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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Castelo da Dona Chica

O Castelo da Dona Chica, também referido como Castelo de Palmeira, Casa da Chica ou Palácio de Dona Chica, localiza-se na freguesia de Palmeira, concelho de Braga.
Trata-se de um edifício apalaçado, de características ecléticas sobre um estilo romântico, projetado pelo arquiteto suíço Ernesto Korrodi.
A sua construção iniciou-se em 1915, por iniciativa de Francisca Peixoto de Sousa, nascida no Brasil, que mandou vir do seu país muitas das espécies arbóreas atualmente existentes na mata envolvente.
As obras foram interrompidas em 1919, quando Francisca se separou do marido.
Ao longo de sua história mudou várias vezes de proprietário, arrastando-se as obras por décadas, só sendo concluídas em 1991, adaptado a restaurante e bar.
Foi homologado como Imóvel de Interesse Público por Despacho de 20 de fevereiro de 1985.
Atualmente o imóvel encontra-se num estado de abandono e degradação, depois de passar por uma disputa judicial quanto à sua posse, envolvendo várias entidades.

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_da_D._Chica

domingo, 15 de novembro de 2020

Museu das Migrações e das Comunidades

O Museu das Migrações e das Comunidades foi criado em 12 de julho de 2001 por deliberação da Câmara Municipal de Fafe, como plataforma virtual, com a designação de Museu da Emigração e das Comunidades.
A partir de setembro de 2009, o museu encontra-se instalado no andar térreo da Casa Municipal da Cultura. O Museu das Migrações e das Comunidades, percursor no seu género em Portugal, funda a sua existência no estudo, preservação e comunicação das expressões materiais e simbólicas do universo migratório e, em especial, do ciclo do retorno dos emigrantes portugueses. 
Inscreve as suas finalidades na perspetiva do conhecimento dos movimentos migratórios e, em especial, da emigração portuguesa, detendo-se particularmente na emigração para o Brasil do século XIX e primeiras décadas do XX e na emigração para os países europeus da segunda metade do século XX. Assenta na descoberta dos seus efeitos, decorrentes do cruzamento de povos e culturas, na história económica, social e cultural e naquilo que concorre para a sua compreensão histórica e social.

Fonte: Câmara Municipal de Fafe
https://www.cm-fafe.pt/conteudo?item=31299

Ler mais:
http://www.portoenorte.pt/pt/o-que-fazer/museu-das-migracoes-e-das-comunidades/

domingo, 8 de novembro de 2020

Santuário de Nossa Senhora de Porto de Ave

O santuário de Nossa senhora do Porto de Ave é um complexo religioso de peregrinação situado no lugar de Porto de Ave, freguesia de Taíde, concelho de Póvoa de Lanhoso.
Implantado num monte sobranceiro ao Rio Ave, o Santuário foi edificado no século XVIII, integrando a igreja, um escadório que liga várias ermidas e edifícios de apoio aos peregrinos, nomeadamente um núcleo museológico de arte sacre popular.
A igreja, de planta retangular, exibe uma fachada tardo-barroca, com elementos decorativos em granito a contrastar com a alvenaria, delimitada por duas grandes torres sineiras. No pano central rasga-se o portal, com frontão de volutas interrompido, encimado por nicho com a imagem pétrea de Nossa Senhora de Porto de Ave. Este é ladeado pelas janelas retangulares com frontão triangular interrompido que se abrem no segundo registo, duas em cada lado, sendo que as das extremidades se rasgam no corpo das torres sineiras. No último registo, o frontão triangular com cartela ao centro finaliza o corpo central, enquanto as torres, rasgadas por quatro sineiras, exibem um relógio mecânico e são rematadas por coruchéu de granito.
À esquerda do adro da igreja ergue-se o escadório que conduz ao topo do santuário, dando acesso aos edifícios dos romeiros, e às ermidas do santuário, nas quais foram colocados conjuntos de esculturas de vulto representando cenas da Vida da Virgem e do Menino.
O interior, de nave única, é coberto por abóbada de berço com caixotões, com coro alto que se prolonga transversalmente, onde integra coreto dos órgãos, suportado por mísulas de talha com atlantes. O espaço é totalmente revestido por painéis de azulejos azuis e brancos, com representações da Vida da Virgem emolduradas por silhares de albarradas. Nas paredes laterais erguem-se os púlpitos de talha branca e dourada, com dossel coroado pelas representações da Justiça, Temperança e Prudência, do lado do Evangelho, e da Fé, Esperança e Caridade, do lado da Epístola. No arco toral foram colocadas as armas do Arcebispo D. José de Bragança, e o cruzeiro, com pilastras coríntias policromadas, é coberto por cúpula oitavada rematada com lanternim.

A capela-mor, sobrelevada, é coberta por abóbada de berço com caixotões pintados, exibindo nas paredes laterais duas pinturas representando Santo Ambrósio e Santo Agostinho. Ao fundo ergue-se o retábulo-mor de talha dourada, decorado com concheados e anjos, com trono e maquineta com a imagem da Senhora de Porto de Ave.
Fonte: Catarina Oliveira, DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/en/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/5758529

Ler mais:
https://www.povoadelanhoso.pt/concelho/patrimonio/conjunto-interesse-publico/santuario-nossa-senhora-do-porto-ave/
http://www.confraria-portodave.pt/page.php?link=2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santuário_de_Nossa_Senhora_do_Porto_de_Ave

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Igreja de Vilar de Frades (dos Lóios)

A Igreja de São Salvador de Vilar de Frades, também referida como Igreja de Vilar de Frades e Igreja do Mosteiro dos Lóios, localiza-se no sopé do monte Airó, junto à margem esquerda do rio Cávado, na freguesia de Areias de Vilar, concelho de Barcelos.
A igreja românica primitiva, de que subsistem alguns elementos no lado sul - à direita de quem vê - da fachada ("torre velha") tem sido datada de forma irregular por vários autores, variando de 1070 até ao início do século XIII. Contudo, tendo em conta a data da carta de couto e as características estilísticas dos elementos conservados, próprios do Românico tardio, crê-se que tenha sido feita no último quartel do século XII. Tanto o portal como a janela que o encima foram reconstruídos no início do século XIX, modificando, provavelmente, grande parte da estrutura original.
A igreja, com planta em forma de cruz latina com transepto reduzido, tem a cabeceira para leste. O corpo é de nave única, separada de cinco capelas laterais intercomunicantes de cada lado que se demarcam da nave por grades de madeira. Estas características assemelham-se ao que foi designado como igrejas criptocolaterais, comuns desde meados do século XVI. 
A capela mor é relativamente profunda, com planta retangular, de dimensões monumentais, ao contrário do transepto, mais modesto na sua volumetria, existindo um desnivelamento pouco acentuado entre estes dois espaços, o que facilitaria a comunicação com a nave. 
Existem na igreja vários revestimentos azulejares de grande interesse, alguns seiscentistas, assinados e datados de 1742 forrando duas capelas do interior, e outros já do século XVIII, possivelmente de fabrico regional e bastante raros. O altar-mor é uma peça de talha imponente, em estilo nacional, datado de 1697.
Foi declarada Monumento Nacional em junho de 1910.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70698/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1053
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Vilar_de_Frades

Mosteiro de Vilar de Frades (dos Lóios)

O conjunto arquitetónico da Igreja e Convento de São Salvador de Vilar de Frades (ou dos Lóios), situa-se na freguesia de Areias de Vilar, próximo da cidade de Barcelos.
O mosteiro beneditino de Vilar de Frades terá sido fundado em 566 pelo bispo S. Martinho de Dume. A sua total ruína, na sequência das invasões muçulmanas, levou a uma completa reconstrução românica do cenóbio quinhentos anos mais tarde, em 1070, por encomenda de D. Godinho Viegas. Logo no início do século XIV a propriedade encontra-se despovoada, e em 1425 é entregue a uma nova congregação, dirigida por Mestre João Vicente, futuro bispo de Lamego e Viseu, os Cónegos de S. Salvador de Vilar de Frades, conhecidos por Lóios por lhes ter sido doada a Igreja de Santo Elói, em Lisboa, designação que perdurou mesmo quando o nome da congregação foi alterado.
Da primitiva construção resta apenas o portal, com três arquivoltas ricamente ornamentadas de seres fabulosos e elementos naturalistas e geométricos, assentes em colunelos com capitéis historiados representando um bestiário típico do românico. A partir do século XVI várias obras de ampliação e remodelação começam a alterar substancialmente a feição do antigo mosteiro românico e de toda a cerca conventual, datando de meados de quinhentos uma segunda torre, a norte, os dormitórios, o refeitório, a cozinha, a biblioteca e o claustro, ao centro do qual se erigiu um chafariz de mármore. Quinhentistas são ainda o cadeiral do coro, o órgão da igreja e o retábulo do altar-mor, pertencendo já a finais do século o retábulo do Espírito Santo. Mas as obras manuelinas estão entre as mais impressionantes, conservando-se o portal principal em asa de cesto e terminação conupial, integrado em alfiz, e enquadrado por dois grandes colunelos ao modo de troncos podados, ao qual se acede por um alpendre saliente, e no interior a elegante e complexa abóbada nervurada cobrindo a nave única desta igreja-salão, com vasta capela-mor (concluída apenas em meados do século XVII). De salientar ainda a abóbada do braço sul do transepto, muito ornamentada. A autoria destas obras foi recentemente atribuída a João Lopes o Velho, famoso arquiteto dividido entre a Galiza e o Norte de Portugal.

Fonte: Catarina Oliveira, DGPC
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70698/

Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Vilar_de_Frades
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1053
https://www.culturanorte.gov.pt/patrimonio/convento-de-sao-salvador-de-vilar-de-frades/

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Restaurante "Agra na Boca"

O Restaurante "Agra na Boca" situa-se na aldeia turística de Agra em plena Serra da Cabreira a 15 km da vila de Vieira do Minho. É um restaurante típico recentemente recuperado mantendo contudo a arquitetura vernacular. Tem capacidade para 60 pessoas. 
Com uma cozinha tipicamente regional, tenta preservar as tradições gastronómicas pelo que a sua aposta vai para a Posta de Vitela barrosã, o costeletão de vitela barrosã acompanhados com batata a murro e legumes salteados, o cabrito assado em forno a lenha entre outros pratos tradicionais.
O restaurante só funciona ao fim de semana e mediante reserva.

Fonte:
https://cm-vminho.pt/locais/agra-na-boca/?mp=886&mc=1892

sábado, 24 de outubro de 2020

Tesouro-museu da Sé de Braga

O Tesouro-Museu da Sé de Braga situa-se no centro histórico da cidade de Braga. Está inserido no conjunto monumental da Catedral de Braga, mais concretamente, na antiga casa do Cabido, uma construção do século XVIII. O seu acervo é constituído por peças de arte sacra de inestimável valor, recolhidas ao longo de mil anos de vida cristã dinamizada a partir da Catedral.

O Tesouro-Museu da Sé de Braga, fundado em 1930, é um lugar cheio de história onde se guardam notáveis tesouros. Tem algumas das peças mais relevantes para contar a História do país, mesmo quando ainda não uma nação. Por entre as peças mais emblemáticas contam-se: o túmulo paleocristão (séc. V-VI), o Cofre de Marfim (1004-1008), ou Cálice e a Patena de S. Geraldo (séc. XI). Mas também outras, como a Mitra e as Luvas do Arcebispo D. Gonçalo Pereira (1326-1348), a escultura da Virgem do Leite (1515) e o Órgão Portátil (1685), atraem a atenção dos visitantes.
O museu contempla além de núcleos temáticos ligados à história da Igreja de Braga, outros núcleos expositivos que retratam o "Nascimento" e "Paixão e Morte" de Jesus Cristo. Essa exposição permanente recebeu o nome "Raízes de Eternidade: Jesus Cristo – Uma Igreja".
Também é possível visitar-se várias capelas e salas, o coro da catedral com os seus órgãos, apenas acessíveis com visita guiada.

Ler mais:
https://se-braga.pt/o-tesouro-museu-da-se-de-braga/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/museus-e-monumentos/rede-portuguesa/m/tesouro-museu-da-se-de-braga/

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Torre e Casa de Gomariz

Localizado no lugar do Castelo, em Cervães, o conjunto da Torre e Casa de Gomariz designa uma unidade constituída por uma casa-torre, um bloco edificado de planta retangular, composto por um torreão quadrangular e um espaço habitacional retangular, adossado à direita. O complexo integra-se numa quinta com capela, uma eira com sequeiro, terrenos agrícolas e uma mata.
A propriedade de Gomariz aparece mencionada pela primeira vez em 1296, ano em que foi adquirida pelo Cónego da Sé de Braga e contador do rei D. Dinis, Estêvão Durão Esteves. O edifício é datado da primeira metade do século XVI, mas a torre da Casa de Gomariz revela uma tipologia de habitação nobre característica do final da Idade Média.
A torre divide-se em quatro pisos diferenciados exteriormente por vãos, totalizando cerca de 12 metros de altura, com o coroamento em cornija sobre o qual assenta um balcão de ameias composto por merlões pontiagudos. Nos ângulos foram colocados matacães, ladeados por gárgulas zoomórficas e em forma de canhão.
O alçado principal apresenta uma porta retangular central, encimada por duas janelas com guarda de ferro, a superior ladeada por duas pedras de armas. No último registo abre-se uma janela de mainel. A fachada lateral esquerda exibe uma composição de fenestrações igual ao do frontispício, não existindo nenhuma porta de entrada. As duas restantes fachadas laterais, por estarem adossadas ao edifício habitacional, mostram apenas a janela de mainel superior.
O edifício retangular que se adossa à direita divide-se em dois registos, exibindo na fachada principal um terraço com escada ao centro que percorre todo o piso superior, assente sobre o piso térreo, mais destacado, com portas de entrada precedidas por reentrâncias.
Ambos os espaços, nomeadamente no que concerne à distribuição interior, foram profundamente alterados por recentes obras de reabilitação, no sentido de transformara propriedade num empreendimento turístico designado por "Torre de Gomariz - Wine & Spa Hotel".
Está classificado como Monumento de Interesse Público desde 2019.

Ler mais:
https://www.torredegomariz.com/
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70760
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1134

sábado, 17 de outubro de 2020

O Figurado de Barcelos

O Figurado de Barcelos, produto artesanal certificado, constitui atualmente uma das maiores produções artesanais do concelho. Esta produção iniciou-se como uma atividade subsidiária da olaria, nos tempos livres e aproveitando pequenas porções de barro, faziam-se pequenas peças para as crianças brincarem, nomeadamente figuras de pessoas ou animais onde se colocavam na base das mesmas um apito ou instrumentos musicais (ocarinas, rouxinóis, cucos, gaitas, entre outros). 
O Figurado de Barcelos distingue-se de qualquer outra produção, assumindo características únicas, quer nas formas quer nas cores. Esta é portanto uma produção de excelência, sendo as mais comuns entre os vários artesãos, as de cariz religioso e festivo (santos, presépios e Cristos, etc.), as referentes à vida quotidiana (profissões, pessoas, festividades, etc.), o bestiário (diabos, figuras disformes e ambíguas) figuras várias e miniaturas onde se destaca o famoso Galo de Barcelos.
O Figurado é um instrumento da nossa cultura e história comum, que retrata em cada época, o seu tempo. É uma forma popular de expressão artística que continua “viva” e se materializa através do barro. O Figurado pintado ou vidrado tem a capacidade ímpar de retratar a evolução da nossa sociedade ao longo dos tempos e as tradições que lhe estão subjacentes nos domínios cultural, etnográfico, económico e religioso, sem prejuízo da inovação e modernidade.
As principais oficinas de artesãos ligados à arte do Figurado situam-se nas freguesias envolventes da cidade de Barcelos, nomeadamente as de Areias, Galegos (Santa Maria) e Galegos (S. Martinho).

Fonte:
http://artesanato.barcelos.pt/figurado.html

domingo, 11 de outubro de 2020

Cruzeiro do Campo das Hortas (das Carvalheiras)

O cruzeiro do largo das Carvalheiras passou a ocupar este lugar por volta de 1913, quando no Campo das Hortas foi substituído por um fontanário.
Ergue-se sobre um soco de sete degraus quadrangulares, parcialmente de oito devido ao desnível do piso. O fuste assenta num paralelepípedo em altura, possuindo nos quatro lados relevos com festões e tachas planificadas.
Sobre esta base está o fuste com a coluna monolítica e circular, com duas partes distintas em que o primeiro terço é ornado de pontas de diamante e, na parte superior, com caneluras.
O capitel, sob a forma coríntia, vai a rematar uma pequena esfera que serve de base para uma cruz cardinalícia, com dois braços na horizontal, em que o superior é mais curto. 
O cruzeiro foi mandado edificar pelo arcebispo D. Furtado de Mendonça, no século XVII.
Está classificado como Monumento Nacional, desde 1910.

Ler mais:
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=20693
https://www.visitarportugal.pt/braga/braga/braga/cruzeiro-carvalheiras

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Museu Nacional Ferroviário - Núcleo de Lousado

O Museu Nacional Ferroviário – Núcleo de Lousado situa-se na freguesia de Lousado, Concelho de Vila Nova de Famalicão, junto à estação de caminhos-de-ferro, no entroncamento entre a Linha do Minho e a Linha de Guimarães. O Museu está sobre tutela da Fundação Museu Nacional Ferroviário, sendo gerido em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. O edifício ocupa a totalidade do antigo complexo oficinal da Companhia de Caminhos-de-Ferro de Guimarães, com uma área aproximada de 1400 m2.
O Núcleo de Lousado é um projecto alternativo à antiga Secção Museológica, aberta ao público no ano de 1979 do século XX, por iniciativa de Armando Ginestal Machado, grande impulsionado da museologia ferroviária em Portugal – que foi demolida por força das obras de modernização e electrificação das Linhas do Minho e de Guimarães.
Em termos de arquitectura, foram respeitadas as tipologias, funções e materiais construtivos dos edifícios. A implementação do Museu desenvolveu-se com base nas boas práticas da museologia contemporânea, contemplando áreas de acesso público e privado, espaços de acolhimento ao público, loja, visitas guiadas e garanta de mobilidade de todos os visitantes.
Considerado como um dos pólos de maior relevância no contexto ferroviário português, o acervo é constituído por material circulante, na sua maioria de via estreita, bem como acervo ferroviário de variadas tipologias, destacando-se os equipamentos de via e obra, bilhética, oficina e serviços educativos.
Relativamente ao material circulante exposto, o mesmo está organizado cronologicamente e tem como objectivo principal mostrar diversas locomotivas e carruagens. Este material foi construído entre 1875 e 1965, é originário de oito companhias, tendo sido adquirido a seis países e quinze construtores.
A principal particularidade deste museu não passa por ser o primeiro do género em Portugal, mas antes pela inovação discursiva no âmbito museológico: rigoroso no tratamento dos temas e com enquadramentos naturais dos conteúdos.
A concepção arquitectónica do edifício atendeu as necessidades próprias de um espaço que será, também, dedicado à investigação e ao conhecimento, sobressaindo o auditório instalado na antiga carruagem do Vale do Vouga, com equipamento audiovisual próprio e dupla valência, alem de espaço para exposições temporárias.
O projecto de arquitectura e restauro respeitou as tipologias, as funções e os materiais construtivos dos edifícios, hoje com lugar de destaque no âmbito da arqueologia industrial. 
Parte das coberturas é de telha marselha assenta num sistema de asnas à francesa, com clarabóias longitudinais e forro em madeira. Algumas paredes, construídas com pequenas porções de xisto preto e castanho, fazem jus ao nome da terra, Lousado.

Fontes: 
https://www.fmnf.pt/nucleos_museologicos_nucleo_lousado
 http://ominho-zezinhomota.blogspot.com/2008/08/freguesia-onde-nasci-lousado-1.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Ferroviário_de_Lousado

sábado, 15 de dezembro de 2018

Casa do Penedo

No alto de um monte, perdida nos verdes campos, a Casa do Penedo foi construída entre quadros grandes rochas naturais do local e assim se edificou sem se anunciar.
Na Serra de Fafe, perto do limite do concelho de Cabeceiras de Basto, a Casa do Penedo é desde a década de 1980 um símbolo único da relação entre o humano e a natureza pela forma como três grandes blocos de granito servem a sua estrutura. Em Portugal nem todos a conhecem porque, seguindo a essência do seu traço, não se anuncia a espectáculos nem a turistas.
A sua construção foi iniciada em 1974 e durou cerca de dois anos, tratando-se de uma residência rural, utilizada pelos seus proprietários como destino de férias. A Casa do Penedo integra-se completamente na sua paisagem rural envolvente. A sua construção é inteiramente feita em rocha, à excepção das portas, janelas e telhado.
O interior apresenta também um estilo rústico, onde a mobília, as escadas e os corrimãos são feitos de troncos. O sofá, pensado ao estilo rústico, é feito em betão e madeira de eucalipto e pesa 350 kg, fazendo desta casa um local a visitar e que tem despertado a curiosidade de muitos turistas ao longo do mundo, face a sua originalidade e beleza.
Não possui qualquer instalação eléctrica.

Ler mais:
https://shifter.sapo.pt/2018/09/casa-do-penedo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_do_Penedo
https://www.publico.pt/2009/10/05/jornal/ha-quem-va-a-fafe-a-procura-da-casa-do-penedo-a-pensar-nos-flintstones-17955566

domingo, 9 de dezembro de 2018

Viola Braguesa

A viola de Braga, também conhecida por braguesa, existe oficialmente desde o Séc.XVII. No entanto, acredita-se que umas dezenas de anos antes já se ouvissem pelas festas e romarias minhotas violas braguesas a animar as hostes. Tocando chulas e viras, as braguesas eram também utilizadas para dar música aos cantares ao desafio, tão tradicionais da região minhota.
Nestes tempos era comum que as gentes se juntassem nas eiras, em grandes grupos, para cantar e dançar num ato de comunidade. Estes grupos de pessoas dividiam-se em dois tipos, os que tocavam e os que dançavam, sendo muito provável que a viola braguesa fosse figura central de um conjunto de instrumentos que contaria ainda com bombos, gaitas galegas, cavaquinhos e concertinas.
É uma viola de corpo cintado, com ligeiro encurvamento, medindo cerca de 90 cm, dos quais 45 cm pertencem à caixa, 23 cm ao braço e 22 cm à cabeça. Da pestana ao cavalete vão 50 cm, a ilharga com 5 cm junto ao braço e 6 cm no fundo. Boca circular ou em “boca de raia”, escala rasa ao tampo, encordoada com cinco ordens de cordas duplas, sendo 2 ou 3 pares de aço fino, e 2 ou 3 bordões acompanhados de 2 ou 3 cordas finas (cordas superiores).
Na sua construção as madeiras mais usadas são: pinho de flandres no tampo (tília ou choupo nos modelos mais modestos), pau santo para fundo e ilhargas (nogueira nos modelos mais modestos). Tanto o tampo como o fundo devem ser emendados com os veios da madeira emparelhados. A escala é de pau preto, ou de madeira pintada nos modelos mais baratos. O braço pode ser em mogno, ou em choupo, plátano e tília (modelos mais económicos). O cavalete é de pau santo ou madeira pintada. As cravelhas de pau preto, madeira pintada, mas modernamente as cravelhas são mecânicas e de metal.

Ler mais:
http://casadaguitarra.pt/produto/braguesa/
https://webraga.pt/blog/a-viola-braguesa/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Violas_portuguesas#Viola_braguesa
http://www.ofado.pt/?p=6692

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Largo do Toural

O Largo do Toural é uma das praça mais centrais e importantes de Guimarães. Considerado hoje como o coração da cidade, era no século XVII um largo extramuros junto à principal porta da vila, onde se realizava a feira de gado bovino e outras de diversos produtos. 
Em 1791 a Câmara aforou o terreno junto à muralha para edificação de prédios, que foram feitos mais tarde segundo planta vinda possivelmente de Lisboa, e determina-se assim, o início da lenta transformação do Toural. Na segunda metade do século é construído o Jardim Público, rodeado por um gradeamento de ferro, que abre em 1878. Para este espaço é criado um mobiliário urbano enquadrado na nova arquitectura do ferro: coreto, mictório, bancos e candeeiros. 
Com a implantação da República o Jardim Público é transferido para outro local, sendo então colocada no centro do Toural a estátua de D. Afonso Henriques. Alguns anos depois esta vai para o Parque do Castelo e é substituída por uma vistosa Fonte Artística. Actualmente, resultado da intervenção realizada em 2011, regressou ao largo o Chafariz renascentista de três taças, originalmente colocado no Toural em 1583, e depois transferido para o Largo Martins Sarmento entre 1873 e 2011.
Está rodeado por alguns dos espaços mais emblemáticos da cidade, passados de geração em geração, e de novos conceitos que pretendem trazer inovação à praça, sem nunca perder as marcas da história que se prendem nos edifícios. Aqui, novas ofertas hoteleiras e concept stores tecem uma malha urbana com lojas tradicionais e referências da confeitaria e gastronomia da região, numa dinâmica que enriquece tanto o Largo do Toural como a cidade de Guimarães.

Ler mais:
https://www.guimaraesturismo.com/pages/153?geo_article_id=107
https://pt.wikipedia.org/wiki/Largo_do_Toural
https://www.evasoes.pt/ar-livre/toural-um-largo-a-nao-perder-em-guimaraes/

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Arco da Porta Nova


O Arco da Rua do Souto foi aberto na muralha que circundava a cidade de Braga no início do século XVI, por iniciativa do então Bispo D. Diogo de Sousa, responsável pelo grande impulso de desenvolvimento que fez crescer a localidade, não apenas em termos urbanos, mas também culturais.
A sua actual feição data de 1772, por iniciativa do arcebispo D. Gaspar de Bragança, com projecto do arquitecto bracarense André Soares, num momento histórico em que a cidade rompia as antigas muralhas, expandindo-se.
O Arco, de volta perfeita, é enquadrado por duas pilastras de cada lado, que suportam um frontão interrompido, com pináculos laterais. Ao centro encontra-se o brasão do arcebispo D. Gaspar de Bragança, a imagem alegórica de Braga (c. 1715) e as armas de Portugal, que mantêm uma linguagem rococó. Na face oposta, o monumento apresenta apenas uma pilastra de cada lado, e os elementos que o compõem denotam um maior movimento, próprio das obras de Soares realizadas em meados do século. Se a obra de André Soares imprimiu a Braga uma importante marca tardo-barroca e rococó, o Arco da Rua Nova tem de ser entendido enquanto uma das suas mais significativas intervenções urbanas. 
Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde junho de 1910.

Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70320/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_da_Porta_Nova
https://conhecerportugal.com/arco-porta-nova

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Termas de Vizela

É já de longa data que a actual cidade de Vizela é conhecida como a “Rainha das Termas de Portugal”.
Vizela, foi palco de verdadeiros anos de “ribalta”, mas também assistiu a anos de profundo declínio, contudo as termas sobreviveram a todas as conquistas e reconquistas desta região, tendo mantido sempre a sua actividade.
As águas de Vizela eram exploradas com intuitos comerciais desde os tempos mais remotos. Estas águas que brotavam das fontes com variados graus de calor, eram vendidas, em pipas, para os senhores ricos do Porto e de Guimarães usufruírem delas nos seus banhos particulares.
Por volta do século XVIII, existiam uns 5 charcos de água, onde apenas os mais desfavorecidos se banhavam, pois as condições eram realmente ainda impróprias para a prática do termalismo.
As atuais instalações termais começaram a ser construídas em 1870. Três anos mais tarde, é fundada, por António José Ferreira, a Companhia dos Banhos de Vizela. Com a preciosa ajuda deste organismo, o Turismo sofre um significativo desenvolvimento.
Em 1883, frequentavam as instalações termais de Vizela, mais de 50 mil pessoas.
Em 1892, dá-se a inauguração oficial dos balneários termais. Nesta altura, Vizela vivia os seus “anos dourados”. Este era o local privilegiado para os ricos das colónias brasileiras e inglesas fazerem os seus piqueniques, bailes, arraiais minhotos e outras grandiosas animações.
A afluência dos aquistas registou altos e baixos, o que fazia consequentemente oscilar o próprio desenvolvimento da actual cidade. Nos anos vinte, os jogos do Casino que existiam em Vizela e que faziam chegar a Vizela gentes de muito dinheiro, foram extintos. Obviamente que com tal situação, a afluência dos turistas diminuiu significativamente.
A considerável extinção das doenças de sangue, nomeadamente da sífilis, foi um factor que contribuiu para o declínio das termas, pois estas doenças eram curadas com as águas sulfurosas de Vizela.
Posteriormente, a actividade termal vivida nesta terra justificou a criação da Junta de Turismo. Com a regeneração dos serviços turísticos, instalados em edifício próprio em 1968, recomeçou também a animação da estância e os dois organismos passaram a trabalhar em estreita cooperação.
Todo este desenvolvimento promissor volta a estagnar-se com a extinção da Junta de Turismo em 1982.
Actualmente as termas estão a funcionar por completo. Foram feitas várias remodelações, que permitem com que o termalismo seja ainda hoje, o principal atractivo turístico desta cidade.
As águas sulfurosas de Vizela são conhecidas internacionalmente pelas suas propriedades benéficas e terapêuticas desde o tempo dos romanos, sendo o Balneário de Vizela o principal atractivo turístico desta cidade. O actual edifício é um magnífico exemplar arquitectónico rodeado por jardins que propiciam o relaxamento geral e inspiram sensações de tranquilidade e apaziguamento aos visitantes. As aprazíveis características destas águas, com diversas indicações terapêuticas aliadas a um ambiente que incute bem-estar, trazem anualmente a Vizela milhares de pessoas provenientes de toda a parte. 
As águas sulfurosas de Vizela pertencem à classe das águas sulfuradas sódicas de classificação hidrológica de Durand Fardel e muito ricas em flúor.
São trinta e três nascentes, todas distribuídas pela Lameira (actualmente Praça da República), Médico, Mourisco e Rio. Estas nascentes divergem umas das outras, as suas temperaturas variam entre os 15ºC e os 63ºC. O caudal das diversas nascentes ultrapassa o milhão de litros por dia.

Ler mais:
http://www.vizela.pt/?page_id=36
http://www.termasdeportugal.pt/estanciastermais/Caldas%20de%20Vizela
http://www.portoenorte.pt/pt/o-que-fazer/termas-de-vizela-centro-termal-tesal/
https://lifecooler.com/artigo/atividades/termas-de-vizela-centro-tesal/337806

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Torre e Solar de Azevedos


Situado na freguesia de Lama, outrora denominada Azevedo, no concelho de Barcelos, o Solar de Azevedos é considerada uma das mais monumentais casas solarengas do norte do País.
O núcleo primitivo do solar corresponde ao maciço torreão lateral, edificado no início do século XVI. Esta torre é exemplo de um modelo de residência senhorial quinhentista, designada por casa-torre , muito comum no Alto Minho. Esta tipologia retomou a estrutura do torreão de defesa muito utilizado na arquitectura militar medieval, utilizando-o não para fins defensivos mas como símbolo de nobreza de linhagem. Conserva uma das principais características da arquitectura medieval - coroamento de ameias chanfradas e janela renascença - na fachada exterior. Numa das faces da torre lê-se uma inscrição, datada de 1536, que se refere a Martim Lopes de Azevedo, que reivindicou a posse do edifício como chefe de linhagem.
A estrutura da casa seria alterada no século XVIII, com a construção de um corpo residencial anexo à torre. De feições barrocas, este novo edifício desenvolve-se longitudinalmente dividido por dois pisos. Na fachada principal foi edificada, no andar nobre, uma grande varanda com colunata, recuperando o modelo da loggia quinhentista, que abre para o jardim da casa. 
Na época da reforma da casa, o salão nobre da torre quinhentista foi decorado com painéis de azulejos com cenas relativas à história da família Azevedo, e o tecto de madeira que cobre o espaço foi dourado e policromado. 
A capela privativa, dedicada a Nossa Senhora do Leite, contem os túmulos dos primeiros condes de Azevedo.
O conjunto está classificado como Monumento de Interesse Público desde 1989.


Ler mais:
http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71286/
http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=47
"Tesouros Artísticos de Portugal" (1976) - Selecções do Reader's Digest

Forte Jesus de Mombaça