A partir da segunda metade do século XX, o norte do país ganhou protagonismo em termos de localização dos estabelecimentos industriais rolheiros. Ainda assim, até à década de 1970, as unidades industriais corticeiras concentravam-se a Sul do rio Tejo, destacando-se os distritos de Setúbal, Évora e Faro, com cerca de 70% das unidades produtivas, percentagem que desceu para 27% no final da década. Em 1980, o distrito de Aveiro concentrava já 70% das unidades industriais corticeiras e esta concentração geográfica era acompanhada pela reduzida dimensão dos estabelecimentos, dedicados à actividade de transformação.
Embora distante das matérias-primas, o distrito de Aveiro mantinha a proximidade dos pontos de escoamento do produto final (portos fluviais e marítimos), a que se juntava a proximidade dos centros produtores do vinho do Porto, facto determinante para o desenvolvimento da indústria rolheira no concelho de Santa Maria da Feira.
De entre as várias empresas que operam no sector, neste concelho, destaca-se aquela que é hoje a maior empresa corticeira do mundo, a Corticeira
Amorim.
Actualmente Santa Maria de Lamas (uma das principais localidades do concelho) assume-se como um dos principais centros produtores de rolhas e sede da Associação dos Industriais Exportadores de Cortiça, bem como do Centro Tecnológico da Cortiça.
Fonte: Branco, A. e Lopes, J. C. (2013) - Vantagens da concentração geográfica da produção: o caso da indústria corticeira
de Santa Maria da Feira - ISEG - ISSN nº 0874-4548.
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https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/5167/1/DEWP4-13.pdf
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