Situadas junto à encosta da serra da Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, as Termas de Monfortinho beneficiam de uma das mais antigas fontes termais do nosso país. Graças ao poder terapêutico das suas águas mas, também, pela natureza quase intacta que rodeia a região, as Termas de Monfortinho são local de visita obrigatória para quem quer cuidar do corpo e da mente.
Embora não exista qualquer prova que sustente esta teoria, a tradição admite a exploração do manancial da Fonte Santa de Monfortinho, como é designado, desde o período romano. Certo é que já no século XVIII Francisco da Fonseca Henriques, médico de D. João V, no seu Aquilégio Medicinal, fala-nos destas caldas e dos seus efeitos milagrosos na cura de males articulares, da pele, do sistema digestivo e hepático, do sistema reprodutor feminino e do foro psiquiátrico.
Durante séculos, este manancial de água num local desértico foi livremente utilizado por gentes de ambos os lados da fronteira para a cura de diversos males, embora as infra-estruturas existentes fossem muito deficitárias. Para os banhos era utilizada uma pequena casa erigida em granito, intitulada de Casa do Banho Público, de muito débeis e arcaicas condições. Esta seria demolida já durante o inicio do século XX, aquando das obras de remodelação levadas a cabo pela Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho, que obteria a exploração destas termas.
A Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho seria fundada em 1907 por 32 sócios, sendo seu grande impulsionador José Gardete Martins, médico e director clínico vitalício daquele estabelecimento termal. Com esta fundação, terminava o livre acesso da população a este manancial, ocorrido durante séculos, iniciando-se a empresarialização da sua exploração. Durante o período da I Guerra Mundial, as Caldas de Monfortinho conheceram um período de grave crise compensado,contudo, durante os anos da Guerra Civil Espanhola e da II Guerra Mundial, período durante o qual se observou um grande incremento do número de banhistas.
O grande problema que, contudo, inviabilizou um maior desenvolvimento destas termas foi a sua interioridade e a falta de vias de comunicação de qualidade. Ainda em 1970 não havia sido construída a estrada de ligação entre Monfortinho e Penha Garcia, essencial para uma pretensão antiga da população: uma ligação rodoviária transfronteiriça. Tal ligação só seria uma realidade em 1993, com a construção da ponte internacional que liga as termas de Monfortinho à província espanhola de Cáceres.
Em 1989 são reconhecidas por despacho da direcção geral de saúde as propriedades terapêuticas das águas termais.
As águas da "Fonte Santa de Monfortinho" são hipomineralizadas, bicabornatadas, sódicas, cálcicas e magnésicas, possuindo um dos maiores teores de sílica entre as águas termais portuguesas. A temperatura na nascente é de 29° C. Apresentam um pH de 5,45 e têm um elevado potencial redox. O caudal da nascente atinge os 36.000 litros/hora.
Ler mais:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Termas_de_Monfortinho
http://www.termasdeportugal.pt/estanciastermais/Termas-de-Monfortinho
https://www.termasdemonfortinho.com/
http://www.centerofportugal.com/pt/termas-de-monfortinho-1/
http://www.saudevivamais.pt/termas-de-monfortinho/
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