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domingo, 4 de outubro de 2020

A lenda de "Mendo e a Menda"

São várias as lendas associadas à aldeia histórica de Castelo Mendo, no concelho de Almeida. Uma delas  é a de “A Menda e o Mendo”, que remete para a existência, numa gárgula em pedra na parede da antiga Domus Municipalis (antigo tribunal), uma figura incrustada na parede que se assemelha a um homem e, numa pedra de uma casa térrea em frente, encontra-se a figura de uma mulher.
São dois curiosos elementos decorativos, dos quais pouco se sabe, e que o povo batizou, respetivamente, de Mendo e Menda, em homenagem ao nome da terra.
Ninguém sabe a história destas duas figuras, mas o mistério que as rodeia povoa, há muito, a imaginação dos habitantes, que acreditam que a aldeia terá sido palco de um amor proibido como Romeu e Julieta, e que os amantes foram condenados para sempre a contemplarem-se à distância, nas pedras de Castelo Mendo.

Ler mais:
https://expresso.pt/opiniao/opiniao_contos_da_ciberavos/o-mendo-e-a-menda=f526610
http://www.portugalnotavel.com/aldeia-historica-de-castelo-mendo-almeida/
https://ointerior.pt/regiao/lendas-de-castelo-mendo-inspiram-dois-dias-de-festa-na-aldeia-historica/

terça-feira, 9 de outubro de 2018

A lenda da Justiça de Fafe

A Justiça de Fafe é um dos símbolos referenciais maiores, embora controverso, desta cidade. É para muitos o verdadeiro ex-libris de Fafe. O símbolo da Justiça tem como base uma famosa lenda, com diversas versões.
A versão mais corrente fala de um episódio, registado no século passado e protagonizado pelo Visconde de Moreira de Rei, político influente no concelho e homem de bem, mas não de levar afrontas para casa. Deputado às Cortes, terá chegado atrasado a uma sessão daquele órgão monárquico, no que terá sido censurado grosseiramente por um “tal Marquês”, também deputado, que chegou ao desplante de lhe chamar “cão tinhoso”. O nosso Visconde fingiu não ouvir o impropério e mostrou-se tranquilo durante a sessão mas, finda aquela, interpelou o Marquês petulante, repreendendo-o pelas palavras descorteses que lhe havia dirigido. Em vez de lhe pedir desculpa, este arremessou-lhe provocadoramente as luvas ao rosto. Na época, os conflitos resolviam-se em duelo, que se tornou inevitável. Ao ofendido competia escolher as armas. E quando todos pensavam que iria preferir espadas ou pistolas, como era usual na altura, o Visconde apresenta-se para o recontro munido de dois resistentes varapaus. O Marquês, é claro, não sabia manejar tal arma. 
E assim, quando a sessão de bordoada começou, o Visconde, perito na arte do jogo do pau, tradicional nesta região, enfiou tanta fueirada no rival que, como escreve o poeta, “pôs-lhe o lombo num feixe”. À gargalhada perante o acontecimento, os assistentes não se contiveram e gritaram, em coro: “Viva a Justiça de Fafe”.
No dia 23 de Agosto de 1981, no espaço traseiro do Palácio da Justiça, foi inaugurado um monumento da autoria de Eduardo Tavares, evocativo desta lenda. Consiste em um estátua com a particularidade de representar um homem a bater noutro com um pau (e não uma vara) e foi colocada nas traseiras do tribunal de Fafe, insinuando que quando a justiça oficial não funciona, a mão popular apresenta-se.

Ler mais:
http://www.cm-fafe.pt/conteudo?item=31287
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_da_Justiça_de_Fafe
http://www.montejunto.net/lendas-de-portugal
http://www.faroldanossaterra.net/2014/10/09/lenda-da-justica-de-fafe-2/
http://www.portoenorte.pt/pt/o-que-fazer/monumento-a-justica-de-fafe/

domingo, 29 de julho de 2018

A lenda do Menino Jesus da Cartolinha

A lenda do Menino Jesus da Cartolinha, conta que Miranda se encontrava cercada de tropas espanholas, estando estas na eminência de tomarem as muralhas, muito cobiçadas pela sua importância estratégica, quando surgiu, não se sabe de onde, um jovem que ia gritando pelas ruas, incitando à revolta.
A população já se encontrava descrente e sem forças não podendo oferecer resistência por muito mais tempo (pois o cerco mantinha-se há vários meses), sendo a fome e a sede os principais inimigos. Como por milagre as forças renasceram e após a dura batalha, os invasores foram expulsos.
A praça de guerra foi salva! Procuraram o menino-prodígio! Queriam homenageá-lo, honrá-lo, mas não o encontraram. Como aparecera assim desaparecera! “Foi um milagre de Jesus”- do Menino Jesus da Cartolinha - disse o povo.
Mandaram então esculpir uma imagem do Menino Jesus vestido de fidalgo cavaleiro, à maneira do tempo e colocaram-no num altar da catedral.

Fonte: http://www.folclore-online.com/lendas/tmontes/menino_jesus_cartolinha.html#.W15xNdJKhQI

Ler mais:
http://mirandadodouro.com.pt/lenda-do-menino-jesus-da-cartolinha/
https://ncultura.pt/menino-jesus-da-cartolinha-o-guardiao-dos-mirandeses/
https://amateriadotempo.blogspot.com/2011/10/o-menino-jesus-da-cartolinha.html

quarta-feira, 25 de julho de 2018

A lenda do Galo de Barcelos

Todos os portugueses, e muitos estrangeiros, já ouviram falar no famoso galo de Barcelos, um verdadeiro símbolo nacional. Ainda assim, muitos serão os que desconhecem a lenda que está na sua origem e que está directamente relacionada com o caminho português de Santiago.
Logo à chegada à cidade, no pátio das ruínas dos Duques de Barcelos, encontramos um dos mais antigo vestígio desta lenda: o cruzeiro, que terá sido esculpido pelo galego cuja história deu origem à lenda.
Por toda a cidade se encontram hoje enormes galos, com as mais variadas decorações. Encontrei um especialmente interessante, decorado com uma banda desenhada que conta a lenda e, que apresento a seguir.
Segundo a lenda, os habitantes de Barcelos andavam alarmados com um crime, do qual ainda não se tinha descoberto o criminoso que o cometera. Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo. Este jurava inocência, clamando que estava apenas de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela, em cumprimento duma promessa.
Condenado à forca, o homem pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos.
Cruzeiro do Senhor do Galo
O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.” O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo mas, quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz.
A lenda do Galo de Barcelos inscrita na parede de
 um restaurante em Canterbury, Inglaterra.
Alguns anos mais tarde, o galego teria voltado a Barcelos para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo em louvor à Virgem Maria e a São Tiago. Este cruzeiro é a mais antiga representação da lenda do Galo de Barcelos e apresenta os principais intervenientes da história: O peregrino, o enforcado e o galo.
Hoje o "galo de Barcelos" é conhecido em todo o mundo e perpetua esta lenda.


Fonte (com a devida vénia): David Samuel  https://www.dobrarfronteiras.com/lenda-galo-barcelos/

Forte Jesus de Mombaça