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sábado, 1 de junho de 2024

Parque de Alta Vila

 

O Parque de Alta Vila, em Águeda, constitui um bom exemplo de arquitetura revivalista, cuja motivação romântica é comprovada, por exemplo, pelas guaritas e ameias esculpidas nos muros que o encerram, revelando influências medievais, ou até na estrutura interna do parque, pontuada por pequenas pontes, lagos e plantações de árvores exóticas.  
 
Edificado entre 1848 e 1902 e classificado como parque municipal de Águeda em 1996, distingue-se pelo seu bambuzal e pelas suas árvores raras e exóticas que remontam ao século XIX. O seu jardim de três hectares possui um lago, que pode ser atravessado através de duas pontes, percursos sinuosos, um coreto em ferro, um campo de ténis, uma capela, a casa do guarda, grutas, um pavilhão de caça e ainda a imponente chalet onde viviam os primeiros proprietários do parque.

O Parque da Alta Vila encontra-se aberto 24 horas todos os dias.

Fontes:
Câmara Municipal de Águeda - https://www.cm-agueda.pt/pages/984?poi_id=345
Litoral Magazine - https://litoralmagazine.com/ja-visitou-o-parque-da-alta-vila-em-agueda-a-entrada-e-livre/



sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Termas do Luso

O Luso é uma estância termal e de férias situada a norte de Coimbra, no concelho da Mealhada.
A tecnologia, associada à ação fisiológica da água termal, bem como os tratamentos especializados, sempre sob o acompanhamento de médicos e técnicos de saúde competentes, garantem ao aquista uma qualidade superior na prestação de todos os serviços associados ao complexo das termas.
A água termal do Luso brota na parte central do balneário, situado em pleno centro da vila, com um caudal superior a 12.000 litros/hora e com uma temperatura de 27 graus centígrados.
A água é hipossalina, mesotermal, cloretada sódica, sendo a concentração de sílica cerca de 26% do valor de mineralização total.
É utilizada pela clínica médica das termas, quer em curas de diurese, estimulando a função renal e potenciando uma ação depuradora e desintoxicante, quer no tratamento de afeções crónicas do aparelho reno-urinário (litíase renal e insuficiência renal). É utilizada ainda em doenças metabólicas-endócrinas - hipertensão arterial, hipercolesterolémia, diabetes e gota; afeções respiratórias crónicas-bronquite e asma; doenças reumáticas e musculo-esqueléticas e patologia dérmica.

Fonte:
http://www.cm-mealhada.pt/menu/345/termas-de-luso

Ler mais:
https://termasdeluso.pt/termalismo/

sábado, 7 de novembro de 2020

Percurso pedestre "Ilha dos Amores"

Trata-se de um percurso pedestre de pequena rota, com início e fim no Cais do Castelo, junto do ex-libris de Castelo de Paiva: a Ilha dos Amores ou do Castelo. Percorre uma distância de 7.25 Km, por onde é possível calcorrear os caminhos da histórica povoação do Castelo, e observar algumas das casas do século XIX. A capela de Santo António, o velho cruzeiro, a igreja de São Pelágio e as belas paisagens rurais de Fornos constituem outros motivos de interesse deste percurso.
A parte inicial do percurso será percorrer o aglomerado histórico do lugar do Castelo. O percurso segue por um caminho até ao lugar de Crasto onde terá de atravessar novamente a EN 222 e entrar noutro caminho em direção à “parte de cima” da Freguesia. Entretanto poderá ver as alminhas da Nossa Senhora da Boa Fortuna com data de 1825(?). O caminho prossegue com calçada à antiga e junto aos depósitos da água vira-se à esquerda onde se entra num caminho de paralelos de granito, que nos leva ao lugar de Moimenta de Baixo. Aqui terá de se atravessar novamente a EN 222 e passa-se no lugar da Ribeira-de-Fora que vai ter ao recinto e Capela de Santo António. Aqui será, sem dúvida um excelente lugar onde poderá fazer uma pequena pausa para descansar e/ou merendar. Seguindo o percurso assinalado, atravessa-se a EM 502 e passando ao lado do polidesportivo vai-se ao encontro do chamado Largo Paroquial onde se encontra o Velho Cruzeiro de Fornos.
Logo de seguida já se avista a Igreja de São Pelágio de Fornos. Junto à Igreja, do lado esquerdo, existem umas escadas que farão a ligação com a continuação do percurso. Seguindo o caminho em asfalto (outrora era calçada antiga) vão passar pelos lugares de Cancelinhas, Cavaco e Pousada (antiga Pousada Rodrigues dos Santos), sendo que aqui o caminho já é de paralelo de granito e vai ao encontro do lugar da Charneca.
Posteriormente prosseguindo por caminhos de terra batida vai-se ao encontro da “várzea” de Fornos, que proporciona uma das mais belas paisagens da freguesia. Haverá ainda a oportunidade de passar junto ao local onde se crê ter estado a capela original de Santo António. Mais à frente terão de subir umas escadas, atravessar a EM 502 e aí entrar no lugar de Gião. Seguindo as indicações vai-se chegar ao lugar de Leirós e passar mesmo ao lado da antiga fábrica de refrigerantes Leirós. 
Será necessário atravessar a EN 222 para ir em direção ao lugar de Moimenta de Cima, atingindo assim o ponto mais alto do percurso. Depois vai-se encontrar um caminho que antigamente era muito utilizado, sobretudo como “romaria” à Santa Luzia na freguesia da Eja, concelho de Penafiel. No entanto, e antes de chegar à freguesia vizinha existe um pequeno carreiro que se desvia e vai ao encontro de um troço em alcatrão e que é paralelo à variante do IC35. Vai, depois, dar a um viaduto, que terá de se atravessar e passar mesmo ao lado da Quinta das Eirinhas (Casal das Andorinhas) onde se pode ver a sua majestosa casa. Já perto do fim e mesmo junto às margens do Rio Douro existe ainda a oportunidade de passar junto à Quinta de Castelo de Baixo, onde se produz Vinho Verde de qualidade e um pouco mais à frente já se avista o Cais de Castelo.

Ler mais:
https://www.rotadoromanico.com/media/documents/PR1_CPV_-_Ilha_dos_Amores.pdf
https://www.cm-castelo-paiva.pt/pt/percurso-pedestre-pr-1-cpv-ilha-dos-amores
https://www.geocaching.com/geocache/GC3R60Z_pr-1-ilha-dos-amores

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Passadiços da Barrinha de Esmoriz

Durante muitos anos a Barrinha de Esmoriz, ou Lagoa de Paramos, foi vítima de autênticos atentados ambientais, tendo inclusivamente sido utilizada como depósito de desperdícios. Mas, felizmente, em 2017 tudo mudou. Não só toda a zona da Lagoa de Paramos foi reabilitada, como ainda nasceram os fantásticos Passadiços da Barrinha de Esmoriz, a principal porta para visitar este tesouro natural de Portugal.
Os passadiços constituem um sítio privilegiado para os amantes da natureza, pois poderão observar as mais de 100 espécies de aves que aqui nidificam, entre as quais a garça-vermelha.
Ao longo do percurso vai encontrar placas informativas sobre este património natural e cultural. A lagoa costeira de águas salobras é o elemento principal desta caminhada e a ponte que a atravessa é o cenário perfeito para uma fotografia.
São oito quilómetros de puro deleite em que não só terá a possibilidade de caminhar sobre a Lagoa de Paramos e disfrutar do seu ecossistema ímpar, como ainda visitar a praia de Esmoriz e de Paramos e os seus respetivos cordões dunares.
Os Passadiços de Esmoriz possuem vários pontos de entrada e podem ser divididos em três partes. A primeira é o percurso laranja, que tem aproximadamente dois quilómetros e vai do Complexo Desportivo de Esmoriz até à entrada do aeródromo. No decorrer deste trajeto, o pedestre tem uma visão sobre a Lagoa de Paramos.
O segundo percurso tem cerca de 1,5 quilómetros, sendo o mais pequeno entre os três. Intitulado de percurso azul, este tem início no Rio Lamas e vai até Praia de Paramos. Aí, o percurso volta para atrás, até à ponte sobre a lagoa.
O terceiro e último trajeto tem mais de dois quilómetros e denomina-se percurso verde. Este tem início no final da ponte sobre a lagoa, dando a volta pela Praia de Esmoriz até chegar ao Observatório de Aves.

Fontes (incluindo imagens):
https://www.vagamundos.pt/passadicos-portugal/#Passadicos_da_Barrinha_de_Esmoriz
https://www.escapadarural.pt/blog/10-passadicos-a-nao-perder-em-portugal/
https://descla.pt/pelos-trilhos-de-portugal-passadicos-de-esmoriz-espinho

domingo, 25 de outubro de 2020

Capela de São Gonçalinho

De origem portuguesa, São Gonçalo terá vivido nos séculos XII-XIII. Pensa-se que nasceu a 1190 (perto de onde hoje se situa Vizela) e viria a falecer já em Amarante. Cedo mereceu a devoção popular fruto de uma vida ascética e de pregação. 
O São Gonçalinho de Aveiro, nome carinhoso pelo qual é conhecido, surgirá nesse contexto acrescido pelas suas virtudes e atributos de santo casamenteiro, protetor de doenças ósseas e das gentes da Beira Mar - o bairro que se estende sobranceiro ao seu templo.
A capela apresenta uma planta sextavada, muito em voga no Portugal da segunda metade do século XVII. No entanto, as obras prolongaram-se até ao ano de 1714, data esculpida no portal principal.
A capela daquele que é considerado o santo padroeiro de Aveiro, apresenta uma planta constituída por dois hexágonos, correspondendo o maior ao templo e o de dimensões mais reduzidas à sacristia anexa. O conjunto desenvolve-se em volumes diferenciados, destacando-se a cobertura em lanternim que respeita a planimetria da nave. Os alçados caracterizam-se pelas linhas simples e depuradas, com pilastras a marcar os cunhais, e entablamento superior em todo o perímetro da capela. Do conjunto, destaca-se o alçado principal, em pedra de ançã, rematado por um campanário central. O portal é ladeado por pilastras duplas, e encimado por entablamento toscano, igualmente duplo. Por cima, rasga-se um nicho ladeado por aletas, cuja traça se assemelha à do portal.
No interior, as arcarias de ordem toscana servem de suporte aos altares laterais e ao altar-mor, apresentando os restantes lados do hexágono janelões de iluminação. Os retábulos dos referidos altares, considerados obra modesta, são em talha dourada da primeira metade do século XVIII. A sacristia é revestida por azulejos azuis e brancos, bem como a cúpula, que apresenta azulejos polícromos, muitos deles caiados.
Durante as festas em honra de São Gonçalo são pagas diversas promessas feitas ao santo, com a tradição de atirar cavacas do cimo da capela, enquanto centenas de pessoas as tentam apanhar. Este é, muito provavelmente, o momento alto da festa!
Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/155609
http://www.experimentaveiro.com/pt/blog/a-historia-do-sao-goncalinho

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Igreja da Misericórdia de Aveiro

A Igreja da Misericórdia de Aveiro é um templo de estrutura maneirista, que obedece a duas influências distintas. A primeira, ao nível da planimetria, é nitidamente tridentina, apresentando um templo que se desenvolve longitudinalmente, com uma capela-mor profunda, muito semelhante à igreja do mosteiro de Moreira da Maia, onde o mestre Gregório Lourenço também trabalhou. Por outro lado, o programa decorativo apresenta um singular gosto italo-flamengo, utilizando módulos da tratadística italiana.
A sua fachada tem um remate em frontão muito simples e um belo pórtico maneirista com dois andares harmoniosos e de bela composição. O primeiro tem quatro colunas coríntias, tendo os seus fustes os terços inferiores decorados com elementos geométricos e a parte superior com caneluras, erguendo-se em altos pedestais e sustentando um entablamento decorado com simples figuras geométricas; o corpo central é mais largo e nele rasga-se uma ampla porta rematada por um arco de volta inteira; os corpos laterais são estreitos e têm dois nichos com imagens, sob cartelas. O segundo andar do pórtico tem os dois corpos laterais rasgados por duas janelas de forma retangular, alinhando-se os seus parapeitos pelos pedestais das colunas; sobre o eixo da porta está um grande nicho com a imagem de Nossa Senhora da Conceição; o entablamento tem um friso pouco comum, constituído por mísulas que suportam a cornija. Por cima deste entablamento encontra-se, ao centro, o escudo de armas do rei e quatro urnas decorativas assentam na prumada das colunas erguendo-se, entre elas, a Cruz de Cristo e a esfera armilar.
A fachada desta igreja encontra-se revestida por azulejos colocados na segunda metade do séc. XIX. O seu interior é composto por uma nave bastante ampla e alta, o que lhe dá um ar de grandeza e, ao mesmo tempo, de leveza, sendo coberta por uma abóboda de berço apainelada, em pedra de Ançã. As paredes são totalmente revestidas a azulejos de tipo padrão, policromos, imitando tapeçarias, do séc. XVII, de oficina de Lisboa. O coro está apoiado numa abóboda apainelada. O arco triunfal, em pedra de Ançã, é ricamente decorado, ladeado por duas pilastras jónicas com as respetivas mísulas, sendo rematado por um nicho retangular com pilastras e frontão curvo; lateralmente encontram-se retábulos em pedra da oficina de escultura coimbrã seiscentista.
A capela-mor é grandiosa e igualmente de planta retangular, tendo sido executada por um mestre de Ançã, Manuel Azenha, em meados do séc. XVII. Destaca-se a sua bela abóboda, profusamente decorada com talha dourada e pinturas do séc. XVIII, assim como um belo retábulo, réplica do portal, com quatro pinturas, salientando-se a de Nossa Senhora da Misericórdia. Igualmente de boa qualidade são as esculturas em madeira, do séc. XVII, dispostas em nichos - Nossa Senhora da Conceição e Ecce Homo. O púlpito está suportado por duas mísulas e é talhado em calcário, demonstrando grande beleza e delicadeza no desenho e na execução. A sacristia é abobadada e revestida por azulejos de grande valor, também do séc. XVII, conjugando a sua beleza com a do lavabo e a do belo e impressionante crucifixo de marfim, oriundo da Índia. Esta igreja serviu de Sé de Aveiro entre 1775 e 1826.
A Igreja da Misericórdia de Aveiro está classificada como Imóvel de Interesse Público, desde 1974.

Ler mais:
https://www.e-cultura.pt/patrimonio_item/6400
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73441


domingo, 11 de outubro de 2020

Casa de Francisco de Oliveira Simões


A casa de Francisco Maria de Oliveira Simões, localizada em Salreu, no concelho de Estarreja, é um dos muitos exemplares de edifícios representativos da Arte Nova, construídos no início do século XX.
Esta casa foi construída em 1914 e foi projetada por Silva Rocha.
É constituída por três corpos, sendo o corpo central o mais ornamentado. Uma escada perpendicular ao imóvel dá acesso a uma loggia. No piso superior, a varanda assenta em dois arcos de colunas coríntias.
Os corpos laterais possuem um friso de azulejos policromos e, o central um painel, também em azulejo, com motivos florais e figuras mitológicas. O conjunto é coroado por três elementos arquitetónicos, nos ângulos e no vértice do corpo central.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público.

Ler mais:
https://www.cm-estarreja.pt/arte_nova
https://viajaredescobrir.blogspot.com/2018/07/casa-de-francisco-maria-de-oliveira.html

sábado, 10 de outubro de 2020

Papas de São Miguel

Há muitos anos era uso e costume os caseiros pagarem a renda ao Patrono no dia 29 de Setembro, dia do padroeiro de Oliveira de Azeméis, São Miguel. Conta a história que nesse dia se comiam Papas de Vinha d'Alho, as quais eram confecionadas com a primeira farinha de milho novo, feijão branco e nabiças, que nessa altura também são novas e, evidentemente, as carnes marinadas em vinha d'alho. Esta tradição gastronómica prevalece há mais de 200 anos, não se sabendo exatamente a data de início deste costume. 

Em 29 de Setembro de 2006 foi fundada a Confraria das Papas de São Miguel com o objetivo de promover a valorização e prestígio das Papas de São Miguel como símbolo gastronómico oliveirense. 

Fonte:
Confraria das Papas de S. Miguel

Ler mais (confeção):
http://www.gastronomias.com/portugal/beira_litoral074.html

sábado, 3 de outubro de 2020

Museu de Etnomúsica da Bairrada

Situado na freguesia de Troviscal, e inaugurado em 2005, o Museu de Etnomúsica da Bairrada foi projectado por iniciativa da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, com o objectivo de preservar o património cultural produzido na área musical, construído e vivido ao longo de gerações por toda a comunidade bairradina, contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento sobre a música etnográfica da região.

Alberga importantes coleções ligadas à música, tais como os instrumentos musicais e um importante espólio documental, de onde se destacam importantes partituras originais e manuscritas de compositores locais e um vasto acervo fotográfico de relevante importância na compreensão da história e das tradições ligadas à musica no concelho de Oliveira do Bairro e na região da Bairrada.

O Museu de Etnomúsica é um espaço moderno, dotado de todos os serviços essenciais ao cumprimento das suas funções museológicas e que podem ser igualmente visitados, como sejam a sua importante área de Reservas e também o Laboratório de Conservação e Restauro.

Dispõe igualmente de uma sala para a realização de conferências, palestras e outros eventos, bem como de área reservada a actividades educativas, vocacionada para o público infantil.

Ler mais:
https://www.cm-olb.pt/p/museu_etnomusica
http://www.rotadabairrada.pt/experiencias/visita-ao-museu-de-etnomusica-da-bairrada_pt_1261

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Barco Moliceiro da Ria de Aveiro

Moliceiro é o nome dado aos barcos que circulam na Ria de Aveiro, região lagunar do Rio Vouga. Esta embarcação era originalmente utilizada para a apanha do moliço, mas actualmente mais usados para fins turísticos.
São barcos de borda baixa para facilitar o carregamento do moliço, que é uma planta aquática que constituía a principal fonte de adubagem dos terrenos agrícolas em torno da Ria de Aveiro. Assim, substituía no elemento líquido os carros de bois na faina do moliço, tanto carregando as plantas como as rocegando, ao vogar com os ancinhos armados, um em cada borda.
Construídos em madeira de pinho, os moliceiros têm uma proa e uma ré muito elegantes que normalmente estão decorados com pinturas que ridicularizam situações do dia a dia. O comprimento total é cerca de 15 metros, a largura de boca 2,50 metros. Navega em pouca altura de água. O castelo da proa é coberto. Como meios de propulsão usa uma vela, a vara e a sirga. A sirga é um cabo que se utiliza na passagem dos canais mais estreitos ou junto às margens, quando navega contra a corrente ou contra o vento. 
A dimensão e a decoração variavam consoante os locais: os da Murtosa são maiores e decorados com cores mais garridas e com temas mais brejeiros; os de Salreu são os mais pequenos e pintados de negro; os de Mira são os mais sóbrios.
Hoje, os moliceiros são aproveitados essencialmente para o turismo, possibilitando pequenos passeios na ria e nos canais da cidade de Aveiro.

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Moliceiro
https://asenhoradomonte.com/2012/10/06/historia-do-moliceiro/

domingo, 2 de dezembro de 2018

Pelourinho de Frossos


Frossos é hoje a mais pequena freguesia do concelho de Albergaria-a-Velha, embora tenha chegado a ser sede de um concelho medieval. Em 1124, D. Teresa concede carta de doação à povoação, equiparável a um foral; este documento, no entanto, só chegaria em 1514, com a outorga de foral novo à vila, por D. Manuel, onde ainda se utiliza a designação “Foroços”. O concelho foi uma comenda da Ordem de São João do Hospital. Seria extinto em 1836, e integrado no vizinho concelho de Angeja; com a supressão deste último, ambos foram integrados em Albergaria-a-Velha a partir de 1853.
Da sua antiga autonomia, Frossos conserva um pelourinho, originalmente levantado num cruzamento de acesso à povoação. Foi deslocado depois de 1963, erguendo-se hoje no largo a que deu o nome, no centro da aldeia. Assenta num soco de três degraus quadrangulares, de aresta, em cimento e laje de tijolo, de factura moderna. Esta plataforma foi construída aquando da deslocação do pelourinho para o presente local, sendo ainda possível conhecer o aspecto do soco original, através de aguarela anterior a 1936. 
Segundo relatório da Direcção Regional de Edifícios e Monumentos do Centro, tratava-se de uma “base maciça de alvenaria com reboco de cimento, com 1,45 de lado por 0,80 de alto”, com o topo rampante, de forma a receber o assento do fuste e da sua base quadrangular. O conjunto era guardado por quatro pilaretes nos ângulos do soco. Actualmente, a coluna assenta directamente sobre o último degrau, embora possua um arremedo de base, constituída por um ligeiro espessamento do fuste. Este é de secção quadrangular, liso, e decorado a curta distância do topo por uma fina moldura saliente. O remate é um paralelepípedo de secção quadrada, sobre um tabuleiro pouco saliente. Tem as faces molduradas, com vestígios de decoração heráldica, conservando-se apenas parte de um escudo de armas nacional. A peça de remate é encimada por um espigão de ferro muito longo, com cerca de metade do comprimento do fuste, e com dois braços de ferros em cruz, na horizontal, fixados a curta distância da base. Possui a data de 1620 inscrita no tabuleiro do remate.
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 23.122 de 11 de outubro de 1933.

(Fonte: IPPAR)

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73443/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=651
http://www.cm-albergaria.pt/Templates/TabbedContainer.aspx?id_class=2081&divName=1977s3064s2081
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelourinho_de_Frossos

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Caves Aliança - Aliança Underground Museum

Aliança Underground Museum é o novo projecto da Colecção Berardo, com acervo da sua colecção. 
Situado em Sangalhos, a Aliança Vinhos de Portugal decidiu inscrever a sua marca no rótulo da arte e da cultura, presenteando o concelho de Anadia com o Aliança Underground Museum. É um espaço que conta com nove colecções que relevam de imaginários vários, convidando a plêiade de visitantes a um périplo pelas mais distintas colecções, num encontro de povos, lugares, crenças e culturas.
Este espaço museológico, sonhado pelo Comendador José Berardo quando visitou as caves da Aliança pela primeira vez, tem no seu espólio obras de arte africana, cerâmicas das Caldas da Rainha, acervo histórico de Rafael Bordalo Pinheiro, azulejaria, minerais e fósseis.
A aventura é longa, cada visita dura uma hora e meia, e percorre 1,5 km chegando algumas das galerias aos 20 metros de profundidade. 
nome e um símbolo a lembrar a sinalética do metro de Londres. No entanto, é no Níger que a viagem começa, mais precisamente com uma colecção de figuras de terracota com mais de 1500 anos, da antiga cultura Bura-Asinda-Sika. O percurso segue pelo Zimbabué, com a exibição de estátuas, máscaras e armas, criadas por artistas de Tengenenge. A paragem seguinte é no Brasil, com centenas de minerais raros, que abre caminho à colecção paleontológica, onde se exibem fósseis vindos da Argentina, com mais de 20 milhões de anos.
De regresso a Portugal, é tempo de percorrer o século XVIII e descobrir, ao detalhe, a maior colecção privada nacional de azulejaria, para depois encontrar a primeira referência ao espumante. Na verdade, uma grande referência, já que vai passear entre três milhões de garrafas que estagiam no escuro. Esta zona do Aliança Underground Museum, inaugurado em abril de 2010, abre caminho para a colecção de cerâmica das Caldas da Rainha, com exemplares raros e icónicos de Rafael Bordalo Pinheiro e Manuel Cipriano Gomes. O museu tem ainda uma cave, onde vinhos de cinco regiões de Portugal estagiam em 1000 barricas, uma cave das aguardentes, com um milhão de litros e uma das maiores colecções de estanhos do mundo.

Ler mais:
https://boacamaboamesa.expresso.sapo.pt/boa-vida/2014-10-29-alianca-underground-museum-arte-debaixo-da-terra#gs.7UElNw0
https://cm-anadia.pt/locais-a-visitar/109-turismo/locais-a-visitar-2/museus/353-alianca-underground-museum
http://www.rotadabairrada.pt/irt/show/alianca-underground-museum_pt_1577
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/alian%C3%A7a-underground-museum

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Igreja paroquial de Válega

A Igreja paroquial de Válega, também referida como Igreja de Nossa Senhora do Amparo, localiza-se na freguesia de Válega, no concelho de Ovar.
O actual edifício começou a ser construído em 1746 tendo a obra demorado mais de um século a ser concluída. A igreja é ampla e elevada com a torre sineira integrada na fachada. Esta é de tipo quadrangular com cobertura em meia esfera colocada à esquerda da fachada principal. 
A fachada principal da igreja, virada a oeste, apresenta embasamento de dois panos, sendo o da esquerda da torre sineira, delimitados por pilastras e cunhais apilastrados, revestidos com azulejos policromos figurados, empena com cornija em ângulo, pináculos sobre os cunhais e cruz no vértice. Portal de pilastras e entablamento encimado por nicho de arco pleno com pilastrazinhas e entablamento ladeado por duas janelas do coro de verga curva com pilastras, entablamento e remate com esfera; o nicho prolonga-se na vertical, originando o perfilamente do entablamento geral e completando-se já na empena com óculo moldurado que se recorta em placa rectangular encimada por cornija.
No século XX, entre 1923 e 1958, realizaram-se trabalhos de conservação por iniciativa J. O. Lopes e sua esposa, M. J. O. Lopes, em que se destacou a construção do actual tecto de caixotões de madeira exótica. Data desse período ainda, em 1942, a colocação do painel de azulejos figurando a Senhora do Amparo, no topo externo da capela-mor, assinados pelo atelier de Jorge Colaço e executados pela Fábrica Lusitânia, em Lisboa.
Entre 1959 e 1960 teve lugar a campanha patrocinada por António Maria Augusto da Silva, comendador da Ordem de Benemerência, que compreendeu o revestimento por placas de mármore das paredes interiores da capela-mor, do sub-coro e dos lambris gerais, o revestimento na fachada principal nas paredes interiores da nave e na parte superior do arco triunfal, com azulejos polícromos figurados da Fábrica Aleluia, de Aveiro, e os vitrais das janelas assinados por S. Cuadrado, de Madrid.
Finalmente, em 1975, teve lugar o revestimento dos alçados laterais e posterior com azulejos da Fábrica Aleluia, desenhados pelo arquitecto Januário Godinho.

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=10810
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Paroquial_de_Válega
https://www.cm-ovar.pt/pt/344/igreja-matriz-de-valega.aspx

domingo, 30 de setembro de 2018

Pedras parideiras da Serra da Freita



A cerca de 70 km da cidade do Porto, em pleno coração do planalto da serra da Freita, é possível observar um fenómeno que, até hoje, é considerado único no mundo e ponto de paragem obrigatório para quem visita esta região. Na aldeia de Castanheira, em Arouca, existe um afloramento granítico com cerca de um quilómetro de extensão, onde discos de pedra, designados de nódulos biotíticos, se soltam de rochas de granito, como se delas nascessem: são as pedras parideiras.
A “pedra-mãe”, que data de há mais de 280 milhões de anos, é um afloramento granítico onde estão incrustados pequenos nódulos em forma de discos biconvexos e que têm entre 2 e 12 centímetros. Oscilações térmicas ou os efeitos da erosão fazem com que esses nódulos sejam libertados da rocha-mãe e se espalhem à sua volta, deixando marcado nela o seu vazio, em baixo-relevo. Estas pequenas “pedras-paridas” são compostas pelos mesmos elementos mineralógicos do granito, a camada externa é composta por biotite (mineral de aspecto escuro e brilho metálico) e a interna possui um núcleo de quartzo e feldspato potássico.
O fenómeno não está completamente explicado cientificamente e por isso levanta grande curiosidade e até crenças locais. Nesta região portuguesa, as Pedras Parideiras simbolizam a fertilidade na tradição ancestral. As populações locais creem que o colocar de uma das pequenas pedras-filhas debaixo da almofada de dormir, pode aumentar a fertilidade.
Na aldeia da Castanheira, a Casa das Pedras Parideiras – Centro de Interpretação faz a contextualização geológica e pedagógica do fenómeno, e organiza visitas ao local. Aberto ao público desde novembro de 2012, tem como objectivo contribuir para a conservação, compreensão e valorização deste geossítio de relevância internacional, apoiando as visitas turísticas e educativas a este espaço.

Ler mais:
http://aroucageopark.pt/pt/explorar/o-que-visitar/museus-e-unidades-interpretativas/casa-das-pedras-parideiras-centro-de-interpretacao/
http://www.primeirapedra.com/2016/11/pedras-parideiras/
https://viagensasolta.com/pedras-parideiras-um-fenomeno-unico-no-mundo-aqui-tao-perto-em-arouca/

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Cascata da Cabreia

A Cascata da Cabreia é uma queda de água de origem fluvial que se localiza na Serra da Cabreia, na freguesia de Silva Escura, concelho de Sever do Vouga.
O desnível de 25 metros que constitui a cascata, originou-se pela diferente resistência à erosão das rochas que constituem o leito do rio Mau, com as rochas granitóides, a montante da queda de água, mais duros a resistir à erosão, e os xistos mais macios a serem facilmente erodidos ao longo dos milénios.
Envolvida numa vasta vegetação, a Cascata da Cabreia proporciona a quem a visita verdadeiros momentos de tranquilidade, podendo-se observar um grande diversidade de espécies vegetais e animais.


Ler mais:
http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-da-cabreia-sever-do-vouga-agua-pura-de-cascata-de-25m/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cascata_da_Cabreia
http://www.praiafluvial.pt/cascata-da-cabreia/

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Igreja de São Salvador de Roge

A Igreja de São Salvador, ou igreja matriz de Roge, localiza-se na freguesia de Roge, no concelho de Vale de Cambra.
O conjunto religioso Igreja Matriz e do Cruzeiro que lhe é fronteiro, pertencem ao estilo barroco do séc. XVIII, sendo a construção do templo de uma arquitectura regional. Contudo a fachada deste vai-se inspirar no estilo joanino, em que se nota a demonstração da riqueza de ornamentos denunciando um invulgar arquitecto e artífices que sabiam servir-se do cinzel e de trabalho de cantaria.
Dedicada a São Salvador, apresenta uma planta longitudinal formada por uma nave e capela-mor semicircular, com a torre sineira adossada a esta à direita e a sacristia à esquerda. É formada ainda por duas capelas laterais opostas.
A fachada é delimitada por pilastras de cunhais e com um friso arquitravado que a separa da empena contracurvada, rematada por pináculos em espiral. O rasgo é feito pelo portal principal de moldura recta ladeado por duas colunas torcidas que servem de sustentação para o entablamento de arquitrave com friso decorado com três querubins e dois tritões-crianças. Sobreposto à arquitrave, uma janela rectangular que ilumina o interior do templo está ladeada por dois pináculos em espiral. A fachada é finalizada por um frontão contracurvado de onde emerge uma cruz.
No interior, no berço da nave, o tecto em madeira é pouco comum, dada a sua forma semicircular. Dividido em caixotões, apresenta pinturas com cenas religiosas. O coro, alto, assenta num único arco de volta inteira em cantaria, onde se gravou a data de 1890, altura de uma reforma da igreja. Na capela do lado direito, encontra-se actualmente a pia baptismal, em granito, de pé torcido, assente sobre base quadrada, apresentando a pia decoração vegetalista na base. No altar-mor,dedicado a S. Salvador, um retábulo que enquadra talha setecentista.

Ler mais:
https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-aveiro/c-vale-cambra/roge/igreja-matriz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Roge

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Parque aquático "Vaga Splash"


O Complexo Turístico Vaga Splash situa-se na Praia do Labrego, Praia da Vagueira, freguesia da Gafanha da Boa Hora, concelho de Vagos, distrito de Aveiro.
Está localizado a 50 metros da Ria de Aveiro e a 100 metros do mar.
Não é um dos maiores parques aquáticos do País, nem tem muitas atracções, mas vale a pena pelo ambiente, a paisagem para a Praia da Vagueira e os bungalows que tem para alugar. Quanto a diversões, recomenda-se a descida pelo escorrega tubular. É a atracção que se distingue mais no parque, que depois só tem três escorregas abertos. 
O Parque Aquático Vaga Splash tem ainda acesso directo à praia, um restaurante e campos de jogos. Há ainda um parque infantil para as crianças.
Para além de toda a oferta relacionada com as diversões aquáticas, o Parque Aquático Vaga Splash oferece ainda a possibilidade de aluguer de Bungalows, bem como um bar que serve refeições ligeiras.

Ler mais:
http://www.vagasplash.pt/
https://nit.pt/out-of-town/back-in-town/07-24-2015-as-melhores-atracoes-dos-parques-aquaticos/attachment/44801
http://parquesaquaticos.pt/ver/parque-aquatico-vaga-splash/

Forte Jesus de Mombaça