A Sé Catedral de Viseu começou a ganhar forma no século XII, em pleno reinado de D. Afonso Henriques, impulsionada pelo bispo D. Odório. Inicia-se então a construção de uma catedral no estilo românico, do qual resta muito pouco. No reinado de D. Dinis, tendo a cidade atingido um período áureo, procede-se a uma renovação profunda do edifício, ainda no século XIII, sob a alçada do bispo D. Egas. No entanto, a Crise de 1383-1385 foi nefasta para as obras, tendo estas estarrecido até depois da crise.
O gótico da Sé viseense seguiu as linhas originais, com um corpo de três naves e três tramos, aproximando-se assim de um estilo românico, mais do que gótico, tipicamente espaçoso. Outra peculiaridade inerente será o facto de que a monumentalidade desta catedral tenha sido obtida pela robustez das suas paredes-muralhas.
No período manuelino, a Sé viseense viria a absorver intervenções de grande qualidade estética, como as típicas abóbadas das naves.
Também a acção de D. Miguel da Silva, protector do célebre Grão Vasco e introdutor do Renascimento em Portugal, seria determinante: deve-se a este prelado o claustro renascentista.
Já em plena Idade Moderna, sucederam-se novas obras na Sé, concluídas rapidamente. Em 1635 ruiu uma das torres medievais, arrastando consigo o portal manuelino. A reconstrução da fachada foi bastante limitada, influenciada por uma considerável contenção de despesas.
O barroco trouxe a este edifício ricas obras de talha, azulejo e pintura. O órgão, retábulo-mor (de concepção atribuída a Santos Pacheco), os painéis em azulejo do claustro e a casa do cabido são exemplos perfeitos, que revelam como esta Sé de Viseu se conseguiu manter actualizada durante as correntes estéticas dominantes do século XVIII.
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9_de_Viseu
Ler mais:
https://www.academia.edu/307598/Monumentos_de_Escrita._400_Anos_da_Hist%C3%B3ria_da_S%C3%A9_e_da_Cidade_de_Viseu_1230-1639
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/se-catedral-de-viseu
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