de Seiscentos e o início da centúria seguinte), fugindo ao rigorismo e pobreza observada nos restantes espaços. É também aqui que se encontra a lápide evocativa da fundação do convento, que perpetua a memória de D. João de Castro.
A portaria do convento, um simples telheiro com tecto e traves de madeira forradas de cortiça, constitui justa expressão da pobreza e contenção que norteou esta construção desprovida de elementos decorativos. 
Habitado ainda nos finais do século XVIII, o Convento de Santa Cruz dos Capuchos terá sido abandonado em 1834, com a extinção das ordens religiosas que o regime liberal determinara. 
Os elementos artísticos existentes no convento apresentam-se hoje muito degradados, fruto do próprio tempo, e sobretudo dos actos de vandalismo a que todo este monumento foi submetido.
A vegetação que rodeia o Convento deve-se já a políticas de gestão florestal de meados do século XIX. Antigamente, o local era muito mais aberto e ensolarado, como pode ser visto nas gravuras contemporâneas à ocupação dos frades. Fora da cerca do convento os terrenos eram cultivados e também se praticava a pastorícia. Os bosques estavam limitados aos terrenos rochosos. Os bosques estavam limitados aos terrenos rochosos e aos altos dos penedos. A mata do convento, com os seus velhos carvalhos e arbustos de grande porte, beneficiou seguramente da protecção dos religiosos. Tendo sobrevivido até aos nossos dias, a mata constitui provavelmente o testemunho mais importante da floresta primitiva da serra de Sintra.

Ler mais:
http://www.cm-sintra.pt/convento-dos-capuchos
http://www.serradesintra.net/convento-dos-capuchos
https://www.parquesdesintra.pt/parques-jardins-e-monumentos/convento-dos-capuchos/descricao/
http://www.sintraromantica.net/pt/monumentos/convento-dos-capuchos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Convento_dos_Capuchos_(Sintra)
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72838/

Forte Jesus de Mombaça